Complexitas – Revista de Filosofia Temática
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

85
(FIVE YEARS 67)

H-INDEX

1
(FIVE YEARS 0)

Published By Universidade Federal Do Para

2525-4154

2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 80
Author(s):  
Josep Pont Vidal

Cada época, cada fenômeno social e coletivo, deixa impactos e mudanças visíveis nas sociedades. A pandemia Covid-19 que a humanidade tem sofrido deixou impactos devastadores nos níveis coletivo e individual e em todas as áreas (saúde, economia, trabalho). Como podemos definir esta era de incerteza? O que podemos aprender em um nível conceitual? Para responder a essas questões, é necessário levantar não apenas a incerteza, mas também a forma como as decisões são tomadas, ou seja, a contingência. Nós expomos e analisamos tal conceito na filosofia e na sociologia.


2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 36
Author(s):  
Eduardo Dos Santos Pereira
Keyword(s):  

Internet das Coisas (Internet of Things - IoT) vai muito além da conexão de equipamentos diversos, como lâmpadas e sensores de temperatura, a rede mundial de computadores. Uma das grandes visões ligadas a essa tecnologia está na possibilidade de usar o fluxo de dados desses equipamentos para gerar sistemas que tomam decisões de forma autônoma. Como por exemplo, uma geladeira conectada a rede poderia fazer compras de forma automática, baseada nos costumes de uma família. Por outro lado, uma perspectiva interessante é de que num futuro relativamente próximo, devido ao avanço acelerado do desenvolvimento tecnológico, uma superinteligência artificial poderia emergir. Esse ponto de ruptura é conhecido como singularidade tecnológica. Neste contexto, o presente artigo é apresentado na forma de um ensaio teórico, o qual busca refletir em como a IoT poderia alcançar a singularidade tecnológica e como isso implicaria na redução do livre arbítrio a nível de sociedade.


2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 105
Author(s):  
Rebeca Míriam Siqueira Coelho

Neste artigo, irei abordar como tem decorrido a vida desde os momentos precedentes ao surgimento da pandemia da COVID-19, assim como a sua consequente quarentena. Este artigo será completamente subjetivo, escrito em 1° pessoa do singular, visando exprimir ao máximo as percepções obtidas por mim, a autora. As referências bibliográficas serão pautadas por obras literárias, pois ao meu ver, a literatura pode deixar com suas metáforas e analogias, aproximar-se das emoções e afetos sentidos neste período. Já que a pandemia se dá por catalogada em dezembro de 2019, eu achei juz iniciar meus apontamentos a partir de setembro de 2019, alguns meses anteriores ao fato histórico, quando ocorre um grande marco na minha vida: o suicídio da minha melhor amiga, vindo um episódio parecido a se repetir, com outro suicídio há poucos dias após o primeiro. O ano de 2020 tem sido para nós habitantes deste planeta, um grande aprendizado, apesar de tantas perdas e dores. No meu caso, está sendo apenas a continuação de 2019. O atual ano está sendo de reformulações e frustrações contínuas, até que haja uma estabilização de tanto caos. O futuro ainda se demonstra incerto, podemos nele lançar a luz de que possa vir a vacina para combater o avanço do contágio. Isso só pode ser possível através de um investimento nas ciências. Mas ainda focando no presente, entretanto, sem perder as esperanças de dias melhores, devemos agir e manter comportamentos saudáveis, buscar mais informações e fazermos diariamente formas de estarmos mentalmente bem, cultivando sempre que pudermos, e tivermos consciência para tal, pensamentos positivos, sem, é claro, deixar de extravasar a dor, manter a catarse e liberação daquilo que não nos deixa confortáveis consigo próprio. A Psicologia, exercício que escolhi para minha vida, nunca foi tão necessária e melhor recomendável para enfrentar estes momentos avassaladores.  


2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 20
Author(s):  
João Batista Magalhães Prates

O presente trabalho destina-se a apresentar o percurso histórico da passagem da ciência aristotélica das qualidades para a ciência das quantidades, enxergando nessa transformação um momento essencial para a nossa contemporaneidade do fazer científico. O palco em que se ensaia tal inversão é o Renascimento. Traçaremos alguns passos dessa história, dando ênfase, sobretudo, à revolução de uma disposição ou perspectiva que até então imperava, seguida de uma outra, revolução metodológica, que se deram naquele período e estabeleceram algumas características imprescindíveis à gradual realização da ciência contemporânea.


2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 56
Author(s):  
Rodrigo Vieira de Almeida
Keyword(s):  

O presente artigo pretende tecer algumas considerações acerca de uma importante distinção operada por Peirce no interior da sua abordagem sinequista do ser humano, a saber, a distinção entre os conceitos de personalidade e pessoa. A definição peirciana da personalidade como consistindo em um tipo de coordenação ou conexão entre ideias (Cf. W 8.154) será analisada, levando em consideração a sua unidade e o fundamento ontológico que a justifica. A partir dessa análise, procurar-se-á explicitar, no espaço aqui disponível, porque apenas o fenômeno da personalidade, mesmo em sua persistência enquanto feixe de hábitos, não é suficiente para também explicar como alguém permanece sendo a mesma pessoa durante qualquer duração, independentemente das modificações que venha a sofrer. Surge, assim, a necessidade de se abordar como se dá a unidade da pessoa, como algo distinto da unidade da personalidade. Revelar-se-á que o conceito de pessoa, em Peirce, exige a realidade de uma unidade sucessiva de estados de consciência, que costuma ser expressa como “eu”. Qual a natureza dessa unidade e como ela também se encontra devidamente assentada na ontologia realista/idealista de Peirce é o que, enfim, buscaremos clarificar.


2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 1
Author(s):  
Antônio Sérgio da Costa Nunes ◽  
Beatriz Da Silva Ferreira

2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 96
Author(s):  
Arnaldo Pinto Guedes de Paiva Neto

O artigo põe em debate se haveria uma forma científica de explicar a existência de Deus ou deuses. O objetivo do trabalho é responder se diferentes religiões e crenças poderiam se aliar de forma pacífica com o cientificismo. Há uma necessidade constante de diplomacia para que sobrevivamos aos sentimentos impostos pela convivência em sociedade. A nossa proposta é de sermos um movimento intelectual, bioético e científico que tente encontrar um “denominador comum” para as diferentes formas de interpretar a existência e amparar a solidão que sentimos, visto que o Universo também tem sentimentos. A visão científica deste trabalho é em defesa da existência de diversas formas de interpretar os fatos científicos e religiosos. O estudo se baseia nos princípios de liberdade religiosa e dignidade humana. A evolução da humanidade caminha lado a lado com a conciliação entre os povos e enaltecimento dos direitos humanos.


2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 67
Author(s):  
Arnin Rommel Pinheiro Braga
Keyword(s):  

Segundo pesquisa feita nos meses de Abril e Maio de 2020, pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, 20,5% dos brasileiros que quebraram a quarentena alegaram ter feito isso por um motivo específico: o tédio. Esses dados são preocupantes quando comparados aos altos índices de mortes por COVID-19 nestes mesmos meses. Em outras palavras, muitos brasileiros preferiram arriscar a vida frente à possibilidade de contágio pelo novo coronavírus, do que conviver com o tédio. Neste sentido, este artigo buscará entender tal comportamento humano, visando explorar de forma fenomenológica as características do tédio tendo por base as análises do pensador austríaco Viktor Frankl, em sua obra Em busca de sentido. Segundo Frankl, o tédio se apresenta não como uma neurose psicogênica gerada por conflitos psíquicos, mas sim como neurose noogênica, isto é, relacionada com a questão do fracasso existencial e a questão do sentido da existência. Sendo assim, Frankl revela que o tédio – a faceta mais explícita do vazio existencial – pode apresentar uma noodinâmica, ou seja, um conflito entre a realidade concreta e os ideais do individuo que o levam a questionar-se sobre o sentido de sua existência. Este sentido não se caracteriza como uma invenção abstrata do sujeito, muito menos como algo externo dado pela cultura e suas tradições. Mas o sentido se mostra e é dado pela própria realidade concreta, que interpela o ser humano e lhe solicita uma resposta. Quando o ser humano responde a partir da autotranscendência, tal resposta é capaz de conferir sentido à sua existência. 


2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 47
Author(s):  
Norbert Fenzl

O artigo trata de uma análise sobre o contexto sócio-econômico e político da pandemia Covid-19, fundamentado no delírio neoliberal globalizado, que destrói a resiliencia dos países no enfrentamento de epidemias ou pandemias como aquela que estamos enfrentando agora.  O desmantelamento da saúde publica, desemprego, desnutrição e fome não somente enfraquecem o sistema imunológico do individuo, mas também o que podemos chamar de sistema imunológico da nação. Portanto, não adianta tratar a pandemia como uma simples questão de saúde publico e esperar a vacina como o salvador da pátria. Sem abordagem sistêmica, percebendo a verdadeira complexidade do assunto que é muito mais abrangente da questão virológica, não sermos capazes de tirar nenhuma lição sustentável desta pandemia.


2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 3
Author(s):  
Ricardo Evandro Santos Martins ◽  
Paulo Henrique Araujo da Silva

O presente trabalho busca investigar de que modo a crise causada pela pandemia do coronavírus afeta o compromisso dos Estados nacionais pela garantia e pela proteção dos Direitos Humanos de seus cidadãos, analisando se esses direitos, que em tese são inalienáveis e garantidos pelos Estados em qualquer situação, podem ter sua eficácia comprometida em regimes democráticos na ocorrência de uma situação emergencial tal qual a atual. Com base na perspectiva da crise dos Direitos Humanos apontada por Hannah Arendt e dos perigos políticos alertados por Agamben das medidas excepcionais tomadas durante a pandemia, esta pesquisa se propõe a demonstrar que o contexto pandêmico é de uma crise sanitária usada pelos Estados como meio para acentuar um modus operandi político que é antidemocrático, revelando ainda que a estruturação dos Direitos Humanos, ainda vinculados à soberania estatal, é bastante problemática considerando que é justamente o Estado, nessa situação, o ente interessando em violar tais garantias fundamentais. Para tanto, foi realizada pesquisa essencialmente bibliográfica. Os principais referenciais teóricos em Hannah Arendt foram os seus textos que versavam sobre as consequências decorrentes da condição dos apátridas previamente, em meio e após a Segunda Guerra Mundial, além suas críticas aos Direitos Humanos enquanto vinculados à emancipação nacional na forma da criação de um Estado soberano. Em Giorgio Agamben, foram utilizadas algumas obras que compõem o projeto Homo Sacer, além de algumas declarações proferidas antes, que versam sobre biopolítica e dos perigos de incorporar a segurança enquanto paradigma governamental, e durante a pandemia do coronavírus, em que o filósofo alerta que a pandemia e o estado de medo com ela difundido torna os indivíduos mais suscetíveis a permitirem a supressão de garantias tidas como fundamentais.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document