scholarly journals Alocação de biomassa e indicadores de crescimento para a avaliação da qualidade de mudas de espécies florestais nativas

2021 ◽  
Vol 31 (4) ◽  
pp. 1733-1750
Author(s):  
Natanielly Rodrigues Avelino ◽  
Ana Cristina Schilling ◽  
Ândrea Carla Dalmolin ◽  
Martielly Santana dos Santos ◽  
Marcelo Schramm Mielke

Procedimentos e metodologias que permitam avaliar a qualidade e a uniformidade das mudas são fundamentais para a homogeneização dos lotes em viveiros florestais e o sucesso dos plantios para reflorestamento. Foi conduzido um estudo com o objetivo de avaliar as correlações entre a alocação de biomassa e o índice de qualidade de Dickson (IQD) para mudas de seis espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica, bem como selecionar indicadores de qualidade que mais influenciam o IQD e que possam ser utilizados de maneira prática e precisa para a avaliação da qualidade de mudas florestais nativas. Foram utilizadas mudas de seis espécies arbóreas tropicais: Calophyllum brasiliense, Eriotheca macrophylla, Inga laurina, Psidium cattleyanum, Roupala montana e Sloanea obtusifolia. Foram avaliados a massa seca de folhas (MSF), os caules (MSC) e as raízes (MSR), além da altura da parte aérea (H) e diâmetro do coleto (D). A partir dessas variáveis, foram calculadas as razões de massa de raízes (RMR), caules (RMC) e folhas (RMF), além da massa seca total (MST), a massa seca da parte aérea (MSPA), a razão de massa seca da parte aérea por massa seca de raízes (MSPA/MSR), a razão altura da parte aérea por diâmetro do coleto (H/D) e o IQD. Os resultados foram analisados mediante análises de correlação. Com base nas condições em que este estudo foi realizado é possível concluir que: (a) as diferenças entre os valores médios do IQD das espécies estudadas não foram explicadas pelo padrão de alocação de biomassa característico de cada espécie; (b) a MSR, a MST e o D são as melhores variáveis para predizer o comportamento do IQD das mudas das espécies florestais analisadas neste estudo; e (c) pelo fato de ser um método não destrutivo, o D pode ser considerado como o melhor indicador prático para estimar os valores de IQD de lotes de mudas de espécies florestais da Mata Atlântica.

2019 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
pp. 303-311
Author(s):  
Antonio Carlos Pries Devide ◽  
Cristina Maria de Castro ◽  
Raul De Lucena Duarte Ribeiro

No Vale do Paraíba do Sul, entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a substituição da Mata Atlântica para o cultivo do café degradou os solos e os cursos d’água. O cultivo de espécies florestais pode ajudar a restaurar esse ambiente. O guanandi (Calophyllum brasiliense Cambess.) é uma espécie florestal nativa com grande potencial de exploração econômica da madeira. O seu cultivo em sistema agroflorestal – SAF pode tornar-se mais vantajoso devido o seu moderado crescimento. Os objetivos com essa pesquisa foram comparar o crescimento do guanandi em monocultura e na diversificação agroflorestal em SAFs simples e biodiverso, assim como avaliar o desempenho da mandioca (Manihot esculenta Crantz.) e araruta (Maranta arundinacea L.) nesses sistemas, em ciclos com alta precipitação pluvial e escassez hídrica. O SAF biodiverso foi acrescido de feijão guandu, bananeira, palmeira juçara e diversidade arbórea. Os sistemas agroflorestais não prejudicaram o crescimento do guanandi, que incrementou a circunferência a altura do peito no SAF simples após três anos de conversão. As culturas alimentares de mandioca e araruta apresentaram desempenho compatível com a densidade de plantio utilizada nos SAFs, com produções significativamente superiores no SAF simples. A araruta suportou o estresse ambiental em ambos SAFs e dispensa o replantio, ocupando naturalmente o sub-bosque. O SAF simples é um sistema para agricultores interessados em obter o máximo rendimento de cultivos anuais em associação com a espécie florestal. O SAF biodiverso é adequado para diversificar a produção agrícola e restaurar o ambiente concomitantemente.


IRRIGA ◽  
2012 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
pp. 85 ◽  
Author(s):  
Kelly Cristina Tonello ◽  
José Teixeira Filho

2019 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 205-217
Author(s):  
Nádson Ricardo Leite de Souza ◽  
Vanessa Vasconcelos da Silva ◽  
Edson Henrique Almeida de Andrade ◽  
Valéria Raquel Porto de Lima

A Mata do Buraquinho consiste no maior remanescente de Mata Atlântica em área urbana do país, é cortada pelo Rio Jaguaribe, um dos afluentes do Rio Paraíba e maior rio urbano de João Pessoa/PB que, represado, forma o Açude do Buraquinho, de onde provém parte da água potável da capital paraibana. O local é declarado uma Área de Preservação Permanente desde 1989, devido à importância ambiental e, desde o ano de 2000, abriga o Jardim Botânico Benjamin Maranhão, que ocupa mais de 65% da área total, criado com a missão de fortalecer as ações de preservação e promover a intensificação dos estudos no representativo ambiente, todavia, a existência de trilhas em seu interior possibilita maior vulnerabilidade à degeneração ecossistêmica, somada aos efeitos de borda no contato com a densa urbanização do entorno. Com o objetivo de analisar os impactos ambientais negativos ocasionados por tais bordas, foram realizadas observações in loco, por meio de inventariações de parcelas concretizadas ao longo das trilhas mais frequentadas, onde se apurou diversos indicativos de degradação florestal. A partir disso, confirmou-se a autenticidade das teorias empregadas sobre os impactos ambientais negativos e a degeneração das espécies habituais, resultantes das ações de caráter antrópico, concluindo-se que a propagação dos efeitos de borda originada pela abertura de trilhas que favorecem o avanço da degradação e fazem-se necessárias ações de conservação mais rigorosas do que as em vigor, mesmo se tratando de uma área legalmente protegida.Palavras-chave: Efeitos de borda; Degeneração ecossistêmica; Mata do Buraquinho. ABSTRACTMata do Buraquinho is the largest remnant of Mata Atlântica in an urban area of the country. It is cut by the Jaguaribe River, - one of the tributaries of the Paraíba River and the largest urban river of João Pessoa/PB – which was dammed up forming the Açude do Buraquinho, from where comes part of the potable water of the capital of Paraíba. The place has been declared a Permanent Preservation Area since 1989. Due to its environmental importance and, since the year of 2000, it has sheltered the Benjamin Maranhão Botanical Garden, which occupies more than 65% of the total area. This garden was created with the mission of strengthening actions of preservation and to promote the intensification of studies in the representative environment. However, the existence of trails inside of it, allows greater vulnerability to the ecosystem degeneration, and combined with effects of border in the contact with the dense urbanization of the surrounding area. In order to analyze the negative environmental impacts caused by such edges, some observations were made in loco, through inventories of concretized plots along the most frequented trails, where several indications of forest degradation were obtained. From this, the authenticity of the theories used on the negative environmental impacts and the degeneration of the habitual species was confirmed. And resulting from actions of anthropic character, it was concluded that the propagation of the edge effects originated by the opening of tracks, favors the advance of the degradation and becomes necessary conservation actions more stringent than those in force, even in the case of a legally protected area. Keywords: Edge effects; Ecosystem Degeneration; Mata do Buraquinho. RESUMENLa “Mata do Buraquinho” es el testimonio más grande del bosque Atlántico en el área urbana de Brasil, es cortado por el Río Jaguaribe, uno de los tributarios del Río Paraíba, además, es el río urbano más grande de João Pessoa/PB, que forma la presa del “Buraquinho”, de donde proviene el suministro de agua potable para la capital del Estado de Paraíba. Esta zona es declarada un Área de Preservación Permanente desde 1989, debido a su importancia ambiental, y desde el año 2000, acoge el Jardín Botánico Benjamin Maranhão, que ocupa más de 65% del área total, creado con la misión de fortalecer las acciones de preservación y promover la intensificación de los estudios en el representativo de ambiente, sin embargo, la existencia de rutas en el interior aumenta la vulnerabilidad a la degeneración ecosistémica, añadidos a los efectos de borde que tienen contacto directo con la densa urbanización de los alrededores. Con el propósito de analizar los impactos ambientales negativos ocasionados por estos bordes, han sido realizadas observaciones "In loco", a través de inventariaciones de parcelas implementadas a lo largo de las rutas más frecuentadas, donde se ha detectado indicios de degradación forestal. Con eso, se ha confirmado la autenticidad de las teorías utilizadas sobre los impactos ambientales negativos y la degeneración de especies habituales, resultantes de acciones antrópicas, se concluye que la propagación de los efectos de borde originada por la apertura de rutas ha favorecido el avance de la degradación, con eso, son necesarias acciones de conservación todavía más estrictas de que las que existen, aún que ya sea un área protegida por la ley.Palabras-clave: Efectos de borde; Degeneración ecosistémica; Mata do Buraquinho.


IAVS Bulletin ◽  
2016 ◽  
Vol 2016 (4) ◽  
pp. 8-23
Author(s):  
Monika Janišová ◽  
Ladislav Mucina ◽  
Manoel Cláudio Da Silva Júnior ◽  
Giselda Durigan ◽  
Gabriel Pavan Sabino ◽  
...  

2014 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
pp. 79-82
Author(s):  
Dilze Argôlo Magalhães ◽  
Edna Dora Martins Newman Luz ◽  
Marcos Vinícius Oliveira dos Santos ◽  
Larissa Argôlo Magalhães ◽  
José Luiz Bezerra

2002 ◽  
Vol 26 (6) ◽  
pp. 727-742 ◽  
Author(s):  
Rosângela Alves Tristão Borém ◽  
Ary Teixeira de Oliveira-Filho

Este estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Atlântica pertencente à fazenda Biovert, no município de Silva Jardim, Rio de Janeiro. Teve como objetivos a caracterização da vegetação e a análise da estrutura da comunidade arbórea que ocorre ao longo de uma toposseqüência de um trecho de Floresta Atlântica bastante alterado antropicamente, de forma a estabelecer critérios adequados para seu manejo e sua recuperação. Para o estudo foi empregado o método de amostragem por parcelas de área fixa, distribuídas de forma sistemática, na toposseqüência. Os dados foram coletados de parcelas amostrais de 600 m², alocadas nos terços inferior, médio e superior de uma toposseqüência. Foram registrados, por espécie, os nomes vulgares e científicos e a circunferência do tronco a 1,30 m (CAP). No levantamento da composição florística foram constatadas 43 famílias, 95 gêneros e 129 espécies, obtendo-se um índice de diversidade de Shannon (H') de 4,137 nats/indivíduo. As espécies mais importantes (VI) foram Euterpe edulis, Cecropia glaziovii, Astrocaryum aculeatissimum e Piptadenia gonoacantha.


Rodriguésia ◽  
2017 ◽  
Vol 68 (2) ◽  
pp. 557-567
Author(s):  
Thiago Machado Greco ◽  
Ana Zannin

Resumo O trabalho apresenta o levantamento das espécies de Olyreae na Ilha de Santa Catarina, inserida no domínio da Mata Atlântica, no litoral do estado de Santa Catarina, sul do Brasil. A tribo compreende os bambus herbáceos e está distribuída nas florestas tropicais e subtropicais, especialmente nos Neotrópicos. É caracterizada por apresentar espiguetas unissexuadas, frequentemente dimórficas, unifloras, sem extensão da ráquila e células epidérmicas com corpos silicosos em forma de cruz na zona costal e crenados na zona intercostal. Foram realizadas coletas entre maio de 2011 e março de 2013. Procedeu-se a análise morfológica de estruturas vegetativas e reprodutivas e a realização de microfotografias de antécios pistilados de coleções de herbário. Foram reconhecidos três gêneros e cinco espécies, todas da subtribo Olyrinae: Olyra glaberrima, O. humilis, O. latifolia, Parodiolyra micrantha e Reitzia smithii. A maioria das espécies está presente apenas em alguns pontos da Ilha, em populações reduzidas, em áreas de vegetação mais preservada ou em regeneração. Parodiolyra micrantha é a espécie mais comum e amplamente distribuída na Ilha e Reitzia smithii a de distribuição mais restrita, recoletada após 34 anos no estado de Santa Catarina. São apresentadas descrições, ilustrações, uma chave de identificação e comentários para cada espécie.


Nucleus ◽  
2009 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 27-52 ◽  
Author(s):  
Anisio Baptista Pereira

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