scholarly journals Desempenho dos ajustes do Trauma and Injury Severity Score (TRISS): revisão integrativa

2015 ◽  
Vol 49 (spe) ◽  
pp. 138-146 ◽  
Author(s):  
Cristiane de Alencar Domingues ◽  
Lilia de Souza Nogueira ◽  
Cristina Helena Costanti Settervall ◽  
Regina Marcia Cardoso de Sousa

RESUMO Objetivo identificar estudos que realizaram ajustes na equação do Trauma and InjurySeverity Score (TRISS) e compararam a capacidade discriminatória da equação modificada com a original. Método Revisão integrativa de pesquisas publicadas entre 1990 e 2014 nas bases de dados LILACS, MEDLINE, PubMed e SciELO utilizando-se a palavra TRISS. Resultados foram incluídos 32 estudos na revisão. Dos 67 ajustes de equações do TRISS identificados, 35 (52,2%) resultaram em melhora na acurácia do índice para predizer a probabilidade de sobrevida de vítimas de trauma. Ajustes dos coeficientes do TRISS à população de estudo foram frequentes, mas nem sempre melhoraram a capacidade preditiva dos modelos analisados. A substituição de variáveis fisiológicas do Revised Trauma Score (RTS) e modificações do Injury Severity Score (ISS) na equação original tiveram desempenho variado. A mudança na forma de inclusão da idade na equação, assim como a inserção do gênero, comorbidades e mecanismo do trauma apresentaram tendência de melhora do desempenho do TRISS. Conclusão Diferentes propostas de ajustes no TRISS foram identificadas nesta revisão e indicaram, principalmente, fragilidades do RTS no modelo original e necessidade de alteração da forma de inclusão da idade na equação para melhora da capacidade preditiva do índice.

Author(s):  
Luis Fernando Spagnuolo Brunello ◽  
Ana Luísa Bettega ◽  
Phillipe Geraldo Teixeira de Abreu Reis ◽  
Flávio Daniel Saavedra Tomasich ◽  
Iwan Augusto Collaço ◽  
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RESUMO Objetivo: avaliar a influência do local de ocorrência do trauma nos escores de trauma de pacientes submetidos à laparotomia de emergência. Métodos: estudo retrospectivo observacional analítico. Foram incluídos 212 pacientes submetidos à laparotomias exploratórias no período de janeiro de 2015 e dezembro de 2017. Informações sobre o local do acidente e dados vitais dos pacientes foram obtidas com base na coleta de dados por meio de prontuários eletrônicos e físicos. Foram analisados os índices de trauma de pacientes provenientes de Curitiba e Região Metropolitana e o local em que o paciente foi socorrido (estabelecimento físico ou via pública). Resultados: entre os 212 pacientes estudados, 184 (86,7%) foram trazidos pelo Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar provenientes da cidade Curitiba e 28 (13,3%) provenientes de Região Metropolitana de Curitiba. Foram socorridos em estabelecimentos físicos 25 pacientes (17,6%), enquanto 117 (82,4%) foram socorridos em via pública. Observou-se maiores valores de ISS (Injurity Severity Score) dos pacientes procedentes da Região Metropolitana em relação aos procedentes de Curitiba (29,78 vs 22,46, P=0,009), enquanto valores maiores do TRISS (Trauma Trauma and Injury Severity Score) foram observados em pacientes procedentes de Curitiba em relação aos da Região Metropolitana (90,62 vs 81,30; P=0,015). Pacientes socorridos em via pública apresentaram menor valor de RTS (Revised Trauma Score) (6,96 vs 7,65; P=0,024) e TRISS (86,42 vs 97,21; P=0,012). Conclusão: pacientes vítimas de trauma procedentes de locais mais distantes do atendimento no centro de referência apresentaram pior prognóstico à admissão e foi observado pior prognóstico em pacientes socorridos em via pública.


Author(s):  
CR Kaiser ◽  
AC Margarido ◽  
DV Silva ◽  
JG Parreira ◽  
JC Assef

RESUMO Introdução No ano de 2010, no Brasil, especifi camente na cidade de São Paulo, foram registrados 7007 atropelamentos. Das 1.357 mortes em decorrência de acidentes de trânsito, 630 ocorreram em pedestres. Informações mais detalhadas sobre gravidade do trauma, órgãos lesados, causas de óbito e fatores prognósticos poderiam direcionar medidas de prevenção, de triagem e de tratamento nestes doentes. Objetivo Realizar uma análise da freqüência, da localização e da gravidade das lesões encontradas, bem como dos fatores prognósticos em vítimas de atropelamentos. Metodologia Análise retrospectiva de protocolos de atendimento em trauma, coletados de junho de 2008 a setembro de 2009. A estratifi cação da gravidade do trauma e das lesões foi feita com os índices: Escala de coma de Glasgow (ECG), Revised Trauma Score (RTS), Abbreviated Injury Scale (AIS), Injury Severity Score(ISS) e Trauma and Injury Severity Score(TRISS). Consideramos lesões graves as com AIS > 3. Resultados Formaram o grupo de estudo 855 vítimas de atropelamento. A média de pressão arterial sistólica a admissão foi 128,2±27,0 mm Hg, da escala de coma de Glasgow a admissão, 14,1 ± 2,4, do RTS, 7,68 ± 0,8, do ISS, 7,1 ± 10,2 e do TRISS, 0,96 ± 0,1. As lesões graves foram observadas no segmento cefálico em 108 (12,6%) doentes, no tórax em 40 (4,6%), no abdome em 27 (3,1%) e nas extremidades em 185 (21,6%). A causa principal de óbito foi o trauma craniencefálico em 20 doentes. Conclusão As vítimas de atropelamento na sua maioria apresentaram traumas leves a moderados. Contudo há uma incidência considerável de lesões graves, principalmente em segmento cefálico, torácico e em extremidades. A letalidade está associada à presença de lesões graves em crânio, tórax e extremidades, principalmente em doentes admitidos com alterações de dados vitais.


2017 ◽  
Vol 83 (6) ◽  
pp. 559-563 ◽  
Author(s):  
Brian Fletcher ◽  
Eric Bradburn ◽  
Christopher Baker ◽  
Bryan Collier ◽  
Mark Hamill ◽  
...  

The Functional Independence Measure (FIM) is used by rehabilitation professionals to access disability. The FIM score combines both motor and cognitive parameters to assess a patient's level of required assistance in performing activities of daily living (ADL). The geriatric trauma patient is becoming an increasingly important cohort for trauma services. FIM has been shown to predict discharge outcomes and those at high risk for falls. We hypothesized pretrauma FIM scores may predict survival in the geriatric trauma population. This was a retrospective study of patients 65 years and older that were admitted to our Level I trauma center from July 1, 2006 to July 1, 2012. A total 941 patients underwent stepwise regression to identify those factors predicting survival. Age, Injury Severity Score, revised trauma score, body mass index, and pretrauma FIM scores (12-point scale) were studied. The primary outcome was survival. Statistical significance reached at P value <0.05. Multiple logistic regression analysis was then performed. A total of 1315 patients were identified and complete data were available on 941 patients. Mean age was 78 (SD ± 8.2), mean Injury Severity Score was 13(SD ± 8.7), and mean body mass index was 26. Overall mortality was 11 per cent. The odds ratio of survival was 3.532 (95% confidence interval = 2.191–5.718) times greater for every 1-point increase in the preadmission FIM expression score. Glasgow Coma Scale, revised trauma score, gender, and pretrauma FIM expression scores were predictive of survival in the geriatric trauma patient. Pretrauma FIM expression can be used to predict survival in the elderly trauma victim. Further study is needed to establish the role of FIM as part of trauma scoring systems.


2008 ◽  
Vol 74 (3) ◽  
pp. 260-261
Author(s):  
Steven Clark ◽  
Alicia Mangram ◽  
Ernest Dunn

Car surfing is a dangerous new pastime for American youth. Car surfing is an activity that is defined as standing (or lying) on a vehicle while it is being driven. This activity frequently results in severe injuries that often require significant surgical intervention. Despite its destructive nature, however, there are many Internet sites that encourage this behavior and view it as amusing. As a result, car surfing is becoming increasingly popular. We conducted a retrospective chart review of all patients injured as a result of car surfing over the last 4 years at our Urban Level II trauma center. Data collected included Injury Severity Score (ISS), Revised Trauma Score (RTS), age, gender, injury pattern, surgical intervention, and length of stay. Eight car surfers were identified. The average age was 17. The average Revised Trauma Score was 6.8 with an average Injury Severity Score of 16.9. Five patients were admitted to the intensive care unit. Four of these five patients needed to be intubated for ventilatory support. Five of the eight patients had significant intracranial injuries. Two patients had epidural hematomas that required evacuation. Two other patients had subdural hematomas that were treated nonoperatively, and one patient had a subarachnoid hemorrhage that was also treated nonoperatively. Four of the eight patients required surgical intervention. There were no deaths in this study. Car surfing leads to severe injuries that can result in significant morbidity. American youth have access to Internet sites that project this activity as an acceptable behavior. Five of our eight patients had a significant intra-cranial injury. Trauma surgeons need to be more aware of this injury phenomenon.


2009 ◽  
Vol 36 (2) ◽  
pp. 123-130 ◽  
Author(s):  
Fábio Henrique de Carvalho ◽  
Paula Christina Marra Romeiro ◽  
Iwan Augusto Collaço ◽  
Giorgio Alfredo Pedroso Baretta ◽  
Alexandre Coutinho Teixeira de Freitas ◽  
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OBJETIVO: Identificar fatores prognósticos relacionados com a falha do tratamento não-operatório (TNO) de lesões esplênicas no trauma abdominal fechado. MÉTODOS: Análise prospectiva de 56 pacientes adultos submetidos à TNO e divididos em um grupo de sucesso e outro de falha, que foi definida como necessidade de laparotomia por qualquer indicação. As lesões foram diagnosticadas por tomografia computadorizada e classificadas de acordo com os critérios da AAST (American Association for Surgery of Trauma). Os parâmetros estudados foram: na admissão - pressão arterial sistólica, frequências cardíaca e respiratória, nível de consciência (Escala de Glasgow) e RTS (Revised Trauma Score); durante a hospitalização - presença de lesões associadas, transfusão sanguínea e parâmetros hematológicos, tempo de internação e ISS (Injury Severity Score). RESULTADOS: As falhas do TNO (19,6%) foram devidas à dor abdominal (45,4%), instabilidade hemodinâmica (36,4%), queda do volume globular associada a hematoma esplênico (9,1%) e abscesso esplênico (9,1%). Não foram observadas diferenças entre os grupos de sucesso e de falha nos dados na admissão. A taxa de falha de acordo com o grau da lesão esplênica foi 0% nos graus I e II agrupados; 17,5% nos graus III e IV agrupados e 80% no grau V (p = 0,0008). O uso de hemoderivados foi maior e mais frequente no grupo de falha (p=0,05). As relação do ISS (Injury Severity Score) com as taxas de falha foram 0% nos pacientes com ISS = 8; 15,9% nos com ISS entre 9 e 25, e 50% nos com ISS = 26 (p = 0,05). Não houve mortalidade e nem lesões de vísceras ocas despercebidas. CONCLUSÃO: O Injury Severity Score e grau da lesão esplênica relacionaram-se com a falha do tratamento não-operatório.


2006 ◽  
Vol 33 (6) ◽  
pp. 354-360 ◽  
Author(s):  
Gustavo Pereira Fraga ◽  
Elaine Barberato Genghini ◽  
Mario Mantovani ◽  
Larissa Garcia de Oliveira Cortinas ◽  
Waldemar Prandi Filho

OBJETIVO: Contesta-se a aplicação indiscriminada da toracotomia de reanimação (TR) no trauma. Este estudo objetiva reavaliar as indicações de TR na nossa instituição. MÉTODO: Estudo retrospectivo envolvendo 126 pacientes submetidos à TR entre janeiro de 1995 e dezembro de 2004. Definiram-se quatro grupos considerando os sinais vitais dos pacientes na admissão: morto ao chegar, fatal, agônico e choque profundo. O protocolo incluiu dados como mecanismo de trauma, sinais vitais, Escore de Trauma Revisado (Revised Trauma Score ou RTS), locais de lesão (identificados durante cirurgia ou autópsia), Índice de Gravidade da Lesão (Injury Severity Score ou ISS) e sobrevida. RESULTADOS: Setenta e dois (57,2%) pacientes apresentavam ferimento por projétil de arma de fogo, 11 (8,7%) ferimento por arma branca e 43 (34,1%) por trauma fechado. Nenhum dos sessenta pacientes (47,6%) dos grupos fatal e morto ao chegar sobreviveu, mas 13 (39,4%) dos pacientes fatais foram encaminhados ao centro cirúrgico (CC) para tratamento definitivo. Dos 66 pacientes dos grupos agônico e choque profundo, 44 (66,7%) foram submetidos a TR no prontosocorro (PS) e 31 (70,5%) destes foram transferidos até o CC. Nos 22 restantes, a parada cardiorrespiratória ocorreu já no CC, onde foi feita a TR. Dois pacientes do grupo choque profundo sobreviveram (1,6% do total) e receberam alta com função cerebral normal. O ISS médio foi 33, sendo exsangüinação a causa mais freqüente de óbito. CONCLUSÕES: Resultados ruins enfatizam a necessidade de uma abordagem mais seletiva para aplicar a TR. Um algoritmo baseado no mecanismo de trauma e nos sinais vitais na admissão é proposto para otimizar as indicações de TR.


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