scholarly journals Panorama do gerenciamento de áreas contaminadas no Brasil após a resolução CONAMA 420/09

2015 ◽  
Vol 29 (2) ◽  
pp. 202
Author(s):  
Antônia Angélica Correia de Araújo Moura ◽  
Roberto Augusto Caffaro Filho

<p class="Default">Nos países industrializados, a descoberta da dimensão do problema da contaminação dos solos e das águas subterrâneas levou à sistematização do gerenciamento de áreas contaminadas. Cerca de cinco anos após a publicação da Resolução CONAMA 420/09, que estabeleceu diretrizes para o gerenciamento de áreas contaminadas no Brasil, foi levantado neste estudo o panorama do país em relacão ao tema. Foram obtidas informações junto aos órgãos ambientais de cada Estado através de consultas aos seus sítios eletrônicos, contatos telefônicos e aplicação de um questionário. Os Estados das regiões sudeste e sul avançaram significativamente no gerenciamento da contaminação do solo. Por outro lado, nas demais regiões do Brasil o gerenciamento de áreas contaminadas ainda é incipiente, e a Resolução CONAMA 420/09 ainda está por ser atendida. Foi realizada uma análise qualitativa do risco causado pela contaminação de solo e água subterrânea em cada unidade da federação, que levou em consideração o nível de gerenciamento praticado e o potencial poluidor existente. Foi encontrado nível de risco alto no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco e Bahia. Os Estados da região nordeste em acelerado processo de industrialização encontram-se em situação mais crítica, sendo preciso avançar rapidamente no gerenciamento de áreas contaminadas, sob pena de repetirem-se os injustificáveis danos ao meio ambiente e à saúde pública ocorridos nas regiões industrializadas do país em décadas passadas. O avanço do gerenciamento nos Estados brasileiros pode ser alcançado com a criação de leis estaduais específicas e com a evolução do nível técnico dos profissionais que atuam nessa área.</p>

2002 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
Author(s):  
ANTONIO HÉLIO JUNQUEIRA ◽  
MARCIA DA SILVA PEETZ

O trabalho consitui parte integrante do Projeto “Elaboração do Plano Estratégico de <i>Marketing</i> para Exportações de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil (<b><i>FloraBrasilis</i></b> - Convênio Ibraflor/APEX-Brasil, 2003/2004) e visou a uma análise comparada dos principais resultados recentes da evolução das exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais, dos pontos devista das características, vocações e estratégias comerciais dos diversos pólos de produção da floricultura nacional, conforme identificados pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). O estudo baseou-se, metodologicamente, na análise e interpretação dos dados divulgados, mensalmente, pela Secretaria de Comércio Exterior sobre a evolução das exportações setoriais, levando em conta os valores exportados,segundo origem e destino dos principais grupos de mercadorias. Incorporaram-se informações adicionais obtidas pelo Diagnóstico da Produção de Flores e Plantas Ornamentais Brasileira (Ibraflor/FloraBrasilis 2002) e entrevistas publicadas com as principais lideranças de cada pólo da floricultura nacional no <i>Informativo Ibraflor</i> (<i>Ibraflor/FloraBrasilis</i>, vários anos). Os resultados permitiram concluir que os 12 pólos nacionais de produção florícola possuem não apenas dados comparados bastante díspares quanto aos valores efetivos concretizados anualmente no mercado de exportação, mas também potenciais exportadores consideravelmente diferenciados quanto aos itens exportáveis, mercados-alvo e estratégias comerciais. Nesse sentido, o estudo permitiu a classificação dos pólos nacionais de produção de flores e plantas ornamentais em três categorias distintas: a) pólos com inserção definida e estratégias efetivas de crescimento no mercado internacional (São Paulo - Pólos I e II; Santa Catarina e Pólos Nordestinos - Pernambuco, Alagoas e Ceará); b) - pólos com inserção parcial e em fase de definição de estratégias efetivas de crescimento no mercado internacional (Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro) e c ) - pólos com foco prioritário na consolidação da floricultura local e no auto-abastecimento (Paraná, Goiás e Distrito Federal, Bahia e Espírito Santo, e Região Norte - Pará e Amazonas).


2021 ◽  
Vol 5 (5) ◽  
pp. 990-1002
Author(s):  
Renan Antônio da Silva ◽  
Pedro Demo ◽  
Maria Cecília de Souza Minayo

Nove estados alcançaram Ideb maior ou igual a 6 nos anos iniciais do ensino fundamental. São Paulo teve o melhor desempenho, com 6,7 pontos, seguido por Distrito Federal, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, com 6,5 pontos; Ceará, com 6,4 pontos; Goiás, com 6,2 pontos; Espírito Santo, com 6,1 pontos; e Rio Grande do Sul, com 6 pontos. Já o Pará teve o resultado mais baixo, com 4,9 pontos, mas superou sua meta de 4,7 pontos. Nos anos finais do ensino fundamental, o aumento foi de 0,2 pontos, com resultado final de 4,9 pontos. Apesar da melhora, o índice ficou abaixo da meta de 5,2 pontos em 2019. Essa etapa de ensino possui 61,8 mil escolas e 11,9 milhões de estudantes no Brasil. O estado de São Paulo teve o melhor desempenho, com 5,5 pontos, mas não conseguiu atingir a meta individual de 5,9 pontos. Sete estados conseguiram cumprir seus objetivos: Amazonas, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Ceará, Paraná e Goiás. Os resultados mais baixos foram do Amapá, com 4 pontos, e do Pará, do Rio Grande do Norte, de Sergipe e da Bahia, com 4,1 pontos.


2020 ◽  
Vol 3 (4) ◽  
pp. 1-2
Author(s):  
Marcos Marques Formigosa ◽  
Sinara München

As pesquisas em Ensino de Ciências têm contribuído, entre outros aspectos, para pensar novos e diferentes cenários e processos de ensino e de aprendizagem em múltiplos contextos, dentre eles a escola do campo, o que requer um olhar a partir de diversas perspectivas, que perpassam, por exemplo, pela formação inicial e/ou continuada dos professores, pela prática docente, pelos recursos didáticos e pedagógicos. A Educação do Campo, por sua vez, também tem demarcado seu espaço nas pesquisas, ajudando a pensar e a problematizar várias dimensões (históricas, políticas e sociais) que influenciam diretamente no contexto educacional e, consequentemente, na cultura escolar, em determinados espaços e tempos, com desdobramentos, inclusive, sobre o ensino de ciências. Este Dossiê foi idealizado a partir das experiências vivenciadas nos cursos de Licenciatura em Educação do Campo, com habilitação em Ciências da Natureza, instalados em várias universidades Brasil afora, especialmente nos campi situados no interior dos estados, tendo indígenas, ribeirinhos, quilombolas, assentados de reforma agrária, extrativistas, pescadores e outros agentes sociais locais como sujeitos partícipes desse projeto, com vistas a uma formação específica e diferenciada, para atuação nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Essas experiências têm contribuído, por meio de pesquisas empíricas e de reflexões, para o avanço da compreensão dos diferentes processos de escolarização, que acontecem da educação básica à pós-graduação, no campo e/ou com os sujeitos que constituem esse espaço. Tais pesquisas têm seguido diferentes caminhos teóricos e metodológicos que apontam enlaces entre a Educação do Campo e o Ensino de Ciências, materializados em algumas frentes, tais como a consolidação das Licenciaturas em Educação do Campo – enquanto campo de pesquisa e as práticas docentes diferenciadas desenvolvidas nas e com as escolas do campo ou em outros espaços não formais de educação. Foram 63 resumos submetidos inicialmente ao Dossiê, os quais passaram por uma seleção que resultou na escolha de 28 trabalhos designados para apresentação de sua versão completa. O Dossiê mobilizou 74 autores, de diferentes formações acadêmicas e com atuação nos diversos níveis de ensino, desde a educação infantil, a educação básica, o ensino superior, até a pós-graduação. Os autores dos trabalhos publicados estão vinculados a 25 diferentes instituições brasileiras. A publicação do Dossiê contempla propostas, práticas e pesquisas das cinco regiões do Brasil, abarcando experiências de doze estados: Amapá, Pará, Piauí, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Os vinte artigos oriundos de resultados de pesquisa abordam diversas temáticas e contextos de investigação. Um dos focos apresentados pelos artigos são os cursos de Licenciatura em Educação do Campo com habilitação em Ciências da Natureza, nos quais as investigações estão relacionadas aos desafios e possibilidades vivenciados nos estágios curriculares e na formação por área de conhecimento para atuação na educação básica. Há trabalhos que trazem apontamentos sobre a Pedagogia da Alternância, a relação entre a formação universitária, os conhecimentos tradicionais e a Educação Ambiental. Outros artigos contemplam discussões acerca de Políticas Públicas vinculadas à Educação do Campo e à organização curricular na área das Ciências da Natureza. As pesquisas em contexto escolar integram investigações sobre a educação infantil, a contextualização, as relações com os povos do campo, o racismo, entre outras temáticas. A produção científica publicada no Brasil sobre Educação do Campo e Ensino de Ciências também aparece em artigos do Dossiê. Além dos artigos, o Dossiê apresenta oito relatos de experiência, os quais integram abordagens de variados contextos do campo brasileiro tratando de temáticas como estufa, agricultura familiar, poesia, agrobiodiversidade, facilitação gráfica, interdisciplinaridade, outubro rosa, ensino por investigação, plantas medicinais, saúde, etnopedologia e insetos. Estes trabalhos, desenvolvidos em diferentes níveis e modalidades de ensino, mostram práticas exitosas que foram implementadas e podem subsidiar outras experiências de ensino de Ciências em escolas do campo. Esse Dossiê é uma oportunidade para a divulgação dos avanços e possibilidades que pesquisadores e pesquisadoras têm promovido, mobilizando discussões de múltiplas formas, tendo o Ensino de Ciências e a Educação do Campo como questões orientadoras. Espera-se, portanto, que essa iniciativa seja capaz de subsidiar tanto as formações como as práticas docentes, bem como desencadear outras produções, com vistas ao fortalecimento de ambas as áreas, pois, a partir daquilo que se apresenta tanto nos artigos quanto nos relatos de experiência, são perceptíveis as diferentes interfaces entre a Educação do Campo e o Ensino de Ciências. Agradecemos aos editores da Revista Insignare Scientia (RIS), Dr. Roque Ismael da Costa Güllich e Dra. Rosangela Ines Matos Uhmann, por possibilitarem através deste Dossiê a divulgação de trabalhos que articulam a Educação do Campo e o Ensino de Ciências.   Prof. Marcos Formigosa (UFPA) Profa. Sinara München (UFFS) Organizadores do Dossiê


2018 ◽  
Vol 21 (0) ◽  
Author(s):  
Max Moura de Oliveira ◽  
Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre ◽  
Luana Fiengo Tanaka ◽  
Benedito Mauro Rossi ◽  
Maria Paula Curado

RESUMO: Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por câncer colorretal, ajustado por indicadores selecionados, segundo sexo, para unidades federativas, regiões e Brasil, no período de 1996 a 2012. Métodos: Estudo ecológico de série temporal das taxas de mortalidade por câncer colorretal, feita análise de regressão linear, sendo o ano centralizado a variável independente. Os modelos foram ajustados por indicadores selecionados. Resultados: Houve aumento nas taxas de mortalidade padronizadas por câncer colorretal em todos os estados para o sexo masculino e em 21 estados para o sexo feminino. No modelo ajustado por taxa de mortalidade por causas mal definidas, produto interno bruto e coeficiente de Gini, a tendência de aumento foi significativa (p < 0,05) no Brasil, somente para os homens, com 0,17 óbitos por 100 mil habitantes ao ano (aa). Nos estados do Piauí (0,09 e 0,20 aa), Ceará (0,17 e 0,19 aa) e Rio Grande do Sul (0,61 e 0,42 aa) ocorreu aumento em homens e mulheres, respectivamente; somente em homens nos estados da Paraíba (0,16 aa), no Espírito Santo (0,28 aa), em São Paulo (0,24 aa) e Goiás (0,31 aa); e em mulheres nos estados de Roraima (0,41 aa), do Amapá (0,97 aa), Maranhão (0,10 aa), Sergipe (0,46 aa), Mato Grosso do Sul (0,47 aa) e Distrito Federal (0,69 aa). Conclusão: O aumento da taxa de mortalidade por câncer colorretal manteve-se significativo no Brasil somente entre os homens; em sete estados, entre homens; e em nove estados, entre mulheres, independentemente dos indicadores estudados. Essas diferenças podem estar relacionadas ao possível aumento da incidência e ao acesso tardio ao diagnóstico e tratamento.


Author(s):  
Scheila Roberta Janke

Ao longo da história de imigração no Brasil, neste caso com destaque para os imigrantes pomeranos, a fé evangélico-luterana atuou um fator de resiliência na superação de adversidades.  A inexistência de uma organização eclesial e social nas zonas de colonização não impediu que este grupo se adaptasse e assumisse a responsabilidade pela solução de problemas e para a preservação de sua fé através da atuação leiga e do engajamento na edificação de comunidades. No cultivo de sua fé os imigrantes pomeranos em três Estados aqui analisados, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo, encontraram força para superar as diversas dificuldades que surgiram ao longo do tempo e para organizarem seu ambiente social de acordo com o modelo que conheciam. O isolamento geográfico e social a que estavam submetidos infelizmente comprometeu um gradativo aprendizado da língua portuguesa e a integração à sociedade brasileira. Sendo assim, as medidas de nacionalização do Estado brasileiro e a perseguição aos imigrantes de fala alemã e pomerana trouxeram grandes empecilhos à vida comunitária e de fé desse grupo. No entanto, mais uma vez a fé evangélico-luterana atuou como fator de resiliência na superação de adversidades e na busca por alternativas de adaptação. Ela se manteve viva acima do aspecto étnico e fortaleceu-se através das adversidades, desenvolvendo-se também em novos contextos de migração como um importante fator de resiliência diante de novos desafios.Im Laufe der Imigrationsgeschichte in Brasilien, hier insbesondere die pommerschen Einwanderer, wirkte der evangelisch-lutherische Glaube als Resilienzfaktor bei der Überwindung von Schwierigkeiten. Der Mangel einer kirchlichen und sozialen Organisation in den Kolonisationsgebiete hinderte diese Gruppe nicht bei der Anpassung und Verantwortungsübernahme für die Lösung von Problemen und bei der Bewahrung ihres Glaubens durch die Laientätigkeit und das Engagement im Gemeindeaufbau. In der Pflege ihres Glaubens fanden die pommerschen Einwanderer in den hier betrachtenen Staaten, Rio Grande do Sul, Santa Catarina und Espírito Santo Kraft, um verschiedene Schwierigkeiten, die im Laufe der Zeit entstanden sind zu bewältigen und ihre soziale Umwelt entsprechend dem von ihnen bekannten Muster zu organisieren. Die geographische und soziale Isolierung, der sie ausgesetzt waren, beeinträchtigte leider eine allmähliche Erlernung der portugiesischen Sprache und die Integration zur brasilianischen Gesellschaft. So brachten die Nationalisierungsmaβnahmen des brasilianischen Staates und die Verfolgung von Einwanderer deutscher und pommerscher Sprache groβe Hindernisse für das Gemeinde- und Glaubensleben dieser Gruppe. Wieder wirkte jedoch der evangelisch-lutherische Glaube als Resilienzfaktor bei der Überwindung von Widrigkeiten und bei der Suche nach Anpassungsalternativen. Er erhielt sich lebendig über den ethnischen Aspekt hinaus und stärkte sich durch die Widrigkeiten, indem er auch in neuen Migrationskontexte sich als einen wichtigen Resilienzfaktor angesichts neuer Herausforderungen entwickelte.


2013 ◽  
Vol 22 (4) ◽  
pp. 1001-1013
Author(s):  
Rodrigo de Souza Gonçalves ◽  
Rogério Itsuo Hayakawa ◽  
Andréa de Oliveira Gonçalves ◽  
André Luiz Marques Serrano

O exercício do controle social é uma das formas de prática democrática aplicada ao sistema de saúde pública no Brasil. Dentre os mecanismos para o seu exercício, tem-se os relatórios de prestação de contas de natureza econômico-financeira. Tais relatórios são elaborados pelas Secretarias de Saúde e submetidos à deliberação de seus respectivos Conselhos de Saúde, como um dos meios à concretização da transparência dos atos públicos. Este artigo versa sobre uma análise comparada dos relatórios de prestação de contas das Secretarias Estaduais de Saúde, permitindo dessa forma a descrição de possíveis melhorias no processo de divulgação de tais informações. A presente pesquisa se caracteriza pelo tipo documental e natureza qualitativa. Foram analisados os relatórios de prestação de contas dos exercícios de 2008 e 2009 dos seguintes Estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Os resultados sugerem que, apesar de as Secretarias Estaduais divulgarem a maioria das variáveis avaliadas, os Conselhos de Saúde não materializam a análise da gestão pública em seus pareceres, demonstrando que o processo de avaliação das informações carece de melhorias acerca de sua interpretação e recomendações de melhorias das políticas públicas em saúde. No que tange à prestação de contas, aspectos como: definição de prioridades na destinação de recursos e estabelecimento de metas e objetivos ainda não fazem parte da maioria dos relatórios estaduais. Como sugestão para pesquisas futuras, poder-se-á analisar se a amplitude de participação dos conselhos influencia na melhoria dos relatórios de prestação de contas.


Zootaxa ◽  
2017 ◽  
Vol 4350 (3) ◽  
pp. 595
Author(s):  
GIOVANNI NACHTIGALL MAURÍCIO ◽  
MARCOS RICARDO BORNSCHEIN

The Brazilian tapaculo Scytalopus speluncae species-group has been the subject of intense taxonomic work in the past 18 years, with six new species being named in that time lapse and other taxonomic problems having been highlighted (Bornschein et al. 1998, 2007; Maurício 2005; Raposo et al. 2006, 2012; Mata et al. 2009; Whitney et al. 2010; Maurício et al. 2010, 2014; Pulido-Santacruz et al. 2016). One of the most persistent of these problems involves the oldest name in this group, S. speluncae (Ménétriès), and the taxa it may represent. Historically, this name has been applied to the dark gray populations (whose adult males have plain gray flanks) occurring along coastal mountains between Espírito Santo and São Paulo states in Brazil (Raposo et al. 2006; Maurício et al. 2010). Subsequently, dark gray populations from the Brazilian states of Paraná, Santa Catarina, and Rio Grande do Sul, as well as paler gray birds with black-barred brown flanks from northeastern Argentina (Misiones Province) and adjacent southern Brazilian states were also subsumed under S. speluncae (Bornschein et al. 1998; Maurício 2005; Maurício et al. 2010). However, the paler gray, barred populations from Argentina and some parts of Santa Catarina and Rio Grande do Sul have proved to be a distinct and partially sympatric species named S. pachecoi Maurício, which was shown to be not closely related to S. speluncae, but rather pertains to the very divergent clade of S. novacapitalis Sick and related forms (Maurício 2005; Mata et al. 2009). On the other hand, the dark-gray populations coming from Espírito Santo south to Rio Grande do Sul continued to be identified as S. speluncae. 


2015 ◽  
Vol 17 (34) ◽  
pp. 171
Author(s):  
Helena Alpini Rosa

Este artigo se propõe a descrever e apresentar o Programa de Formação de Professores Guarani “Kuaa Mbo’e – Conhecer, Ensinar dos professores Guarani das regiões Sul e Sudeste do Brasil, ocorrido de 2003 a 2010 em um esforço das Secretarias de Estado da Educação dos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro; o Ministério da Educação e a Fundação Nacional do Índio. Representou um marco importante na concepção de formação de professores indígenas, pois foi um dos cursos que considerou os indígenas na concepção dos etnoterritórios. Pressupõe-se que, à medida que se apropriam do conhecimento os professores Guarani, tenham elementos próprios para ensinar crianças e jovens que frequentam a escola na aldeia. A partir dos direitos garantidos, tanto na Constituição Federal quanto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a formação de professores indígenas em todo o país tem sido ponto de estudo e pesquisa em diferentes áreas do conhecimento.


2016 ◽  
Vol 32 (9) ◽  
Author(s):  
Angelica Espinosa Miranda ◽  
Gerson Fernando Mendes Pereira ◽  
Maria Alix Leite Araujo ◽  
Mariangela Freitas da Silveira ◽  
Leonor De Lannoy Tavares ◽  
...  

Resumo: Este estudo teve por objetivo avaliar a cascata de cuidado da redução da transmissão vertical do HIV nos estados do Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, usando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Entre os anos de 2007 e 2012, cresceu a taxa de detecção de HIV na gestação em 5 estados, variando de 7,3% no Distrito Federal a 46,1% no Amazonas, com redução de 18,6% no Rio de Janeiro. Menos de 90% das mulheres usaram antirretroviral durante o pré-natal, incluídas as que já se sabiam portadoras do HIV. A realização de cesárea eletiva foi baixa. A taxa de detecção de AIDS em crianças menores de 5 anos como proxy da transmissão vertical do HIV apresentou uma redução de 6,3% entre 2007 e 2012, sendo a maior no Rio Grande do Sul (50%), que apresentou as maiores taxas do período, enquanto no Espírito Santo ocorreu o maior aumento (50%). A avaliação da cascata do cuidado do HIV na gestante apontou falhas em todos os pontos. É necessária uma conexão entre a atenção básica e os centros de referência para HIV/AIDS, ordenando o cuidado da família e o melhor desfecho para a criança.


2021 ◽  
Author(s):  
Fabio José Antonio da Silva

Falar da atuação do Profissional de Educação Física no SUS para mim é um prazer e um dever. PRAZER porque é bom falar daquilo que gostamos e o DEVER onde me cabe apontar, fiscalizar e promover as ações e dar visibilidade a nossa profissão da melhor maneira possível. Ver o quanto podemos fazer na saúde pública e não ter isso registrado, formalizado, foi pra mim a mola propulsora para organizar esse e-book. Confesso que desde o princípio sabia que ia dar certo. Quando comecei a entrar em contato com os colegas de outros estados, pude sentir em suas vozes a certeza de que queiram a mesma coisa que eu, ou seja, dar vazão aquilo que realizavam no SUS, mas que não tinha a sua valorização, o seu reconhecimento. Não acordamos em busca de reconhecimento, mas sim, merecimento. Merecemos ser valorizados, merecemos ser lembrados, merecemos ter o nosso espaço definido dentro de tantos outros já consolidados. Foi com imensa alegria que recebi os aceites dos colegas e assim organizando essa bela coletânea de relatos de experiência, em formato digital, intitulado de COGITO ERGO “SUS”: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS DE PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO SUS. “ Esse título nos remete a expressão latina “cogito ergo sum” que significa “Penso, logo sou”. A inclusão da palavra SUS nesta expressão para mim tem o valor notório que pensamos em SUS em todas as nossas ações sendo estas realizadas nos cenários de práticas, nos territórios sanitários ou qualquer outro espaço de saúde pública, na certeza de que promoveremos saúde e qualidade de vida a todos os usuários do sistema público de saúde. Este livro digital, escrito por mãos de especialistas, oferece um forte diferencial de relatos de experiencia na atuação de Profissionais de Educação Física no SUS. Os colaboradores deste livro digital apresentam um olhar direcionado para o lado humano, enxergando inúmeras perspectivas e caminhos a serem seguidos na direção da formação integral e investindo no potencial que cada um traz consigo, na intenção de se desenvolver, evoluir e transpor os seus limites, a fim de conquistar seus lugares na sociedade e vivenciar experiências longe de padrões adotados cultural e historicamente, que muitas vezes desconsideram o real significado de humanidade. Estes profissionais, e eu me incluo neste grupo, acreditam e lutam por uma sociedade inclusiva com práticas que envolvem a equidade e o respeito por toda a diversidade. Sendo assim, o ebook está regionalizado, proporcionado dessa forma uma viagem de norte a sul do país, do Caburai/RR ao Chuí/RS, com textos de fácil leitura e repleto de intencionalidades durante as diversas práticas corporais e intervenções proporcionadas aos usuários do sistema, comumente chamados os pacientes do SUS. Na região norte pudemos perceber o quanto o regionalismo está presente, principalmente nas nomenclaturas dos territórios de saúde. Na região nordeste, considerada a região com maior número de estados, num total de 9 estados, colabora com relatos de experiencias inigualáveis, começando desde os Programas de Residências, até a atuação cega, mas altamente segura das equipes de NASF-AP. Digo cega pois temos normas a seguirem, porém não temos modelos a quem nos espelhar, o que faz de cada equipe de NASF-AP o seu próprio modelo a seguir, atestando a máxima de que “não importa se está certo ou errado, o que vale é o que está combinado”. Descendo o mapa e parando no coração do Brasilllllll, chegamos à região centrooeste, região que me deixa extremamente a vontade em parafrasear Manoel... (colocar uma fala dele), considerado um ícone da cultura pantaneira, fauna e flora abundante e que reflete nas práticas corporais dessa região, diversas sensações e experiencias inigualáveis. Ter contato com ações realizadas na capital federal não é para qualquer um. Região Sudeste... uma megalópole reunida em 4 estados, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espirito Santo. Linha de passagem para quem sobe ou para quem desce na geografia brasileira. Uma mistura de povos e culturas expressas em relatos técnicos-científicos. E por fim, região sul, a minha região. Nascido no Paraná, mas transitando entre os outros 2 estados, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, poderemos experimentar relatos típicos da região, mas também intervenções profissionais pontuais na promoção da saúde e qualidade de vida, em meio a pandemia. Ah, já ia me esquecendo desse tal COVID-19, uma mudança radical na dinâmica de trabalho, mas que não nos desanimou de forma alguma, promovendo saúde e qualidade de vida via redes sociais. O SUS não pode parar, não é! De uma forma ou de outra, soubemos manter a saúde física e mental em meio a esta pandemia, na certeza de que os nossos usuários precisariam bem mais de nós neste momento tão inseguro. Utilizo uma frase que cabe bem no momento que estamos vivendo: “Do pouco que fazemos, pode ser muito para eles (usuários)”. Uma leitura rica e agradável, na expectativa de que esse time de sucesso possa oferecer com amor e competência dados que qualificam e validam a atuação do Profissional de Educação Física na saúde pública brasileira. Sou do SUS... Vivo o SUS...


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