The Age of Innocence (1920), de Edith Wharton, volta-se com ironia ao estranhamento entre o mundo anglo-saxônico e a França durante o século XIX. Para tanto, o romance se concentra na alta-sociedade nova-iorquina durante a Gilded Age (circa 1870- 1900). Nessa história de um amor frustrado entre o rico e refinado Newland Archer e a americana Ellen Olenska, de volta aos Estados Unidos após abandonar seu marido na Europa, oferece-se um contraste entre a vitalidade artístico-literária do continente europeu, sobretudo de Paris, e a morosidade da vida intelectual na América de então. Igualmente, exploram-se os modos distintos de sociabilidade entre americanos e europeus, principalmente no que toca à convivência entre os sexos. Essas observações, além de comporem o pano de fundo da história, pesam no próprio desenrolar das relações entre os dois protagonistas e na maneira como ambos se encontram e se perdem.PALAVRAS-CHAVE: Edith Wharton; The Age of Innocence; Cultura francesa.