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Published By Edufu - Editora Da Universidade Federal De Uberlandia

1980-5799, 1980-5799

2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 327-361
Author(s):  
Serenella Zanotti ◽  
Marileide Dias Esqueda ◽  
Fernando Franqueiro Gomes
Keyword(s):  

Stanley Kubrick foi um dos poucos diretores de cinema que desempenhou um papel ativo na criação de versões fílmicas em língua estrangeira. Após a produção e direção de Laranja Mecânica, ele escolheu pessoalmente o diretor de dublagem para todas as versões dubladas e desempenhou um papel ativo na escolha do elenco de vozes (CHIARO, 2007; NORNES, 2007). Analisando uma variedade de fontes, este capítulo visa ilustrar a gênese das versões dubladas dos filmes de Kubrick, enfatizando o papel do diretor de cinema e seu nível de intervenção no processo de produção. Argumentar-se-á que, ao supervisionar todos os aspectos do processo de dublagem, Kubrick conferiu um status especial aos lançamentos em língua estrangeira de seus filmes, que devem ser considerados como versões autorizadas, às quais foi imposta uma marca autoral extraordinariamente inequívoca.


2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 230-254
Author(s):  
Geraldo José Rodrigues Liska ◽  
Breno Oliveira Correia
Keyword(s):  

Este artigo apresenta uma análise cultural do falar de uma das cidades do sul do estado de Minas Gerais, Campo do Meio. Informações sobre topônimos, tradições orais e expressões idiomáticas foram coletadas entre os falantes do munícipio a fim de demonstrar as peculiaridades linguísticas desse povo interiorano. Para isto, foi utilizado como referencial teórico a Semântica de Contextos e Cenários (SCC), concepção de semântica que toma como base a ideia de que uma língua natural é um sistema socializado e culturalmente determinado de representação de mundos e seus eventos. A pesquisa, realizada em etapas, culminou nos seguintes procedimentos: coleta de material bibliográfico, seleção de materiais, entrevistas e transcrição de dados.  Buscamos demonstrar um trabalho sobre estudos linguísticos de caráter cultural e resgatar um pouco da cultura de um povo, perdida dia após dia.


2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 93-123
Author(s):  
André Silva Oliveira

Neste trabalho, objetivamos descrever e analisar as diferentes modalizações (epistêmica, deôntica, volitiva e facultativa) e seus usos distintivos (sobremodalização, remodalização e comodalização) como estratégias argumentativas nos livros de autoajuda do Papa Francisco. Para isso, recorremos à tipologia das modalidades de Hengeveld (2004) e aos trabalhos relativos aos usos distintivos da modalização, no caso, Corbari (2016), Valentim (2017) e Gasparini-Bastos e Brunelli (2019). Após a análise dos livros, concluímos que as diferentes modalizações servem para confirmar informações pragmáticas já compartilhadas entre o líder religioso e os fiéis (epistêmica), instaurar avaliações subjetivas de regras e normas de conduta (deôntica), expressar capacidades e habilidades com o poder do divino (facultativa) e manifestar o que é desejável por parte da divindade (volitiva). Em relação aos usos distintivos, a comodalização é empregada para asseverar ou mitigar os conteúdos modais engendrados no discurso, enquanto a sobremodalização busca sobrepor a subjetivação de um conteúdo modal sobre o outro. Por seu lado, a remodalização pretende asseverar os valores modais expressos, mostrando a necessidade de concretização do evento descrito pelos predicados que estão sob a incidência do modalizador.


2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 41-69
Author(s):  
Amanda Maraschin Bruscato ◽  
Jorge Manuel Evangelista Baptista

Este artigo dá continuidade a um estudo piloto e compara os dados obtidos com falantes portugueses e brasileiros na tarefa de resolução de ambiguidade anafórica em português, inglês e espanhol. As respostas foram comparadas, também, às respostas de falantes nativos das línguas estrangeiras. A análise baseia-se em um questionário online respondido por 52 estudantes universitários no Brasil e em Portugal. O instrumento investigou a resolução de anáfora intrafrásica, considerando como variáveis a ordem das orações, a saliência ou não do sujeito, e a escolha dos verbos. Concluiu-se que, em português e espanhol, os falantes pareciam seguir a Estratégia da Posição do Antecedente (CARMINATI, 2002) nas frases consideradas “neutras” semanticamente, mas não nas “tendenciosas”. Em relação à língua inglesa, os falantes nativos tendiam a interpretar o pronome em posição de sujeito da oração subordinada como correferente ao sujeito da oração principal. Os aprendizes de inglês, por outro lado, mostraram-se geralmente indecisos quanto à melhor alternativa. Esta pesquisa contribui para o estado da arte não apenas por explicitar critérios para a construção das frases do teste e por realizar um estudo comparativo em três línguas, mas também por tentar demonstrar, com dados quantitativos, que, ao determinar a escolha dos verbos, altera-se a estratégia utilizada para a resolução da ambiguidade.


2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 255-297
Author(s):  
Humberto Meira de Araujo Neto ◽  
Miguel Oliveira Jr.

A capacidade de segmentar atividades contínuas em partes é um componente importante para compreender as narrativas. Estudos mostram que durante a percepção de uma atividade, seja realizada ou narrada, as mudanças nas características apresentadas na fonte de percepção atuam como chaves para a segmentação de fatos significativos. Neste estudo de revisão, observamos como as mudanças de situação (tempo, espaço, caráter, objeto, objetivo e causalidade) e físicos (marcas linguísticas) atuam no processo de segmentação de narrativas, com o objetivo de mostrar como as línguas de sinais compartilham características linguísticas e não linguísticas que atuam como pistas de demarcação de fronteiras no mecanismo de segmentação de eventos.


2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 210-229
Author(s):  
André Antonelli

The paper investigates the syntactic structure of wh-clauses in late Latin. The results show that, in sentences with a wh-phrase as direct object, the interrogative operator reaches FocP in the left periphery, with the finite verb raising to the Foc head. This spec-head relation accounts for why subjects and dislocated XPs (like topics or focus elements) can not be intervening constituents between the object wh-phrase and the verb. For wh-clauses in which the interrogative operator is an adjunct, the hypothesis is that the wh-phrase occupies [Spec,IntP]. Here, the verb does not move to the CP-field, thus explaining the possibility of intervening subjects and interpolated XPs between the adjunct wh-element and the verb. These results show that the verb second (V2) property of V-to-C movement, as seen in several old Romance languages, can be derived from late Latin, and not exclusively from a supposed influence of Germanic languages, as is assumed in the literature.


2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 154-182
Author(s):  
Gabriele Cristine Carvalho

Entendendo, como Possenti (2001, 2013), que os textos escolares podem apresentar traços de autoria e, como Orlandi (2012), que é papel da escola promover a passagem do sujeito-enunciador para sujeito-autor, este artigo apresenta uma proposta de trabalho do tema bullying para o gênero Redação do ENEM, que favorece o desenvolvimento de marcas de autoria. Entretanto, como normalmente a escola apresenta um discurso pedagógico autoritário, que impede essa passagem, nossa proposta se fundamenta em um discurso pedagógico polêmico que promove a reversibilidade discursiva e a disputa do objeto discursivo (ORLANDI, 1987b). À luz da Semântica da Enunciação, desenvolvida por Dias (2018) e Guimarães (2002), definimos autoria como uma função enunciativa que delimita um ponto de vista (um posicionamento político que reorganiza o “real”), o qual organiza os referenciais históricos (o funcionamento da memória discursiva sócio-histórica) e os conforma à situação de palavra (no caso, a Redação do ENEM). A análise da redação de um aluno do 1º ano do ensino médio demonstra os benefícios da proposta adotada.


2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 124-153
Author(s):  
Márcia Tavares Chico ◽  
Roberta Rego Rodrigues
Keyword(s):  

Ao lançar mão da Estilística Tradutória, da Tradução Intermodal, da Linguística Sistêmico-Funcional, da Gramática do Design Visual e dos Estudos das Cores, este artigo tem por objetivo investigar a linguagem verbal e não-verbal em um excerto de Ms. Marvel, Volume 1: No normal e em duas traduções para o português brasileiro e europeu, consoante a metafunção interpessoal. Utilizaram-se cinco abas de uma planilha em formato XSL. Nas três primeiras abas, relativas à linguagem verbal, foram usadas as categorias Fornecimento, Demanda, Informação, Bens e Serviços, Modalização e Modulação. Na quarta aba, relacionada à linguagem não-verbal, foram empregadas as categorias Oferta, Demanda e Termos Básicos de Cores. Na quinta aba, também vinculada a essa linguagem, foram identificados os Termos Básicos de Cores mais frequentes nos painéis selecionados. Houve a quantificação das categorias que receberam “sim” através de uma função do programa Microsoft Excel nas quatro primeiras abas. No que concerne à quinta aba, a quantificação dos Termos Básicos de Cores mais recorrentes foi feita manualmente. Os resultados apontam que, no tocante às categorias utilizadas para a linguagem verbal, o texto-fonte e os textos-alvo são idênticos. Os resultados também indicam que, em relação aos painéis, a Oferta é mais frequente que a Demanda, coadunando com os dados da linguagem verbal, em que o Fornecimento se manifesta com mais regularidade. Pode-se concluir que, quanto à linguagem verbal, encontram-se diferenças entre o texto-fonte e os textos-alvo sob uma perspectiva microtextual; e que, em grande parte, observou-se uma consonância entre os modos semióticos verbal e visual no excerto analisado.


2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 183-209
Author(s):  
Gisele Benck de Moraes ◽  
Mariane Rocha Silveira
Keyword(s):  

O presente estudo tem como objetivo principal examinar o desempenho de universitários de uma instituição de ensino localizada no interior do estado do Rio Grande do Sul a respeito de questões de leitura em língua espanhola, de nível básico, e ponderar os estilos de questões propostas, assim como os requisitos mínimos esperados que devem ser atingidos pelos alunos ao realizar a prova e responder cada questão. Para tanto, em primeiro lugar, expõe-se um recorte teórico sobre as proposições de leitura e seus distintos níveis sob a perspectiva de Kleiman (2000, 2007) e de Platão e Fiorin (2002). Em seguida, são levantadas algumas questões acerca da coesão textual, especificamente sobre a coesão por referência e por uso de conectores, com o auxílio teórico de Koch (2003, 2006) e Halliday e Hasan (1976). E, por fim, realiza-se a análise da avaliação, a qual estava composta por dois textos escritos em língua espanhola e por questões de compreensão textual escritas em língua materna. Os resultados apontam que os alunos mostram dificuldade, principalmente, para a assimilação de seus conhecimentos linguísticos, o que pode comprometer seu desempenho em instrumentos avaliativos, como no caso da prova de competência escolhida para a análise.


2022 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 70-92
Author(s):  
Diego Fernando de Oliveira

O EPPLE (Exame de Proficiência para Professores de Línguas Estrangeiras) é um instrumento avaliativo em constante aprimoramento (CONSOLO e TEIXEIRA DA SILVA, 2014; COLOMBO, 2019) que se volta para a avaliação da proficiência do professor de LE no contexto brasileiro. Atualmente, o EPPLE possui apenas uma escala holística para a avaliação do desempenho oral de candidatos, desenvolvida intuitivamente. Dessa forma, é necessário que se construa uma escala de proficiência analítica empiricamente embasada para a produção de um argumento para a validade dos critérios avaliativos que classificam os desempenhos orais no exame. A precisão do vocabulário empregado, entre outros construtos da competência linguística, é de extrema importância para a proficiência oral do professor de LE, uma vez que o professor ensina a LE utilizando a língua-alvo em contextos comunicativos (FREEMAN et al., 2015). O presente estudo apresenta resultados da aplicação dos EBBs (Empirically derived, Binary choice, Boundary definition scales), metodologia empírica para o desenvolvimento de critérios avaliativos e escalas de proficiência linguística desenvolvida por Upshur e Turner (1999), em amostras do banco de dados do EPPLE. A partir da análise, construiu-se de um quadro de critérios empiricamente verificáveis para a avaliação da precisão do vocabulário empregado pelos candidatos do exame, assim como desenvolveu-se uma escala de proficiência analítica que contempla a coerência do vocabulário empregado, o uso preciso de terminologia técnica e o (re)conhecimento de palavras-chave relacionadas à tarefa metalinguística.


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