scholarly journals La violencia selectiva del crimen organizado: trayectorias de la violencia urbana posdesmovilización

2021 ◽  
Vol 34 (102) ◽  
pp. 54-75
Author(s):  
Luis Fernando Trejos Rosero ◽  
Reynell Badillo Sarmiento ◽  
Camila Andrea Orozco Flórez ◽  
Luis Carlos Parra Arrieta
Keyword(s):  

¿Por qué la desmovilización de un actor armado hegemónico en un territorio, aunque produce una competencia armada entre varias organizaciones que intentan copar sus espacios, no eleva los índices de violencia homicida? En este artículo proponemos el concepto de competencia armada selectiva para explicar una situación en la que los actores en disputa especifican los perfiles de victimización con el fin de evitar atraer atención mediática e institucional, al tiempo que afectan a sus competidores armados. Para esto, comparamos tres ciudades del Caribe colombiano (Santa Marta, Cartagena y Barranquilla) durante los años siguientes a la desmovilización del Bloque Norte de las auc, en el 2006. Encontramos que durante estos años la violencia homicida no se incrementó, pero se mantuvo la competencia armada mediante asesinatos selectivos, subcontratación criminal y barbarización de la violencia.

Author(s):  
Silvana Orestes-Cardoso ◽  
Thaíza De Souza Magalhães ◽  
Mirella Emerenciano Massa ◽  
Jean Cleyton Andrade De Souza ◽  
Jorge Orestes-Cardoso
Keyword(s):  

Introdução: A violência é um fenômeno endêmico e suas causas são multifatoriais, envolvendo aspectos biológicos, econômicos e socioculturais. Dentre os vários tipos de violência urbana, as agressões físicas e com armas vêm tomando um lugar de destaque nos serviços de saúde pelas sequelas que acarretam. O objetivo do presente estudo retrospectivo e quantitativo consistiu em determinar a prevalência da perda do globo ocular devido a agressões físicas e armas a partir de prontuários de pacientes mutilados faciais da Clínica de Prótese Buco-Maxilo-Facial da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Métodos: A amostra constituiu-se de 263 pacientes reabilitados com prótese ocular, dos quais 53 foram selecionados por apresentarem trauma ocular associado à violência urbana. O perfil sociodemográfico e econômico evidenciou que eram predominantemente jovens e adultos de até 49 anos (66,0%), do sexo masculino (79,2%), procedentes do Recife e sua Região Metropolitana (63,4%), com baixa escolaridade e renda individual de até dois salários mínimos. Resultados: Os casos de traumatismos por armas de fogo foram mais prevalentes (73,6%) do que por agressão física, tendo sido a rua o principal espaço social (88,4%) para a expressão da violência. Conclusão: Os autores concluem que o controle de traumatismos por causas externas dessa natureza está na dependência de uma abordagem socioecológica da saúde.


Author(s):  
Eduardo Batista FERREIRA ◽  
Darlyson Ricardo Almeida dos SANTOS ◽  
Henthony Matheus Souza SILVA ◽  
Wanderson Silva PINHEIRO ◽  
Caren Alessandra KLUSKA
Keyword(s):  

Author(s):  
Roberta Carolina Maués do Nascimento ◽  
Rafael Henrique Maia Borges ◽  
Robson Patrick Brito do Nascimento
Keyword(s):  

2020 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 1-12
Author(s):  
Luciano Luz Gonzaga ◽  
Denise Rocha Corrêa Lannes

Dados oficiais informam que os jovens residentes na periferia são desproporcionalmente afetados pela violência e que os jovens negros têm 2,5 vezes mais chances de serem mortos quando comparados aos jovens brancos. Assim, este artigo enfoca uma pesquisa que teve como objetivo identificar as representações sociais sobre a violência urbana entre estudantes não-brancos que vivem em áreas dominadas por forças paramilitares. A abordagem estrutural das representações sociais é proposta por Abric. Os dados foram coletados por meio de um Teste de Associação Livre de Palavras e processados no software EVOC. Os resultados mostraram que o estupro é a principal causa com forte associação ao roubo e feminicídio de mulheres negras.


2017 ◽  
Vol 41 (1) ◽  
Author(s):  
Luciana Valadão Alves Kebian ◽  
Fátima Cecchetto
Keyword(s):  

A violência urbana que atravessa a rotina de trabalho dos profissionais da saúde atuantes nas equipes de saúde da família pode ter como consequência alterações de saúde tanto física quanto mental. Este estudo tem por objetivo identificar como a violência urbana tem sido abordada nos estudos sobre a saúde dos profissionais da Estratégia Saúde da Família. Foi realizada revisão bibliográfica, em outubro 2012, nas bases de dados científicas disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde. Nove publicações foram selecionadas e submetidas à leitura crítica. Os resultados possibilitaram a identificação de diversos sentimentos diante de situações de violência urbana, como o medo. Para minimizar os danos da violência urbana na população, os profissionais desenvolviam ações que transcendiam o seu papel, remetendo à dádiva. Concluiu-se que a violência urbana, abordada nos estudos revisados, repercutia tanto na saúde física quanto mental dos profissionais da saúde da Estratégia Saúde da Família que atuavam nessas áreas. Palavras-chave: Violência. Saúde da família. Saúde do trabalhador. Atenção primária à saúde.


Author(s):  
Letícia Helena Medeiros Veloso

ste  artigo  oferece  uma descrição  etnográfica  de jovens marginalizados  do  Rio de Janeiro, ora envolvidos em atos de delinquência, ora vítimas de violência, sugerindo dois níveis de interpretação: em primeiro lugar, a relação entre os dados apresentados  e a questão mais ampla da crescente criminalidade  urbana e a dupla inserção  de jovens em situação de risco nos discursos dos direitos e cidadania, por um lado,  e violência  e  crime,  por outro;  em  segundo,  uma  releitura  da  chamada “Escola de Chicago” na tentativa de avançar a compreensão  destes mesmos dados. O  artigo  se baseia  em  cerca de  cinco  anos de  pesquisas  etnográficas sobre jovens, violência e cidadania no Rio  de Janeiro.  Como em  outros contextos pós-coloniais da América  Latina  e  África,  os  habitantes  do  Rio  no  início  do  novo  século  vêm vivenciando  uma contradição perturbadora:  a criminalidade,  a violência  urbana e a exclusão  social  aumentaram  drasticamente  ao  longo  das  últimas  duas  décadas,precisamente  ao  mesmo tempo em que a democracia e a cultura dos direitos e da cidadania  se  consolidavam.  Este  trabalho  analisa as  maneiras  contraditórias  pelas quais esses jovens articulam e negociam crime, violência, cidadania e direitos, con­siderando  que  eles  são  por  ele  afetados  de  uma  forma  particularmente  extrema. Busca-se,  assim,  iluminar  alguns  dos principais  dilemas  inerentes  à  relação  entre democracia e violência em nossa sociedade.


2018 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 57
Author(s):  
Katerine Da Cruz Leal Sonoda

O objetivo foi investigar mecanismos de reparação/ressignificação das experiências vividas por 13 vítimas indiretas da violência urbana no Distrito Federal. O principal instrumento utilizado foi a entrevista aberta em profundidade. As entrevistas ocorreram livremente. “Gostaria que me contasse a história da sua vida, da forma como o senhor (a) quiser” foi, inicialmente, a única instrução dada aos participantes. Para tratamento dos dados utilizou-se a análise de conteúdo temática e a interpretação da escuta psicanaliticamente informada. A família foi a principal instituição tradicional a quem os participantes recorreram para passar pelo luto e seguir com suas vidas. Os processos de luto diante da perda de pessoas próximas por causas violentas foram bem sucedidos para a maior parte dos participantes. A análise conjunta dos dados, articulado com a literatura especializada, aponta que “ficar bem” ou “ficar mal” após sofrer experiências de perda extremamente dolorosas está diretamente relacionado com a saída/elaboração do trabalho de luto.


2004 ◽  
Vol 59 (667) ◽  
pp. 391-405
Author(s):  
Luis Armando González

El propósiro es discutir las relaciones existentes entre medios de comunicación y construcción social de la violencia. Para ello, se presenta un conjunto de reflexiones, en romo la violencia como fenómeno social y se explora -a partir de los daros más relevantes sobre violencia urbana y la evidencia más significativa sobre opinión pública y violencia- las percepciones ciudadanas sobre la violencia en el gran San Salvador. ECA Estudios Centroamericanos, Vol. 59, No. 667, 2004: 391-405.


2010 ◽  
Vol 22 (1) ◽  
pp. 50-59 ◽  
Author(s):  
Daniela Dias Furlani ◽  
Zulmira Áurea Cruz Bomfim
Keyword(s):  

A pesquisa teve como objetivo analisar projetos de vida de jovens de ambientes rural e urbano no Ceará, a partir da afetividade em relação ao ambiente do qual fazem parte. Participaram da pesquisa 38 jovens de ambos os sexos. Para apreensão dos afetos, utilizou-se o método dos mapas afetivos e para questões relacionadas ao projeto de vida foram utilizadas entrevistas. A análise dos dados qualitativos foi realizada por meio da análise de conteúdo e de uma análise estatística complementar. O fato de alguns jovens morarem em ambiente rural e outros em ambiente urbano não diferiu completamente seus projetos de vida. Jovens do ambiente rural tendem a buscar mais cedo trabalho. Jovens do ambiente urbano apresentaram queixa em relação à violência urbana. Conclui-se como sendo necessária a disseminação de práticas sociais que visem um posicionamento crítico do sujeito diante das questões sociais.


Caderno CRH ◽  
2010 ◽  
Vol 23 (58) ◽  
pp. 17-33
Author(s):  
Anete B. L. Ivo
Keyword(s):  

O artigo discute a relação problemática entre questão urbana e questão social, desde os estudos clássicos aos dilemas contemporâneos. Recorrendo a autores franceses, este ensaio tematiza a crise das cidades como a expressão aguda da questão social contemporânea. Apresenta a passagem das abordagens clássicas de classe social sobre a estruturação urbana, que orientaram os estudos urbanos dos anos 60-70; as desregulações dos anos noventa, que produziram processos de dessocialização social; e o paradoxo da visão gerencialista da cidade, afastada da dimensão de redistribuição do Estado social. Analisa a polarização urbana através das noções de exclusão, da underclass e da periferização nas cidades e conclui mostrando como o território questiona o Estado e a sociedade através de uma cultura da violência urbana cotidiana. Ao final, esclarece que o desafio não se restringe às relações mercantis, ou a uma política da ordem, mas diz respeito à política e às condições de a "cidade" produzir "sociedade".


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