scholarly journals Apoio social, funcionalidade familiar e controle glicêmico de pacientes diabéticos tipo 2

2020 ◽  
Vol 99 (5) ◽  
pp. 432-441
Author(s):  
Rilva Lopes de Sousa-Munoz ◽  
Aline Dantas de Sá

Objetivos: Avaliar a percepção de apoio social e funcionalidade familiar por pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) atendidos no ambulatório de endocrinologia de um hospital universitário, assim como verificar associações com controle glicêmico e variáveis clínico-demográficas. Métodos: Estudo observacional e transversal, com entrevistas estruturadas com pacientes com DM2 em tratamento ambulatorial. O apoio social foi avaliado através da escala do Medical Outcome Study (MOS) e a funcionalidade familiar pelo Apgar de Família de Smilkstein. Resultados: Avaliaram-se 160 pacientes com média de idade de 55,7±11 anos, 76% mulheres e 54,4% da classe C. A percepção de apoio social foi positiva, sobretudo na dimensão afetiva, porém nos homens e idosos a dimensão material foi maior que nas mulheres (p=0,02). Houve diferença nesta percepção entre os pacientes com hiperglicemia e normoglicemia apenas na dimensão de informação (p=0,04). Funcionalidade familiar relacionou-se com idade (p=0,037) e sexo (p=0,02). Não se observou correlação entre apoio social e funcionalidade familiar com as variáveis tempo de diagnóstico, tipo de tratamento, índice de massa corporal, duração do acompanhamento, intervalos entre os retornos e classe econômica. Conclusões: A percepção de apoio social e funcionalidade familiar foi positiva, sobretudo entre os homens e os idosos, mas relacionou-se com glicemia apenas na dimensão de informação. É importante levar em conta sexo, idade, família e provimento de informação para oferecer aos pacientes diabéticos tipo 2 uma abordagem que lhes permita obter melhor enfrentamento da doença.

2011 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
pp. 175-178 ◽  
Author(s):  
Annelise Lins Menêses ◽  
Aluisio Henrique Rodrigues de Andrade Lima ◽  
Breno Quintela Farah ◽  
Gleyson Queiroz de Moraes Silva ◽  
Gustavo Henrique Correia de Lima ◽  
...  

O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre a aptidão física e os indicadores de qualidade de vida de indivíduos com claudicação intermitente (CI). Participaram do estudo 42 indivíduos (65,2 ± 8,3 anos) com CI, de ambos os gêneros. Para a avaliação da aptidão física, foram realizados teste de esforço em esteira, para obtenção da distância de claudicação (DC) e da distância total de marcha (DTM) e o teste de uma repetição máxima no exercício extensão de joelho. Os indicadores de qualidade de vida foram avaliados por meio do Medical Outcome Study Questionnaire Short Form 36, composto por oito domínios: capacidade funcional (CF), aspectos físicos (AF), dor, estado geral de saúde, vitalidade (VI), aspectos sociais (AS), aspectos emocionais (AE) e saúde mental. Para a análise estatística foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson, com p < 0,05. Foi observada correlação significante entre o domínio da CF com a DC e a DTM (r = 0,60, p < 0,01 e r = 0,49, p < 0,01, respectivamente), o domínio da AF com a DTM (r = 0,46, p < 0,01), o domínio da VI e dos AS com a DC (r = 0,34, p = 0,03 e r = 0,33, p = 0,04, respectivamente) e o domínio da AE com a DC e a DTM (r = 0,43, p = 0,01 e r = 0,44, p = 0,01, respectivamente). Como conclusão, os resultados deste estudo sugerem que os indicadores da qualidade de vida nos domínios da saúde física e da saúde emocional são relacionados com a capacidade de caminhada de indivíduos com CI


2019 ◽  
Vol 30 (2) ◽  
pp. 64 ◽  
Author(s):  
Denise Carvalho Torres ◽  
Kelyanne Dos Santos Pinho ◽  
Claudio Karone da Silva Borges ◽  
Anderson Batista Lopes ◽  
Gabriel Pereira da Costa ◽  
...  

A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica que provoca disfunções no sistema somatossensorial, deficiência física, distúrbios psicológicos e exclusão social, podendo comprometer a qualidade de vida. O presente estudo tem como objetivo comparar a qualidade de vida de indivíduos com o diagnóstico de hanseníase e sem histórico de hanseníase. Trata-se de um estudo analítico do tipo transversal, com 100 indivíduos maiores de 18 anos, de ambos os gêneros. Os indivíduos foram divididos em dois grupos: GH-com 50 pacientes com diagnóstico de hanseníase que estão em tratamento assistido e GC–com 50 indivíduos sem histórico de hanseníase. Foram coletadas informações sociodemógraficas e de qualidade de vida, através do questionário SF-36 (Medical Outcome Study-Mos Short From Health Survey). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer Número: 1.674.308). Constatou-se que o GH e o GC eram homogêneos estatisticamente em relação à idade, sexo e IMC (p > 0,05), sendo a maioria adulta jovens, do sexo masculino e peso considerado normal. Quanto à qualidade de vida, constatou-se, que o GH apresentou todos os oitos domínios significativamente pior em relação ao GC (p<0,005). No GH, os domínios com escores mais baixos foram: aspectos físicos (escore=20,00); dor (escore=38,66); aspectos emocionais (escore =41,23) e; estado geral da saúde (escore=43,64). Considera-se que estes dados podem direcionar os profissionais de saúde envolvidos no tratamento de pacientes com hanseníase, no sentido de conscientizá-los de que esta doença envolve fatores físicos, psicológicos, mentais e sociais, devendo-se tratar não apenas os seus sintomas, mas os indivíduos integralmente.PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase; Qualidade de vida; Saúde.


Neurosurgery ◽  
1999 ◽  
Vol 45 (3) ◽  
pp. 719-719
Author(s):  
Susan Durham ◽  
Peter Sun ◽  
Leslie N. Sutton

2020 ◽  
Vol 43 (6) ◽  
pp. 610-620
Author(s):  
Cristian Alcocer‐Bruno ◽  
Rosario Ferrer‐Cascales ◽  
María Rubio‐Aparicio ◽  
Nicolás Ruiz‐Robledillo

2016 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 303-309 ◽  
Author(s):  
Maria Salomé Martins Ferreira ◽  
Maria da Graça Pereira

Resumo A lombalgia crônica constituise como uma doença que interfere na qualidade de vida e na capacidade funcional do paciente. Este estudo teve por objetivo identificar o efeito moderador do “Tipo de Família” na relação entre a incapacidade funcional e a qualidade de vida em doentes com lombalgia crônica. Participaram no estudo 213 pacientes com lombalgia há mais de 3 meses. Os instrumentos utilizados foram: Medical Outcome Study (MOS-20); Roland Morris Disability Questionnaire (RMDQ); Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales (FACES II). Foram realizadas análises de regressão com o objetivo de testar o efeito moderador do tipo de família. Os resultados revelaram que os doentes com níveis mais baixos de incapacidade funcional apresentavam melhor qualidade de vida nas famílias intermédias e equilibradas, com relação mais forte nestas últimas. De acordo com os resultados, os programas de intervenção na lombalgia crônica, além do doente, devem incluir a família, particularmente nas equilibradas, que são as que mais sentem o impacto da doença na sua qualidade de vida.


Author(s):  
Amanda Paula Ricardo ◽  
Camile Ludovico Zamboti ◽  
Gabriela De Paula ◽  
Christiane De Souza Guerino Macedo

Objetivo: Verificar a influência da SDPF na qualidade de vida, funcionalidade e dor de mulheres jovens. Métodos: A amostra foi composta por 20 participantes, com idades entre 19 e 24 anos, distribuídas em grupo SDPF (N=10) e controle (N=10). Estas responderam ao questionário Medical Outcome Study 36-item Short Form (SF36) de qualidade de vida, “Anterior Knee Pain Scale” (AKPS) para análise da funcionalidade e escala visual analógica (EVA). Para análise estatística utilizou-se os testes Shapiro Wilk, t Student e Correlação de Pearson, com o SPSS® 20. Resultados: No grupo com SDPF encontrou-se pior qualidade de vida, em específico para capacidade funcional (p=0,000), aspectos físicos (p=0,005), dor (p=0,000) e aspectos emocionais (p=0,031) do questionário SF-36. Também houve diferenças de funcionalidade (p=0,000) e dor (p=0,000) avaliadas em mulheres jovens. No grupo SDPF foi estabelecida forte correlação entre funcionalidade (AKPS) e capacidade física (r=0,874), dor (r=0,771), vitalidade (r=0,771) e saúde mental (r=0,743). Para o grupo controle, a AKPS apresentou forte correlação somente com o estado geral de saúde (r=0,715). Conclusão: Mulheres jovens com SDPF apresentam menor qualidade de vida, tanto para os domínios físicos como para os emocionais; pior funcionalidade e maior dor. Estes fatores devem ser considerados na avaliação e reabilitação de mulheres com SDPF, incluindo as mais jovens.  


2020 ◽  
Vol 13 (1) ◽  
pp. 1-12
Author(s):  
Jumayanti Jumayanti ◽  
Anggi Lukman Wicaksana ◽  
Eri Yanuar Akhmad Budi Sunaryo

Kualitas hidup merupakan indikator utama bagi penyakit kardiovaskular. Penyakit kardiovaskular mendominasi dan menjadi penyakit utama penyebab kematian di Indonesia. Tujuan penelitian ini adalah untuk mengidentifikasi gambaran kualitas hidup pada pasien dengan penyakit kardiovaskular di Mlati, Yogyakarta. Penelitian ini adalah jenis penelitian deskriptif kuantitatif dengan desain cross-sectional. Penelitian dilakukan pada pasien dengan penyakit kardiovaskular yang berada di wilayah Puskesmas Mlati, Sleman, Yogyakarta. Pengambilan sampel menggunakan teknik multistage cluster sampling. Data diambil menggunakan kuesioner Medical Outcome Study 12-Item Short-Form Second-Version (MOS SF-12v2). Analisis data menggunakan tabel distribusi frekuensi terdiri dari rerata, standar deviasi dan frekuensi. Hasil penelitian menunjukkan bahwa terdapat 107 responden yang berpartisipasi. Jumlah responden per-penyakit, hipertensi (n = 97), stroke (n = 13), gagal jantung (n = 12) dan penyakit jantung koroner (n = 7). Gambaran demografi mayoritas usia ≥ 45 tahun; perempuan (63.6 %), pendidikan terakhir SMP (30.8%), tidak bekerja (66%), pendapatan rendah (78.5%) dan menikah (72.9%). Nilai kualitas hidup pada aspek fisik yaitu 42 ± 9.88 dan 56 ± 9.87 untuk aspek mental. Nilai kualitas hidup pada sub-domain vitality (61.67 ± 10.76) dan general health (35.19 ± 7.31) menduduki nilai tertinggi dan terendah. Skor kualitas hidup lebih tinggi pada domain mental daripada domain fisik.


2019 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 55-58
Author(s):  
Marcos Iae Sato ◽  
Luiz Fernando Aguiar ◽  
Melissa Nóbrega Vasques de Freitas ◽  
Isabella Guerra ◽  
José Eduardo Martinez

Introdução: A cervicalgia afeta cerca de 50% da população. Predomina em mulheres e se relaciona a esforços repetitivos e má postura. O tempo de estudos e a utilização de livros, computadores e tablets pode gerar posturas inadequadas que podem causar cervicalgia. Objetivo: Conhecer a prevalência dessa afecção nos alunos de medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e o respectivo perfil. Materiais e métodos: Foram avaliados cem estudantes de medicina da PUC-SP e aplicados questionários sobre dados demográficos, características clínicas, o Neck Disability Index (NDI) e o Medical Outcome Study Short Form 36 Survey (SF-36). Resultados: A prevalência de cervicalgia foi de 34%, com predomínio feminino. O quadro foi referido como crônico em 16%, enquanto 19% apresentaram apenas 1 episódio. Em relação ao NDI, observa-se que, entre aqueles com 17 a 19 anos, 3 não apresentaram incapacidade e 3 tinham incapacidade leve. De 20 a 22 anos, 6 não apresentaram incapacidade e 12, leve. De 23 a 25 anos, 2 não apresentaram incapacidade, 7 tinham incapacidade leve e 1, moderada. Acima de 26 anos, 1 apresentou incapacidade leve. Houve impacto na qualidade de vida nos domínios aspectos físicos, dor e vitalidade. A análise mostrou que os escores do SF-36 se correlacionam com os valores do NDI, com exceção do domínio aspectos sociais para ambos os sexos e os domínios vitalidade e saúde mental para o sexo masculino. Conclusão: Existe uma prevalência relevante de cervicalgia entre os alunos do curso de medicina da PUC-SP, gerando impacto na qualidade de vida.


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