scholarly journals PEQUENOS VAMPIROS: OS SANGUESSUGAS NA LITERATURA INFANTO-JUVENIL

2019 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 262-277
Author(s):  
Leticia Cristina Alcântara Rodrigues
Keyword(s):  

Quando se fala no personagem vampírico, o imaginário logo invoca Drácula, imortalizado no cinema por Bela Lugosi, que o transformou em um galante e sedutor sanguessuga. Entretanto, Drácula não é o único vampiro literário que mexe com o imaginário: Lord Ruthven, seu antecessor fez sucesso nas adaptações teatrais, assim como Carmilla. Lestat de Lioncourt influenciou uma nova geração, assim como Edward Cullen fez o monstro tornar-se herói e símbolo de amante perfeito. Mas os vampiros não são somente retratados como adultos na literatura e no cinema. Eles também aparecem em pueril idade, como Claudia, de Entrevista com o vampiro, de Anne Rice, Rüdiger, o pequeno vampiro de Angela Sommer-Bodenburg ou mesmo o Nigel Mullet, de Tim Collins. Desta forma, esse trabalho busca um paralelo sobre como o vampiro é representando em sua versão infantil, analisando como os autores evocam esse personagem mitológico e como, a partir desse personagem, evocam o universo infantil e juvenil em suas narrativas.

1885 ◽  
Vol s6-XII (303) ◽  
pp. 306-306
Author(s):  
Truth
Keyword(s):  

1998 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 5 ◽  
Author(s):  
George E. Haggerty
Keyword(s):  

Author(s):  
Andrio J. R. dos Santos
Keyword(s):  
The Body ◽  

No romance The Tale Of The Body Thief (1991), Anne Rice aborda o poema iluminado The Tyger, de William Blake, como uma forma de discutir o tema do mal, assim como a malignidade que o vampiro protagonista, Lestat, reconhece em si mesmo. Tal questão é explorada a partir da possibilidade do personagem recuperar sua humanidade, uma vez que ele foi transformado em vampiro à força. Desse modo, pretendo desenvolver um estudo investigativo acerca das significações intercambiáveis entre as obras de Rice e Blake. Para dar conta desse problema de pesquisa, trabalho a partir das concepções teóricas da tradução intersemiótica. Sigo pela via proposta por autores como Diniz (1998), Clüver (2006) e Plaza (2008), que compreendem tradução intersemiótica essencialmente como um diálogo de significados intermídia e sempre em expansão.Tal concepção permite investigar e discutir a maneira como Rice reinterpreta, traduz e recria as significações da poesia e da pintura blakeanas em seu romance. A partir de tais aparatos teóricos, é possível considerar que o poema de Blake é semioticamente traduzido por Rice em duas instâncias. Na primeira delas, The Tyger opera como uma metáfora para a natureza do próprio vampiro Lestat, um predador terrível e belo, sublime em sua própria imagem. Na segunda instância, The Tyger relaciona-se com o romance de forma remissiva, diretamente ativa em relação à construção do enredo da obra.


2017 ◽  
pp. 196-197
Author(s):  
Ingrid Thaler
Keyword(s):  

Author(s):  
Andrew Howe
Keyword(s):  
The Road ◽  

http://dx.doi.org/10.5007/2175-8026.2017v70n1p81Com a publicação de Sonho Febril em 1982, George R. R. Martin experimentou com a narrativa de "vampiro simpático", popularizada apenas alguns anos antes por Anne Rice. Uma história sobre vampiros que assombravam o sul americano durante os anos anteriores à guerra civil, Sonho Febril focalizou a ambiguidade moral, a brutalidade do poder, e outros aspectos narrativos que eventualmente emergirão mais desenvolvidos na grande obra do autor, a aclamada série As Crônicas de Gelo e Fogo. Muitas vezes negligenciado, Sonho Febril é importante porque uma leitura atenta do texto indica a abertura de Martin à fantasia sombria, não apenas no material temático, mas também na inclusão de eventos históricos do mundo real (a Guerra Civil Americana) e instituições (escravidão).


2020 ◽  
Vol 31 (61) ◽  
pp. 384-407
Author(s):  
Andrio J. R dos Santos
Keyword(s):  

No romance Memnoch The Devil, Anne Rice se apropria e reinterpreta imagens de anjos e demônios de William Blake no intuito de representar o seu diabo, Memnoch. A partir dessa representação demoníaca blakeana, a autora desenvolve questões filosófico-teológicas relativas à salvação da alma humana, à sacralidade do corpo e, além disso, trata da representação da divindade judaico-cristã e da figura do diabo. Assim, analiso a relação entre o romance e a produção pictural e visionária de William Blake, demonstrando que Rice imbui sua narrativa de uma energia e concepções blakeanas sobre imaginação, arte, corpo e exploração sensorial. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.


Abusões ◽  
2019 ◽  
Vol 9 (9) ◽  
Author(s):  
Juliana De Souza Topan

O vampiro é uma personagem mítica e literária que, nas últimas décadas, esteve presente em obras literárias, televisivas e cinematográficas de grande sucesso de público, como os filmes Drácula de Bram Stoker (1992) e Entrevista com o vampiro (1994), a série televisiva Buffy, a caça-vampiros (1997-2003) e a saga Crepúsculo, de Stephenie Meyer (2005-2008). Analisando narrativas vampirescas contemporâneas, David Roas aponta uma “domesticação” ou “naturalização do monstro”, já que vampiros convivem com humanos e se convertem em “mais uma raça ou espécie”, entre tantas no mundo. Roas identifica que o processo de humanização da figura do vampiro e a atenuação de seus aspectos monstruosos teriam se iniciado com a publicação de Entrevista com o vampiro (1976), de Anne Rice, a partir da caracterização de Louis como um vampiro belo, sensível e culpado por matar pessoas. Entretanto, ao analisar poemas e narrativas do final do século XVIII e do século XIX, o presente artigo pretende explicitar que tal processo se inicia muito antes, na transição da personagem vampiresca do universo mítico para obras literárias. Conclui-se, a partir da análise dos poemas Christabel, de Coleridge (1795) e A noiva de Corinto, de Goethe (1797), do conto A morta amorosa, de T. Gautier (1836), e dos romances Carmilla, a vampira de Karstein, de S. Fanu (1874) e Drácula, de B. Stoker (1897), que, desde o século XVIII, encontra-se uma ambiguidade na caracterização dos vampiros em obras literárias, nas quais se encontra uma alternância entre a descrição humanizada e monstruosa dos vampiros.


Literartes ◽  
2017 ◽  
Vol 1 (7) ◽  
pp. 266
Author(s):  
Andrio J. R. dos Santos
Keyword(s):  
The Body ◽  

O presente trabalho visa analisar criticamente a operação de tradução intersemiótica do poema The Tyger, de William Blake, no romance The Tale Of The Body Thief, de Anne Rice. Para tal, empregam-se concepções teóricas propostas por autores como Diniz (1998), Clüver (2006) e Plaza (2008), que compreendem tradução intersemiótica essencialmente como um diálogo de significados intermídia em um processo de produção de sentido sempre em expansão.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document