scholarly journals A SEGUNDA ESPOSA: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE "ENCARNAÇÃO", "A SUCESSORA" E "REBECA"

2020 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
Author(s):  
Maria De Lourdes Marcelino da Silva ◽  
Altamir Botoso

O propósito deste artigo é estabelecer comparações entre os romances Encarnação, de José de Alencar, A Sucessora, de Carolina Nabuco e Rebecca, de Daphne du Maurier, ressaltando pontos de convergência e de divergência entre eles. Como suporte teórico, valer-nos-emos dos textos críticos de Muzart (2002), Brandão (2006), Perrone-Moisés (1990), Klee (2008), Todorov (1992), dentre outros. Em síntese, foi possível constatar que os três livros mantêm um diálogo intertextual não só pela retomada da mesma temática, mas também pela semelhança de elementos estruturais da construção das narrativas tais como personagens, espaços e foco narrativo.

Prose Studies ◽  
1996 ◽  
Vol 19 (2) ◽  
pp. 186-199
Author(s):  
Avril Horner ◽  
Sue Zlosnik
Keyword(s):  

1981 ◽  
Vol 61 (1) ◽  
pp. 140
Author(s):  
Manoel Cardozo ◽  
Luis Viana Filho
Keyword(s):  

2006 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
pp. 89-114
Author(s):  
Valdeci Rezende Borges
Keyword(s):  

Este artigo aborda, primeiramente, as relações estabelecidas entre cultura, natureza, sociedade, história e literatura no ensaio crítico Benção paterna, de José de Alencar, no qual se expressa a preocupação com a edificação de uma literatura brasileira, com "cor local" e uma identidade nacional. Em seguida, focam-se as descrições da natureza fluminense no romance Sonhos d'ouro, observando as formas culturais de interação dos indivíduos com os aspectos físico-naturais e as apreciações sobre eles inseridas num processo de produção de um imaginário formador de uma identidade da nação e da cidade, no qual se põem em relevo suas singularidades, belezas e monumentalidade.


2013 ◽  
Vol 88 (1) ◽  
Author(s):  
Mario Luiz Frungillo
Keyword(s):  

Publicado postumamente em 1877, Encarnação, de José de Alencar, tem recebido pouca atenção da crítica. Entretanto, este romance, publicado quando o romance romântico já dava sinais de esgotamento, mostra diferenças consideráveis em relação à sua ficção anterior, dando mesmo a impressão de que, em alguns aspectos decisivos, representa uma revisão de valores, especialmente daqueles expressos nos romances urbanos do autor (e mesmo a sua inclusão nesse conjunto parece em alguns momentos discutível). O romance, em suma, parece por vezes um pêndulo a balançar entre as convicções românticas de Alencar e o assédio do realismo já em seus começos no Brasil. E, assim como se relaciona de maneira problemática com a ficção que o antecede, também deixa dúvidas sobre a contribuição que Alencar, morto prematuramente, ainda poderia dar ao romance brasileiro.


2021 ◽  
Vol 33 (59) ◽  
Author(s):  
Telma Borges Silva

Este trabalho visa realizar uma reflexão sobre a literatura infantil e juvenil produzida no Brasil apósa Lei 10.639/2003, explicitando em que medida ela vai ou não ao encontro do que é postulado pelodocumento legal. Para tanto, valho-me das noções de “política de identidade” e de “identidade empolítica”, pensadas por Walter Mignolo, quando discute o que é “desobediência epistêmica”. Façoum diálogo com Michel Foucault, a partir de sua reflexão sobre episteme e com base no prefácio de As palavras e as coisas. A concepção de estereótipo e seus usos na literatura brasileira, conforme apresentado em Bastide, Brookshow e Proença Filho, contribui para uma incursão na história da literatura infantil e juvenil brasileira, que dividi em 5 fases, para evidenciar sua relação direta com as temáticas produzidas pela literatura brasileira dita para os adultos, destacando os estereótipos produzidos para tipificar os negros e cristalizando uma visão monotópica dessas personagens. Como contraponto a essa discussão, apresentei uma breve análise do livro O tronco do Ipé, de José de Alencar, no qual esses estereótipos se manifestam com bastante clareza. Destaquei algumas produções literárias da quinta fase para demonstrar em que medida elas avançam desconstruindo esses estereótipos, assinalando para conhecimentos pluriversais ou permanecem no sistema universal da episteme ocidental. No primeiro grupo, há aqueles livros que conservam o substrato cultural eurocêntrico, fazendo alguns ajustes para reacomodar personagens e espaços, dando uma nova coloração ao mito da democracia racial. No segundo, destaquei de que modo as produções baseadas em estudos sobre as culturas africanas, que fundamentam a afro-brasileira, apontam na direção da pluralidade praticando, portanto, a desobediência epistêmica.


Author(s):  
Thaís Maciel de Oliveira
Keyword(s):  
De Re ◽  

A partir de um contexto literário, busca-se fomentar uma harmonização do Direito com a Literatura com intuito de aproximar a imaginação literária da racionalidade pública, através da obra Senhora de José de Alencar. Portanto, através de uma pesquisa complexo-paradoxal e pelo método de abordagem dialético, problematiza-se a delimitação dos papéis sociais diante de uma dialética do reconhecimento com o outro. Consequentemente, a anulação das identidades presentes na obra é uma discussão atual e que ainda causa exclusões e infelicidades em pleno século XXI.


Linha D Água ◽  
2018 ◽  
Vol 31 (2) ◽  
pp. 159176
Author(s):  
Manoel Mourivaldo Santiago-Almeida ◽  
Gabriela De Souza Morandini ◽  
Lilian Barros de Abreu Silva

O texto apresenta a proposta de pesquisa, em andamento, que estuda a transmissão de textos literários em material didático (livros, apostilas, textos paradidáticos) nas aulas de literatura. Tem como objetivos: (i) fazer o levantamento e a classificação das variantes surgidas no processo de transmissão das obras nesse tipo de material; (ii) investigar a gênese das variantes na transmissão desse material para encontrar o motivo do surgimento das alterações; (iii) discutir a influência dessas alterações numa análise crítico-literária da obra e do seu autor. A pesquisa tem como guia a base teórico-metodológica proposta para a Crítica Textual. Para a classificação ou tipologia das variantes, segue-se a proposta de Blecua (1983). Para análise e identificação dos padrões ou modelos gerais e específicos que regem as modificações sucedidas nos textos literários, o estudo apoia-se em Cambraia e Laranjeira (2010). São expostas partes das análises já realizadas em Quincas Borba, de Machado de Assis, e Iracema, de José de Alencar. Os resultados dessa pesquisa podem contribuir positivamente na produção do material didático e, consequentemente, na formação de professores de língua e literatura.


Author(s):  
Jaime Morales Quant

Ubirajara e Iracema, novelas de José Martiniano de Alencar (Fortaleza, 1829 – Río de Janeiro, 1877), son proyectos estéticopolíticos que aspiran a construir la identidad brasileña, mediante la articulación de mitos nacionales. Inspirados en el trabajo crítico de Lucía Sa (2009), consideramos que el escritor recurre a dos grandes operaciones, para llevar a cabo esta tarea. En la primera obra, Alencar efectúa una “humanización” de los habitantes originarios. Ya sea por su convergencia con principios éticos europeos y cristianos, o por su diferencia cultural (leída paradójicamente desde un lente occidentalizado), el indio aparece como “buen salvaje”. Y en la segunda, el autor sugiere una colonización que, aunque no exenta de dolor, es ennoblecida por la llegada del cristianismo y por la entrada del proyecto “civilizatorio blanco”, con todas sus instituciones, con toda su historia y su “destino”. De esta manera, si en Ubirajara, Alencar se preocupa por el origen precolonial, en Iracema plantea otra clase de comienzo: el que se fragua con el “arribo” de los portugueses.


2014 ◽  
Vol 13 (53) ◽  
pp. 92
Author(s):  
Crislane Barbosa Azevedo
Keyword(s):  

Neste texto apresentamos resultados de pesquisa sobre a educação em Sergipe no início do século XX, com foco nas representações acerca da educação presentes em intelectuais sergipanos na década de 1920 e o papel desempenhado por estes frente à instrução pública do estado. Entre tais agentes destacam-se Graccho Cardoso, Abdias Bezerra e José de Alencar Cardoso. Em termos metodológicos trabalhamos com pesquisa bibliográfica e documental. Com base na perspectiva da história cultural a partir dos conceitos de apropriação e representação definidos por Chartier (1990) tornou-se possível a compreensão dos processos educacionais do período. Durante o governo de Graccho Cardoso em Sergipe (1922-26), estiveram no comando da Diretoria da Instrução os professores Abdias Bezerra e José de Alencar Cardoso, ambos, dotados de uma sólida formação científica. Tais jovens intelectuais sergipanos representavam, no governo Graccho, apoio para a efetivação de um projeto político de modernização do estado por meio da educação.


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