scholarly journals Prevalência e fatores associados ao uso de benzodiazepínicos em idosos atendidos em um ambulatório especializado em Porto Alegre, Brasil

2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. e40298
Author(s):  
Isabella Serafin Couto ◽  
Vanessa Sgnaolin ◽  
Paula Engroff ◽  
Letícia Güenter Dannebrock ◽  
Luiz Gustavo Guilhermano ◽  
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Objetivos: verificar a prevalência de uso de BZDs na população idosa atendida em um ambulatório de psiquiatria geriátrica de um hospital universitário em Porto Alegre, Brasil.Métodos: estudo transversal realizado no ambulatório de psiquiatria geriátrica. A coleta de dados ocorreu durante a primeira consulta dos indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. Os dados avaliados compreendem questões sociodemográficas, clínicas, de saúde e uso de medicamentos. Para análise estatística foi utilizado o programa SPSS (do inglês, Statistical Package for the Social Sciences).Resultados: um total de 295 idosos foram incluídos no estudo. A média de idade foi de 72,1±8,3 anos, sendo na maioria mulheres (76,6%), com escolaridade de 5 a 8 e 9 a 12 anos de estudo (ambos com a mesma frequência, 28,9%), casados (45,0%), residindo com familiar (34,4%), aposentados (79,8%). A prevalência de utilização de BZD foi de 33,6% (n=99). A queixa principal de ansiedade e o diagnóstico de transtornos ansiosos foram associadas ao uso de BZDs.Conclusões: a prevalência do uso de BZDs foi alta e associada à queixa principal de ansiedade e aos diagnósticos de transtornos ansiosos e depressivos, mesmo esses sendo considerados medicamentos potencialmente inapropriados e com alto risco de complicações. O tratamento da população geriátrica, muitas vezes, é colocado em segundo plano, não recebendo devidamente os cuidados direcionados às demandas específicas que esses indivíduos necessitam. O conhecimento epidemiológico da população idosa expõe características e auxilia na elaboração de plano terapêutico diferenciado.

Author(s):  
Elenice Da Silveira Bissigo Boggio ◽  
Fernanda Cecília Santos ◽  
Cislaine Machado Souza ◽  
Marcelo Faria Silva ◽  
Patrícia Viana Rosa ◽  
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O envelhecimento populacional brasileiro é uma realidade e provoca novas demandas na área da saúde do idoso. Nesse contexto, saúde não significa mais a ausência de doenças e, sim, a manutenção da capacidade funcional. Objetivos: verificar o grau de independência funcional de idosos residentes em uma área adscrita da vila do IAPI (Instituto de Assistência e Previdência dos Industriários) em Porto Alegre e correlacionar o grau de independência funcional com variáveis socioeconômicas e de saúde. Métodos: trata-se de um estudo transversal de base populacional, no qual os dados foram obtidos através de visitas domiciliares. A capacidade funcional foi avaliada com a Escala de Katz, o Índice de Lawton e o nível de atividade física pelo IPAQ versão 6. Os dados foram analisados pelo SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 17.0 por meio de análises bivariada e multivariada pela Regressão de Poisson hierárquica. Resultados: foram entrevistados 401 idosos e os fatores associados à independência funcional foram: ocupação (RP = 1,18), idade (RP =0,97), ser ativo ou muito ativo fisicamente (IPAQ) (RP = 6,86) e participar de grupos de apoio (RP = 1,21). A depressão associou-se negativamente com a independência funcional (RP = 0,77). Conclusões: os resultados permitiram identificar o comportamento da capacidade funcional entre os idosos avaliados, sendo a maioria destes classificados como independentes. Faz-se importante salientar que a manutenção da capacidade funcional deve ser estimulada através de políticas públicas de promoção da saúde física e mental, redes de apoio social e participação ativa nos vários segmentos da sociedade


2020 ◽  
Vol 9 (12) ◽  
pp. e5091210773
Author(s):  
Maria Carolina Oliveira Maciel ◽  
Haline Maria Velho Burin ◽  
Amanda Pestana da Silva ◽  
Henrique Dias Pereira dos Santos ◽  
Renata Vieira ◽  
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Objetivo: Analisar a concordância entre as evoluções diárias nos prontuários eletrônicos dos pacientes e as notificações no Sistema Informatizado de Notificação no registro de quedas. Método: Estudo retrospectivo do tipo coorte, realizado em um hospital público de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Brasil. Compuseram este estudo 367 pacientes, 441 notificações voluntárias e 441 evoluções. A coleta de dados ocorreu na ferramenta de anotações online WebAnno, de setembro a dezembro de 2018. Foi desenvolvido um instrumento para a coleta. A análise dos dados ocorreu por meio de estatística descritiva. Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences, SPSS Inc, Chicago versão 17.0 para Windows. Resultados: Entre os pacientes, 316 tiveram uma queda e 51 tiveram duas quedas ou mais. O estudo incluiu 441 notificações de quedas. Destas, 43,9% não foram registradas no prontuário eletrônico no dia da sua ocorrência. Em relação à avaliação do risco de quedas, apenas três (0,7%) evoluções continham o registro. Quando analisados os registros nas notificações e no prontuário eletrônico, foram identificados relatos mais completos nas notificações. Destacam-se as variáveis local da queda, registrada em todas as notificações e em 13,8% das evoluções; grau do dano, registrada em todas as notificações e em apenas 1,6% das evoluções. Conclusão: Identificou-se a lacuna de registros da queda no prontuário. Os resultados apontam para um aspecto de extrema relevância no quesito comunicação via prontuário do paciente, podendo implicar diretamente no planejamento e implementação do cuidado eficaz.


2014 ◽  
Vol 20 (2) ◽  
pp. 146-150 ◽  
Author(s):  
Mariana Michalski Peres ◽  
Lisiane Cecchini ◽  
Ivan Pacheco ◽  
Adriana Moré Pacheco

INTRODUÇÃO: Nos esportes onde há contato entre os atletas, como no voleibol, a entorse por mecanismo de inversão é a lesão mais frequente e o tornozelo é a articulação mais acometida quando comparada com as outras, acarretando déficits importantes como a instabilidade articular. Programas de treinamento proprioceptivo têm sido amplamente utilizados para minimizar essas questões.OBJETIVO: Avaliar o efeito de um treinamento proprioceptivo na estabilidade articular do tornozelo por meio do teste Star Excusion Balance Test (SEBT) em atletas de voleibol.MÉTODOS: Foram avaliadas 11 atletas de voleibol de um clube poliesportivo da cidade de Porto Alegre, RS, Brasil, por meio de um teste de avaliação para estabilidade articular do tornozelo, SEBT. As atletas passaram por um programa de treinamento proprioceptivo composto por seis exercícios que trabalharam propriocepção em diferentes graus de exigência durante quatro semanas e este teste foi aplicado no pré e pós-intervenção pelo programa de treinamento proprioceptivo das atletas.RESULTADOS: As variáveis quantitativas foram descritas por média e desvio padrão, e o estudo da normalidade das variáveis foi descrito pelo teste de Shapiro-Wilk. As variáveis categóricas foram descritas por frequências absolutas e relativas. Para a comparação de médias de ambos os tornozelos pré e pós-intervenção foi utilizado o teste T pareado. O nível de significância adotado foi de 5% (p≤0,05) e as análises foram realizadas no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 18. Os resultados no teste SEBT das atletas pré e pós-intervenção proprioceptivo mostrou diferença significativa em seis direções para o tornozelo direito e cinco para o tornozelo esquerdo.CONCLUSÃO: Um programa de treinamento proprioceptivo parece ser eficaz para o incremento da estabilidade articular que é fundamental para atletas de voleibol expostas ao risco de entorses de tornozelo que geram instabilidades crônicas.


2019 ◽  
Vol 8 (5) ◽  
Author(s):  
Larissa Suelen da Silva Lins ◽  
Iris Quintão dos Santos ◽  
Murilo Quintão dos Santos ◽  
Eduardo Dias Ribeiro ◽  
Tiburtino José de Lima Neto ◽  
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Introdução: A prescrição de medicamentos é uma ordem escrita e dirigida ao farmacêutico, que defini como o fármaco deve ser dispensado para o paciente. Objetivo: Analisar qual o nível de conhecimento dos estudantes de odontologia do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ sobre prescrição de medicamentos. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa quantitativa e descritiva com alunos do 5º ao 10º período do curso de Odontologia do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ, localizado na Br 230, Km 22, Água Fria, João Pessoa, Paraíba. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados desta pesquisa um questionário, estruturado e elaborado pelo aluno pesquisador e pelo professor orientador com base na fundamentação teórica estudada. O questionário é composto por 12 questões objetivas. Os dados da pesquisa foram coletados e após, analisados pelo Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 13.0. Resultados: A maior parte da amostra correspondeu ao gênero feminino, tendo entre 15 e 25 anos, solteiros e que se sentiam seguros em prescrever, a maioria não conhecem os tipos de medicamentos que por eles possam ser prescritos nem a lista que oferece ao profissional base de uma prescrição segura elaborada pelo Sistema Único de Saúde, que é a Relação Nacional de Medicamentos essenciais (RENAME). Conclusão: Ainda é baixo o nível de conhecimento dos estudantes de odontologia do Centro Universitário de João Pessoa em relação a os medicamentos contidos na lista de medicamentos essenciais (RENAME) do Sistema Único de Saúde (SUS).Descritores: Sistema Único de Saúde; Farmacologia; Estudantes de Odontologia.ReferênciasSharif, S. I.; Al-shaqra, M.; Hajjar, H.; Shamout, A.; Wess, L. Patterns of drug prescribing in a hospital in Dubai, United Arab Emirates (UAE). Lybian J Med. 2008;3(1):10-12.Vieira FS. Assistência farmacêutica no sistema público de saúde no Brasil. Rev Panam Salud Pública. 2010;27(2):149-56.Bertoldi AD, Barros AJD, Camargo AL, Hallal PC, Vandoros S, Wagner A et al. Household expenditure for medicines and the role of free medicines in the Brazilian public health system. Am J Public Health. 2001;101(5):916-21.Arrais PSD, Brito LL, Barreto ML, Coelho HLL. Prevalência e fatores determinantes do consumo de medicamentos no Município de Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad Saúde Pública. 2005;21(6):1737-46.Garcia ANM, Romani SAM, Lira PIC. Indicadores antropométricos na avaliação nutricional de idosos: um estudo comparativo. Rev Nutr. 2007;20(4):371-78.Silva EL, Menezes EM. Metodologia da Pesquisa e elaboração de dissertação. 4. ed. Florianópolis: Editora UFSC; 2005.Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo. Atlas; 1991.Britto TA, Castilho LS, Paixão HH. Os estudantes de odontologia e a (in) segurança para prescrever medicamentos. Arq Centro Estud Curso de Odontol. 1996;32(1):51-64.Araújo LG, Biagini FC, Fernandes RL, Caputo IGC, Silva RHA. Conhecimento de acadêmicos de Odontologia sobre os aspectos clínicos, éticos e legais da prescrição medicamentosa. RFO Passo Fundo. 2012;17(1):50-4.Costa SM, Durães SJA, Abreu MHNG. Feminização do curso de odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros. Rev. Ciênc saúde coletiva. 2010;15(suppl 1):1865-73.Sundefeld MLMM, Perri SHV, Borghi WMMC, Rodrigues MAB. Escolhendo a profissão: opinião de alunos de odontologia e medicina veterinária. Omnia saúde. 2011;8(1):36.Brustolin J, Brustolin J, Toassi RFC, Kuhnen M. Perfil do acadêmico de odontologia da Universidade do Planalto Catarinense – Lages – SC, Brasil. Rev ABENO. 2006;6(1):70-76.Sullcahuamán JAG. Fatores associados à qualidade de vida relacionada à saúde bucal em estudantes de odontologia [dissertação]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 2012.Castilho LS, Paixâo HH, Perini E. Prescrição de medicamentos de uso sistêmico por cirurgiões-dentistas clínicos gerais. Rev Saúde Pulica. 1999;33(3):287-94.Marmitt GF. Prescrição de medicamentos para tratamento da dor por cirurgiões-dentistas vinculados a uma faculdade de odontologia [trabalho de conclusão de curso]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2010.Garbin CAS, Garbin AJI, Rovida TAS, Moroso TT, Dossi AP. Conhecimento sobre prescrição medicamentosa entre alunos de Odontologia: o que sabem os futuros profissionais? Rev Odontol Unesp. 2007;36(4):323-32.Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 2018. Medicamentos controlados: perguntas frequentes. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/medicamentos/perguntas-frequentes. Acesso em: 05 maio 2018.Farias AD, Cardoso MAA, Medeiros ACD, Belém LF, Simões MOS. Indicadores de prescrição médica nas unidades básicas de Saúde da Família no município de Campina Grande, PB. 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Methodology ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 19-30 ◽  
Author(s):  
Knut Petzold ◽  
Tobias Wolbring

Abstract. Factorial survey experiments are increasingly used in the social sciences to investigate behavioral intentions. The measurement of self-reported behavioral intentions with factorial survey experiments frequently assumes that the determinants of intended behavior affect actual behavior in a similar way. We critically investigate this fundamental assumption using the misdirected email technique. Student participants of a survey were randomly assigned to a field experiment or a survey experiment. The email informs the recipient about the reception of a scholarship with varying stakes (full-time vs. book) and recipient’s names (German vs. Arabic). In the survey experiment, respondents saw an image of the same email. This validation design ensured a high level of correspondence between units, settings, and treatments across both studies. Results reveal that while the frequencies of self-reported intentions and actual behavior deviate, treatments show similar relative effects. Hence, although further research on this topic is needed, this study suggests that determinants of behavior might be inferred from behavioral intentions measured with survey experiments.


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