scholarly journals Fatores de risco associados à satisfação no trabalho em trabalhadores de nutrição hospitalar

2008 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. 95 ◽  
Author(s):  
Adriano Tanus Jorge ◽  
Débora Raab Glina ◽  
Lys Esther Rocha ◽  
Mitsue Isosaki

<span style="font-family: HelveticaLTStd-Roman; font-size: xx-small;"><span style="font-family: HelveticaLTStd-Roman; font-size: xx-small;"><p>Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar os fatores de risco à satisfação no trabalho entre trabalhadores de um hospital cardiológico de São Paulo. Método: Esse é um estudo epidemiológico transversal com a aplicação de questionário para 115 trabalhadores de um total de 129 funcionários. O questionário incluiu a caracterização sóciodemográfica, situação do trabalho e satisfação no trabalho e é baseado no questionário de Cooper´s (Occupational Stress Indicator-OSI). A análise dos dados incluiu a análise de regressão para verificação dos fatores de risco associados à insatisfação, sendo esta definida quando o total de pontos for menor ou igual a 76. Resultado: A maioria dos trabalhadores eram mulheres (81%), com nível educacional secundário (58%), casados (50%) com filhos (61%) e trabalhavam como atendentes de nutrição (66%). A média de idade era de 37 anos com o tempo de trabalho no hospital de 9 anos. A prevalência de insatisfação no trabalho foi de 59%. Os fatores de risco associados a satisfação no trabalho foram: presença de sintomas osteomusculares (Odds ratio (OR) 5,68, 95 % CI, 1.96-16.44); volume de trabalho excessivo (OR 3.91, 95% CI, 1.36-11.23); trabalho monótono e repetitivo (OR 3.60, 95% CI, 1.35-9.57) e pobre qualidade de instrumentos de trabalho (OR 3.47, 95% CI, 1.26-9.54). Discussão: A associação entre insatisfação no trabalho e presença de sintomas osteomusculares sugere a possibilidade da contribuição da insatisfação na presença da sintomatologia bem como o inverso, considerando tratar-se de estudo transversal. As ações preventivas deveriam incluir mudanças na organização do trabalho e melhora na qualidade dos instrumentos.</p></span></span>

2020 ◽  
Vol 54 ◽  
pp. 117
Author(s):  
Talita da Silveira Campos Teixeira ◽  
Elaine Cristina Marqueze ◽  
Claudia Roberta de Castro Moreno

OBJETIVOS: Avaliar a associação entre a percepção da pressão por publicações com a satisfação e o estresse no trabalho. MÉTODOS: Estudo transversal com 64 orientadores de pós-graduação de uma universidade pública da cidade de São Paulo. A coleta de dados ocorreu por meio de um questionário on-line que incluiu: dados sociodemográficos, laborais e de saúde; Escala de Satisfação no Trabalho do Occupational Stress Indicator e modelo Desequilíbrio Esforço-Recompensa (DER). Para avaliar a percepção da pressão por publicação foi criada uma escala numérica na qual o orientador deveria atribuir uma nota de 0 a 10 para o quanto se sentia pressionado a publicar seus trabalhos (sendo 0 nenhuma pressão e 10 muita pressão). Posteriormente, foi utilizado o modelo linear generalizado para testar os fatores associados à alta percepção de pressão para publicação, ajustado pelo tempo de trabalho, função de gestão acadêmica e bolsa produtividade. RESULTADOS: Maiores proporções da percepção de elevada pressão para publicação foram encontradas entre orientadores que já haviam trabalhado em instituição de ensino superior, que realizavam parte do trabalho em casa e que apresentavam estresse laboral. Associou-se essa percepção a um maior esforço e comprometimento excessivo no trabalho, bem como a um maior desequilíbrio entre o esforço empregado e a recompensa recebida no trabalho. CONCLUSÕES: Os achados desta pesquisa sugerem que a organização do trabalho e a saúde mental dos trabalhadores estejam inter-relacionados: quanto maior a percepção de pressão por publicação maior o estresse. No entanto, esse resultado parece não se refletir na satisfação (ou insatisfação) do trabalho. O prolongamento aparentemente deliberado das horas de trabalho oculta a precarização e intensificação do trabalho a que os professores têm sido submetidos nos últimos anos pelas políticas públicas que mercantilizam a educação no Brasil.


2018 ◽  
Vol 34 (7) ◽  
Author(s):  
Ivana Regina Gonçalves ◽  
Helio Rubens de Carvalho Nunes ◽  
Marli Teresinha Cassamassimo Duarte ◽  
Cristina Maria Garcia de Lima Parada
Keyword(s):  

O objetivo deste estudo foi avaliar o programa de uso da imunoglobulina palivizumabe no Estado de São Paulo, Brasil. Adotou-se o referencial de avaliação proposto por Donabedian, e os dados foram discutidos com base nas recomendações da Portaria que regulamenta o uso da palivizumabe em rede nacional e no Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Foram incluídos os 16 locais de aplicação do estado, bem como 693 crianças/mães inscritas no programa em 2014 (85,1% da população elegível). Para avaliação da estrutura e processo foram criados escores que permitiram classificar os locais de aplicação em adequado, parcialmente adequado e inadequado, quando havia até 10%, de 11-20% e superior a 20% de desconformidades, respectivamente. Para a avaliação de resultado, buscou-se associação entre falha na tomada da palivizumabe e a necessidade de hospitalização por doença/sintomatologia respiratória, baseando-se em odds ratio pontual e intervalar, com intervalo de 95% de confiança e valor de p crítico < 0,05. Dos 11 postos de aplicação que tiveram estrutura classificada como adequada, apenas dois apresentaram processo adequado, quatro apresentaram processo inadequado e cinco parcialmente adequados. O risco de hospitalização em UTI por doença/sintomatologia respiratória aumentou em média 30% a cada falha (p = 0,003; OR = 1,30; IC95%: 1,09-1,55). Conclui-se que ter estrutura do programa de uso da imunoglobulina no Estado de São Paulo favorável não resultou, necessariamente, em processo adequado. Em geral, a situação da estrutura foi melhor do que a de processo. Mostrou-se relevante a aplicação de todas as doses da imunoglobulina para a prevenção de internação por doença/sintomatologia respiratória.


2011 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 507-513 ◽  
Author(s):  
Lilian Doris Chaves ◽  
Laís Helena Ramos ◽  
Elisabeth Niglio de Figueiredo

OBJETIVO: Conhecer se enfermeiros do Trabalho somam a satisfação ao exercício da sua prática e quais são os fatores que a ela se associam. MÉTODOS: Estudo exploratório de corte transversal abrangendo 130 profissionais de empresas das cinco regiões brasileiras. Foram coletados dados sociodemográficos e foi aplicada a Escala de Satisfação no Trabalho do Occupational Stress Indicator (OSI), em três momentos do período de agosto de 2006 a março de 2007. RESULTADOS: Os cinco aspectos do OSI, associados à satisfação profissional foram: relacionamento com outras pessoas da empresa onde trabalha; conteúdo do trabalho que faz; grau de motivação sentido por seu trabalho; grau de segurança no emprego atual e grau de flexibilidade e liberdade que julga ter no trabalho. CONCLUSÃO: A satisfação profissional apresenta diferenciação significante entre os sexos, remetendo ao fato de que os profissionais possuem percepções diferentes de seu trabalho. Nas enfermeiras, foi evidente a importância e a preocupação com o grau de segurança no emprego. No grupo masculino, predominou a motivação, a participação em decisões importantes, a flexibilidade e liberdade no trabalho.


2012 ◽  
Vol 46 (2) ◽  
pp. 395-403 ◽  
Author(s):  
Luciane Cavagioni ◽  
Angela Maria Geraldo Pierin
Keyword(s):  

Avaliar os fatores de risco cardiovascular, com ênfase na hipertensão, e estratificá-los de acordo com o Escore de Risco de Framingham (ERF). Estudo com 154 profissionais que atuavam em aten-dimento pré-hospitalar na cidade de São Paulo e rodovia Br-116. Foi considerado significante o valor de p<0,05. A prevalência de hipertensão foi de 33%, sendo que 20,1% eram tabagistas, 47% ingeriam bebidas alcoólicas, 64% eram sedentários, 66% apresentaram obesidade/sobrepeso e 70% cintura abdominal alterada, glicemia>110mg/dL- 11%, colesterol total>200mg/dL- 36%, LDL-c>130mg/dL- 33%, HDL-c<60mg/dL- 89%, triglicérides>150mg/dL- 30% e proteína C reativa>0,5mg/dL- 16%. O ERF foi médio em 10,3% e alto em 1,3%. Na análise de regressão logística verificou-se que a hipertensão associou-se com as variáveis: HDL-c (odds ratio: 0,257) e ERF (odds ratio: 23,159). Houve forte associação entre ERF e hipertensão. Os dados chamam a atenção, por se tratar principalmente de profissionais da área da saúde relativamente jovens.


2003 ◽  
Vol 8 (1-2) ◽  
pp. 60
Author(s):  
Edna Sadayo Miazato Iwamura
Keyword(s):  

<p><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><p>Para a execução da etapa inicial da identificação médico-legal de restos humanos (antropometria e exame dos arcos dentários), faz-se necessária uma limpeza prévia da ossada, para a remoção de tecidos moles putrefeitos. Os casos não identificados por esses métodos tradicionais, poderão ser submetidos ao exame de DNA. No entanto, apesar do grande avanço da biologia molecular, utilizando a amplificação de DNA pela PCR, algumas limitações que afetam a habilidade de se obter DNA em restos humanos, permanecem. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi fornecer subsídios morfológicos para os analistas forenses, com ênfase na prática médico-legal, visando uma utilização mais eficiente do DNA obtido de osso compacto de restos humanos em decomposição ou já esqueletizados, sem tecidos moles aderidos. Foi realizado o estudo da microestrutura do tecido ósseo compacto femoral, de restos humanos em decomposição, ainda com tecidos moles, que foram limpos pela fervura em água (n = 7) e ossadas já esqueletizadas pela decomposição natural, que não foram fervidas (n = 8). Destes, seis ossadas foram provenientes de cemitério público regular, após 3 anos de inumação, 1 ossada proveniente da região amazônica, e 1 ossada de origem desconhecida. Estas duas ultimas, apresentado-se porosas ou quebradiças. As análises morfológicas de cortes histológicos foram coradas com hematoxilina e eosina e <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">o DNA amplificado pela PCR para os </span></p><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;"><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;">loci </span></em></span></em><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">CSF1PO, TPOX, TH01, F13A0, FESFPS, vWA, D16S539, D7S820, D13S317 e amelogenina. Os resultados da análise desses dois grupos foram comparados com os de cadáveres frescos (n = 5) do Serviço de Verificação de Óbitos da Capital. A fervura dos ossos, do modo como é realizada no Instituto Médico Legal de São Paulo, pode aumentar a eosinofilia da matriz óssea e, em alguns casos, pode promover a desagregação dos ósteons. Tal procedimento pode remover células, mas pode também remover possíveis inibidores da PCR, favorecendo a análise do DNA obtido destas amostras. O fator limitante para a obtenção e análise de DNA, em amostras de ossos limpos por fervura, é a quantidade exígua de células. Ossos não submetidos à fervura, após inumação por três anos ou há mais tempo em contato com a terra, podem apresentar alterações da microestrutura. No entanto, a presença de hemácias preservadas e núcleos de osteócitos nestas amostras, indica melhor preservação de células em relação às amostras de ossos fervidos. O fator limitante para a análise de DNA nestas amostras é a presença sugestiva de inibidores da reação de amplificação pela PCR. Restos humanos, sem tecidos moles, macroscópicamente não preservados (porosos e quebradiços), e não submetidos à fervura, </span></span><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">apresentam alterações de perda de matriz mineralizada; no entanto, nestas amostras ainda é possível encontrar células preservadas. Os resultados obtidos no neste trabalho permitem traçar algumas estratégias para uma melhor utilização nos protocolos de extração e análise do DNA em osso compacto de restos humanos.</span></span></span></span></p>


2002 ◽  
Vol 18 (6) ◽  
pp. 1695-1703 ◽  
Author(s):  
Maria Esther de Carvalho ◽  
Rubens Antonio da Silva ◽  
Vera Lúcia Cortiço Corrêa Rodrigues ◽  
Cleide Dantas de Oliveira

O Programa de Controle da Doença de Chagas (PCDCh) no Estado de São Paulo encontra-se na fase de vigilância entomológica, submetendo a exames sorológicos os moradores de unidades domiciliares (UDs), em que triatomíneos vetores tenham sido encontrados infectados por Trypanosoma cruzi. No decênio 1990-1999 foram trabalhadas localidades que, segundo graus de infestações no intra ou no peridomicílio, desencadearam trabalhos de rotina de busca desses vetores e de atendimento a notificações por parte de moradores. Em 1.415 UDs examinadas, 5.587 amostras de sangue foram obtidas, 87 (1,56%) das quais reagentes. Dessas, sete correspondiam a pessoas com menos de 29 anos de idade. As espécies mais freqüentemente associadas, em suas formas adultas, às UDs foram: Panstrongylus megistus, Triatoma sordida e T. tibiamaculata. Não foi observada associação entre UDs com sororreagentes e presença de triatomíneos infectados por Tr. cruzi (odds ratio = 1,498; 0,875 < OR < 2,564, 95% de confiança). Propõe-se utilizar inquéritos sorológicos amostrais no PCDCh, para investigar a situação prevalente em áreas identificáveis como de risco de transmissão, complementando-os com estudos isolados de Tr. cruzi aí obtidos.


2006 ◽  
Vol 11 (1-2) ◽  
pp. 19
Author(s):  
Maria Fernanda Cristofoletti ◽  
Maria de Fátima Marinho Souza ◽  
Marly Augusto Cardoso ◽  
Lys Ester Rocha
Keyword(s):  

<em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;"><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;"><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;"><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;"><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;"><em><font face="Helvetica,Italic" size="1"><p>Objetivo</p></font></em></span></em></span><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;"><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;">Metodologia</span></em></span></em><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">: Estudo transversal envolvendo 214 trabalhadores. Utilizou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) e a Circunferência da Cintura (CC) para identificar o estado nutricional. Os dados das condições de trabalho foram obtidos com entrevista, observação e aplicação de questionário. O IMC e CC foram descritos em relação ao sexo e alteração de peso após trabalhar como operador de telemarketing utilizando teste de qui-quadrado de Pearson com <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">significância a 5%. </span></span></span><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;"><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;">Resultados</span></em></span></em><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">: A maioria da população era do sexo feminino com idade entre 19 e 39 anos. Para 30,4% dos operadores a ansiedade do trabalho alterou o consumo alimentar. As mulheres alteravam significantemente a sua alimentação visando à perda de peso. A prevalência de sobrepeso foi de 24,8% e obesidade 9,3%. Os homens apresentaram maior sobrepeso (35,2%), obesidade (12,9%) e obesidade abdominal (27,8%). Das condições de trabalho foi observada a postura sentada por todo o período, com uma pausa de 15 minutos para alimentação. O aumento de peso após trabalhar como operador ocorreu para 49% sendo associado significantemente as maiores prevalências de <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">sobrepeso e obesidade. </span></span></span><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;"><em><span style="font-family: Helvetica,Italic; font-size: xx-small;">Conclusão</span></em></span></em><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">: a prevalência de obesidade e sobrepeso foi alta, predominando entre os homens. Nas condições de trabalho observou-se a presença de trabalho sedentário e fatores de estresse que podem estar contribuindo para estas prevalências. </span></span></em><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">: Avaliar o estado nutricional de operadores de centrais de atendimento telefônico segundo sexo e alteração de peso após começar o trabalho como operador de telemarketing de duas centrais do município de São <span style="font-family: Helvetica; font-size: xx-small;">Paulo.</span></span></span></span></em></span></em></span></em>


Author(s):  
Alice Botelho de Mesquita ◽  
Mariana Matos de Vasconcelos ◽  
Aline Borges Moreira da Rocha ◽  
Letícia Coelho Altevato ◽  
Nivaldo Carneiro Junior

Introdução: A extensão universitária é uma missão estratégica para a educação profissional e interprofissional, pois possibilita ao aluno vivenciar ações concretas, voltadas a determinadas realidades socio-sanitárias. O Programa de Expedições Científicas e Assistenciais (PECA), fundado em 2004, é uma das importantes atuações nessa área da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), desenvolvendo ações de assistência integral à saúde em municípios paulistas, através de parcerias com os gestores municipais de saúde. Conhecer os determinantes sociais de saúde dos usuários do PECA emerge como um eixo importante na atuação desse Programa. Objetivo: Este artigo tem como objetivo analisar aspectos relacionados às condições de vida, acesso aos serviços e possíveis implicações no estado de saúde da população adulta, usuária do PECA, na cidade de Araraquara, São Paulo, no ano de 2019. Método: Para tanto, realizou-se estudo transversal, abordagem quantitativa e amostra de conveniência. Aplicou-se questionário estruturado, contendo perguntas sobre condições sociocomunitárias, fatores de risco e de proteção à saúde, acesso aos serviços socioculturais e de saúde. A população amostral foi composta por adultos (igual a e/ou maior de 18 anos de idade), atendidos no PECA, realizado na cidade de Araraquara, São Paulo, no mês de janeiro 2019. As informações coletadas foram digitadas na plataforma digital REDCap (https://redcap.fcmsantacasasp. edu.br). Foi realizada análise de prevalência e associação, empregando o teste Odds Ratio (OR), com intervalo de confiança 95%. Resultado: Participaram 338 usuários, 69% do total atendidos no PECA na faixa etária elegível por essa pesquisa. A maioria é do sexo feminino com idades entre 18 a 59 anos. Branco é a cor autodeclarada mais observada e 42,6% referem-se casados. Metade dos entrevistados afirma não ter acesso a bens culturais. Constata-se baixa frequência de práticas físicas nessa população. A maioria utiliza a rede assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a Unidade Básica de Saúde o serviço mais acessado. Conclusão: O baixo consumo de bens culturais expressa potencialmente condições de vulnerabilidade social. A não realização de atividade física é fator de não proteção para a saúde. São usuários dos serviços públicos de saúde, particularmente os de atenção primária, fato que corrobora a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) na garantia do acesso universal. As dimensões envolvidas com os modos de andar a vida da população adulta e idosa que utilizaram os serviços ofertados pelo PECA, na cidade de Araraquara, ampliam o olhar sobre os sujeitos cuidados, contribuindo, desse modo, para qualificar a atuação da extensão universitária da FCMSCSP.Palavras-chave: Extensão universitária, Determinação social, Autopercepção de saúde, Condições de vida ABSTRACTIntroduction: The university extension course is a strategic task to professional and interprofessional education as it allows the student to experience concrete action towards specific social-sanitary conditions. The “Programa de Expedições Científicas e Assistenciais” (PECA), founded in 2004, it is one of the most important initiative by Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo in this field. PECA implements actions of integral health assistance in cities of State of São Paulo through partnership with cities health officials. It is a significant aspect of PECA to know the social factors which affect users’ health. Aim: This article aims to analyze features related to life conditions, access to health services and potential health effects on an adult population from Araraquara (São Paulo) in 2019. Method: The research is a transversal study with quantitative approach and convenience sampling. A structured questionnaire was applied asking about social conditions, access to sociocultural and health services, factors of risk and health protection. The sample includes adults (18 years old or more) attended by PECA in Araraquara in January 2019. Data gathered were recorded on digital platform REDCap (https://redcap.fcmsantacasasp.edu.br). It was done an analysis of prevalence and association through Odds Ratio (OR) test, with 95% confidence interval. Result: Took part of the research 338 users, which equals 69% of PECA users within the research rage age. Most are female, between the ages of 18 and 59. White is the most self-declared color and 42.6% are married. Half claims to not have access to cultural goods. There is a low frequency of physical activities and the majority uses the Sistema Único de Saúde (SUS) (Unidade Básica de Saúde is the most demanded service). Conclusion: The low levels of cultural goods consumption express potential condition of social vulnerability and the lack of physical activity is a risk factor to health. These people are users of health public services, particularly of primary attention. This fact shows the importance of the Sistema Único de Saúde (SUS) to secure universal access to health. The several aspects of the way of life of the population which has made use of PECA in Araraquara broad the perspective on them and may improve initiatives from university extension courses of FCMSCSP.Keywords: University extension courses, Social determinants, Health status, Life conditions -


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. e16410212287
Author(s):  
Ana Carla Oliveira Garcia ◽  
Teresa M. Momensohn dos Santos ◽  
Maria Elisa Gonzalez Manso
Keyword(s):  

Trata-se de pesquisa, exploratória, transversal, realizada com 314 pessoas idosas não institucionalizadas e vinculadas a um programa de gerenciamento de doenças crônicas patrocinado por uma operadora de planos de saúde localizada na cidade de São Paulo, cidade de moradia destas pessoas, durante o período compreendido entre o segundo semestre de 2018 e primeiro de 2019. O objetivo, após comparar grupos de idosos sem e com perdas sensoriais -visual, auditiva e dupla perda-, foi verificar a interação destas com variáveis relacionadas à capacidade funcional e detectar quais fatores influenciam a presença de dupla perda. Coletados dados demográficos, sobre quais e quantas doenças crônicas, número de medicamentos de uso contínuo, presença de perda visual e/ou auditiva diagnosticada e em acompanhamento por médico ou fonoaudiólogo, foram aplicadas escalas para avaliação da capacidade funcional destas pessoas. Após análise descritiva, o grupo foi segmentado a fim de atingir os objetivos da pesquisa, utilizando-se os testes Qui-Quadrado, Exato de Fisher e t-Student. Após realizou-se regressão logística que possibilitou examinar as variáveis com maior influência em relação às perdas sensoriais isoladas e à DPS (Odds ratio). As perdas sensoriais mostraram-se importante que compromete a capacidade funcional, afetando o desempenho para atividades básicas e restringindo a mobilidade. A viuvez associada à dupla perda foi um achado inédito. Para este grupo, o avançar da idade foi um fator preditor importante para o surgimento de perdas sensoriais, principalmente a Dupla Perda Sensorial e ter uma perda prévia, auditiva ou visual, potencializa o risco para seu desenvolvimento.


1995 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 166-176 ◽  
Author(s):  
Victor Wünsch Filho ◽  
Cecília Magaldi ◽  
Neusa Nakao ◽  
José E.C. Moncau
Keyword(s):  

Com base em populações hospitalares, foram entrevistados 316 casos e 536 controles para obtenção de informações sobre histórias de trabalho, tabagismo, tabagismo passivo, ocorrência de outros cânceres na família, migração e situação socioeconômica. Os entrevistadores utilizaram um questionário padronizado. Casos e controles foram emparelhados por hospital, sexo e idade. O estudo foi desenvolvido entre 1º de julho de 1990 e 31 de janeiro de 1991 em 14 hospitais da Região Metropolitana de São Paulo, SP (Brasil). Foi elaborada uma classificação por escores como forma de ordenar os indivíduos estudados segundo suas histórias de exposições ocupacionais a cancerígenos, conhecidos para o pulmão, acumulando informações sobre a exposição nos locais de trabalho durante a vida, considerando o tipo de atividade, setor de trabalho e tempo em cada emprego. A análise de regressão logística não-condicional mostrou odds ratio: 1,97 (95% IC: 1,52 a 2,55) para os trabalhadores com maiores escores de exposição. Os resultados permitiram inferir que trabalhadores ligados aos setores de produção de diferentes ramos industriais têm duas vezes o risco de desenvolverem neoplasia pulmonar quando comparados aos trabalhadores envolvidos em atividades não-industriais.


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