scholarly journals Incidência de ácaros em cafeeiro cv. Catuaí Amarelo

Bragantia ◽  
2008 ◽  
Vol 67 (1) ◽  
pp. 197-201 ◽  
Author(s):  
Jeferson Luiz de Carvalho Mineiro ◽  
Mário Eidi Sato ◽  
Adalton Raga ◽  
Miguel Francisco de Souza Filho ◽  
Sheila Spongoski

Este trabalho teve como objetivo estudar a diversidade de ácaros presentes em cafeeiro (Coffea arabica L.), no município de Atibaia, Estado de São Paulo. O estudo foi realizado em cafeeiro cultivar Catuaí Amarelo com aproximadamente 15 anos de idade. Foram demarcadas 60 plantas na cultura, das quais se coletaram folhas, ramos e frutos para a avaliação das espécies de ácaros existentes. Vinte e uma espécies de ácaros pertencentes a 14 famílias foram encontradas, sendo a maior diversidade observada nos ramos. As duas principais espécies fitófagas foram Brevipalpus phoenicis (Geijskes) (Tenuipalpidae) e Oligonychus yothersi (McGregor) (Tetranychidae). Dentre os predadores, os ácaros da família Phytoseiidae e Bdellidae foram os mais abundantes. Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma foi o predador mais abundante, tanto em folhas como em ramos. Bdella sp. (Bdellidae) foi outra espécie muito abundante observada nos ramos.

2006 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
Author(s):  
Jeferson L. de C. Mineiro ◽  
Mário E. Sato ◽  
Adalton Raga ◽  
Valter Arthur ◽  
Gilberto J. de Moraes ◽  
...  

O presente estudo teve como objetivo caracterizar a diversidade de ácaros em cafeeiros da cultivar Mundo Novo em duas importantes regiões produtoras (Jeriquara e Garça) do Estado de São Paulo. Para tanto, foram coletadas amostras quinzenais de folhas, ramos e frutos, entre abril de 2001 e junho de 2003, do terço médio de 10 plantas tomadas ao acaso em cada campo. De cada planta foram tomadas 12 folhas (cada uma do terceiro ou quarto par a partir da extremidade distal de um ramo), 12 ramos (25 cm apicais) e 100 frutos. Foram coletados no total 13.052 ácaros nos dois locais estudados, sendo 7.155 em Jeriquara e 5.897 em Garça. De um total de 108 espécies de ácaros coletados de plantas de café neste estudo, 45 espécies foram observadas em ambos os locais estudados, que apresentaram similaridade de 56%. O número de espécies encontradas exclusivamente em Jeriquara (47) foi aproximadamente três vezes superior ao número de espécies observadas somente em Garça (16). Em Jeriquara, a diversidade foi maior tanto na superfície das folhas, quanto nas domácias, ramos e frutos. Nos dois locais estudados, Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) e Oligonychus ilicis (McGregor 1919) foram as espécies de fitófagos mais abundantes e freqüentes. Os estigmeídeos e fitoseídeos foram os ácaros predadores mais abundantes e freqüentes em ambos locais. As espécies mais abundantes e freqüentes de predadores foram Agistemus brasiliensis Matioli, Ueckermann & Oliveira, 2002, Zetzellia malvinae Matioli, Ueckermann & Oliveira, 2002, Euseius citrifolius Denmark & Muma, 1970 e Euseius concordis (Chant 1959) em Jeriquara; e Z. malvinae, E. citrifolius e E. concordis em Garça.


2006 ◽  
Vol 73 (3) ◽  
pp. 333-341
Author(s):  
J.L. de C. Mineiro ◽  
M.E. Sato ◽  
A. Raga ◽  
V Arthur ◽  
K.G. Cangani ◽  
...  

RESUMO O presente estudo teve como objetivo caracterizar a diversidade de ácaros em cinco diferentes cultivares de duas espécies de cafeeiros, no Município de Garça, SP. Foram estudadas as seguintes espécies e cultivares de cafeeiro: Coffea canephora Pierre ex Froehner cv. Apoatã e Coffea arabica L. cultivares Mundo Novo, Icatu Vermelho, Icatu Amarelo e Catuaí Amarelo. Os ácaros foram obtidos de folhas, amostradas do terço médio em 10 plantas ao acaso de cada cultivar. A amostragem foi realizada mensalmente, entre abril de 2001 e junho de 2003. Apoatã foi a cultivar que apresentou a maior riqueza de espécies e o maior número de espécimes na superfície das folhas. Por outro lado, essa mesma cultivar foi a que apresentou o menor número de espécies e de espécimes no interior das domácias. A cultivar Icatu Vermelho foi a que apresentou a maior uniformidade na distribuição das espécies de ácaros enquanto a cultivar Apoatã a que apresentou a menor. Na superfície das folhas, as espécies fitófagas Brevipalpus phoenicis (Geijskes) e Oligonychus ilicis (McGregor) foram muito abundantes e freqüentes em todas as cultivares, enquanto os predadores Euseius citrifolius Denmark & Muma e E. concordis (Chant), ambos Phytoseiidae, foram os mais abundantes e freqüentes. Nas domácias, os ácaros mais freqüentes foram os predadores da família Stigmaeidae, sendo Zetzellia malvinae Matioli, Ueckermann & Oliveira mais abundante em todas as cultivares de C. arabica e Agistemus brasiliensis Matioli, Ueckermann & Oliveira muito abundante apenas na cultivar Icatu Vermelho.


Bragantia ◽  
1952 ◽  
Vol 12 (4-6) ◽  
pp. 163-170 ◽  
Author(s):  
A. Carvalho ◽  
C. A. Krug

No planalto de São Paulo, o cafeeiro normalmente floresce duas a quatro vezes por ano, nos períodos compreendidos entre fins de julho a novembro. Raramente floresce mais vêzes, e um pouco além dessa estação. Em 1934, foram encontrados alguns cafeeiros da espécie C. arabica, caracterizados por seu florescimento quase que continuamente durante o ano. A êsse mutante foi dada a denominação de semperflorens. Os resultados da análise genética apresentados indicam que os característicos principais do semperflorens, a forma da planta, tipo de ramificação e florescimento quase que contínuo, são controlados por um par de fatôres genéticos recessivos. Êsse fator genético tem por símbolo sf sf, correspondente à abreviação da palavra semperflorens. Os resultados dos cruzamentos entre o semperflorens e as variedades murta e nana indicam que o semperflorens deve ter-se originado como uma mutação recessiva do bourbon. Apesar de terem sido encontrados cafeeiros semperflorens quase que simultâneamente em Ribeirão Prêto e Campinas, é mais provável que a mutação tenha ocorrido em Ribeirão Preto, onde o café bourbon foi cultivado pela primeira vez em São Paulo. Além de apresentar o semperflorens interêsse do ponto de vista fisiológico, tem também valor econômico, por ser produtivo e possuir boa resistência à sêca, motivo pelo qual numerosas progênies dêsse cafeeiro vêm sendo estudadas, visando o isolamento de linhagens ainda mais produtivas.


Bragantia ◽  
1957 ◽  
Vol 16 (unico) ◽  
pp. 315-366 ◽  
Author(s):  
D. M. Dedecca

O presente estudo anatômico de Coffea arabica L. var. typica Cramer tem por finalidade fornecer informações básicas necessárias ao estudo da anatomia comparada das principais espécies e variedades de cafeeiros, cultivadas no Estado de São Paulo. Nesta primeira contribuição o autor realiza o estudo anatômico detalhado dos órgãos vegetativos e reprodutivos da variedade typica, não se limitando apenas à anatomia descritiva dos diversos órgãos, mas também, sempre que possível, discutindo o desenvolvimento ontogenético das diversas partes do cafeeiro. No estudo da raíz e do caule procurou-se estabelecer a duração do desenvolvimento primário, assinalando o local de aparecimento, primeiramente do câmbio vascular e, posteriormente, do felógeno ou câmbio suberoso. Na discussão da anatonia das folhas mereceu especial atenção o estudo das domácias, sua morfologia e possível função. As flores são estudadas detalhadamente nos seus diversos elementos. Nos capítulos referentes à anatomia do fruto e da semente, além do estudo puramente descritivo das suas estruturas são ainda discutidas as diversas modificações verificadas durante o desenvolvimento do ovário e dos óvulos, respectivamente em fruto e sementes.


2021 ◽  
Vol 88 ◽  
Author(s):  
Guilherme Almussa Leite Torres ◽  
Cleide Nascimento Campos ◽  
Marcus Vinicius Salomon ◽  
Angélica Prela Pantano ◽  
Julieta Andrea Silva de Almeida

Bragantia ◽  
1942 ◽  
Vol 2 (6) ◽  
pp. 231-247 ◽  
Author(s):  
C. A. Krug ◽  
Alcides Carvalho

A variedade maragogipe do Coffea arabica L. foi encontrada pela primeira vez por Crisógono José Fernandes, em 1870, no município baiano de Maragogipe onde, provavelmente, se originou por mutação. Desde 1933 esta variedade vem sendo estudada pela Secção de Genética do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, em Campinas, com o fim de se determinar a sua constituição genética. Muitas autofecundações, cruzamentos e back-crosses foram, então, realizados. Grande parte das plantas obtidas só puderam ser classificadas após a colheita do ano de 1940. Todas foram examinadas quanto à forma e dimensões das folhas e um grande número ainda quanto à forma e dimensões das flores, frutos e sementes. Verificou-se que o caráter maragogipe mostra dominância quase completa em F1, não sendo possivel uma separação das ciasses maragogipe puro e híbrido. Em F2, e nos back-crosses com as formas normais, obtiveram-se, respectivamente, relações de 3:1 e 1:1 entre plantas maragogipe e plantas normais, relações essas que demonstram que os caracteres do maragogipe são controlados por um único par de fatores genéticos dominantes, para os quais se propõe o símbolo Mg-Mg, derivado do próprio nome desta variedade.


Bragantia ◽  
2009 ◽  
Vol 68 (2) ◽  
pp. 493-501 ◽  
Author(s):  
Emerson Alves da Silva ◽  
Orivaldo Brunini ◽  
Emilio Sakai ◽  
Flavio Bussmeyer Arruda ◽  
Regina Célia de Mattos Pires

O objetivo foi avaliar a influência de déficits hídricos controlados no florescimento e na produção de cafeeiro Arábica (Coffea arabica L. cv. Obatã enxertados sobre C. canephora cv. Apoatã) em três diferentes condições edafoclimáticas do Estado de São Paulo. As plantas, com idade inicial de 2,5 anos foram cultivadas em espaçamento 2,5 x 1,0 m, no período de julho de 2001 a maio de 2002, nas localidades paulistas de Adamantina, Mococa e Campinas, sob as seguintes condições de manejo de água: não-irrigado (NI), irrigado continuamente (IC) e irrigados com suspensão da irrigação por 30 dias em julho (I30) e 60 dias em julho e agosto (I60). Independentemente da localidade, nos três tratamentos irrigados (IC, I30 e I60) houve maior produção de cafés por planta em relação às plantas não irrigadas (NI), sendo as maiores diferenças signi4ficativas observadas em Mococa. O tratamento I60 favoreceu a obtenção de déficits hídricos da ordem de -1,1 MPa em Adamantina, -1,6 MPa em Mococa e -1,2 MPa em Campinas, os quais foram mais efetivos na sincronização das floradas do cafeeiro aliando uniformidade com alta produção. O maior número de floradas e a baixa uniformidade de produção das plantas irrigadas continuamente (IC) confirmam a necessidade de um período de seca na sincronização do florescimento. Os baixos valores de potencial da água (Ψwa) nas folhas (-2,5 a -2,8 MPa) das plantas não irrigadas (NI) reduziram significativamente o número de flores, se comparadas às plantas irrigadas, com reflexos na produção final, indicando a necessidade de irrigação para assegurar boa iniciação floral.


2004 ◽  
Vol 39 (11) ◽  
pp. 1057-1064 ◽  
Author(s):  
Eduardo Delgado Assad ◽  
Hilton Silveira Pinto ◽  
Jurandir Zullo Junior ◽  
Ana Maria Helminsk Ávila

A partir das indicações do último relatório do IPCC (International Pannel of Climatic Change), foram feitas várias simulações e avaliados os impactos que um aumento na temperatura média do ar de 1ºC, 3ºC e 5,8ºC e um incremento de 15% na precipitação pluvial teriam na potencialidade da cafeicultura brasileira, definida pelo atual zoneamento agroclimático do café (Coffea arábica L.) nos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Os resultados indicaram uma redução de área apta para a cultura superior a 95% em Goiás, Minas Gerais e São Paulo, e de 75% no Paraná, no caso de um aumento na temperatura de 5,8ºC. Esses resultados são válidos se mantidas as atuais características genéticas e fisiológicas das cultivares de café arábica utilizadas no Brasil, que têm como limite de tolerância temperaturas médias anuais entre 18ºC e 23ºC.


Hoehnea ◽  
2007 ◽  
Vol 34 (4) ◽  
pp. 481-492 ◽  
Author(s):  
Anibal Alves de Carvalho Júnior ◽  
Mário Barreto Figueiredo ◽  
Edson Luiz Furtado ◽  
Joe Fleetwood Hennen

O objetivo do presente trabalho é apresentar as espécies de Uredinales sobre membros de Blechnaceae, Thelypteridaceae, Schizaeaceae, Myrtaceae, Oxalidaceae, Rhamnaceae, Rubiaceae, Sapindaceae, Smilacaceae e Vitaceae da Reserva Florestal da Cidade Universitária "Armando de Salles Oliveira" São Paulo, SP, Brasil. As espécies descritas e ilustradas bem como seus respectivos hospedeiros são: Desmella anemiae Syd. & P. Syd. sobre Blechnum occidentale L. (Blechnaceae) e Thelypteris dentata (Forssk.) E. St. John (Thelypteridaceae), Endophyllum circumscriptum (Schwein.) Whetzel & Olive sobre Cissus selloana Planch. (Vitaceae), Hemileia vastatrix Berk. & Broome sobre Coffea arabica L. (Rubiaceae), Phakopsora colubrinae Viégas sobre Hovenia dulcis Thunb. (Rhamnaceae), Puccinia arechavaletae Speg. sobre Serjania caracasana (Jacq.) Willd. e Serjania communis Cambess. (Sapindaceae), Puccinia lygodii Arthur sobre Lygodium volubile Sw. (Schizaeaceae), Puccinia oxalidis Dietel & Ellis sobre Oxalis latifolia Kunth (Oxalidaceae), Puccinia psidii G. Winter sobre Psidium guajava L. e Syzygium jambos (L.) Alston (Myrtaceae) e Sphenospora smilacina Syd. sobre Smilax quinquenervia Vell. (Smilacaceae).


2013 ◽  
Vol 80 (1) ◽  
pp. 59-64
Author(s):  
E.M. Paulo ◽  
S.M.N.M. Montes ◽  
I.H. Fischer

A ferrugem é a doença mais comum das lavouras de café. O trabalho estudou nos cultivares de Coffea arabica L. Acaiá IAC 474-19, Catuaí Amarelo IAC 47, Icatu Amarelo IAC 2944, Icatu Vermelho IAC 4045, Obatã IAC 1669-20 e Apoatã IAC 2258 (Coffea canephora Pierre ex Fhroen) a incidência da ferrugem. O ensaio foi realizado em Adamantina, SP, onde os cafeeiros foram plantados no espaçamento de 4,0 x 2,0 m, com duas plantas por cova e dispostos em 6 linhas com 15 a 20 covas cada. No período entre junho de 2008 a dezembro de 2009, quinzenalmente, coletou-se ao acaso 30 folhas obtidas nos terços superior, médio e inferior dos cafeeiros e calculou-se a porcentagem das folhas com sintomas característicos da ferrugem. Calculou-se a área abaixo da curva de progresso da ferrugem para cada um dos cultivares. Constatou-se a doença na Icatu Amarelo IAC 2944 e Icatu Vermelho IAC 4045, cultivares descritos como resistentes/tolerantes à ferrugem. Concluiu-se que a incidência diferiu entre os cultivares e diminuiu com o aumento da temperatura, mas não com a precipitação pluvial. A incidência da doença menor que 5% nos cafeeiros ocorreu com temperaturas máximas médias mensais maiores que 30º C.


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