Princípios Revista de Filosofia (UFRN)
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Published By Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte - Ufrn

1983-2109, 0104-8694

2021 ◽  
Vol 28 (57) ◽  
pp. 9-33
Author(s):  
Felipe Cordova
Keyword(s):  

Em um ensaio que se tornaria clássico, Leo Strauss recolocou na ordem do dia a necessidade de se atentar para o que ele chamou de escrita nas entrelinhas, imperativo esquecido pela pesquisa histórica moderna, forjada num contexto em que a perseguição e a censura se encontravam já ausentes. O tipo de reflexão elaborado por Strauss, porém, já havia sido concebido pelos próprios autores modernos, que por vezes tematizaram sua escrita e os perigos envolvidos nessa atividade. Este trabalho toma como mote o discurso preliminar a O passeio do cético, de Diderot, onde o autor reflete sobre a situação do escritor em meados do século XVIII para, a partir daí, desdobrar uma linha temporal que permite dimensionar o alcance dessa reflexão.


2021 ◽  
Vol 28 (57) ◽  
pp. 143-157
Author(s):  
Fellipe Pinheiro de Oliveira

Considerando que tradicionalmente compreende-se essência como aquilo que a natureza da coisa é e sem a qual a coisa deixa de ser o que é, levanta-se nesse artigo uma questão que necessita de esclarecimento, a saber, como o pensamento espinosista na Ética pode considerar que a substância única pode ser sujeito de infinitos atributos realmente distintos entre si, e que são responsáveis por dar, cada um a seu modo, a essência dessa substância sem incorrer numa concepção contraditória de que a substância única, apesar de única, tem infinitas naturezas? Essa questão motiva as discussões levantadas nesse artigo que tem como objetivo investigar e oferecer uma interpretação acerca da noção de essência na a partir da Ética de Espinosa.


2021 ◽  
Vol 28 (57) ◽  
pp. 66-88
Author(s):  
Igor Souza Saraiva

Há alguns anos ocorre um interessante debate concernindo a capacidade da teoria das categorias em fornecer um esquema conceitual autônomo para uma abordagem estruturalista da filosofia da matemática. O ponto de partida da discussão pode ser remetido ao artigo de Steve Awodey (1996), no qual sugere-se que a teoria das categorias é capaz de fornecer uma noção precisa e flexível de ‘estrutura’ para os propósitos de uma filosofia estruturalista. Geofrey Hellman (2003), principal proponente de uma forma alternativa de estruturalismo matemático (estruturalismo modal), examinou a possibilidade de uma tal sugestão e chegou a uma conclusão parcialmente negativa. Duas principais réplicas, resultantes de perspectivas filosóficas diametralmente opostas, foram sugeridas por Steve Awodey (2004) e Colin Maclarty (2004). No presente artigo, expomos esse debate, bem como examinamos e defendemos a posição de Awodey com nossos próprios argumentos.


2021 ◽  
Vol 28 (57) ◽  
pp. 34-52
Author(s):  
Delmo Mattos Silva
Keyword(s):  

O objetivo desse artigo consiste em fornecer uma crítica às pretensões de Strauss em determinar um fundamento moral à filosofia civil de Hobbes. Trata-se, portanto, de discutir as determinações do comportamento dos homens derivado de uma tendência natural a eles imposta. Desse modo, expõe-se a viabilidade do vínculo entre a filosofia natural e a filosofia civil para determinar o comprometimento de Hobbes aos termos do mecanicismo da sua época. Desse modo, inviabiliza-se o argumento de Strauss segundo o qual o princípio da autopreservação baseia-se em uma antítese moral ocasionada entre a vaidade e o fundamentalmente justo medo da morte violenta.


2021 ◽  
Vol 28 (57) ◽  
pp. 103-130
Author(s):  
Francisco Freire

Este artigo pretende reconstruir as principais decisões teóricas que caracterizam o conceito leibniziano de liberdade. Adota-se como método o confronto dialógico entre as concepções mais influentes em torno da problemática conciliação entre o paradigma mecanicista e matematizado do universo e a liberdade. Sob a influência do modelo mecanicista, influentes filósofos modernos reduziram o problema do livre arbítrio ao problema da livre ação. Hobbes, Locke e Hume identificaram a liberdade com a espontaneidade e a autonomia, consolidando um compatibilismo mecânico. Leibniz recepciona as noções de autonomia e espontaneidade. No entanto, A liberdade leibniziana, ao implicar também a inteligência e a contingência, introduz a teleologia no discurso compatibilista. Leibniz reassume a noção de livre arbítrio conciliando-a com a rejeição da libertas indifferentiae.


2021 ◽  
Vol 28 (57) ◽  
pp. 131-142
Author(s):  
Alexandre Alves

Por sua discussão da questão do não-ser e por sua intenção de fundamentar o discurso filosófico, o diálogo Sofista ocupa uma posição central na história da filosofia. O objetivo deste artigo é relacionar o método de definição empregado por Platão no diálogo Sofista (a diérese) com sua concepção do discurso filosófico. As diferentes definições para o sofista propostas no diálogo não são somente parte da polêmica de Platão contra a sofística, mas fundamentam a própria concepção platônica do filósofo e do discurso filosófico. Enquanto a dialética seria o método empregado pelo filósofo para chegar ao conhecimento e à sabedoria, a sofística seria apenas imitação do verdadeiro conhecimento e da verdadeira sabedoria.


2021 ◽  
Vol 28 (57) ◽  
pp. 53-65
Author(s):  
Vitor Sommavilla de Souza Barros

In this paper, I argue that principles of justice, contrary to what John Rawls and Thomas Nagel believe, do apply transnationally. I start with a debate about the proper scope of justice and defend the view according to which social practices, apart from the structure of the state, ought to be included in the purview of justice. However, I hold that there is no need to include individual behaviour, alongside social practices, opposing G. A. Cohen’s view on this matter and agreeing with Aaron James. I then argue for a relational account of equality, understood as a central principle of justice, whose application is feasible at the transnational level. Finally, I briefly discuss two examples of international social practices that could (and in my view ought to) be assessed in terms of social justice and respond to two objections to my position.


2021 ◽  
Vol 28 (57) ◽  
pp. 89-102
Author(s):  
Yolanda Gloria Gamboa Muñoz
Keyword(s):  

Após a montagem de um cenário fragmentário escolhendo determinadas expressões do pensamento de Klossowski sobre Nietzsche e assinalando um começo de leitura com duplo ponto de partida (de experiencia pessoal e na via do Incipit), pretendo realizar um exercício de leitura textual utilizando uma expressão sobre Pierre Klossowski inscrita e mascarada por Foucault no Theatrum Philosophicum. Encaminho esse exercício de caracterização nominal - “um outro signo maior e excessivo”- fazendo determinadas referências ao papel do signo, do excesso e do gesto. Nosso suposto é que, ao considerar a apropriação foucaultiana deste signo gestual – sob o nome de Klossowski – seja possivel desenhar uma fantasmagórica figura tríade apontando, de passagem, para um possível atravessamento, desvio e obstaculização de uma habitual relação simples e teórica entre os pensamentos de Nietzsche e de Foucault.


2021 ◽  
Vol 28 (56) ◽  
pp. 28-48
Author(s):  
Jeovane Camargo

Procuramos mostrar como Merleau-Ponty, nos cursos que formam A Natureza, compreende a natureza e o corpo humano. Além disso, tentamos apresentar também como a relação interna entre a natureza e o corpo se realiza por meio da noção de desejo.


2021 ◽  
Vol 28 (56) ◽  
pp. 120-129
Author(s):  
Luana Adriano Araújo
Keyword(s):  

Resenha da obra ARAUJO, Marcelo de. Novas tecnologias e dilemas morais. São Paulo: KDP (Amazon), 2019.


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