benedict anderson
Recently Published Documents


TOTAL DOCUMENTS

150
(FIVE YEARS 43)

H-INDEX

7
(FIVE YEARS 0)

2021 ◽  
Vol 3 (9) ◽  
pp. 133-151
Author(s):  
Bruno Rafael de Albuquerque Gaudêncio ◽  
João Matias De Oliveira Neto

A partir de uma análise do livro Viva o Povo Brasileiro, do escritor  João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), entendemos que um diálogo pode ser estabelecido acerca das noções de nação e identidade nacional a partir deste romance publicado em 1984, isto é, ainda no contexto do período militar no Brasil. Neste trabalho, entendemos que problematizar tais noções significa buscar a sua abrangência para além dos significados conferidos pela historiografia e teoria social, propondo uma relação entre história, literatura e conhecimento sociológico presente no desafio de pensar a construção de uma nação a partir da identidade nacional construída junto de personagens, cronologias e ambientes narrativos. Ao entrecruzar estas noções, pensamos tanto nas estruturas narrativas do romance como no modo como estas são trabalhadas, principalmente, a partir de um diálogo com Paul Ricouer, Benedict Anderson, Eric Hobsbawn, Hayden White e Antônio Candido.


ArtCultura ◽  
2021 ◽  
Vol 23 (43) ◽  
pp. 143-159
Author(s):  
Carlos Eduardo Marquioni

O artigo analisa ocorrências do ethos “Faça você mesmo” (em relação ao punk rock) na cidade de Santa Gertrudes no início da década de 1980. Sustenta que traços de um “sentimento” (Raymond Williams) do período podem ser identificados ao relacionar práticas de punk rockers em metrópoles mundiais com aquelas assumidas por moradores da pequena cidade paulista, estabelecendo-se o que é intitulado aqui como fúria compartilhada. Isso contribuiria para a superação de dificuldades de acesso a conteúdos a partir da produção e distribuição de artefatos que constituem formas de “cultura material” (Daniel Miller), e para a formação de banda musical local: esses dois aspectos parecem habilitar a inclusão dos santa-gertrudenses na “comunidade imaginada” (Benedict Anderson) do punk rock.


2021 ◽  
Author(s):  
◽  
Micheal Warren

<p>Sports matter. Today sport is one of the most enduring social events that humans from across the world participate in, no matter their race, religion or gender. Moreover, the biggest of all those sporting events is the Olympic Games, which is held every four years. The modern version of the Games was founded by Frenchman Baron Pierre de Coubertin and first took place in Athens in 1896. New Zealand first competed alongside Australia as Australasia in London 1908 and Stockholm 1912. Following the games of 1916 which were cancelled due to World War I, New Zealand has competed as a sovereign nation since Antwerp 1920. Since 1908, over 1200 New Zealanders have competed at the Olympic Games, winning more than 100 medals. That performance in itself makes New Zealand one of the most successful nations in Olympic history on a per capita basis. That statistic alone underscores the relationship between the Olympics and national identity, as an embodiment of New Zealanders believing they ‘punch above their weight’ on the world stage.  Benedict Anderson wrote about the imagined community, where the nation is imagined because it is impossible for every citizen to know each other.¹ This research has found that sporting teams like the All Blacks and the New Zealand Olympic Team are perfect avenues to help create this imagined community. New Zealand’s national identity is not fixed, it has evolved, but the one mainstay of that identity is the sense of being an underdog on the world stage.  The research has found that over the past three decades New Zealand governments have increasingly woken up to the importance of high-performance sport and following the disappointment of the 2000 Sydney Olympic Games, funding was increased, which has led to better results and more medals. Today New Zealand athletes are funded on a per-capita basis just as well as many other nations we would compare ourselves with. New Zealand politicians have been quick to associate themselves alongside sportsmen and women and often speak about the close link that exists between sport and identity in New Zealand. However, unlike Australia, New Zealand does not have a national sports museum, and also unlike Australia, and the United Kingdom, New Zealand legislation does not allow for free-to-air television coverage of games of national significance. New Zealand does not adequately showcase its sporting history, and this has the potential to negatively affect the importance New Zealanders place on sport and the Olympic Movement as an important part of its national identity.  Ultimately this research has found that the New Zealand Olympic Team epitomises what it means to be a New Zealander and has found that across multiple levels of analysis, the Olympic Movement has significantly contributed to the development of New Zealand’s national identity. More broadly, the Olympic Games have become a key avenue in which that national identity can be projected to the world.  ¹ Benedict Anderson, ‘Imagined Communities,’ (London: Verso, 2006), pp.6-7.</p>


2021 ◽  
Author(s):  
Paulo Eduardo Arantes

Zero à esquerda reúne artigos, entrevistas e intervenções produzidos por Paulo Arantes entre 1997 e 2003. Pensada originalmente como fecho para a coleção homônima dirigida por ele e Iná Camargo Costa na editora Vozes, a obra acabou sendo saindo pela coleção “Baderna”, da editora Conrad, em 2004. Trata-se também da primeira safra de ensaios publicados depois que Arantes se aposentou formalmente na universidade – fato que para Roberto Schwarz marca o início de uma “segunda carreira”, mais incisiva e audaciosa, do autor. * O trocadilho do título já indica a posição impertinente que atravessa a obra: uma recusa tanto do baluartismo da boa e velha esquerda quanto do pragmatismo do novo progressismo de resultados. Os artigos de abertura e fechamento do livro dão o tom do impasse histórico contra o qual o autor se debate. Se o primeiro diagnostica o apagão da era tucana e, com ele, o eclipse da tradição crítica brasileira, o último procura dar conta da conversão suicida do recém empossado governo Lula ao fundamentalismo da ortodoxia econômica. Mergulhamos assim num mundo invertido em que o centro cada vez mais parece a periferia, o discurso marxista aparece como instrumento da classe dominante e a ameaça destrutiva à ordem não vem de baixo mas de cima. Levando a sério a constatação de que esquerda já não conta mais com “a bússola das palavras ‘significativas’ que lhe permitiam balizar o caminho da emancipação”, o livro se dedica a repensar do zero (à esquerda) o que significa fazer crítica da ideologia em pleno regime de “pensamento único”. Aliás, emenda o autor, recapitulando as reformulações pelas quais teve que passar o marxismo ocidental para atinar com as singularidades da nossa dinâmica periférica, a um só tempo arcaica e moderna de nascença, recomeçar do zero é conosco mesmo. Diante da hegemonia de um imperialismo de novo tipo, ancorado no solo movediço da emissão do dinheiro mundial, desde 1971 lastreado em nada além do puro poderio militar, os ensaios disparam tanto contra os apologetas da globalização quanto contra o mote da formação nacional incompleta. A aludida ausência de referenciais fixos imposta pelas circunstâncias se faz sentir na vertigem da escrita, que articula questões aparentemente díspares como a brasilianização do mundo, o elo entre experiência intelectual e imaginário nacional, a gramática empresarial das ONGs, a atualidade do Manifesto Comunista e de maio de 1968, a recepção brasileira da obra de Marcuse, o sentido dos termos utopia e revolução hoje, a estetização do dinheiro, a espetacularização da instituição artística e a “individualidade sitiada” do sujeito-consumidor no capitalismo de imagens. Na filigrana, vai sendo atualizado para o capitalismo do século XXI o diagnóstico frankfurtiano de uma sociedade sem oposição em que a “realidade converte-se em ideologia de si mesma”. Afinal, o que resta para a esquerda uma vez que o desenvolvimento das forças produtivas engoliu, junto com a sociedade do trabalho, o próprio horizonte evolutivo que animava não só o positivismo dos liberais como a dinâmica de luta de seus antagonistas socialistas? A resposta, é claro, fica por conta do leitor. (Resenha de Artur Renzo) Palavras-chave: brasilianização; globalização; comunidades imaginadas; nacionalismo; nação; Benedict Anderson; Herbert Marcuse; Jürgen Habermas; Ernst Bloch; Robert Kurz; Slavoj Žižek; 1968; FHC; Lula; arte contemporânea; ONG; Banco Mundial; sociedade do risco; utopia; revolução; crítica da ideologia; fetichismo; imperialismo; Tradição Crítica; pensamento único; pensamento paulista; utopia; revolução.


Navegações ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (1) ◽  
pp. e37603
Author(s):  
Mariane Pereira Rocha ◽  
Ariane Avila Neto De Farias ◽  
Ânderson Martins Pereira

Essa pesquisa visa entender o conceito de nação na poesia de Carlos Drummond de Andrade, principalmente na década de 1930, quando o poeta era fortemente influenciado pelo movimento modernista — conhecido pela sua valorização àquilo que era nacional. Para isso, analisamos os poemas: “Também já fui brasileiro” e “Europa, França e Bahia” de Alguma poesia (1930), a partir das questões sobre nação e nacionalismo levantadas por Benedict Anderson (2008). Além disso, em um segundo nível de análise, buscar-se-á entender a relação que o poeta determina entre o global e o local, considerando as reflexões estabelecidas por Stuart Hall (2014). Para tanto, selecionamos os poemas “Cidadezinha qualquer”, também de Alguma poesia (1930), e “Confidência do Itabirano” de Sentimento do mundo (1940). A partir destas análises, evidenciam-se algumas contradições no eu-lírico drummondiano que, frequentemente, parece não ser capaz de se identificar nem com seu país, nem com os demais lugares; refletindo sempre um desencontro com seu tempo, característica que conforme lembramos, é uma das marcas da poesia do poeta mineiro.


2021 ◽  
pp. 1-27
Author(s):  
Luis Enrique Escamilla Frias
Keyword(s):  

Con base en que en el hecho de que existen narraciones sobre las que se sustentan las configuraciones de las naciones (Benedict Anderson), este trabajo analiza la propuesta de la novela Las aventuras de la China Iron de revisar sobre qué narración se han edificado ciertas nociones de “lo argentino”, particularmente en cuanto a las construcciones de los géneros hombre y mujer. Para llevar a cabo tal análisis, este trabajo se divide en dos grandes partes: la primera es una revisión sobre masculinidades y género en el Martín Fierro —el texto fundacional de Argentina—, y la segunda se trata de un estudio de las propuestas que la novela de Cabezón Cámara lleva a cabo para dislocar los conceptos de nación, masculinidades y autoría, que se gatillan en la obra de José Hernández y que, a través de distintas operaciones convenientes al status quo, se fueron osificando en aquel país.


2021 ◽  
Vol 9 (4) ◽  
pp. 41-47
Author(s):  
Shaista Shahzadi ◽  
Muhammad Hanif ◽  
Ali Ahmad ◽  
Hira Ali ◽  
Mehnaz Kousar

Purpose of the study: The main purpose of this study is to analyze the novel The Golden Legend by Nadeem Aslam in the light of the concept of Nationalism given by Benedict Anderson in Imagined communities. Methodology: The entire data is evaluated by the entire text related to nationalism. This research is based on qualitative research skills. The basic resource of this research is the novel of Nadeem Aslam, named The Golden Legend. Further, the other resources used in this research are the journals or the articles regarding or reflecting the explanation of this novel (The Golden Legend). Main Findings: The findings depict a wonderful series of characters who have humanity in their hearts; they have love and respect for others, either the other person is from their religion or a different one. It is a story of sorrow and the game of religions in the world which is being played under the acts of the political authorities. Applications of this study: This study can be applied to the nationalism literature. Novelty/Originality of this study: The study is one of its kind because, after a careful analysis of the literature available, it is safe to say that no study is done up till now on analyzing the concept of nationalism in the Golden Legend.


2021 ◽  
Vol 16 (27) ◽  
pp. 104
Author(s):  
João Vitor Pinto Ferreira ◽  
Carlos Eduardo Marquioni

O RAP é uma base do movimento Hip-Hop; no artigo, o gênero musical é analisado culturalmente (Raymond Williams) considerando o compartilhamento de significados observado entre os indivíduos que estabelecem uma espécie de “comunidade imaginada” (Benedict Anderson) de abrangência global a partir da música, que conta com adaptações a contextos locais. A partir de contextualização histórica, são apresentados casos de ocorrência do RAP no Brasil que evidenciam – complementarmente às (ou para além das) críticas sociais do gênero (eventualmente confundidas pelo senso comum como apologia ao crime) – casos de manifestações de afeto que permitem estabelecer relações com as origens do gênero musical. RAP and Communication: global imagined communities materialized in local communicational practices and processesAbstractRAP music is one basis of Hip-Hop movement; in this paper, the musical genre is analyzed culturally (Raymond Williams), from the sharing of meanings observed between the individuals that pertain to a kind of global “imagined community” (Benedict Anderson) established from the musical genre that has adaptations to local contexts. Starting from a historical contextualization of RAP music, the paper presents cases of its occurrence in Brazil that materialize affect manifestations, enabling to relate contemporary occurrences of RAP with the origins of the musical genre – complementarily to (or even beyond) the usual RAP’s social critics (typically mistaken for apology for crime in commonsense). Keywords: RAP; hip-hop; culture; imagined communities; communication.


2021 ◽  
Author(s):  
Alfian Widi Santoso ◽  
Moses Glorino Rumambo Pandin

Joss Wibisono has recorded well every time Benedict Anderson writes something, especially in terms of language. Of course, Ben Anderson (Benedict shortened to Ben) is an Indonesian specialist, who is super critical (in this topic, of course, criticism in terms of language). Ben Anderson, who is an observer of Indonesia, on the other hand is also a person who truly loves Indonesia. It can be said that he contributed his writings on Indonesia which is very legendary in the Indonesian intellectual group. Therefore, Joss Wibisono here tries to reveal politics in Indonesian using Ben Anderson's perspective. Of course, the main purpose of this is to be read and then reviewed by readers, this book is to remember Ben Anderson himself as a friend and a supercritical Indonesian intellectual.


2021 ◽  
Vol 42 (1) ◽  
pp. 13
Author(s):  
Clenir da Conceição Ribeiro ◽  
Eliana da Conceição Tolentino

Este trabalho tem como objetivo um estudo da obra O vento assobiando nas gruas (2007), da escritora portuguesa Lídia Jorge. O romance metaforiza, por meio da protagonista Milene Leandro, a nação lusitana, pós Revolução dos Cravos (1974), que oscila entre a grandiosidade do império e as transformações decorrentes desse acontecimento. Milene, diagnosticada com oligofrenia- doença que consiste na interrupção do desenvolvimento da inteligência- pode simbolizar uma nação com memória fantasiosa que lida mal com o passado beirando o esquecimento. Além disso, em um diálogo com a história do período colonial português, intentamos um estudo da memória nacional e seus desdobramentos com a descolonização. Para a efetivação da pesquisa, recorreremos a teóricos, como Beatriz Sarlo (2007), Jacques Le Goff (2003) e Pierre Nora (1993) para problematizar a relação entre história e memória. Maurice Halbwachs (1990) para visitar a memória coletiva, bem como a Benedict Anderson (2005), Ernest Renan (2005), Bhabha (1998) e Wander Melo Miranda (2010) para abordar nação e Eduardo Lourenço (1998) para situar o contexto português pós-74.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document