scholarly journals Eletroconvulsoterapia como prática psiquiátrica: revisão de literatura

2020 ◽  
Vol 8 (10) ◽  
Author(s):  
Bruno Braga José ◽  
Marlene Cabral Coimbra da Cruz

Introdução: A eletroconvulsoterapia é um procedimento que utiliza uma corrente elétrica para induzir uma crise convulsiva sob anestesia geral, com o objetivo de produzir alterações no comportamento e melhoras nos sintomas psiquiátricos. Objetivo: revisar a literatura com relação ao procedimento, indicações, contraindicações e implicações éticas na prática psiquiátrica. Material e Método: foi realizada uma pesquisa de livros texto e de publicações obtidas nas bases de dados BVS, Medline e Scielo sobre o tema. Resultados: Apesar de todos os avanços, o mecanismo de ação da ECT ainda é desconhecido, e existem diversas teorias sobre seu funcionamento. É tratamento de primeira escolha nos casos de necessidade de melhora rápida, como depressões graves e grande risco de suicídio, e como segunda escolha, quando existe ausência de resposta terapêutica satisfatória de psicofármacos. É preciso avaliar os riscos cardiológicos decorrentes da anestesia, e testes neuropsicológicos são importantes para acompanhar alterações cognitivas que podem ocorrer. O Conselho Federal de Medicina reconhece a importância deste método terapêutico e regulamenta sua aplicação e cuidados, sendo um ato médico a ser realizado em ambiente com infraestrutura adequada de suporte à vida e a procedimentos anestésicos e de recuperação. Conclusão: a eletroconvulsoterapia é um tratamento eficaz para remissão de sintomas graves psiquiátricos, principalmente quando se precisa de resultados rápidos. Porém sua prática ainda é controversa, apesar de ser regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina.Descritores: Eletroconvulsoterapia; Eletricidade; Psiquiatria.ReferênciasJesus GN. Anestésicos e eficácia da eletroconvulsoterapia em pacientes com depressão maior: revisão sistemática. Monografia do Curso de Medicina. Salvador: Universidade Federal da Bahia;2015.Shiozawa P, Netto GTM, Cordeiro Q, Ribeiro RB. Eletroconvulsoterapia para o tratamento de depressão psicótica refratária em paciente com desnutrição grave: estamos esquecendo a ECT? Rev Debates Psiquiatr. 2014;6-10. Silva MLB, Caldas MT. Revisitando a técnica de eletroconvulsoterapia no contexto da reforma psiquiátria brasileira. Psicol cienc. 2008;28(2):344-61. CFM, Conselho Federal de Medicina. Resolução n° 2.057. Consolida as diversas resoluções da área da Psiquiatria e reitera os princípios universais de proteção ao ser humano, à defesa do ato médico privativo de psiquiatras e aos critérios mínimos de segurança para os estabelecimentos hospitalares ou de assistência psiquiátrica de quaisquer naturezas. Brasília: Diário Oficial da República Federativa do Brasil; 2013.Ávila MD. Eletroconvulsoterapia: da origem à aplicação modificada [monografia]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2010.Pastore DL, Bruno LM, Nardi AE, Dias AG. O uso da eletroconvulsoterapia no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro no período de 2005 a 2007. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul. 2008;30(3):175-82.Sadock BJ, Sadock VA, Ruiz P. Compêndio de psiquiatria. ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed; 2017. Louzã MR Neto, Elkis HE. Psiquiatria Básica. 2.ed. Porto Alegre: Artmed; 2007. Forlenza OV, Migues EC. Compêndio de clínica psiquiátrica. Barueri: Manole; 2012Madeira N, Santos T, Relvas JS, Abreu JLP, Oliveira CV. Eletroconvulsoterapia no tratamento da psicose puerperal. J bras psiquiatr. 2012;61(1):45-8. Hales RE, Yudofsky SC, Gabbard GO. Tratado de Psiquiatria Clínica 5. ed. Porto Alegre: Artmed; 2012. Barbosa IG, Rocha FL. Eletroconvulsoterapia na terapêutica da mania em paciente com hidrocefalia. J bras psiquiatr. 2008;57(4):276-79. Yudofsky CS, Hales ER. Fundamentos de neuropsiquiatria e ciências do comportamento. 2. ed. Porto Alegre: Artmed; 2013. Del Porto J. Atualidades sobre eletroconvulsoterapia. SNC em foco. 2006;2(2):16-26.Alvarenga PG, Andrade AG. Fundamentos em psiquiatria. Barueri: Manole; 2008. Antunes PB. Efeito da eletroconvulsoterapia sobre sintomatologia psiquiatria e qualidade de vida [dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRS; 2008. Andreasen CN, Black WD. Introdução a Psiquiatria. 2. ed. Porto Alegre: Artmed; 2011. Rosa MA, Rosa MO. Fundamentos da eletroconvulsoterapia. Porto Alegre: Artmed; 2015.Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Eletroconsulsoterapia. Diretrizes AMB.  97p.Rosa MA, Rosa MO, Belegarde IMT, Bueno CR, Fregni F. Recuperação pós-eletroconvulsoterapia: comparação entre propofol, etomidato e tiopental. Rev Bras Psiquiatr. 2008;30(2):149-51. Antunes PB, Rosa MA, Belmonte-de-Abreu PS, Lobato MIR, Fleck MP. Eletroconvulsoterapia na depressão maior: aspectos atuais. Rev Bras Psiquiatr. 2009;31(supl 1):S26-33. Bueno CR. Titulação do limiar convulsígeno e segurança cardiovascular[mestrado] São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP; 2009. Salleh MA, Papakostas I, Zervas I, Christodoulou G. Eletroconvulsoterapia: critérios e recomendações da Associação Mundial de Psiquiatria. Rev Psiq Clin. 2006;33(5):262-67. Bauer M, Whybrow PC, Angst J, Versiani M, Möller HJ. Força-Tarefa da WFSBP sobre Diretrizes de Tratamento para Transtornos Depressivos Unipolares. Diretrizes da World Federation of Societies of Biological Psychiatry (WFSBP) para tratamento biológico de transtornos depressivos unipolares, 2ª parte: tratamento de manutenção do transtorno depressivo maior e tratamento dos transtornos depressivos crônicos e das depressões subliminares. Rev Psiquiatr Clín. 2009;36(supl 2):58-76.Gul IG, Eryilmaz G, Sayar GH, Ozten E, Arat MM, Tarhan N. Avaliação da eficácia da eletroconvulsoterapia contínua para esquizofrenia resistente ao tratamento. Rev Psiq Clín. 2014;41(4):90-4. Campos CJG, Higa CMH. Opinião e conhecimento de pacientes e familiares sobre o uso da eletroconvulsoterapia: implicações para a enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 1997;31(2):191-205.Tassis FP. Cura, Castigo? Um estudo sobre a criação da eletroconvulsoterapia (ECT) e sua utilização em pacientes no estado do Espírito Santo [dissertação]. Universidade Federal do Espírito Santo – UFES; 2013.Machado FB, Moraes-Filho IM, Fidelis A, Almeida RJ, Nascimento MSSP, Carneiro KC. Eletroconvulsoterapia: implicações éticas e legais. Rev Cient Sena Aires. 2018;7(3):235-47.

2012 ◽  
Vol 10 (3) ◽  
pp. 367-386 ◽  
Author(s):  
Alex Branco Fraga ◽  
Yara Maria de Carvalho ◽  
Ivan Marcelo Gomes

Este ensaio apresenta uma iniciativa de investigação interinstitucional que agrega três grupos de pesquisa vinculados a programas de pós-graduação em educação física: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de São Paulo e Universidade Federal do Espírito Santo. O tema articulador do projeto são as políticas de formação em educação física e saúde coletiva, cujo foco inicial é o Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde. As investigações a serem empreendidas têm o propósito de acompanhar e analisar os processos de composição e articulação entre ensino, serviço e comunidade com vistas a constituir uma rede de saberes e práticas que responda aos desafios da formação em saúde comprometida com a defesa e consolidação do Sistema Único de Saúde.


Rodriguésia ◽  
2017 ◽  
Vol 68 (2) ◽  
pp. 337-346 ◽  
Author(s):  
Dayvid Rodrigues Couto ◽  
Fernando Perez Uribbe ◽  
Suara S.A. Jacques ◽  
Talitha Mayumi Fracisco ◽  
Rosana C. Lopes

Resumo A comunidade de epífitas vasculares ocorrente na restinga de Grumari, estado do Rio de Janeiro, foi avaliada através de coletas realizadas no ano de 2014 e complementadas com materiais de herbários e publicações. 37 espécies de epífitas vasculares foram registradas, distribuídas em 21 gêneros e seis famílias. As famílias mais ricas são Orchidaceae e Bromeliaceae, que foram as mais representativas (67,6% de todas as espécies registradas). A riqueza na restinga de Grumari é maior do que os outros inventários realizados na planície costeira do Sudeste do Brasil, no entanto, inferior as restingas de São Paulo, Paraná e da planície costeira do Rio Grande do Sul. A categoria ecológica mais representativa foi a holoepífita característica (62%) seguida por holoepífitas facultativas e acidentais com 18% cada. A restinga de Grumari possui mais espécies em comum com as restingas do Espírito Santo e Rio de Janeiro do que com São Paulo e região Sul do Brasil, possivelmente em função da distância geográfica. Nosso estudo traz a primeira contribuição ao conhecimento da flora epifítica da restinga de Grumari e evidencia uma flora singular com 40% das espécies exclusivas dessa localidade, o que justifica sua importância como Unidade de Conservação.


2021 ◽  
pp. 1-18
Author(s):  
Rodrigo Fracalossi de Moraes

Esta nota técnica apresenta dados sobre medidas legais de distanciamento físico adotadas pelos governos estaduais no Brasil. A nota enfatiza que medidas rigorosas de distanciamento foram adotadas antes e durante a primeira onda, mas não o foram antes da segunda onda ou mesmo quando a segunda onda já se manifestava em várias partes do país. Ao se comparar os meses de abril e dezembro de 2020, o grau de rigor das medidas de distanciamento físico no país diminuiu de 6,3 para 2,9 (-54%) – em uma escala de 0 a 10. Ao mesmo tempo, o número médio de novos óbitos aumentou de 1,0 para 3,1 por 1 milhão de habitantes no mesmo período. A adoção de medidas mais rígidas provavelmente teria prevenido casos, internações, óbitos e pressão sobre os sistemas de saúde. O aumento acelerado no número de casos e óbitos no Amazonas em dezembro de 2020 indica os riscos de medidas pouco rígidas de distanciamento, bem como os problemas decorrentes da ausência de parâmetros claros, transparentes, objetivos e abrangentes para se determinar o grau de rigor das medidas. Sem tais parâmetros, governos se tornam mais suscetíveis à influência de pressões aleatórias e contrárias a medidas rígidas de distanciamento – oriundas de associações de classe, autoridades, ou outros grupos influentes. Recomenda-se que governos adotem medidas de distanciamento de forma preventiva caso necessário e que criem parâmetros claros, transparentes, objetivos e abrangentes para a adoção de medidas de distanciamento físico, uma política já adotada em diversos estados: Acre, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo, por exemplo.


2018 ◽  
Vol 21 (0) ◽  
Author(s):  
Max Moura de Oliveira ◽  
Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre ◽  
Luana Fiengo Tanaka ◽  
Benedito Mauro Rossi ◽  
Maria Paula Curado

RESUMO: Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por câncer colorretal, ajustado por indicadores selecionados, segundo sexo, para unidades federativas, regiões e Brasil, no período de 1996 a 2012. Métodos: Estudo ecológico de série temporal das taxas de mortalidade por câncer colorretal, feita análise de regressão linear, sendo o ano centralizado a variável independente. Os modelos foram ajustados por indicadores selecionados. Resultados: Houve aumento nas taxas de mortalidade padronizadas por câncer colorretal em todos os estados para o sexo masculino e em 21 estados para o sexo feminino. No modelo ajustado por taxa de mortalidade por causas mal definidas, produto interno bruto e coeficiente de Gini, a tendência de aumento foi significativa (p < 0,05) no Brasil, somente para os homens, com 0,17 óbitos por 100 mil habitantes ao ano (aa). Nos estados do Piauí (0,09 e 0,20 aa), Ceará (0,17 e 0,19 aa) e Rio Grande do Sul (0,61 e 0,42 aa) ocorreu aumento em homens e mulheres, respectivamente; somente em homens nos estados da Paraíba (0,16 aa), no Espírito Santo (0,28 aa), em São Paulo (0,24 aa) e Goiás (0,31 aa); e em mulheres nos estados de Roraima (0,41 aa), do Amapá (0,97 aa), Maranhão (0,10 aa), Sergipe (0,46 aa), Mato Grosso do Sul (0,47 aa) e Distrito Federal (0,69 aa). Conclusão: O aumento da taxa de mortalidade por câncer colorretal manteve-se significativo no Brasil somente entre os homens; em sete estados, entre homens; e em nove estados, entre mulheres, independentemente dos indicadores estudados. Essas diferenças podem estar relacionadas ao possível aumento da incidência e ao acesso tardio ao diagnóstico e tratamento.


2018 ◽  
Vol 24 (spe) ◽  
pp. 85-100
Author(s):  
Carlos Henrique Ramos SOARES ◽  
Claudio Roberto BAPTISTA

RESUMO: Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa que teve como objetivo analisar a escolarização de alunos com surdez, considerando os índices educacionais e a produção acadêmica sobre essa temática, em três estados brasileiros. O interesse em pesquisar esse fenômeno é justificado pela ampliação do debate contemporâneo sobre a escolarização dos alunos com deficiência e pela ocorrência de mudanças na legislação educacional brasileira que indicam que a escolarização desses alunos deve ocorrer nas salas de aula comuns do Ensino Regular. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa realizado com base na análise documental associada à revisão bibliográfica e à busca de indicadores de escolarização. Foi possível identificar que ocorreram intensas alterações na escolarização de alunos com surdez, com o aumento das matrículas no Ensino Regular e a redução das matrículas no Ensino Especial, com maior ênfase nos Estados do Espírito Santo e de São Paulo e em menor proporção no Estado do Rio Grande do Sul. Em relação à produção acadêmica desenvolvida por Programas de Pós-Graduação em Educação nos diferentes estados, percebeu-se que as temáticas investigadas com maior frequência mostram sintonia com as alterações que ocorreram nos contextos de referência de cada programa.


2010 ◽  
Vol 100 (4) ◽  
pp. 341-355 ◽  
Author(s):  
Erica Helena Buckup ◽  
Maria Aparecida L. Marques ◽  
Everton Nei Lopes Rodrigues

Três espécies novas de Cryptachaea Archer, 1946 são descritas e ilustradas, com base em ambos os sexos: Cryptachaea brescoviti sp. nov. de Beni, Bolívia e Bahia e Espírito Santo, Brasil; C. bonaldoi sp. nov. de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná e C. lisei sp. nov. de São Paulo e Rio Grande do Sul, Brasil. Sinonímias novas são propostas: Chrysso ribeirao Levi, 1962 e C. caraca Levi, 1962 com Chrysso arops Levi, 1962; Cryptachaea diamantina (Levi, 1963) com C. hirta (Taczanowski, 1873) e Cryptachaea maxima (Keyserling, 1884) com C. altiventer (Keyserling, 1884). Theridion altum Levi, 1963 é sinônimo júnior de Theridion soaresi Levi, 1963. Theridion melanosternum Mello-Leitão, 1947 é sinonimizada com Oedothorax bisignatus Mello-Leitão, 1944 e esta última espécie é removida da sinonímia de Theridion calcynatum Holmberg, 1876 e transferida para Theridion Walckenaer, 1805. Theridion tungurahua Levi, 1963 é a fêmea de Theridion fungosum Keyserling, 1884 e a espécie é transferida para Exalbidion Wunderlich, 1995. Theridion antron Levi, 1963 é a fêmea de Theridion filum Levi, 1963. Theridion nesticum Levi, 1963 é sinonimizada com Theridion teresae Levi, 1963. Theridion olaup Levi, 1963 é transferida para Kockiura Archer, 1950 e a fêmea é descrita e ilustrada pela primeira vez. Novas combinações são estabelecidas: Cryptachaea dalana (Buckup & Marques, 1991), C. triguttata (Keyserling, 1891), C. dea (Buckup & Marques, 2006), C. digitus (Buckup & Marques, 2006), C. taim (Buckup & Marques, 2006) e Parasteatoda nigrovittata (Keyserling, 1884), todas são transferidas de Achaearanea Strand, 1929. Cryptachaea rafaeli (Buckup & Marques, 1991) é transferida para Henziectypus Archer, 1946.


2008 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 105-124 ◽  
Author(s):  
Carlos Alberto Steil ◽  
Sandra de Sá Carneiro

Desde o início dos anos 2000 o panorama das peregrinações realizadas no Brasil vem sendo incrementado com a entrada em cena das novas rotas que têm por inspiração o Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Entre estas rotas, destacam-se as conhecidas como Caminho da Luz (Minas Gerais), Caminho do Sol (São Paulo), Passos de Anchieta (Espírito Santo), Caminho da Fé (Minas Gerais e São Paulo) e Caminho das Missões (Rio Grande do Sul). Neste artigo analisamos essas cinco rotas que passaram a integrar roteiros turísticos, com intuito comparativo e buscamos compreender tanto os aspectos recorrentes e as tendências gerais desses eventos na atualidade quanto as singularidades e modalidades que adquirem em cada contexto específico.


2002 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
Author(s):  
ANTONIO HÉLIO JUNQUEIRA ◽  
MARCIA DA SILVA PEETZ

O trabalho consitui parte integrante do Projeto “Elaboração do Plano Estratégico de <i>Marketing</i> para Exportações de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil (<b><i>FloraBrasilis</i></b> - Convênio Ibraflor/APEX-Brasil, 2003/2004) e visou a uma análise comparada dos principais resultados recentes da evolução das exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais, dos pontos devista das características, vocações e estratégias comerciais dos diversos pólos de produção da floricultura nacional, conforme identificados pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). O estudo baseou-se, metodologicamente, na análise e interpretação dos dados divulgados, mensalmente, pela Secretaria de Comércio Exterior sobre a evolução das exportações setoriais, levando em conta os valores exportados,segundo origem e destino dos principais grupos de mercadorias. Incorporaram-se informações adicionais obtidas pelo Diagnóstico da Produção de Flores e Plantas Ornamentais Brasileira (Ibraflor/FloraBrasilis 2002) e entrevistas publicadas com as principais lideranças de cada pólo da floricultura nacional no <i>Informativo Ibraflor</i> (<i>Ibraflor/FloraBrasilis</i>, vários anos). Os resultados permitiram concluir que os 12 pólos nacionais de produção florícola possuem não apenas dados comparados bastante díspares quanto aos valores efetivos concretizados anualmente no mercado de exportação, mas também potenciais exportadores consideravelmente diferenciados quanto aos itens exportáveis, mercados-alvo e estratégias comerciais. Nesse sentido, o estudo permitiu a classificação dos pólos nacionais de produção de flores e plantas ornamentais em três categorias distintas: a) pólos com inserção definida e estratégias efetivas de crescimento no mercado internacional (São Paulo - Pólos I e II; Santa Catarina e Pólos Nordestinos - Pernambuco, Alagoas e Ceará); b) - pólos com inserção parcial e em fase de definição de estratégias efetivas de crescimento no mercado internacional (Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro) e c ) - pólos com foco prioritário na consolidação da floricultura local e no auto-abastecimento (Paraná, Goiás e Distrito Federal, Bahia e Espírito Santo, e Região Norte - Pará e Amazonas).


2021 ◽  
Vol 5 (5) ◽  
pp. 990-1002
Author(s):  
Renan Antônio da Silva ◽  
Pedro Demo ◽  
Maria Cecília de Souza Minayo

Nove estados alcançaram Ideb maior ou igual a 6 nos anos iniciais do ensino fundamental. São Paulo teve o melhor desempenho, com 6,7 pontos, seguido por Distrito Federal, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, com 6,5 pontos; Ceará, com 6,4 pontos; Goiás, com 6,2 pontos; Espírito Santo, com 6,1 pontos; e Rio Grande do Sul, com 6 pontos. Já o Pará teve o resultado mais baixo, com 4,9 pontos, mas superou sua meta de 4,7 pontos. Nos anos finais do ensino fundamental, o aumento foi de 0,2 pontos, com resultado final de 4,9 pontos. Apesar da melhora, o índice ficou abaixo da meta de 5,2 pontos em 2019. Essa etapa de ensino possui 61,8 mil escolas e 11,9 milhões de estudantes no Brasil. O estado de São Paulo teve o melhor desempenho, com 5,5 pontos, mas não conseguiu atingir a meta individual de 5,9 pontos. Sete estados conseguiram cumprir seus objetivos: Amazonas, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Ceará, Paraná e Goiás. Os resultados mais baixos foram do Amapá, com 4 pontos, e do Pará, do Rio Grande do Norte, de Sergipe e da Bahia, com 4,1 pontos.


2014 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 1-4
Author(s):  
Rede Conpadre

A Revista Labor & Engenho chega ao seu oitavo ano (quinto com periodicidade trimestral) apresentando aos leitores uma atualização do seu layout — que permanece o mesmo, porém com o design levemente modificado a fim de otimizar o corpo do texto e ressaltar no cabeçalho o nome por extenso e a sigla [L&E] da Revista. Também o design das bandeiras correspondentes às diferentes nacionalidades representadas por cada autor da Revista receberam um toque especial a fim de promover um certo destaque. As modificações, embora sutis, contribuem para a consolidação do caráter internacional da Revista Labor & Engenho [ISSN: 2176-8846]. O número 1 do volume 8 (2014) traz 7 artigos: 4 de autores brasileiros (dentre os quais, 3 em português, 1 em inglês); 2 de autores argentinos (em espanhol); e 1 de autor mexicano (em espanhol). Dentre os artigos brasileiros encontram-se representantes de instituições dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, e Rio Grande do Sul. Os artigos argentinos, assim como o artigo mexicano, apresentam aspectos regionais distintos que contribuem para a consolidação da Revista L&E como uma publicação relevante para quem quer que se interesse pelos temas de Trabalho [Labor] & Genialidade [Engenho], Patrimônio & Desenvolvimento Regional, ou Paisagem & Engenharia, ou ainda, Ordenamento Territorial & Sustentabilidade. O primeiro artigo deste número trata das relações existentes entre os meios urbano e rural, a partir de uma análise sobre os padrões de consumo, comportamento e tipo de ocupação no interior de Minas Gerais. O estudo realizado permitiu inferir sobre a necessidade de se incrementar pesquisas sobre o meio rural e as pequenas cidades no Brasil, a fim de conhecer melhor esses espaços e o sistema urbano brasileiro (SOARES; SIOLARI; DIAS, 2014). E já que estamos focados na paisagem rural de Minas Gerais, então a leitura do próximo artigo mostra-se pertinente e instigante. Apresenta-se uma revisão metodológica para a seleção de áreas e restauração ecológica de matas ciliares em sitios agrícolas, uma questão ambiental de fundamental importância para quem quer que se ocupe do planejamento da paisagem e da gestão integrada de bacias hidrográficas visando o desenvolvimento regional a partir de processos ecologicamente equilibrados. O município de Bueno Brandão [Minas Gerais] constitui cenário para o estudo de caso apresentado (BOULOMYTIS; CHRISTOFIDIS, 2014). Do Brasil seguiremos para o México a fim de conhecer a antiga estação de tratamento de água da empresa Hidros em Tampico [Tamaulipas], um belo exemplo de patrimônio industrial situado numa área Natural protegida: “la laguna de la Vega Escondida” (CHECA-ARTASU, 2014). 


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