A teologia de Paul Tillich apresenta a noção ampla de “o político”, que agora tem sido discutida por pensadores políticos dentro e fora da teologia. Ele pode estabelecer diálogo com pensadores tais como Giorgio Agamben, Chantal Mouffe, Clayton Crockett, Sylvia Wynter e Vincent Lloyd. Todo o corpus teológico de Tillich tem uma dimensão política recorrente, fundamental e vibrante. Isso não se deve apenas às questões políticas óbvias levantadas em seus primeiros escritos políticos alemães, como em seu livro de 1933, A decisão socialista (DS). Mais importante, suas palestras em Berlim de 1951, proferidas quando ele também publicou o primeiro volume de sua Teologia Sistemática (TS), mostram temas-chave que continuariam por toda a sua obra, até mesmo no volume 3 de sua TS. Consequentemente, a TS de Tillich pode ser lida como uma simbologia do político, uma “teopoética” da vida política - uma “teopoética” que faz parte de uma “política socialista” complexamente estruturada, uma postura que Tillich desenvolveu ao longo de anos de escrita até o fim de sua vida, bem como adaptou às mudanças políticas e aos conflitos culturais.