scholarly journals SOCIEDADE CIVIL, INSTÂNCIAS PARTICIPATIVAS E DESENVOLVIMENTO: O CASO DOS CONSELHOS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Redes ◽  
2015 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 284
Author(s):  
Cláudia Tirelli ◽  
Cíntia Agostini

O artigo apresenta uma discussão sobre a literatura produzida no Brasil, a partir da década de 1990, em torno dos conceitos de sociedade civil, capital social, participação e desenvolvimento, problematizando os seus aspectos normativos e as suas limitações para a compreensão dos processos verificados empiricamente na sociedade brasileira contemporânea. A partir de uma pesquisa sobre os Conselhos Regionais de Desenvolvimento-COREDES no RS, baseada em análise documental e entrevistas com os seus integrantes, buscou-se investigar como vem se alterando a atuação desses fóruns nas últimas duas décadas e de que forma tem se dado a participação dos distintos atores sociais regionais nesses espaços. O aporte teórico utilizado neste trabalho baseou-se em abordagens recentes produzidas no campo das Ciências Sociais que visam analisar o caráter contingencial das relações entre sociedade civil e democracia e/ou entre instâncias participativas e os processos de desenvolvimento nos diferentes territórios.

Author(s):  
Jordana Marques Kneipp ◽  
Jamur Johnas Marchi ◽  
Clandia Maffini Gomes ◽  
Luciana Aparecida Barbieri da Rosa

O presente artigo buscou apresentar proposições estratégicas para o Polo de Doces de Pelotas, localizado na Região Sul do Estado do Rio Grande do Sul – RS, a partir do mapeamento da rede de valor e da análise do capital social. O Polo de Doces reúne empresas formais e empreendedores informais ligados ao mercado de doces. A pesquisa caracteriza-se como quantitativa e os dados foram coletados por meio de questionários. Como resultado, percebeu-se que na visão de gestores e integrantes do Polo, a rede de valor é formada por: a) clientes: consumidor final, terceiros e revendedores; b) fornecedores: predominando os atacados; c) concorrentes: destacando-se as grandes doçarias, doces industrializados e o comércio informal; d) complementadores: destacou-se a falta conhecimento sobre os complementadores. De modo geral, constatou-se que é necessário obter mais conhecimento sobre os elementos da rede de valor para a geração de vantagens competitivas.


2009 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 177-188 ◽  
Author(s):  
Francisco Avelar Bastos ◽  
Everton Santos ◽  
Maximiano Ferreira Tovo

O objetivo principal deste artigo é construir um referencial teórico preliminar que possibilite a compreensão das razões que podem determinar o desempenho satisfatório das instituições de saúde no Brasil, particularmente o do Sistema Único de Saúde (SUS). A hipótese teórica, a partir dos estudos de Putnam (2005), é de que o acúmulo de Capital Social (CS) em determinada sociedade está positivamente relacionado à capacidade de os governos atenderem e realizarem as demandas da população. Em outras palavras, os níveis de solidariedade e de confiança interpessoais e a existência de organizações sociais são elementos colaborativos para o desempenho das instituições políticas. O CS, na área da saúde, funcionaria como elemento de impacto positivo, não somente pelo fato de proporcionar uma vida mais saudável para as populações, reduzindo a exclusão social e aumentando a longevidade e a autoestima, mas também por ter um papel fundamental no estímulo da participação da comunidade tanto na formulação de políticas públicas como no seu controle social, o que possibilitaria o melhor funcionamento das instituições. Nesse sentido, utilizamos os dados de pesquisa quantitativa aplicados em usuários do SUS em duas cidades do Rio Grande do Sul (Caxias e Pelotas).


Author(s):  
Danielle Busko

O objetivo desse artigo é analisar o tema dos imigrantes e refugiados como um desafio para as políticas públicas educacionais, considerando que estas podem ser ferramentas para minimizar a discriminação e apoiar a inserção social. Após a introdução, apresenta-se um mapeamento da realidade dos imigrantes no Brasil e, de forma mais detalhada, no Rio Grande do Sul, delineando o seu perfil. Aborda-se, então, dois enfoques distintos, porém complementares: políticas públicas educacionais integrativas e educação para a cidadania e inclusão. Ademais faz-se considerações sobre o papel da Defensoria Pública daUnião na Educação em Direitos voltada ao empoderamento do imigrante e do refugiado como fator definitivo para o seu real acolhimento. Nas considerações finais destacou-se a relevância do capital social e cultural dos migrantes como gerador de novos valores para o contexto que o acolhe.


2014 ◽  
Vol 59 (4) ◽  
pp. 441-454 ◽  
Author(s):  
Everton Santos ◽  
Jucelaine Bitarello ◽  
Valdir Pedde

Este artigo tem como objetivo principal construir um ensaio teórico que possibilite compreender as razões que determinam o desempenho satisfatório das instituições do Estado, particularmente no Rio Grande do Sul. Ou seja, compreender os mecanismos que permitem aos governos locais realizar seus propósitos, como construir estradas, educar crianças e promover o desenvolvimento de maneira satisfatória. Para tanto, a partir da revisão da bibliografia especializada, construímos uma episteme que possibilite compreender o desempenho do Estado em suas implicações institucionais formais (neo-institucionalismo) de North (2001), bem como suas implicações com padrões valorativos (capital social) de Putnam (2000). Assim, concluímos que instituições e capital social sinergeticamente aliados podem contribuir para o desempenho satisfatório das instituições do Estado.Palavras-chave: Capital Social, Instituições, Desempenho Institucional, Cultura Política.


Author(s):  
Marcello Baquero

Este artigo examina a relação entre democracia, cultura política e capital social no Brasil. O tema é abordado de maneira compreensiva, pois acredita-se que esses conceitos interagem permanentemente. No caso brasileiro é possível, entretanto, identificar alguns fatores que historicamente têm incidido na configuração de um tipo de cultura política, de caráter híbrido, que mistura posturas favoráveis à democracia e predisposições negativas em relação às instituições políticas. Esse mal-estar, argumenta-se, não é conjuntural nem temporário, mas de caráter estrutural e danoso para o fortalecimento democrático. Em tal cenário o desenvolvimento do capital social, aumentaria, prática e teoricamente, o poder dos cidadãos permitindo-lhes maior inserção e participação na arena política. São utilizados como fonte dados de pesquisas qualitativas e quantitativas coletados no Rio Grande do Sul no período de 1974 a 2000. Os resultados do estudo sugerem uma ausência de capacidade cooperativa entre os brasileiros, o que poderia explicar os déficits de participação política e a conseqüente instabilidade democrática.


COLÓQUIO ◽  
2013 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 49-64
Author(s):  
Dilani Silveira Bassan ◽  
Jorge Luiz Amaral De Moraes

Este estudo analisa o potencial socioeconômico da cadeia produtiva do leite em um território rural gaúcho, localizado na fronteira do Brasil com o Uruguai, com 145 assentamentos, mais de 10 mil famílias e diversas cooperativas de produtores de leite. Buscaram-se subsídios empíricos que pudessem servir de base para a elaboração de uma política de desenvolvimento territorial rural, baseado em um modelo teórico-metodológico que considere as diferentes dinâmicas territoriais, o capital social presente, as oportunidades externas oferecidas pelo mercado e as potencialidades locais. Identificaram-se alguns gargalos e possíveis soluções socioeconômicas, tecnológicas e mercadológicas determinantes do desenvolvimento da produção leiteira, das cooperativas e dos assentamentos da região. Espera-se que a organização interna da produção e o desenvolvimento do cooperativismo e da cadeia produtiva do leite na região possam ser importantes instrumentos de desenvolvimento socioeconômico dos assentamentos e da região. Acredita-se que seja possível o desenvolvimento sustentável desse território rural através da formação e da consolidação de um sistema produtivo agroalimentar localizado na região, como instrumento de coordenação e mediação da dinâmica socioeconômica de desenvolvimento do território.


2012 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 61
Author(s):  
Dejalma Cremonese

O objetivo deste artigo é examinar os níveis de participação político-social do município de Ijuí – Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Brasil. A hipótese principal é que práticas cada vez menos recorrentes de ações cívicas (participativas, associativas e de confiança) entre os membros da comunidade nas últimas décadas constituem a principal causa da variação negativa do capital social do município. O referencial teórico e metodológico utilizado neste artigo segue a abordagem do capital social, proposta por Robert Putnam. A segunda parte analisa os resultados do survey aplicado no ano de 2005 (400 entrevistas). A comparação longitudinal entre o survey de 2005 com o de 1968 indica o declínio de manifestações cívicas com a diminuição da participação política convencional, altos índices de desconfiança, redução do associativismo e cooperação. Estes resultados comprovam a hipótese central da variação negativa do capital social em Ijuí.


2010 ◽  
Vol 14 (5) ◽  
pp. 836-853 ◽  
Author(s):  
Janaina Macke ◽  
Rosinha Machado Carrion ◽  
Eliete Kunrath Dilly

Existe um discurso difundido no imaginário social que aponta as empresas como os atores mais qualificados para resolver os problemas sociais, dada a competência que elas vêm demonstrando para enfrentar a concorrência em mercado globalizado e competitivo. No entanto, defende-se que, subjacente a essa visão, está uma visão reducionista da complexidade dos fatos sociais, ao considerar os problemas do campo social como passíveis de serem equacionados pela simples gestão eficiente e eficaz de recursos. O presente artigo foi embasado em pesquisa empírica realizada em sete empresas da região da Serra Gaúcha, agraciadas com o prêmio Responsabilidade Social oferecido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. O método de trabalho utilizado foi o de estudos de casos múltiplos; como técnica de análise de dados, foi utilizada a análise de conteúdo. Dentre os resultados destacam-se: a fraca intensidade da relação entre empresa e beneficiados, o baixo grau de estruturação dos programas e uma sobreposição de programas atuando com o mesmo público. O artigo aponta os limites de programas sociais de empresas privadas, e propõe, a partir da teoria do capital social, uma proposta para qualificá-los, de modo a potenciar sua contribuição para a construção de uma sociedade mais equilibrada.


2008 ◽  
Vol 7 (13) ◽  
Author(s):  
Everton Santos ◽  
Valdir Pedde ◽  
Simone Viscarra ◽  
Cíntia Ventura

2014 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 333-343
Author(s):  
Juliana Rachel de Souza Luchesi ◽  
Leonardo Roth ◽  
Janaina Macke ◽  
Ana Cristina Fachinelli

No mundo contemporâneo as complexas teias de relacionamentos sociais destinam pouco espaço para as ações individuais ou isoladas de agentes organizacionais, por isso o conceito de desenvolvimento está diretamente relacionado ao de capital social. Verifica-se que estas relações são caracterizadas por fortes laços de confiança e cooperação que remetem à formação, novamente, de Capital Social. Este estudo apresenta alguns dos principais conceitos sobre Capital Social e seus atributos constitutivos a fim de conectá-los às situações de cooperação existentes nos movimentos associativistas interorganizacionais no Estado do Rio Grande do Sul, através do Programa Redes de Cooperação.


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