joao ubaldo ribeiro
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2021 ◽  
Vol 3 (9) ◽  
pp. 133-151
Author(s):  
Bruno Rafael de Albuquerque Gaudêncio ◽  
João Matias De Oliveira Neto

A partir de uma análise do livro Viva o Povo Brasileiro, do escritor  João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), entendemos que um diálogo pode ser estabelecido acerca das noções de nação e identidade nacional a partir deste romance publicado em 1984, isto é, ainda no contexto do período militar no Brasil. Neste trabalho, entendemos que problematizar tais noções significa buscar a sua abrangência para além dos significados conferidos pela historiografia e teoria social, propondo uma relação entre história, literatura e conhecimento sociológico presente no desafio de pensar a construção de uma nação a partir da identidade nacional construída junto de personagens, cronologias e ambientes narrativos. Ao entrecruzar estas noções, pensamos tanto nas estruturas narrativas do romance como no modo como estas são trabalhadas, principalmente, a partir de um diálogo com Paul Ricouer, Benedict Anderson, Eric Hobsbawn, Hayden White e Antônio Candido.


2021 ◽  
Vol 2 (3) ◽  
Author(s):  
Antonia Cristina De Alencar Pires
Keyword(s):  

Este artigo é uma leitura do romance Vila Real, de João Ubaldo Ribeiro analisando-o como uma narrativa “performática” (conceito criado pelo teórico Homi K. Bhabha). A partir de tal perspectiva, são observadas questões relacionadas à identidade cultural e ao sistema de identificação coletiva de um grupo de camponeses expropriados que busca estabelecer-se em algum lugar e que, desse modo configura-se como uma micronação. 


2020 ◽  
Vol 20 (2) ◽  
pp. 124-144
Author(s):  
Sarah Lucena
Keyword(s):  

No campo dos Estudos de Tradução, o fenômeno da autotradução – termo que caracteriza traduções realizadas pelo próprio autor do texto original – é um tema ainda pouco explorado em comparação com as pesquisas em tradução, necessitando ser visitado pela crítica uma vez que o sistema literário brasileiro conta com um caso exemplar. Assim, na primeira parte deste artigo discutiremos as estratégias autotradutórias em Viva o Povo Brasileiro, vertido do português para o inglês pelo seu autor, João Ubaldo Ribeiro, sob o novo título de An Invincible Memory. Em seguida, analisaremos como a crítica anglófona recebeu o projeto de Ribeiro em comparação com seu romance original para refletir sobre as condições de existência da literatura brasileira no exterior, cuja autonomia se vê limitada quando traduzida para um contexto mercadológico hegemônico como o de língua inglesa.


2020 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
Author(s):  
Camila Ulmer da Silva (IFRS) ◽  
Tatiane Kaspari (IFRS)
Keyword(s):  

2020 ◽  
Vol 22 (1) ◽  
Author(s):  
Tereza Cristina Pereira Carvalho Fagundes
Keyword(s):  

A premissa básica na qual se fundamenta o estudo feito da obra de João Ubaldo Ribeiro consiste em se reafirmar que o ser mulher bem como o ser homem são constructos apreendidos socialmente. A despeito das inúmeras disjunções temporais e espaciais, depreende-se do texto de Viva o Povo Brasileiro uma série de características marcadoras do aprendizado das feminilidades e masculinidades, que não apenas retratam a mulher e o homem no decorrer da construção da nação brasileira até a contemporaneidade no Brasil como no mundo, pelo menos ocidental. Desde os primórdios da cultura brasileira, a menina tem aprendido que ser mulher é saber cuidar de crianças, cozinhar, lavar, passar, cuidar da casa e do marido; ser mulher é adotar a postura do servir, do submeter-se, do obedecer ao pai, irmão, companheiro, etc.; é também ser dependente, passiva, dócil, carinhosa, gentil, paciente, emotiva, agradável e mais uma série interminável de ‘atributos’ tidos como femininos. O menino, por outro lado, aprende que ser homem é ter sob seu comando as experiências dos outros, especialmente das mulheres, é poder tomar decisões por todo um grupamento social como a família, é ser ativo, viril, corajoso, intransigente, forte, etc. Entretanto, associados à permanência de estereótipos distintos que atravessam a história da humanidade, com um ‘olhar de gênero’ vislumbra-se também em Viva o Povo Brasileiro a existência de rupturas em alguns papéis de gênero femininos e masculinos historicamente construídos, sem que, contudo, tenham sido traduzidas ao longo do tempo em mudanças significativas nas relações de poder entre homens e mulheres.


2019 ◽  
Vol 4 (2) ◽  
Author(s):  
Sara Lelis de Oliveira ◽  
Juliana Marafon Pereira de Abreu ◽  
Walter Guarnier de Lima Júnior

O presente trabalho consiste em apresentar a obra literária Viva o Povo Brasileiro (1984), do escritor João Ubaldo Ribeiro, como uma narrativa que responde ao gênero literário postulado por György Lukács que retrata a totalidade da história: o romance histórico. Segundo o filósofo húngaro, a possibilidade de narrar a totalidade histórica na literatura moderna origina-se de uma perspectiva filosófico-literária que tende para a épica e pensa o indivíduo em seu tempo a partir de uma articulação entre passado e presente. Esse movimento, dialético em si mesmo, propicia uma narração autêntica da história, isto é, que não negligencia acontecimentos essenciais na história de uma nação. É o caso de Viva o Povo Brasileiro e a narração de nosso passado entre os anos 1647 e 1977, na qual se rememoram acontecimentos históricos que preenchem as lacunas da historiografia oficial brasileira, provocando uma consciência histórica na contramão das narrativas historiográficas dominantes. 


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