scholarly journals RELENDO "QUARTO DE DESPEJO: DIÁRIO DE UMA FAVELADA" PELA TEORIA BAKHTINIANA

2022 ◽  
Vol 7 (12) ◽  
pp. 1706-1714
Author(s):  
Daniela Rebello Pereira Sylvestre

O artigo versa sobre alguns conceitos da teoria do Círculo de Bakhtin: dialogismo, o outro (alternância dos sujeitos falantes), atitude responsiva e esferas da comunicação. Desenvolveu-se por meio do diálogo entre a análise e exemplificação de trechos do livro "Quarto de despejo: diário de uma favelada" de Carolina Maria de Jesus. Como resultado nos deparamos com a força e potência comunicativa da literatura marginal da autora para pensar a atualidade dos conceitos bakhtinianos. Concluímos ressaltando o vínculo entre a língua e vida, após demonstrar as influências do contexto social, da ideologia dominante e da luta de classes em trechos do livro.

2020 ◽  
Vol 13 (1) ◽  
pp. 259-273
Author(s):  
Jacqueline Oliveira Leão

Este estudo, “Escrita do Eu e inscrição narcísica em Quarto de despejo: diário de uma favelada”, propõe-se a travar um diálogo entre Literatura e Psicanálise, por meio da obra ficcional, Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus. O recorte a ser dado à análise centra-se, sobretudo, nas questões teórico-literárias que se acercam da escrita do eu, especificamente, dos escritos nomeados por diário e autobiografia, e o desdobramento da leitura de tais produções na perspectiva psicanalítica, mais precisamente sobre a esteira teórica de Sigmund Freud. Carolina Maria de Jesus recorre ao processo de escrita, aos registros de sua vida sofrida na favela como forma de organizar o próprio pulsional, ou seja, o processo de escrever o diário em si, de relatar a si mesma constitui-se na própria estruturação narcísica da autora: a fantasia de ser reconhecida, a fantasia de ser lida pelo outro e por ela mesma.


Agenda ◽  
1990 ◽  
pp. 71
Author(s):  
Dianne Scott ◽  
Carolina Maria de Jesus ◽  
David St. Clair

2020 ◽  
Author(s):  
PAULINE APARECIDA ILDEFONSO FERREIRA DA SILVA ◽  
Gizelya da Silva Morais ◽  
Shirlena Campos de Souza Amaral

2021 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 155-174
Author(s):  
Aparecida Darc de Souza ◽  
Sara Munique Noal

O objetivo deste artigo é abordar o ato de escrever como expressão contraditória do pensamento e da experiência de Carolina Maria de Jesus. A sua visão severa da pobreza, da fome, da indigência e do trabalho precário e informal tem recebido razoável atenção em muitos estudos de diversas áreas, fato que fez e faz de suas narrativas autobiográficas fontes para discussão e problematização da vida dos trabalhadores muito pobres na história do Brasil durante o período de 1940-1970. As suas narrativas abriram e abrem possibilidades para acessar importantes dimensões da vida e do trabalho em um universo histórico tão precário que representava o degrau mais baixo na estratificação social da época. Saber ler, escrever e elaborar narrativas do cotidiano tornou peculiar a presença de Carolina na história do Brasil, em especial na história social do trabalho. A literatura produzida por Carolina esteve interessada diretamente em expressar a sua visão de mundo, a sua visão sobre si mesma e de como gostaria de ser vista. Foi assim que ela traduziu o mundo dos trabalhadores de que fez parte. Por essa razão, cabe aprofundar o sentido autobiográfico de seus escritos em uma realidade marcada por amplo analfabetismo entre os trabalhadores que viviam em condições semelhantes àquelas vividas por Carolina Maria de Jesus.


Author(s):  
Lilian Ribeiro

Este artículo muestra la escritura autobiográfica femenina de las escritoras brasileñas: Carolina María de Jesús, en “Quarto de despejo” (1960) y “Diario de Bitita” (1982), y de Lygia Fagundes Telles, en “As meninas” (1973). Junto al análisis, llevo a cabo también una investigación bibliográfica sobre el tema de la escritura autobiográfica de estas escritoras brasileñas.


2021 ◽  
Vol 5 (01) ◽  
pp. 167-185
Author(s):  
Beatriz Schmidt Campos

o presente artigo pretende apresentar uma análise de obras de Carolina Maria de Jesus, de Elza Soares e de Maria Auxiliadora da Silva em um diálogo entre as artes, por meio de um olhar engajado sociopolítico a partir de seus contextos históricos. Sob esse aspecto, intenciona-se discutir a importância da memória como meio de conscientização em meio ao caos. Para tanto, dois aspectos históricos serão levantados: o contexto histórico no qual as artistas nascem e ingressam no mercado de trabalho e o momento em que suas obras são lançadas e que as evidenciam como três artistas negras importantes na vida cultural brasileira e internacional. Embora se trate de três diferentes momentos históricos na carreira de cada uma delas – os anos de 1960, 1970 e 2000 entendemos que há questões comuns de crítica social presente em suas obras que constroem um discurso esteticamente engajado e memorialístico. Palavras-chave: Carolina Maria de Jesus, Maria Auxiliadora da Silva e Elza Soares. Arte engajada. Contexto histórico. Memória. Conscientização.


2020 ◽  
Vol 10 (3) ◽  
pp. 137-157
Author(s):  
Érika Oliveira ◽  
Maria Laura Medeiros Bleinroth ◽  
Yasmin Maciane da Silva ◽  
Rayanne Caroline Amorim ◽  
José Cícero Dos Santos Júnior ◽  
...  

As contribuições de Carolina Maria de Jesus se estendem para diferentes campos epistemológicos e práticas cotidianas. Considerando a magnitude de suas palavras, buscamos neste artigo reconstruir sua trajetória através da leitura de suas obras mais populares e, a partir disso, mergulharmos em algumas pistas que a escritora nos oferece. As pistas que trilharemos são: a fome (re)lembrada; a importância da escolarização; a escrita testemunhal; o olhar da mulher negra para a branquitude feminina e para as relações étnico-raciais e o ser negra(o) no Brasil. Como efeito da pluralidade temática localizada em seus escritos, compreendemos que seu potencial teórico nos fornece sustentação sobre diferentes eixos de subordinação mediante seu entrelaçamento transdisciplinar, evidente tanto em seus diários quanto em sua escrita ficcional.


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