Revista de Medicina
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Published By Universidade De Sao Paulo Sistema Integrado De Bibliotecas - Sibiusp

1679-9836, 0034-8554

2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 524-527
Author(s):  
Vitoria Azulay ◽  
Mendel Suchmacher ◽  
Ibson Lucas de Lyra ◽  
Gustavo Robertson Filippo

A neurofibromatose tipo I é uma doença autossômica dominante cujo diagnóstico é feito com base em critérios clínicos. As três principais manifestações: neurofibromas, manchas café com leite e nódulos de Lisch ocorrem em mais de 90% dos pacientes até a puberdade. Relatamos o caso de uma paciente jovem com diagnóstico de neurofibromatose tipo I com complicações ortopédicas devido à elefantíase causada por um neurofibroma plexiforme.


2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 460-471
Author(s):  
Juliana Moreira Schnaider ◽  
Beatriz Essenfelder Borges

Introdução: O tecido adiposo marrom foi inicialmente evidenciado em animais e posteriormente em humanos tendo sua função principal a termorregulação. A partir disso, pesquisam-se possibilidades desse tecido auxiliar no controle de massa corporal, a fim de alcançar novas perspectivas no tratamento da obesidade, uma pandemia da atualidade. Objetivo: Compreender o tecido adiposo marrom e abordar hipóteses que caracterizam a contribuição deste no tratamento da obesidade e de suas comorbidades. Materiais e Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa na qual foram usados os descritores brown adipose tissue, obesity, thermogenesis, uncoupling protein 1, UCP nas bases de dados PubMed® e Google Acadêmico. Ao todo, 19 artigos e 4 livros referentes às ciências Histologia, Biologia Celular e Fisiologia embasam a revisão. Discussão: O tecido adiposo está presente por todo corpo humano e ocasiona efeitos significantes na fisiologia e patologia do organismo. Os adipócitos que o compõem apresentam diferenças histológicas, biocelulares e de distribuição e subdividem-se em uniloculares e multiloculares. As células multiloculares formam a gordura marrom que é capaz de regular o gasto energético por meio da termogênese adaptativa via proteína desacopladora (UCP). Com esses conhecimentos, buscam-se relações entre o tecido adiposo composto pelas células unicelulares, o qual é o responsável pelo desenvolvimento da obesidade, e o tecido adiposo marrom. Nesse âmbito, dentre as possibilidades de estudo há fatores que influenciam a expressão tecidual da proteína desacopladora e aumentam a termogênese química, há o controle do balanço energético e, ainda, a capacidade de adipócitos marrons de sequestrarem o succinato (flavoproteína que exerce controle agudo sobre a termogênese) da circulação. Conclusão: Foi possível compreender a multifuncionalidade e as características físicas e químicas do tecido adiposo marrom e reconheceu-se esse tecido como um dos potenciais alvos de estudo dada a singularidade epidemiológica da obesidade e seu histórico de tratamentos.


2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 508-513
Author(s):  
Thaís Oliveira Dupin ◽  
Alan de Castro Nunes ◽  
André Luís de Oliveira Silveira ◽  
Paula Fontes Lelis ◽  
Cirênio de Almeida Barbosa ◽  
...  

Introdução: As neoplasias pancreáticas representam 2% dos cânceres diagnosticados no Brasil e são responsáveis por 4% das mortes por neoplasia. Cerca de 10% a 15% dos casos são representados por neoplasias pancreáticas císticas. Objetivo: É apresentado um caso de lesão expansiva retroperitoneal sugestiva de tumor de Frantz cujo laudo anatomopatológico mostrou cistadenocarcinoma mucinoso. Relato de caso: Mulher, 30 anos, com queixa de perda de peso importante e sintomas obstrutivos do trato gastrointestinal com evolução progressiva em 6 meses. Não apresentava nenhuma comorbidade. Exames laboratoriais sem alterações. A tomografia computadorizada evidenciou lesão expansiva cística complexa retroperitoneal no mesogástrio/hipocôndrio esquerdo, em íntima relação com o corpo/cauda do pâncreas. Foi submetida à ressecção do tumor com pancreatectomia distal. Paciente apresentou boa evolução pós-operatória, com melhora dos sintomas gastrointestinais. A análise anatomopatológica evidenciou histologia compatível com neoplasia cística mucinosa pancreática, com displasia epitelial leve a acentuada e áreas de cistadenocarcinoma mucinoso, moderadamente diferenciado, de alto grau. Discussão: Das neoplasias pancreáticas císticas, o subtipo mais comum é o cistoadenocarcinoma mucinoso, que pode ser maligno ou benigno na avaliação diagnóstica e, às vezes, sugerir possibilidade de malignização. Existem outros tipos como o cistoadenoma seroso, cistoadenoma mucinoso, neoplasia intraductal mucinosa papilífera e o tumor de Frantz. Esse último apresenta crescimento lento e manifestações clínicas inespecíficas, sendo diagnosticado frequentemente quando possui grandes dimensões. Conclusão: Tratava-se de um caso de cistadenocarcinoma mucinoso invasor de pâncreas com apresentação atípica, semelhante ao Tumor de Frantz. O diagnóstico tornou-se possível através do estudo anatomopatológico, mostrando-se fundamental para o diagnóstico diferencial.


2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 514-518
Author(s):  
Fernando Moreno Sebastianes ◽  
Gabriel Zanardo Folle ◽  
Giovane Cunha Folle

Introdução: Inibidores de bomba de prótons (IBP) e diuréticos tiazídicos são medicações frequentemente empregadas na atenção primária. Objetivo: relatar o caso de um paciente com hipocalcemia e hipomagnesemia graves induzidas pela associação de omeprazol e hidroclorotiazida, discutindo a etiologia e fisiopatologia do quadro, além de medidas clínicas que podem ser adotadas para mitigar o risco do surgimento dessas complicações. Apresentação do caso: Homem de 69 anos procurou ambulatório por queixas de contrações musculares involuntárias e dificuldade progressiva de marcha há 3 meses. Vinha fazendo uso de omeprazol 20 mg/dia há 20 anos e hidroclorotiazida 25 mg/dia há 2 anos. No exame físico, apresentava sinais de hiperexcitabilidade neuromuscular (fasciculações, espasmos musculares, sinal de Chvostek e Trousseau positivos). Exames laboratoriais indicaram hipomagnesemia e hipocalcemia graves, com concentrações de paratormônio inapropriadamente dentro da faixa da normalidade. O paciente foi hospitalizado e, com reposição de magnésio e cálcio e suspensão das medicações, apresentou resolução permanente do quadro. Conclusão: Hipomagnesemia grave é uma possível complicação do uso a longo prazo de IBPs, principalmente quando associado a diuréticos tiazídicos. IBPs causam uma redução na via de absorção ativa do magnésio pelo intestino, enquanto tiazídicos aumentam a excreção renal de magnésio. A hipomagnesemia grave frequentemente leva à hipocalcemia por induzir uma redução na secreção e na ação do paratormônio. A fim de evitar esse efeito colateral potencialmente grave, propomos diversas medidas a serem adotadas em pacientes com indicação de serem tratados com supressores de acidez gástrica e tiazídicos.


2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 442-448
Author(s):  
Andressa Zabudowski Schroeder ◽  
Paula Adamo de Almeida ◽  
Gabriela Romaniello ◽  
Melina Paula de Araújo Meskau ◽  
Bruna Caroline Moreira de Castilho ◽  
...  
Keyword(s):  

Introdução: Apendicectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em crianças e é a terapia de escolha no tratamento da apendicite aguda. Há evidências na literatura que favorecem a realização da cirurgia pela via laparoscópica em detrimento da via aberta na população pediátrica. Objetivo: comparar a apendicectomia aberta e laparoscópica no tratamento da apendicite aguda em crianças em um hospital terciário público do Brasil. Métodos: estudo observacional prospectivo comparando apendicectomias abertas e videolaparoscópicas realizadas em pacientes pediátricos com apendicite aguda atendidos entre março/2017 e março/2018. Foram analisados aspectos epidemiológicos; pré-operatórios (clínica, exames laboratoriais e de imagem, tempo entre admissão e procedimento); intra-operatórios (tempo de procedimento, técnica); pós-operatório (tempo de internação; complicações). Resultados: amostra de 63 pacientes, com média de idade de 8 anos. 80,9% apresentavam vômitos, sinal de Bloomberg em 63,5% e dor abdominal difusa em 71,4%. Realizado hemograma em 43 pacientes, com 72% de leucocitose e 51,2%, bastonetose; radiografia abdominal em 12 e ultrassonografia em 47,6%. 31,7% realizaram apendicectomia laparoscópica, enquanto 68,3%, apendicectomia aberta. Não houve diferença entre os grupos quanto as condições da cavidade e características do apêndice. O grupo da cirurgia aberta teve 52,3% de apendicectomias complicadas, complicação pós-operatória em 2,3% e tempo de internação médio de 3 dias, já no da laparoscópia, 60% foram complicadas, 10% com complicação pós-operatória e 2,9 dias de tempo de internação médio. Conclusão: o presente estudo permite afirmar, com limitações estatísticas, que não há diferença entre apendicectomia aberta e videolaparoscópica quanto ao tempo entre a admissão e o procedimento, tempo de internação e complicações pós-operatórias, sendo relevante a diferença no tempo do procedimento.


2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 503-507
Author(s):  
Aline do Socorro Lima Kzam ◽  
Adenard Francisco Cleophas Cunha ◽  
Rebeca da Paixão Cleophas Cunha ◽  
Marcel Atilia Silva Aguiar

A síndrome de Fahr é uma doença rara caracterizada pela calcificação simétrica bilateral dos núcleos basais do cérebro e do núcleo denteado do cerebelo decorrente principalmente de desordens no metabolismo cálcio-fósforo. Alterações neuropsiquiátricas e sintomas extrapiramidais são uma das principais manifestações clínicas descritas. A tomografia computadorizada constitui o método de imagem para a visualização das calcificações cerebrais e, quando associada à história clínica e achados laboratoriais, formam a tríade para o diagnóstico definitivo. Diante disso, objetivou-se relatar o caso clínico de um paciente com Síndrome de Fahr apresentando tomografia computadorizada crânio-cerebral com calcificações simétricas associadas à um quadro clínico de deterioração cognitiva e sinais extrapiramidais decorrentes de alterações no metabolismo do cálcio, tendo como causa etiológica o hipoparatireoidismo.


2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 472-478
Author(s):  
Betina Linardi Espinosa ◽  
Emily Brenda de Lima Sousa ◽  
Flavia Morandi El Faro ◽  
Tatiana Carvalho Marques ◽  
Celine de Carvalho Furtado ◽  
...  

Aims: This narrative review’s purpose was to verify a possible association between obesity and COVID-19-related outcomes. Methods: A PubMed research was done in May 2020, and after the eligibility criteria, 10 articles were included, which were analyzed, and its results compared. Results: It was observed that, because of the changes caused by obesity in the organism, this comorbidity is an important risk factor for Sars-CoV-2’s infection severity and hospital stay. Moreover, obesity has been considered a risk factor for adverse clinical outcomes. Also, it was possible to notice that most individuals with obesity were male, therefore a direct relation was traced between men with obesity and COVID-19’s severity, and this population required more intubation and those older than 20 years old presented higher mortality rate. Besides that, the association between obesity and other comorbidities seems to worsen even more the infectious state. Conclusions: However, it was not possible to find a pathophysiological mechanism that can fully explain those associations. Therefore, more studies are vital to understand this subject.


2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 431-441
Author(s):  
Vagner Luís Desiderio ◽  
Vania Fabio ◽  
Evelin Capellari Carnio ◽  
Simone de Godoy ◽  
Hadder Batista Silva ◽  
...  

Introdução: Compreender a fisiopatologia da COVID-19 e fatores associados à evolução grave dessa doença é primordial para o estabelecimento de melhores condutas preventivas, diagnósticas e terapêuticas no combate ao novo coronavírus. Objetivo: Identificar as características sociodemográficas e clínicas associadas ao desfecho clínico de pacientes hospitalizados com diagnóstico de COVID-19 em um serviço privado de um município do interior paulista. Método: Incluíram-se os dados sociodemográficos e clínicos de 117 pacientes hospitalizados com diagnóstico de COVID-19, atendidos no período de julho a dezembro de 2020. Os dados foram analisados por meio do teste não paramétrico Qui-Quadrado de Pearson e o Teste Exato de Fisher, com adoção do nível de significância estatística de 5% (p<0,05). Resultados: A maior parte dos pacientes hospitalizados pertencia ao sexo masculino, com idade entre 61 a 70 anos, permaneceu em enfermaria por 8,7 dias sendo que 29,9% evoluíram para óbito. Hipertensão arterial e baixa saturação de oxigênio representaram, respectivamente, a comorbidade e o fator de gravidade mais frequentes. Identificou-se associação entre a variável desfecho com as variáveis idade superior a 64 anos e alteração da função renal. Conclusões: Entre pacientes hospitalizados com diagnóstico de COVID-19, o desfecho clínico associou-se aos fatores de gravidade, faixa etária e alteração da função renal.


2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 455-459
Author(s):  
Nathália Pereira Alves ◽  
Sabrina Thalita dos Reis Faria ◽  
Natael Ribeiro Malta Neto ◽  
Yara Paschoal de Souza ◽  
Camila Belfort Piantino
Keyword(s):  

O câncer gástrico vem acometendo os brasileiros, sobretudo os homens e a população com idade superior a 55 anos, sendo, portanto, temática relevante na promoção do cuidado. Essa neoplasia pode apresentar comorbidades decorrentes do tumor ou terapêutica, gerando entraves no prognóstico do paciente, como a nefrotoxicidade. Assim, propõe-se analisar associações entre a variação dos níveis de creatinina e ureia versus a presença de tratamento oncológico, histologia do tumor, sexo, etnia e idade dos pacientes com câncer gástrico atendidos no Hospital Regional do Câncer de Passos, no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2015. Trata-se de um estudo observacional transversal com dados obtidos em fonte documental. Considerando a creatinina, notou-se que dentre os pacientes que realizaram algum tipo de tratamento, 95,3% apresentaram variações dos níveis de creatinina e esta diferença foi significativa do ponto de vista estatístico (p=0,042). De acordo com os níveis de ureia, 93,7% dos pacientes apresentaram variações, entretanto sem diferença significativa (p=0,147). Conclui-se que a presença de qualquer tratamento nos pacientes com câncer gástrico pode alterar os níveis séricos de creatinina, evidenciando assim a importância do monitoramento destes para promover o cuidado integral do paciente.


2021 ◽  
Vol 100 (5) ◽  
pp. 449-454
Author(s):  
Renata Rodrigues Rosa ◽  
Maly de Albuquerque ◽  
Ricardo Vieira Teles-Filho ◽  
Guilherme de Matos Abe ◽  
Solomar Martins Marques ◽  
...  

Objetivos: Estimar a taxa de transmissão vertical do HIV e os fatores de risco materno-fetais em crianças nascidas em 2015 em seguimento durante os anos de 2015 a 2017 no maior centro de referência para tratamento para HIV do estado de Goiás. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo de 111 crianças expostas ao HIV nascidas em 2015 de mães HIV positivas. Resultados: Entre as mães, 85 (92,4%) utilizaram TARV durante a gestação. Das 92 crianças que mantiveram seguimento, 4 (4,34%) adquiriram infecção perinatal pelo HIV. 81 (88%) recém-nascidos fizeram uso de profilaxia antirretroviral. Um fator protetor importante de transmissão vertical do HIV foi a profilaxia antirretroviral do RN (OR = 0,02; IC 95%: 0,00-0,56; p = 0,04). Outros fatores investigados, como uso de TARV durante a gestação, não foram estatisticamente significativas para risco. Conclusão: A taxa de transmissão vertical do HIV ainda se encontra elevada no estado de Goiás e os desafios para sua prevenção consistem na perda de seguimento e falhas nas medidas estratégicas.


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