scholarly journals TRIAGEM FITOQUÍMICA E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES TROMBOLÍTICA E CITOTÓXICA DE CECROPIA HOLOLEUCA MIQ. (URTICACEAE), LIPPIA ALBA (MILL.) N.E.BR. EX P. WILSON (VERBENACEAE) E ZANTHOXYLUM RHOIFOLIUM LAM (RUTACEAE)

2016 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 10
Author(s):  
João Victor Dutra Gomes ◽  
Rafael Destefani Faitanin ◽  
Beatriz Gonçalves Brasileiro ◽  
Damaris Silveira ◽  
Claudia Masrouah Jamal

<em>Cecropia hololeuca</em>, <em>Lippia alba</em>, e <em>Zanthoxylum rhoifolium</em> são espécies vegetais de ocorrência natural no Brasil, características de regiões de Mata Atlântica e, dentro de suas finalidades medicinais, estão incluídas ação anti-hipertensiva, digestiva e no tratamento de malária. Neste estudo, foram avaliados o perfil químico e as atividades citotóxica e trombolítica do extrato etanólico das folhas destas espécies vegetais. O perfil químico dos extratos foi obtido através de ensaios fitoquímicos clássicos, a fim de identificar as classes químicas presentes. A atividade citotóxica foi avaliada frente a <em>Artemia salina</em> e a atividade trombolítica foi determinada <em>in vitro</em> a partir da lise em coágulo de sangue humano. Os testes fitoquímicos indicaram a presença de alcaloides e flavonoides nos três extratos investigados. Saponinas, triterpenos e naftoquinonas foram detectados apenas em <em>C. hololeuca</em>. Esta não demonstrou citotoxicidade frente <em>Artemia salina</em> (DL<sub>50</sub> &gt;1000 ppm), enquanto <em>Z. rhoifolium</em> apresentou DL<sub>50</sub> igual a 719,44 ppm e <em>L. alba</em> &lt;250 ppm, o que indica atenção quanto a segurança no uso desta planta medicinal. A atividade trombolítica de <em>L. alba</em> e <em>C. hololeuca</em> foi de 6,43 ±2,08 e 9,64 ±1,83 %, respectivamente, demonstrando baixa atividade. Já <em>Z. rhoifolium</em> alcançou lise de 24,71 ±10,52 %, indicando promissora atividade (p &lt;0,001). A atividade trombolítica de <em>Z. rhoifolium</em> justifica novos estudos, a fim de investigar os componentes responsáveis pela atividade. Perante a literatura, este é o primeiro relato da avaliação da atividade trombolítica destas espécies vegetais. Os resultados encontrados neste trabalho contribuem para o conhecimento químico-biológico das respectivas espécies.

2020 ◽  
Vol 7 (17) ◽  
pp. 1483-1498
Author(s):  
Cecília de Souza Carvalho ◽  
Patrine Nunes Gomes ◽  
Luzirrany Soares Lopes ◽  
Miria Cassia Oliveira Aragão ◽  
Lizandro Pereira de Abreu ◽  
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O Brasil é um país bastante rico em biodiversidade e com isso as comunidades tradicionais e agricultores fazem o cultivo dessa ampla diversidade de espécies e de variedades vegetais. Este fator agrega grande relevância aos estudos etnobotânicos, onde busca-se resgatar o conhecimento sobre as plantas nas comunidades rurais, visando manter a interrelação entre a utilização de plantas medicinais e o conhecimento das pessoas. O presente estudo teve como objetivo verificar o perfil socioeconômico e a percepção das pessoas sobre o conhecimento botânico do uso e apropriação das plantas medicinais utilizadas na comunidade rural de Santa Marta, Município de Corrente, Estado do Piauí. A pesquisa foi realizada no período de julho de 2018 a março de 2019, na Comunidade Rural de Santa Marta, sendo ela destinada às pessoas com idade igual ou superior a 40 anos, em virtude de possuírem mais conhecimento sobre o uso de plantas medicinais. Para isso, foi realizada uma caminhada transversal com alguns moradores e a aplicação de um questionário semiestruturado de caráter quali-quantitavo. Foi registrado um total de 90 espécies de plantas medicinais utilizadas pelos moradores da Comunidade Rural de Santa Marta. Após identificar as espécies juntamente com os moradores e ainda com a realização de levantamentos bibliográficos, verificou-se que muitas destas espécies são típicas do Cerrado, mas existem a ocorrência de algumas predominantes da Caatinga e Mata Atlântica. As espécies mais usadas pelos entrevistados são a erva-doce Pimpinella anisum L. e o hortelã Mentha crispa L., mencionadas por cerca de 36,36% dos entrevistados, a melancia-da-praia Solanum agrarium Sendtn. (27,27%), a erva-cidreira Lippia alba Mill. N.E.Br. (18,18%), seguido do alecrim Rosmarinus officinalis L., do gengibre Zingiber officinale Roscoe, da imburana Amburana cearensis A.C. Smith e do limão Citrus limon L. Burm. (13,64%) e do pequi Caryocar coriaceum Wittm (4,54%). Dentre as espécies identificadas muitas delas são utilizadas para o tratamento de enfermidades que acometem a vida das pessoas como, diarreia, hipertensão, infecção no sistema urinário, colesterol, entre outros. Quanto à parte vegetal utilizada nas preparações dos remédios caseiros, observou-se uma frequência maior de uso das folhas, seguido de caule e fruta, raízes, flores e óleo. Por meio das informações obtidas foi possível realizar o levantamento etnobotânico das plantas medicinais utilizadas na Comunidade Rural de Santa Marta e, além disso, do uso e do conhecimento que as pessoas possuem. Ao construir essa relação entre comunidade e o conhecimento sobre uso das plantas medicinais, torna-se de grande valia para a vida das pessoas, propiciando a contribuição para a conservação da cultura regional, contribuindo assim na sua valorização.


Rodriguésia ◽  
2018 ◽  
Vol 69 (4) ◽  
pp. 2119-2135
Author(s):  
Raquel Kremer Cury ◽  
Aurea Maria Randi ◽  
Marisa Santos

Resumo Cactáceas epífitas com potencial ornamental são encontradas na Mata Atlântica brasileira. As diferenças no processo de germinação e desenvolvimento inicial, entre espécies vegetais são de interesse na produção e estabelecimento de mudas. Este estudo teve por objetivo investigar a germinação e o desenvolvimento pós-seminal in vitro, em água e ágar, e a morfoanatomia do caule de indivíduos adultos, crescendo no ambiente natural de Rhipsalis neves-armondii, Rhipsalis teres e Lepismium cruciforme, ocorrentes em Santa Catarina. Análises do crescimento e desenvolvimento foram determinadas por medidas de comprimento, massa seca, teor de clorofilas e carotenóides. Análises anatômicas do hipocótilo e caule foram obtidas por secções transversais e paradérmicas utilizando técnicas clássicas. O desenvolvimento de plântulas, em água e ágar, indicou ser indispensável a incrementação de nutrientes, pois as substâncias de reserva foram exauridas até os 60 dias de cultivo. Em ágar, as sementes de R. neves-armondii não germinaram. Características anatômicas do hipocótilo das plântulas, bem como do caule dos indivíduos adultos, de R. teres e L. cruciforme foram similares. Cutícula espessa e parênquima aquífero constatados no hipocótilo e nos caules são características xéricas, importantes para economia hídrica destas epífitas que são protegidas da irradiação solar pelo forófito, mas com limitação de disponibilidade água.


2017 ◽  
Vol 22 (40) ◽  
pp. 658
Author(s):  
Tabatta Caroline Cerri ◽  
João Otávio Silva ◽  
Aline Tintori Mantovani ◽  
Geisiele Silva Martins ◽  
Renan Carrari Dos Santos ◽  
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O jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra Vellozo) é uma espécie nativa da Mata Atlântica que está ameaçada de extinção na tentativa de conservar a espécie, a micropropagação surge como uma das soluções para este problema por ser de baixo custo e produzir plântulas com um período curto de tempo. Dessa forma, o objetivo deste projeto foi avaliar as condições mais favoráveis à indução de brotos in vitro, possibilitando o uso de técnicas de micropropagação por ser uma das etapas deste processo. Para indução dos brotos foi utilizado o meio MS e testado dois tipos de explante (segmento apical e segmento nodal) e três concentrações de TDZ (0, 5 e 20 μM). Com os resultados de número de brotos por explante, após 30 dias de inoculação, observamos que não houve interação significativa entre os explantes e as concentrações de TDZ. A diferença significativa foi encontrada apenas entre os explantes, sendo o nodal (2.26) apresentando maior número de brotos que o apical (1.16). Pode-se concluir então que as concentrações de TDZ não influenciaram no número de brotos e que o segmento nodal é o mais indicado para o processo de micropropagação.


2019 ◽  
Vol 29 (3) ◽  
pp. 1282
Author(s):  
Karol Buuron da Silva ◽  
Lia Rejane Silveira Reiniger ◽  
Silvia Machado dos Santos Rabaiolli ◽  
Charlene Moro Stefanel ◽  
Leandro Dutra da Silva

Luehea divaricata, conhecida popularmente como açoita-cavalo, é uma espécie florestal nativa da Mata Atlântica muito utilizada para a recuperação de áreas degradadas. Sua madeira pode ser empregada para as mais diversas finalidades, o que contribuiu para a redução de suas populações naturais e ocasionou dificuldades na obtenção de sementes com qualidade genética, fisiológica e sanitária para uso na produção de mudas. Sendo assim, a micropropagação é uma alternativa para a produção de mudas da espécie para uso em projetos ambientais. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo otimizar o processo de rizogênese in vitro e, para isso, foram avaliadas, inicialmente, diferentes concentrações de sais do meio nutritivo WPM. Em seguida, foram estudados os efeitos do ácido indolbutírico (AIB), adicionado ao meio em tratamento “pulse” por 15 dias, e do ácido naftalenoacético (ANA), na rizogênese, em ambos os casos em cultivo em meio WPM cuja concentração de sais foi reduzida à metade (WPM/2). Por fim, também foi analisado o efeito da combinação de volumes de vermiculita com WPM/2. Os resultados indicaram que o meio WPM/2 apresentou resultados promissores para o estabelecimento (98%) in vitro e, no que diz respeito à formação de raízes adventícias primárias, após 45 dias de cultivo in vitro observaram-se as maiores médias (40,52%), independentemente da concentração de sais do meio. O tratamento “pulse” após 30 dias de cultivo in vitro, independentemente da concentração de AIB, resultou em uma média de 25,18% de formação de raízes adventícias primárias. As combinações de 20 mL + 15 cm³, 20 mL + 30 cm³ e 30 mL + 30 cm³ de meio nutritivo e de vermiculita, respectivamente, foram as mais favoráveis para a formação de raízes adventícias laterais de segunda ordem, proporcionando médias entre 38 e 49,5% após 45 dias de cultivo in vitro. Para otimizar o processo de rizogênese de Luehea divaricata é indicado o cultivo in vitro por 45 dias em meio nutritivo WPM/2, combinado com vermiculita, prescindindo da adição de auxinas.


2014 ◽  
Vol 66 (2) ◽  
pp. 374-380 ◽  
Author(s):  
M.P.V. Cunha ◽  
A.F. Alves Neto ◽  
I.B. Suffredini ◽  
L.J.C. Abel

No mundo todo, as verminoses são causa de considerável prejuízo econômico na criação de ovinos. As perdas estão relacionadas ao retardo na produção, custos com tratamentos profiláticos e, em casos extremos, à morte dos animais. O objetivo deste trabalho foi verificar a ação anti-helmíntica de extratos vegetais sobre nematoides como alternativa terapêutica no tratamento da verminose em ovinos. Extratos orgânicos e aquosos foram obtidos de plantas nativas da Floresta Amazônica e Mata Atlântica, e foram testados na concentração de 100µg/mL em ensaios de toxicidade in vitro contra ovos de Haemonchus contortus e de 200µg/mL contra suas larvas. Na concentração estabelecida, apresentaram significante atividade relacionada à inibição de eclosão de ovos; em particular, o extrato orgânico de folhas e frutos de Trichilia sp. e o extrato aquoso dos órgãos aéreos de Phyllanthus attenuatus. Os resultados in vitro sugerem que extratos aquosos e orgânicos dessas plantas podem oferecer novas alternativas de controle da verminose em ovinos a partir de produtos naturais.


2015 ◽  
Vol 17 (4) ◽  
pp. 614-621 ◽  
Author(s):  
V. B. OLIVEIRA ◽  
M. ZUCHETTO ◽  
C. S. PAULA ◽  
M. C. S. VERDAM ◽  
R. CAMPOS ◽  
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RESUMOA espécie Dicksonia sellowiana, conhecida popularmente como xaxim, é uma samambaia natural do continente americano e encontrada no Brasil na Mata Atlântica. Em 2001 foi inserida na lista do IBAMA como espécie ameaçada de extinção em decorrência da exploração para a confecção de vasos para a jardinagem. O presente trabalho descreve o potencial antioxidante lipídico (TBARS e Sistema β-caroteno/ácido linoleico) do extrato bruto e frações obtidos através de aparato de Soxhlet de frondes de Dicksonia sellowiana, além da atividade citotóxica e hemolítica in vitro. Pelo método TBARS, todas as amostras testadas apresentaram atividade, destacando a fração acetato de etila e extrato bruto cuja atividade foi comparável ao padrão ácido ascórbico. No sistema β-caroteno/ácido linoleico, a fração acetato de etila e extrato bruto apresentaram inibição da oxidação do ácido linoleico, destaque para a fração acetato de etila que não se diferenciou estatisticamente do padrão BHT. Na avaliação da toxicidade preliminar, não fora observado atividade citotóxica e hemolítica do extrato bruto e frações nos modelos testados. Os resultados demonstram o potencial antioxidante da espécie vegetal nos modelos de inibição da oxidação lipídica sem apresentar toxicidade.


Author(s):  
Armando R. Tavares ◽  
Renata A. Betanzos ◽  
Adriana A. Francisco ◽  
Izaura T. M. Pereira ◽  
Rosiris B. A. Silveira ◽  
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Um protocolo foi estabelecido para a micropropagação in vitro de <i>Griffinia hvacinthina</i>. Utilizou-se como explante escamas duplas do bulbo com parte da placa basal. Obteve-se a melhor desinfecção dos explantes utilizando-se Hipociorito de Sódio (NACIO) 1,0% por 20 minutos. O estímulo à brotação foi dado pela adição de 0,2 mg.L de ANA (Ácido Naftaleno Acético) e 5,0 mg.L-1 de 6-BA (6-Benzilaminopurina) ao meio MS. Os bulbllhos obtidos foram reinoculados metada da concentração em meio MS adicionado de 0,3 mg.L-1 de 2,4-D (Ácido 2,4-Diclorofenoxiacético) para enraizamento. Após 290 dias do início do processo, as plântulas originadas dos bulbilhos foram aclimatizadas em substrato constituído de vermiculita e terra vegetal (I: 1) e mantidas em estufa de vidro.


2008 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 223 ◽  
Author(s):  
Aline Da Costa Nascimento ◽  
Renato Paiva ◽  
Raírys Cravo Nogueira ◽  
Jorge Marcelo Padovani Porto ◽  
Gabriela Ferreira Nogueira ◽  
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A uvaieira (Eugenia pyriformis) é uma espécie arbórea nativa da Mata Atlântica pertencente à família Myrtaceae. O presente objetivou avaliar a influência dos reguladores de crescimento BAP e AIB na micropropagação de uvaieira. Para a indução de brotações foram utilizadas diferentes concentrações de BAP em segmentos nodais. Após a avaliação, aos 60 dias, as brotações obtidas in vitro foram transferidas para meio de cultura WPM, contendo 3% de sacarose, 0,5 g L-1 de carvão ativado e diferentes concentrações de AIB. Aos 40 dias, avaliou-se a porcentagem de enraizamento, o número e o comprimento da maior raiz. Para a aclimatização, as plantas foram transferidas diretamente ou após passarem por um período de sete dias de pré-aclimatização, para tubetes contendo Plantmax® e envoltas com saco plástico transparente para a manutenção da umidade. As sacolas de polietileno foram sendo perfuradas até a sua total remoção e, aos 31 dias, avaliou-se a taxa de sobrevivência das plântulas. A concentração de 1,0 mg L-1 BAP proporciona melhores resultados na fase de multiplicação e o AIB, na concentração de 1,0 mg L-1, produz a maior porcentagem de formação de raízes em brotações originadas in vitro. O período de pré-aclimatização em sala de crescimento aumenta a proporção de sobrevivência de plântulas e a abertura gradual do saco plástico envoltório dos tubetes caracteriza um processo viável de aclimatização.


CERNE ◽  
2011 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
pp. 339-345 ◽  
Author(s):  
Ana Katarina Oliveira Aragão ◽  
Magdi Ahmed Ibrahim Aloufa ◽  
Igor do Amaral Costa

A Mata Atlântica brasileira foi intensamente degradada, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original, índices que tornaram crescente a preocupação com a conservação, principalmente, a dos espécimes em extinção. Ao todo, são 276 espécies de árvores e arbustos ameaçados e, dentre esses, a pesquisa em questão optou por estudar alternativas de resguarde ao Pau-Brasil (Caesalpinia echinata Lam.). Nesse sentido, a maioria dos estudos desenvolvidos, ou avalia o efeito das citocininas sobre a indução de calogênese, ou preocupa-se em aperfeiçoar metodologias de criopreservação. Visando a ampliar a gama de conhecimentos em relação às técnicas biotecnológicas que viabilizam a conservação da C. echinata, no presente trabalho avaliou-se o efeito do 6-benzilaminopurina (BAP) e do tipo de explante sobre a indução de brotações em Pau-Brasil. Para isso, os explantes foram inoculados em meio MS básico e em MS suplementado com 2,5; 3,5; e 4,5 µM de BAP e mantidos em sala de crescimento, durante 40 dias sob condições controladas de fotoperíodo e temperatura. O delineamento fatorial adotado foi o 2x4, com três repetições. As variáveis analisadas foram o percentual de brotações, calogênese e oxidações, sendo suas médias comparadas por Tukey a 5% de probabilidade. Os resultados mostraram que houve influência significativa do BAP apenas na indução de brotações e do tipo de explante nessa e nas demais variáveis. Dessa forma, concluiu-se que, in vitro, o explante do tipo nodal é mais responsivo à ação do BAP e que a concentração de 2,5 µM é a indicada para induzir brotações em Pau-Brasil.


2021 ◽  
Author(s):  
Letícia Maróstica de Vasconcelos ◽  
Jocilene Dos Santos Pereira ◽  
Taís Araújo Santos

Introdução: Carpotroche brasiliensis Raddi é uma árvore da família Achariaceae, nativa da Mata Atlântica, presente nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. É popularmente conhecida como fruto de paca, fruto de macaco, fruto de cotia ou sapucainha. Destaca-se por possuir sementes ricas em lipídios em seus frutos nutritivos, presentes em sistemas agroflorestais do tipo “cabruca”. Na região sul da Bahia, ocorre uma grande disponibilidade natural de indivíduos, e a espécie possui valor agregado, o que promove a compra de toda a produção das cooperativas de pequenos agricultores rurais, que atuam em situação de agricultura familiar, por grandes indústrias nacionais do setor de cosméticos. Objetivos: Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo realizar um levantamento bibliográfico das principais aplicações indústriais e biotecnológicas da espécie Carpotroche brasiliensis. Para a realização deste trabalho foram utilizadas as metodologias exploratória e descritiva. Material e Métodos: O estudo consistiu no levantamento de informações divulgadas em documentos técnicos e artigos científicos. Resultados: O óleo extraído das sementes da sapucainha, conhecido como óleo de chaulmugra possui função inseticida, parasiticida, e foi bastante utilizado como medicamento antileprótico. Atualmente, além do uso como fármaco, é utilizado como matéria prima na confecção de cosméticos por empresas nacionais. O óleo apresentou atividade antiproliferativa com linhagens cultivadas “in vitro” de células tumorais, necessitando estudos adicionais para validar a atividade antitumoral. Conclusão: O que reforça a importância do presente estudo, fornecendo informações básicas para aplicações biotecnológicas futuras da espécie em questão, tanto para a indústria de produtos antienvelhecimento, quanto para o tratamento de tumores.


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