scholarly journals CONSERVAÇÃO IN VITRO DE BROMÉLIA ENDÊMICA DA CHAPADA DIAMANTINA- BA

Author(s):  
Fernanda De Jesus Oliveira Bastos

Neoregelia mucugensis é uma espécie típica dos campos rupestres, e ocorre noParque Nacional da Chapada Diamantina, contudo não é considerada protegida devido àsextensas queimadas que anualmente atingem esta região (Bellintani, 2006). O que tornanecessária a realização de estudos que visem a conservação dessa espécie.

Author(s):  
Fernanda De Jesus Oliveira Bastos

Neoregelia mucugensis Leme é uma espécie típica dos campos rupestres e ocorre no Parque Nacional da Chapada Diamantina, contudo não é considerada protegida devido às extensas queimadas que anualmente atingem este Parque (BELLINTANI, 2006), o que requer estratégias para a sua propagação e conservação.Neste contexto, a cultura de tecidos vegetais pode ser uma alternativa viável para a propagação desta espécie através da micropropagação.Esta técnica pode ser desenvolvida através da organogênese a qual ocorre por duas vias distintas: a direta e a indireta. Na organogênese indireta há a necessidade de desdiferenciação do explante, originando calo antes do estabelecimento das células competentes (BERTOZZO; MACHADO, 2010), portanto, por serem massa celulares indiferenciadas, os calos têm facilidade na regeneração in vitro (KERBAUY, 1997), e permitem a obtenção de elevada taxa de multiplicação.Neste processo é importante o balanço entre auxina e citocinina. As auxinas atuam na formação de calos, indução do desenvolvimento de nós e de raízes adventícias (CARVALHO; VIDAL, 2003). Já as citocininas induzem, na presença de auxinas, a divisão celular em calos (TAIZ; ZEIGER, 2013).Há relatos na literatura de trabalhos com o cultivo in vitro de N. mucugensis como estabelecimento in vitro (BELLINTANI et al., 2007) e multiplicação via organogênese direta (BELLINTANI et al., 2008). No entanto, os autores consideram estas taxas baixas e sugerem que novas pesquisas sejam realizadas a fim de aumentar a taxa proliferativa. Isto pode ser feito por estudos de organogênese indireta, visto que em geral esta via potencializa a regeneração de brotos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi testar diferentes reguladores na morfogênese de Neoregelia mucugensis.


Rodriguésia ◽  
2015 ◽  
Vol 66 (3) ◽  
pp. 675-683 ◽  
Author(s):  
Abel Augusto Conceição ◽  
Fabiciana da Hora de Cristo ◽  
Alex de Almeida dos Santos ◽  
Juliana Barbosa dos Santos ◽  
Emile Lemos Freitas ◽  
...  

ResumoCampos rupestres constituem uma vegetação típica de montanhas da Cadeia do Espinhaço e com elevado grau de endemismo de plantas, contendo algumas áreas com histórico de perturbações por garimpo e pisoteio. O presente estudo foca em duas perguntas principais: 1) Campos rupestres que foram perturbados pelo garimpo há cerca de 15 anos atrás possuem composição florística e estrutura similares a áreas sem perturbação? 2) A riqueza e abundância de espécies exóticas invasoras e de espécies nativas de ampla distribuição tendem a ser mais elevadas nessas áreas garimpadas ou pisoteadas? Quatro campos rupestres foram amostrados em Igatu, Andaraí, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: dois onde a atividade de garimpo cessou há 15 anos, um sob perturbação atual por pisoteio, mas sem histórico de garimpo e outro em uma área conservada (vegetação amostrada por 16 parcelas de 10x10 m, quatro em cada área). A distribuição geográfica das espécies foram determinadas com base na literatura e análises de classificação e ordenação foram feitas. A composição florística dos campos rupestres foi afetada pelas perturbações, mas apenas a perturbação por garimpo teve efeito marcante sobre a estrutura da vegetação. Espécies de ampla distribuição mais generalistas e a espécie invasora Melinis minutiflora P.Beauv. foram restritas às áreas perturbadas, mostrando a necessidade de monitoramento de espécies invasoras nas áreas garimpadas do Parque Nacional da Chapada Diamantina.


2003 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
pp. 49-70 ◽  
Author(s):  
Reyjane Patrícia de Oliveira ◽  
Hilda Maria Longhi-Wagner ◽  
Ana Maria Giulietti

É apresentado o levantamento das espécies do gênero Ichnanthus P. Beauv. (Poaceae) presentes na Chapada Diamantina, parte norte da Cadeia do Espinhaço, situada na região central do Estado da Bahia, Brasil. O trabalho foi feito com base em estudo de espécimes de herbários, coletas intensivas e análise das populações no campo. Foi confirmada a ocorrência de nove espécies que habitam geralmente bordas de matas (I. leiocarpus, I. nemoralis e I. pallens), algumas das quais presentes também nos campos rupestres e cerrados (I. bambusiflorus, I. calvescens, I. dasycoleus, I. inconstans e I. procurrens), ou predominando nestes, sendo apenas uma restrita a áreas de caatinga (I. zehntneri). Este trabalho apresenta chave analítica para a identificação das espécies, descrições e ilustrações das mesmas, além de comentários taxonômicos e ecológicos.


2016 ◽  
Vol 46 (6) ◽  
pp. 991-995 ◽  
Author(s):  
Mara Márcia Sampaio Albuquerque ◽  
Alone Lima Brito ◽  
Andressa Priscila Piancó Santos Lima ◽  
Bruno Freitas Matos Alvim ◽  
José Raniere Ferreira de Santana

ABSTRACT: The goal of the present study was to evaluate the germination, initial growth, and in vitro co-cultivation of Comanthera curralensis Moldenke, a "sempre viva" native of the Chapada Diamantina state of Bahia. Full strength (MS) and half-strength MS (MS1/2) growth media supplemented with two different sucrose concentrations (15 and 30g L-1) were tested for germination and initial plant growth. Three different plant densities were tested by in vitro culture (8, 10 and 12 plants per container). MS1/2 medium with 15g L-1 sucrose resulted in a higher percentage of germination and plant growth for the in vitro establishment of C. curralensis. The use of 12 plants per container is indicated for cost reduction in C. curralensis in vitro production.


2013 ◽  
Vol 38 (3) ◽  
pp. 624-630 ◽  
Author(s):  
Karena M. Pimenta ◽  
Gabriel H. Rua ◽  
Kelly R. B. Leite ◽  
Reyjane P. Oliveira

Author(s):  
Ariadne De Aráujo Sampaio

A região do Semiárido corresponde basicamente aos limites do bioma Caatinga e inclui uma flora muito heterogênea, especialmente na região da Chapada Diamantina, no interior do estado da Bahia, representada por um grande mosaico vegetacional como a mata ciliar e a mata plúvio-nebular, além de formações mais abertas como cerrado e caatinga (Rapini et al. 2008). Uma das famílias de grande destaque nos campos rupestres dessa região é Ericaceae, representante das Asterídeas, ordem Ericales (APG 2016). Apresenta distribuição cosmopolita, com cerca de 124 gêneros e 4.100 espécies, encontrada freqüentemente em áreas tropicais e temperadas, habitando áreas ensolaradas e de solo ácidos (Souza & Lorenzi 2012). No Brasil são registrados 12 gêneros e ca. 100 espécies (Kinoshita & Romão 2016), distribuídas em todas as regiões e geralmente ocupando áreas de maior altitude. No Nordeste são registrados os gêneros Agarista D. Don ex G. Don e Gaylussacia Kunth, ambos ocorrentes na Bahia e também nos limites do Semiárido, incluindo a Chapada Diamantina. Kinoshita & Romão (2016) citaram 19 espécies e 13 variedades de Ericaceae na Bahia e o presente trabalho teve como objetivo principal aumentar o conhecimento sobre as plantas ocorrentes nos limites do Semiárido, através do desenvolvimento de estudos taxonômicos em Ericaceae da Chapada Diamantina


2018 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 115-119
Author(s):  
Frank Almeda ◽  
Ricardo Pacifico

Microlicia bahiensis, a rare species known only from the type that was collected over 100 years ago, is redescribed, illustrated, and lectotypified. It is compared to and mapped with three probable relatives, all of which are largely centered on the Chapada Diamantina in Bahia, Brazil, where they are mostly restricted to the mosaic of mountaintop “islands” dominated by campos rupestres (rocky grasslands). A diagnostic key is also included to help differentiate it from other glandular-pubescent Bahian species that appear to be its closest probable relatives.


2010 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 972-977 ◽  
Author(s):  
Patrícia Alves Ferreira ◽  
Blandina Felipe Viana

In this study the floral biology, breeding system, visitors and pollinators of Paliavana tenuiflora were analyzed in campos rupestres in the Chapada Diamantina, Mucugê, Bahia, Brazil. Paliavana tenuiflora is a shrub with blue-violet, bell-shaped flowers, with anthesis at 11:00 h; the flowers last about six days. Large amounts of nectar are produced (volume average 15.5µL, concentration 22.7% and sugar content 5.0 mg mL-1). The amount of nectar is not related to the time of day, but concentration varied with volume. The species is self-compatible, but fruit set depends on pollinators. Although nectar is available by day and night, flowers of P. tenuiflora fit the bee pollination syndrome, and are actually pollinated by Bombusbrevivillus. However, the hummingbird Phaethornis pretrei can be considered an occasional pollinator, due to its behavior and low frequency of visits. Our results suggest a mixed pollination system, although the importance of P.pretrei as a pollinator remains to be better evaluated.


Phytotaxa ◽  
2021 ◽  
Vol 514 (2) ◽  
pp. 140-148
Author(s):  
LUCAS CARDOSO MARINHO ◽  
KARENA MENDES PIMENTA ◽  
DÉBORA CAVALCANTE DE OLIVEIRA ◽  
RODOLFO DE FRANÇA ALVES ◽  
ANDRÉ MÁRCIO AMORIM

The Flora Neotropica treatment of Flaucourtiaceae s.l., by Sleumer, was a milestone in the study of the group and, consequently, of the families that were subsequently segregated from Flaucourtiaceae. Of these, Lacistemataceae comprise 16 tree-shrub species that usually occur in humid forests. However, specimens from campos rupestres in Bahia State, Brazil, were not analyzed by Sleumer so some morphological variation remained unnoticed. Here, we describe Lacistema ligiae, a new species from the campos rupestres of Bahia, and include notes on leaf venation and pollen morphology of related species. Lacistema ligiae can be recognized by leaf blades with sinuous secondary veins, which are covered by long and adpressed trichomes abaxially, hairy filament and ovary, and a distinct style not exceeding the height of the stamen.


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