scholarly journals CLOTILDE WILSON, CECIL HEMLEY E A GÊNESE DE PHILOSOPHER OR DOG? (QUINCAS BORBA)

2021 ◽  
Vol 14 ◽  
Author(s):  
HÉLIO DE SEIXAS GUIMARÃES ◽  
VINICIUS FERNANDES DE OLIVEIRA
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Resumo Este artigo trata da primeira tradução de Quincas Borba para o inglês, publicada em 1954 com o título Philosopher or Dog?, por meio do exame da correspondência da tradutora Clotilde Wilson com a editora Noonday Press, especialmente com seu editor Cecil Hemley. O material traz informações inéditas sobre a professora, crítica e tradutora, cujo nome está associado e de certa forma acabou obscurecido pelo curioso título dado à edição norte-americana de Quincas Borba. Além de recompor seu processo de tradução e publicação, o objetivo é situá-la no contexto das edições dos romances de Machado de Assis publicadas na década de 1950, para compreender melhor as condições que propiciaram o lançamento, em anos consecutivos, de três títulos do escritor, que até então não havia tido nenhum dos seus livros traduzidos para o inglês: Epitaph of a Small Winner em 1952, Dom Casmurro em 1953 e Philosopher or Dog? em 1954.

2016 ◽  
Author(s):  
Diego do Nascimento Rodrigues Flores
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2011 ◽  
Vol 9 ◽  
Author(s):  
Lúcia Osana Zolin

Nos últimos anos, tem se tornado recorrente, no campo da literatura, a prática da reescrita de textos literários canônicos a partir de múltiplas perspectivas, como as que se empenham em salientar as diferenças de gênero, de raça e de classe social. No contexto dos estudos sobre literatura de autoria feminina, trata-se de uma tendência, de fato, importante, já que se caracteriza pela produção de um texto novo e autônomo que denuncia a alteridade do/a oprimido/a, no caso, a mulher, e promove o desnudamento de sua identidade. Ana Maria Machado, em A audácia dessa mulher (1999), num interessante diálogo com Dom Casmurro, de Machado de Assis, reescreve a trajetória de Capitu. Do mesmo modo, Nélida Piñon, em Vozes do deserto (2003), reescreve a história de Scherezade, personagem de As mil e uma noites, coleção de contos da literatura árabe, de origem persa e indiana. Se, nos textos originais, essas personagens não têm voz, nas referidas reescritas, elas são construídas imbuídas do direito de falar. É dessa questão que nos ocupamos neste artigo, amparados por teorias críticas feministas.


Author(s):  
Dau Bastos
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Hans Ulrich Gumbrecht frequenta nosso país há quase quatro décadas, fala fluentemente português, tem Machado de Assis como seu autor preferido e, na Universidade de Stanford, vive acolhendo estudantes e professores brasileiros para diferentes períodos de estada. Essa familiaridade com o que somos lhe possibilita chamar a atenção para aspectos tão variados quanto o fortalecimento de nosso sistema universitário e a resistência de muitos estrangeiros em acreditar que podemos produzir literatura digna de atenção.Na condição de um dos nomes mais importantes da Estética da Recepção, Sepp (como Gumbrecht é mais conhecido) faz um consistente balanço dessa corrente dos estudos literários, da qual disseca as condições de emergência, sintetiza a trajetória e faz importantes comentários sobre os bastidores. Ao afirmar que em breve haverá mais autores de romance que leitores, parece indicar que o fortalecimento do receptor de literatura pode, ao menos nesse sentido, ser visto como sonho cuja concretização superou as expectativas.


2003 ◽  
Vol 60 ◽  
Author(s):  
Fabio Muruci Dos Santos

Este artigo trata da representação da paisagem urbana do Rio de Janeiro no romance Quincas Borba, de Machado de Assis. Procuro argumentar que a presença da paisagem é muito efetiva neste romance, estando, porém, velada porque só pode ser vista através do subjetivismo e esquizofrenia das personagens principais, especialmente Rubião e Sofia. Sustento que Machado incorporou sua visão da sociedade na própria linguagem e representação ficcional desse romance, onde a paisagem urbana funciona como elemento oculto, que se expressa através dos efeitos que exerce sobre o comportamento ético e psicológico das personagens. Abstract This article is about the representation of the Rio de Janeiro’s urban landscape in the Machado de Assis’ novel Quincas Borba. I intend to argue that the landscape is very effective in Machado’s novel, but it is veiled because we can only see it through the subjective and schizophrenic perceptions of the main characters, specially Rubião and Sofia. I defend that Machado incorporated his own social view in the novel’s language and fictional representation. Throughout the novel, the urban landscape works as a hidden element that expresses itself through the effects on the character’s ethical and psychological behavior.


2008 ◽  
Vol 14 (4) ◽  
pp. 193-196
Author(s):  
Ivone Daré Rabello

INTRODUÇÃO: O texto que se segue é resultado da palestra proferida no dia 9 de setembro de 2008, no Evento "Dia Latino-Americano da Epilepsia", organizado pela Associação Brasileira de Epilepsia, sob a presidência da Doutora Laura Guilhoto, e realizado no Anfiteatro Franco Monto, na Assembléia Legislativa de São Paulo. MÉTODOS: Ao apresentar Machado de Assis a partir de alguns aspectos de sua vida, pretende-se compreender a configuração da sociedade brasileira do século XIX, bem como a força de revelação crítica de sua obra. RESULTADOS: A biografia do escritor nos permite entrever um modelo de homem e artista, alguém que superou barreiras a ele impostas numa dada circunstância histórica, social e pessoal, incluída nesta as questões relativas à saúde. O esforço e a luta do homem Machado de Assis são muito significativos, se lembrarmos que até hoje não é "natural" vencer preconceitos, migrar de classe ou obter igualdade de oportunidades. CONCLUSÃO: A glória obtida por Machado de Assis ainda em vida é exemplar, jamais se entregando ele ao "descanso dos consagrados" que, comodamente instalados na fama, voltam as costas aos problemas da gente comum, rendendo-se ao conformismo.


2011 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 221-226 ◽  
Author(s):  
Renata Philippov

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