Revista Ética e Filosofia Política
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Published By Universidade Federal De Juiz De Fora

2448-2137, 1414-3917

2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 2-4
Author(s):  
Andrew Pinsent

Interview with Andrew Pinsent, Director of the Ian Ramsey Centre for Science and Religion, University of Oxford.


2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 155-162
Author(s):  
Humberto Schubert Coelho

O termo transcendência tem conotações fortemente dualistas na concepção do senso comum, na qual ele é oposto de maneira dualística à imanência. Consequentemente, tanto concepções populares quanto especializadas do transcendente atribuem-no ao celestial, supramundano ou espiritual, e, portanto, matéria do discurso poético ou religioso. Ao passo em que este entendimento usual do termo justificou (historicamente) e é de fato incompatível com as tentativas de domesticação ou eliminação da metafísica da meditação filosófica contemporânea, outras significações são possíveis. Uma famosa e bem-sucedida visão sobre a transcendência é a hegeliana, segundo a qual a transcendência não apenas é constituída intersubjetivamente como a universalidade das coisas como também dialeticamente codependente do concreto e do imanente. Palavras-chave: Transcendente; Objetividade; Concretude; G. W. F. Hegel.


2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 5-16
Author(s):  
José Mauricio de Carvalho
Keyword(s):  

Neste artigo vamos examinar a influência das teses do filósofo Martin Buber na antropologia e psicologia de Viktor Frankl. Trata-se de influência amplamente admitida pelo psiquiatra. Começa-se indicando como as teses fundamentais de Buber sobre a intersubjetividade foram apreendidas e mencionadas por Frankl para, em seguida, mostrar como essas ideias abrem espaço para uma interpretação psicológica de um fenômeno histórico e filosófico, o do eclipse de Deus da consciência do homem ocidental. O que se procura indicar é que a noção Deus inconsciente corresponde à leitura psicológica do conceito buberiano de eclipse de Deus.   Palavras-chave: Inconsciente espiritual – Eclipse de Deus – Psicologia


2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 29-67
Author(s):  
Jéverton Soares dos Santos
Keyword(s):  

Este texto faz parte dos esforços do autor de empreender uma hermenêutica messiânica do pensamento de Theodor Adorno. Assim sendo, o objeto deste artigo é o mote do capitalismo como religião que aparece de uma forma marginal no interior da tradição do marxismo ocidental e que foi, recentemente,  rearticulado pela pesquisa seminal de Michael Löwy.  Para isso, este artigo procurou resgatar alguns motivos messiânicos de História e Consciência de Classe (Introdução). Feito isso, almejou-se mostrar como Adorno procurou cobrir as lacunas filosóficas da obra de Lukács a partir da noção de reconciliação (Seção 1). A seguir, mostrou-se como a Minima Moralia faz uma crítica intra e extratextual à hipóstase do trabalho como redenção, oriunda de uma tradição teológica que remonta à divinização do sofrimento cujo paradigma é a Magna Moralia, obra patrística sobre a personagem bíblica de Jó (Seção 2). Assim, constatou-se que várias observações adornianas sobre o caráter infernal do capitalismo coincidem com as atuais – e não menos perturbadoras – reflexões do filósofo germano-coreano Byung-Chul Han e sua caracterização da sociedade neoliberal como uma sociedade do cansaço não-redentor (Seção 3). Sendo assim, demonstrar-se-á como o ensejo utópico de uma sociedade-sem-trabalho, resgatado de forma brilhante por Han, corresponde com as aspirações da filosofia da redenção de Adorno (Seção 4). Por último, a partir do paradigma judaico do “Shabat”, analisar-se-á a defesa de Han e Adorno de uma utopia sabática como protótipo do fim do capitalismo como religião (Seção 5).   Palavras-chave: capitalismo como religião; reconciliação; trabalho; utopia sabática;


2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 68-105
Author(s):  
Marta Luzie de Oliveira Frecheiras

“Teologia moral contemporânea: ética e hermenêutica em 1Jo 2,15-17” propõe uma reflexão acerca das questões morais que assolam a humanidade. Traça rotas de investigação para a compreensão da moral nos livros bíblicos, detendo-se nas Cartas Católicas – aspectos principais da primeira Epístola de João – e realiza uma análise particular da ética na hermenêutica de 1Jo 2,15-17, a fim de poder demonstrar que o papel da teologia moral católica na contemporaneidade é o de “humanizar” o ser humano, reafirmando que não há outro modelo a ser seguido a não ser Jesus Cristo.   Palavras-chave: Ética e moral; Bíblia e moral; ética religiosa; ética cristã; mundanidade.


2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 117-154
Author(s):  
Daniel de Vasconcelos Costa

Há um longo debate se argumentos religiosos deveriam ser aceitos ou não em um debate público bioético em sociedades democráticas. A crítica central à participação de argumentos religiosos na bioética concerne a sua incapacidade de ser compartilhada socialmente. O presente artigo defende que argumentos baseados em crenças religiosas poderiam ser aceitos em um debate público bioético se os fundamentos destas crenças religiosas possam ser traduzidos em uma linguagem secular. Para tanto, será analisado como a relação entre premissas e conclusões em argumentos se dão, assim como a relação doxástica das premissas e conclusões, de forma a justificar que um processo de tradução seria possível. Em seguida, visando exemplificar como essa tradução poderia se dar, as críticas sobre o aprimoramento humano feitas por Michael Sandel e Jürgen Habermas serão analisadas. Por fim, com base na análise das críticas de Sandel e Habermas, será defendido que este processo de tradução seria possível e que ele poderia, ainda assim, inserir elementos religiosos nos argumentos bioéticos desde que estes não fossem o cerne do argumento.   Palavras-chave: bioética; aprimoramento humano; religião na bioética; razão pública


2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 17-28
Author(s):  
Felipe B. Zandoná

O presente trabalho pretende apresentar ao leitor uma aproximação entre a moral e a alienação a partir de um diálogo entre o jovem Hegel e Nietzsche. O objetivo geral do artigo é demonstrar - para além das divergências filosóficas - que o Hegel da juventude e Nietzsche possuem um cerne crítico comum no trato da moral. Como objetivo específico, o artigo pretende demonstrar que este cerne crítico da moral passa, primordialmente, pela crítica religiosa e, em especial pelo fenômeno da alienação. Na intenção de atingir os objetivos aqui traçados, tomaremos por base, inicialmente, a alienação como manifestada por Hegel nos seus escritos teológicos de juventude, em especial nas obras O positivismo da religião cristã e O espírito do cristianismo e seu destino. Importante será, na seqüência do trabalho, a crítica religiosa feita por Nietzsche na Genealogia da moral, já que possibilitará uma análise conjunta das duas filosofias e nos levará a um desfecho final do trabalho onde, como conclusão, pretenderá se demonstrar que os efeitos da alienação no jovem Hegel possuem claras semelhanças para com os efeitos da moral em Nietzsche.     Palavras-chave: Hegel. Nietzsche. moral. Alienação


2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 163-179
Author(s):  
Cláudia Toledo

Analisam-se, neste artigo, o conceito de casos trágicos e suas diversas implicações com base no pensamento de Manuel Atienza, um dos juristas que mais se dedicou à matéria, e de Robert Alexy, cuja obra é uma das principais referências na Filosofia do Direito contemporânea. Demonstra-se então a improcedência das afirmações centrais de Atienza relativas a casos trágicos (inexistência de resposta correta, limitação da racionalidade jurídica, opção pelo mal menor), segundo os parâmetros desenvolvidos por Alexy (correção, racionalidade, argumentação jurídica, direitos humanos). Com fundamento na obra alexyana, justifica-se a conclusão contrária em relação a casos trágicos, ou seja, são casos em que há respostas corretas. Tais respostas possuem ainda a especificidade de serem opostas entre si.   Palavras-chave: Casos Trágicos. Teoria da Argumentação Jurídica. Pretensão de Correção. Racionalidade. Estado Democrático de Direito.


2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 106-116
Author(s):  
Marcelo de Sant'Anna Alves Primo

Que Sade foi um filósofo, literato e ateu não se tem a menor dúvida. Nesse sentido, o objetivo do presente artigo é mostrar como se articulam as três facetas supracitadas do marquês na leitura do seu texto inaugural Diálogo entre um padre e um moribundo, de 1782. Através do estilo e estrutura clássicos do diálogo, o escritor desfere contundentes ataques, ambientado em uma alcova, resultando em: 1) a crítica à exploração do medo nos homens pelos cristãos no momento da morte; 2) e, consequentemente, recusa a existência de deus quando opõe a razão e os sentidos às quimeras religiosas. Contudo, Sade vai muito mais além do que usar a arte do diálogo filosófico para encarar tête-à-tête os dogmas da religião: a defesa de uma postura serena diante da morte não significa ficar somente no plano do discurso, já que o subverte introduzindo a ação em vez de explicar através de conceitos o que seria a natureza corrompida do homem. Logo, podemos concluir que o Diálogo passa dos limites de uma simples manifestação literária do materialismo ateu sadeano sendo, na verdade, um autêntico escrito de resistência que, tendo como marco inicial o desamparo do homem, afirma o corpo para superá-lo explorando os prazeres corporais ao extremo. Palavras-chave: Sade. Filosofia. Literatura. Ateísmo.


2021 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 180-208
Author(s):  
Manfred Frank
Keyword(s):  

É uma descrição sóbria o fato de que nenhuma voz filosófica da filosofia alemã pós-fascista em todo o mundo, sobretudo nos Estados Unidos, é levada tão a sério, discutida tão profundamente e admirada por tantos quanto a habermasiana. Isto não se deve apenas ao espírito democrático fundamental (raro na tradição alemã) que respira a partir dela. Nenhuma outra posição filosófica hoje presente reagiu com comparável flexibilidade e amplitude às mudanças dos sistemas de crenças e sensibilidades contemporâneas quanto a habermasiana. O conceito de comunicação, em seu ponto central, também abre espaço para o defensor da subjetividade contra aquilo que é cultuado entre seus menosprezadores e, de fato, parece igualmente imune a uma série de tentativas reducionistas rejeitadas a seguir. Quando eu, no entanto, - após a apresentação das minhas próprias convicções – declaro haver um déficit filosófico sobre subjetividade na teoria de Habermas, faço com a consciência de que os argumentos nunca são “definitivos” ou “conclusivos” (cf. NOZICK, 1981, pp. 4), na verdade, as teorias nunca são definitivamente refutadas. Temos, diz David Lewis, de pagar um preço (LEWIS, 1983, p. X) por continuar a defendê-las contra os nossos adversários. Nas próximas quatro seções explicarei como concebo uma teoria consistente de subjetividade, e numa quinta justificarei porque é que o preço que esta teoria teria de pagar ainda me parece demasiado elevado se quisesse aderir ao paradigma da “razão comunicativa”.


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