scholarly journals Da representação política à normatividade social

2021 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 845-868
Author(s):  
Francisco Verardi Bocca
Keyword(s):  

Este artigo traz uma reflexão acerca das organizações sociais humanas com recurso às ciências da vida, ou melhor, ao estatuto da vida concebido por Georges Canguilhem. Para ele, na vida prevalece a normatividade biológica, um argumento próprio do que se poderia chamar sua “filosofia biológica” e que dá sustentação à sua apenas esboçada “teoria social”. Uma filosofia construída a partir dos desenvolvimentos da Biologia e da Medicina e efetivada nos conceitos que delas extraiu. Em suma, sem reduzir os fatos humanos aos fatos naturais, trata-se de aplicar-lhes, por meio da noção de normatividade enquanto auto-organização social, um ponto de vista valorativo, vale dizer, axiológico que Canguilhem compartilhou com Nietzsche.      

2004 ◽  
Vol 149 (1) ◽  
pp. 231-247
Author(s):  
Jean-Philippe Catonné
Keyword(s):  

This paper analyzes Foucault’s early thinking (from 1954 to 1957) as it bears on psychology, anthropology and psychiatry. The author maintains that Foucault’s texts from that period can be mined for the origins of the Foucault methodology, early indications of its scope, and its first applications. Although Foucault opposed a phenomenology of epistemology and allied himself with the latter, a close reading of his early work reveals a paradoxical synthesis of phenomenological and epistemological views. The influences of Georges Canguilhem, Maurice Merleau-Ponty, and Ludwig Binswanger were decisive here.Foucault adopted the “practice-to-theory” vector from Canguilhem and grounded the history of psychology and psychiatry on the study of essential oppositions: normal - pathological, personality - environment, evolution - history. Merleau-Ponty’s theory allowed him to demonstrate that the ontological perspective of psychology and psychiatry does not match the subject of their research, which is the person and their experience. Foucault’s application of Binswanger and the idea of existence is to problematize the boundaries between psychology and psychiatry and their identity as sciences while formulating the problem of pathology and normality as crucial to their identification. He also considers mental illness as one of the forms of experience. Foucault thus goes beyond the boundaries of psychology and psychiatry to develop his archaeological method. In the Order of things and the Archaeology of Knowledge he makes two philosophical maneuvers: in the first, he rejects the subject; in the second he abandons the continuity of history. Foucault’s early psychological and psychiatric discourse is then the first harbinger of his trespassing the boundaries of disciplines and schools, combining perspectives, and scrutinizing the foundations of scientific practice. A critical dialogue with his own earlier thought is the source of Foucault’s birth as a philosopher.


Author(s):  
Ricardo Medeiros Pimenta
Keyword(s):  

Este artigo é fruto de pesquisa teórica sobre estudos críticos em informação e em Humanidades Digitais. Apresenta as Humanidades Digitais identificando seus principais autores, discorrendo de sua proximidade com a Ciência da Informação. Nesse sentido, apresenta conceitos e campos de desenvolvimento da Humanidades Digitais conexos e busca apresentar a Ciência da Informação como espaço interdisciplinar e de conectividade entre aqueles. Discorre sobre uma história comum, assim como uma retórica científica similar onde faz uso do conceito de “ideologia científica” de Georges Canguilhem. Ao final aponta, por meio do diálogo bibliográfico a proximidade entre estes dois campos, sinalizando à comunidade científica brasileira que as Humanidades Digitais são espaço de atuação de pesquisas e investigações para os cientistas da informação na contemporaneidade.


JAMA ◽  
1994 ◽  
Vol 272 (4) ◽  
pp. 321
Author(s):  
David Michael Levin
Keyword(s):  

2021 ◽  
Vol 153 (2) ◽  
pp. 149-157
Author(s):  
Hubert Wykretowicz
Keyword(s):  

Le propos de cet article est de revenir sur un présupposé « écologique » assez évident de la clinique médicale, mais qu’on tend à ne plus prendre au sérieux lorsqu’on se laisse obnubiler par les capacités d’objectivation des sciences et surtout les projets philosophiques de naturalisation qui s’en réclament. Réactivant notamment l’héritage de Georges Canguilhem et de la phénoménologie clinique, nous rappelons la profonde ambiguïté sémantique des concepts de santé et de maladie, afin d’indiquer le champ légitime de leur application et de montrer qu’ils ne sont pas indépendants des rapports de pouvoir inhérents à toute existence sociale.


2021 ◽  
Vol 153 (2) ◽  
pp. 159-180
Author(s):  
Lazare Benaroyo

À l’heure où la pratique de la médecine est soumise à des impératifs techniques et biopolitiques qui suscitent une (bio)éthique défensive, il est essentiel de revivifier les dimensions éthiques du soin au cœur même de la clinique, pour redonner sens à la responsabilité morale qui l’habite. Cette contribution cherche à relever ce défi en puisant aux ressources anthropologiques, épistémologiques et éthiques des travaux de Viktor von Weizsäcker, de Georges Canguilhem, de Paul Ricœur et d’Emmanuel Lévinas, dont les recherches ont ouvert, dès le milieu du XXe siècle, la voie d’une anthropologie clinique qui pose les jalons d’une éthique de responsabilité propre à l’exercice de la médecine. À la lumière de ces recherches, où médecine et philosophie se nourrissent mutuellement, cette étude propose une éthique du soin qui contribue à maintenir vivants les liens unissant éthique et médecine.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document