Evidências do uso de ventilação não invasiva com pressão positiva pós-extubação: uma revisão de literatura

Objetivo: identificar os benefícios da aplicação de ventilação não invasiva pós-extubação em pacientes adultos sem causa especifica para a intubação. Metodologia: é uma revisão integrativa de literatura dos anos 2017 à 2021 sobre as atualizações em pesquisas e analises sobre o uso desta terapia ventilatória com pressão positiva em pacientes que foram extubados. Usou-se como descritores na pesquisa “Ventilação Não Invasiva”, “VNI”, “Extubação”, “Noninvasive Ventilation” e “Airway Extubation”. Com base em critérios de seleção, foram incluídos apenas estudos originais e revisões de literatura publicadas neste período, totalizando 10 artigos. Resultados: a ventilação na invasiva com pressão positiva foi segura utilizada durante o repouso e nas primeiras 48 horas do pós-operatório de cirurgia cardíaca, e trouxe melhora da troca gasosa, da oxigenação e da estabilidade hemodinâmica. A terapia também reduziu complicações ventilatórias pós-extubação e minimizou mortalidade e tempo de internação nas unidades de terapia intensiva. Conclusão: faz-se necessário mais pesquisas e ensaios clínicos com critérios de inclusão, protocolos de utilização da ventilação não invasiva com pressão positiva e dos desfechos respiratórios e hemodinâmicos mais detalhados, a fim de apontar os impactos e benefícios da terapia nos pacientes e auxiliar a especificar com mais critério os pacientes que se beneficiarão de uso após a extubação.

Ward-Based Noninvasive Ventilation for Acute Hypercapnic Respiratory Failure Unrelated to Chronic Obstructive Pulmonary Disease

Background. The use of ward-based noninvasive ventilation (NIV) for acute hypercapnic respiratory failure (AHRF) unrelated to chronic obstructive pulmonary disease (COPD) remains controversial. This study evaluated the outcomes and failure rates associated with NIV application in the ward-based setting for patients with AHRF unrelated to COPD. Methods. A multicentre, retrospective cohort study of patients with AHRF unrelated to COPD was conducted. COPD was not the main reason for hospital admission, treated with ward-based NIV between February 2004 and December 2018. All AHRF patients were eligible; exclusion criteria comprised COPD patients, age < 18 years, pre-NIV pH < 7.35, or a lack of pre-NIV blood gas. In-hospital mortality was the primary outcome; univariable and multivariable models were constructed. The obesity-related AHRF group included patients with AHRF due to obesity hypoventilation syndrome (OHS), and the non-obesity-related AHRF group included patients with AHRF due to pneumonia, bronchiectasis, neuromuscular disease, or fluid overload. Results. In total, 479 patients were included in the analysis; 80.2% of patients survived to hospital discharge. Obesity-related AHRF was the indication for NIV in 39.2% of all episodes and was the aetiology with the highest rate of survival to hospital discharge (93.1%). In the multivariable analysis, factors associated with a higher risk of in-hospital mortality were increased age (odds ratio, 95% CI: 1.034, 1.017–1.051, P < 0.001 ) and pneumonia on admission (5.313, 2.326–12.131, P < 0.001 ). In the obesity-related AHRF group, pre-NIV pH < 7.15 was associated with significantly increased in-hospital mortality (7.800, 1.843–33.013, P = 0.005 ); however, a pre-NIV pH 7.15–7.25 was not associated with increased in-hospital mortality (2.035, 0.523–7.915, P = 0.305 ). Conclusion. Pre-NIV pH and age have been identified as important predictors of surviving ward-based NIV treatment. Moreover, these data support the use of NIV in ward-based settings for obesity-related AHRF patients with pre-NIV pH thresholds down to 7.15. However, future controlled trials are required to confirm the effectiveness of NIV use outside critical care settings for obesity-related AHRF.