scholarly journals Memória, imagens, palavras: uma leitura de Magrite à luz da Literatura

2020 ◽  
Vol 2 (26) ◽  
pp. 58-77
Author(s):  
Fabricia Walace Rodrigues
Keyword(s):  

O artigo propõe a leitura da tela A memória (1948), de René Magritte, como uma espécie de compilação das teorias mais importantes da memória. Para tanto, a discussão perpassará cada elemento que compõe a tela – uma fronte em mármore, um guizo, uma folha, uma cortina vermelha e um céu repleto de nuvens – buscando compreender a problematização do conceito de memória proposto pelo autor em imagens. Nesse sentido, temas adjacentes serão colocados em pauta, dentre eles as metáforas da memória mais recorrentes, como a do livro, sobretudo em Dante Aliguieri; a relação entre memória e morte, especialmente no que diz respeito ao trauma, que discutiremos a partir do tratado de retórica clássica Ad Herenium, bem como a própria relação entre passado, presente e futuro, lido aqui de Aristóteles a Lewis Carrol. Nesse sentido, partindo de uma análise comparativa entre a tela e alguns textos literários e teóricos, o artigo se propõe a compreender do que trata a memória para René Magritte.Palavras-chave: memória; mnemotécnica; escrita; tempo; esquecimento 

2005 ◽  
Vol 46 (112) ◽  
pp. 442-457
Author(s):  
Virginia Figueiredo

Partindo do quadro de René Magritte, La trahison des images (Ceci n'est pas une pipe), este texto pretende tecer um comentário sobre as relações entre arte e realidade. Visando esse objetivo, tentarei interpretar a obra do pintor belga à luz do ensaio heideggeriano sobre a "Origem da obra de arte", não sem antes passar em revista alguns resultados da análise contida no livro de Michel Foucault, assim como algumas reflexões do filósofo da arte norte-americano Arthur Danto.


Author(s):  
Patrícia Resende Pereira
Keyword(s):  

A poesia dos autores portugueses Manuel Gusmão e João Miguel Fernandes Jorge é conhecida pela relação a ser estabelecida com outras artes. Dessa maneira, o intuito do texto é investigar a maneira como a imagem é evocada pela palavra poética, tendo em vista, para tanto, o conceito da écfrase. Definido inicialmente como a representação verbal de um objeto visual, a noção encontra-se ainda em discussão, uma vez que em muito tende a se associar ao suposto compromisso mimético. Assim sendo, como recorte para o texto aqui apresentado, seleciona-se dois poemas, um composto por Manuel Gusmão e outro por João Miguel Fernandes Jorge. No primeiro, que recebe como título apenas a sequência numérica XXIV, em correspondência a própria organização editorial de Mãe-do-fogo (2009), escrita por Jorge, tem-se a écfrase de uma das fotografias que compõe O amor na margem esquerda, de Ed van der Elsken, enquanto a segunda análise se centra no segundo poema da seção “as mãos, a tersa rima”, de Mapas/o assombro a sombra (1990), responsável por evocar Garota comendo pássaro (O prazer), de René Magritte. Assim sendo, tendo em vista imagens de natureza substancialmente distintas, o intuito da pesquisa é verificar a maneira com a qual a écfrase é realizada nos dois poemas.


2010 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
Author(s):  
Leandro Passos
Keyword(s):  

Este artigo se propõe a analisar de que modo o pintor belga René Magritte, em sua obra Le viol (1934), rompe com os limites da moldura da pintura e parodia o gênero pictórico retrato e nu artístico.


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