scholarly journals Avaliação da resistência de isolinhas de feijoeiro a diferentes patótipos de Colletotrichum lindemuthianum, Uromyces appendiculatus e Phaeoisariopsis griseola

2003 ◽  
Vol 28 (6) ◽  
pp. 591-596 ◽  
Author(s):  
Vilmar Antonio Ragagnin ◽  
Ana Lília Alzate-Marin ◽  
Thiago Livio P. O. Souza ◽  
Klever Márcio A. Arruda ◽  
Maurilio A. Moreira ◽  
...  

Isolinhas de feijoeiro (Phaseolus vulgaris)derivadas da cultivar Rudá, com grãos do tipo "carioca", contendo os genes de resistência à antracnose (Co-4 do cv. TOou Co-6 do cv. AB 136 ou Co-10 do cv. Ouro Negro), ferrugem (gene do cv. Ouro Negro) e mancha-angular (phg-1 da linhagem AND 277) foram desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento do Feijoeiro do BIOAGRO/UFV, para serem utilizadas na piramidação desses genes em uma única cultivar. Este trabalho teve como objetivo determinar o espectro de resistência dessas isolinhas a diferentes patótipos de Colletotrichum lindemuthianum, Uromyces appendiculatus e Phaeoisariopsis griseola, visando selecionar as linhagens mais similares aos progenitores doadores quanto à sua resistência. Para isto, foram conduzidas inoculações artificiais com 18 patótipos de C. lindemuthianum, dez patótipos de U. appendiculatus e quatro patótipos de P. griseola. Para resistência à antracnose, foi selecionada uma linhagem do cruzamento Rudá x TO, homozigota resistente a 17 patótipos, uma linhagem do retrocruzamento Rudá x AB 136, homozigota resistente a 15 patótipos e uma linhagem do cruzamento Rudá x Ouro Negro, homozigota resistente a 15 patótipos de C. lindemuthianum. Para resistência à ferrugem, uma linhagem do cruzamento Rudá x Ouro Negro, apresentou-se homozigota resistente aos dez patótipos de U. appendiculatus testados. Para resistência à mancha-angular, uma linhagem do cruzamento Rudá x AND277 apresentou-se homozigota resistente aos quatro patótipos de P. griseola inoculados. As melhores isolinhas estão sendo intercruzadas visando a piramidação de genes de resistência à ferrugem, à antracnose e à mancha-angular e o desenvolvimento de cultivares essencialmente derivadas da cultivar Rudá.

2003 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 59-66 ◽  
Author(s):  
Fábio G. Faleiro ◽  
Vilmar A. Ragagnin ◽  
Ivan Schuster ◽  
Ronan X. Corrêa ◽  
Pedro I. Good-God ◽  
...  

A organização de diferentes genes de resistência da cultivar Ouro Negro de feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris) à ferrugem, antracnose e mancha-angular foi estudada com o auxílio de marcadores moleculares. Uma população de 154 linhas endogâmicas recombinantes (RIL's) obtidas do cruzamento entre as cultivares Ouro Negro e Rudá foram inoculadas com sete raças fisiológicas de Uromyces appendiculatus, três de Colletotrichum lindemuthianum, e quatro de Phaeoisariopsis griseola. Amostras de DNA de cada uma das RIL's foram amplificadas via PCR utilizando 70 diferentes primers. A análise da segregação da resistência à ferrugem, antracnose e mancha-angular na população de 154 RIL's revelou diferentes modos de herança para a resistência a cada uma das raças fisiológicas. A análise de ligação genética revelou que os diferentes genes de resistência à ferrugem e à antracnose estão no mesmo grupo de ligação. Os genes de resistência à mancha-angular também foram mapeados juntos, porém em outro grupo de ligação. Verificou-se neste trabalho que a utilidade dos marcadores RAPD, previamente identificados como ligados a genes de resistência do feijoeiro a doenças foi restrita. Apenas cinco dos 38 marcadores moleculares testados foram validados na população de RIL's como ligados aos genes de resistência à ferrugem e à antracnose. Três novos marcadores (OBA16(669) e OBA16(583) a 10,4 cM em acoplamento e OAD9(3210) a 13,9 cM em repulsão) ligados ao bloco gênico de resistência da cultivar Ouro Negro à mancha-angular foram identificados.


2003 ◽  
Vol 28 (5) ◽  
pp. 508-514 ◽  
Author(s):  
Reginaldo R. Coelho ◽  
Francisco X. R. do Vale ◽  
Waldir C. de Jesus Junior ◽  
Pierce A. Paul ◽  
Laércio Zambolim ◽  
...  

Este trabalho objetivou estudar o efeito da temperatura e do molhamento foliar no desenvolvimento da ferrugem e da mancha angular do feijoeiro (Phaseolus vulgaris). Foram conduzidos ensaios em condições de campo durante os plantios das águas (outubro a dezembro), de inverno (maio a agosto) e da seca (fevereiro a maio). Os ensaios foram instalados em blocos casualizados com três repetições e dois tratamentos. Os tratamentos consistiram de: 1) inoculação com Uromyces appendiculatus e 2) inoculação com Phaeoisariopsis griseola. No inverno, a ferrugem ocorreu com maior intensidade, atingindo um valor máximo de severidade (Ymax) igual a 1,3 e as maiores taxas de crescimento (0,09, 0,04 e 0,07 aos 34, 55 e 62 dias, respectivamente), devido à predominância, nessa época, de temperaturas inferiores a 21,1 °C, e de maior número de horas diárias com temperaturas menores ou iguais a 16 °C, quando ocorreu molhamento foliar. Nos plantios das águas e da seca, a mancha angular ocorreu com maior intensidade, atingindo Ymax iguais a 2,6 e 3,5, respectivamente e as maiores taxas de crescimento (0,06, 0,02 e 0,15 aos 46, 60 e 67 dias, respectivamente, no plantio das águas, e 0,13 e 0,38 aos 51 e 58 dias, respectivamente, no plantio da seca), devido à predominância, nessa época, de temperaturas superiores a 21,1 °C, quando ocorreu molhamento foliar e não ocorrência de temperaturas menores ou iguais a 16 °C. Com esse estudo pôde-se caracterizar, em função das condições climáticas, o plantio de inverno como favorável à ocorrência da ferrugem e os plantios da água e da seca como favorável à ocorrência da mancha angular.


2003 ◽  
Vol 28 (3) ◽  
pp. 221-228 ◽  
Author(s):  
Carlos Manuel Araya

La coevolución en varios patosistemas del frijol ha sido demostrada en los últimos años. Con base en diferencias morfológicas (color y tamaño del grano, hábitos de crecimiento de la planta, forma de las hojas, y forma y tamaño de las vainas), tipo de proteína en las semillas, respuestas serológicas, análisis de isoenzimas, y patrones polimórficos de bandas utilizando técnicas moleculares (RFLP, RAPD y AFLP), se han sugerido dos centros de domesticación del frijol común: Mesoamérica (América Central, Antillas y México) y la Zona de los Andes. En estas regiones, las variedades cultivadas y silvestres presentan una gran variabilidad fenotípica y genética. La amplia variabilidad genética es también una característica de la mayoría de los patógenos de plantas. En frijol, tres patógenos han mostrado una íntima asociación con el acervo genético del hospedante, estos son: Colletotrichum lindemuthianum,Phaeoisariopsis griseola y Uromyces appendiculatus. Estos hongos presentan patogenicidad específica en los hospederos del correspondiente centro de origen. Poblaciones mesoamericanas de los tres organismos son más virulentas que las respectivas andinas, y genéticamente más variables. Este comportamiento ha sugerido un proceso de coevolución del patosistema. El conocimiento de la variabilidad genética y especificidad en las poblaciones nativas es preciso para el desarrollo de programas de mejoramiento y selección de fuentes de resistencia durables y efectivos para cada país de la región (gene deployment).


Author(s):  
Eduardo Raymundo Garrido Ramirez ◽  
Oscar H. Tosquy-Valle ◽  
Valentín A. Esqueda-Esquivel ◽  
Francisco J. Ibarra-Pérez ◽  
José R. Rodríguez-Rodríguez ◽  
...  

Objective: to determine the reaction of 53 lines and three varieties of black bean (Phaseolus vulgaris L.) to inoculation with Uromyces appendiculatus and Colletotrichum lindemuthianum, to identify genotypes resistant to rust and anthracnose.Design/methodology/approach: 10 seedlings of each genotype were inoculated in the greenhouse with a suspension of U. appendiculatus uredospores and another 10 with a suspension of C. lindemuthianum conidia. At 14 days after inoculation, the reaction of the genotypes to rust was evaluated with a severity scale of 1 to 6, and to anthracnose, with ascale of 0 to 4. The data were analyzed in a completely randomized design with 10 replications per treatment and LSD at 0.05 was applied for the separation of averages.Results: 41 genotypes showed a hypersensitivity reaction to rust, of which 25 had a reaction value of 2.0, statistically lower than those of controls. In turn, 45 genotypes were resistant to anthracnose, of which 18 had a value of 1.0, statistically similar to that of Negro Jamapa and lower than those of the rest of the genotypes.Study limitations/implications: due to the diversity of races of both pathogens, the genotypes were inoculated with monopustular isolates of the principal races of U. appendiculatus and with monosporic cultures of C. lindemuthianum, which occur in the bean crops of Veracruz and Chiapas.Findings/conclusions: 25 lines resistant to rust and 18 to anthracnose were identified, which stood out for presenting the least damage from these diseases.


2001 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
pp. 86-89 ◽  
Author(s):  
FÁBIO G. FALEIRO ◽  
SÍLVIA NIETSCHE ◽  
VILMAR A. RAGAGNIN ◽  
ALUÍZIO BORÉM ◽  
MAURILIO A. MOREIRA ◽  
...  

Foram inoculadas 17 cultivares de feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris) recomendadas para plantio em Minas Gerais com cinco patótipos (6, 7, 9, 10 e 12) de Uromyces appendiculatus e cinco (63.55, 31.23, 63.39, 31.55 e 63.23) de Phaeoisariopsis griseola. Foi conduzido um ensaio separadamente para cada um dos patótipos dos dois patógenos, totalizando 10 ensaios. Nos ensaios de ferrugem foi avaliada a freqüência de infecção (FI) e estimado o tamanho médio das pústulas (TMP) e, nos ensaios de mancha-angular foram avaliados os sintomas utilizando uma escala de notas variando de 1 a 9. A maioria das cultivares se mostrou suscetível a pelo menos três dos cinco patótipos de ferrugem. As cultivares mais suscetíveis foram Roxo 90 e Meia Noite e a mais resistente foi a Ouro Negro, a qual apresentou proteção completa aos cinco patótipos testados. Com relação à mancha angular, além do Roxo 90, as cultivares Carioca MG, Pérola, Carioca 1030 e Aporé, extensivamente plantadas em Minas Gerais, foram altamente suscetíveis. As cultivares Ouro Negro e EMGOPA 201-Ouro apresentaram genes de resistência a diferentes patótipos e a combinação desses genes em uma nova cultivar resultaria em resistência a todos os patótipos testados.


Plant Disease ◽  
1999 ◽  
Vol 83 (2) ◽  
pp. 108-113 ◽  
Author(s):  
Craig M. Sandlin ◽  
James R. Steadman ◽  
Carlos M. Araya ◽  
Dermot P. Coyne

Five isolates of the bean rust fungus Uromyces appendiculatus were shown to be specifically virulent on bean genotypes of Andean origin. This specificity was demonstrated by the virulence of five pairs of isolates on a differential set of 30 Phaseolus vulgaris landraces. Each isolate pair was from a different country in the Americas and consisted of one Andean-specific isolate and one nonspecific isolate. Of the differential P. vulgaris landraces, 15 were of Middle American origin and 15 were of Andean origin. The Andean-specific rust isolates were highly virulent on Andean landraces but not on landraces of Middle American origin. Rust isolates with virulence to Middle American landraces were also generally virulent on Andean material; no truly Middle American-specific isolates were found. Random amplified polymorphic DNA (RAPD) analysis of the rust isolates also distinguished the two groups. Four of the Andean-specific rust isolates formed a distinct group compared to four of the nonspecific isolates. Two of the isolates, one from each of the two virulence groups, had intermediate RAPD banding patterns, suggesting that plasmagomy but not karyogamy occurred between isolates of the two groups.


2014 ◽  
Vol 13 (15) ◽  
pp. 1657-1665
Author(s):  
Alex Diana ◽  
Norentilde;a-Ramirez ra ◽  
Julian Velasquez-Ballesteros Oscar ◽  
Murillo-Perea Elizabeth ◽  
Jairo Mendez-Arteaga Jonh ◽  
...  

Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document