scholarly journals Reinventar a primavera, ou as filiações da revolta

MODOS ◽  
2020 ◽  
Vol 4 (3) ◽  
Author(s):  
Georges Didi-Huberman

O artigo discute a questão do recomeçar em Ernst Bloch e Aby Warburg, relacionando-o ao retorno e à repetição, bem como ao papel da imaginação na acepção blochiana de utopia. Nesse sentido, repensa-se o lugar do Renascimento na história da arte, enquanto se discute uma genealogia da revolta que envolve a insurreição camponesa de Thomas Müntzer e a insurreição científica de Giordano Bruno, mas também a posição de Martinho Lutero face à sublevação, na chave de uma iconografia política. Neste movimento, destacam-se aproximações relevantes e frutíferas entre os pensamentos de Bloch e Warburg sobre as especificidades do retorno de ambos ao Renascimento e, deste, à Antiguidade.

Phantasia ◽  
2021 ◽  
Author(s):  
Lara Bonneau
Keyword(s):  

En 1928-1929 le philosophe Aby Warburg s’est intéressé de près à la cosmologie et à l’éthique de Giordano Bruno, attirant l’attention sur l’attachement du philosophe aux images mythologiques et à la pensée astrologique. Croisant la lecture du Spaccio della bestia trionfante et celle des Eroici furori, l’historien de l’art a interprété la révolution brunienne comme un mouvement d’arrachement à l’astrologie vers l’astronomie moderne et a souligné l’importance de « l’affect héroïque » dans ce processus de rationalisation. Revenant sur les étapes de l’interprétation de Bruno par Warburg, l’article montre que celle-ci éclaire un aspect fondamental de l’anthropologie historique de l’historien de l’art : l’idée selon laquelle, à la Renaissance, l’expérience passionnée transmise par les Pathosformeln de l’Antiquité tardive a autant contribué au surgissement du sujet moderne que la révolution scientifique copernicienne.


2016 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
pp. 179-205 ◽  
Author(s):  
Cliff Mak

This piece explores the multitude of animal figures in Joyce, especially with regards to his engagement with the classical moral mode of the beast fable. Drawing from a number of texts throughout Joyce's corpus – from his early essays on Dante and Defoe to the fables in Finnegans Wake – I show how a young Joyce's poetics of boredom (as derived from Giordano Bruno) informs his later work through the figure of the animal. Granting his animal figures a certain amount of agency, Joyce uses them to subvert the didacticism of fables, the colonial instrumentalization associated with this didacticism, and even the cultural authority of modernism itself, his own work included.


2019 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 139-155
Author(s):  
Marta Maria Aragão Maciel

Resumo: O presente texto objetiva uma abordagem, no interior do pensamento de Ernst Bloch (1885/1977), acerca da relação entre marxismo e utopia: um vínculo incomum no interior do marxismo, comumente tido numa oposição inconciliável. Daí a apropriação do termo “herético” em referência ao marxismo do autor alemão: a expressão é usada não em sentido pejorativo, mas apenas para situar seu distanciamento do marxismo vulgar, bem como sua intenção de crítica radical dessa tradição. Aqui entendemos que é, em particular, por meio da relação entre marxismo e utopia que o pensamento de Ernst Bloch aparece como um projeto inelutavelmente político com vistas a uma filosofia da práxis concreta na principal obra do autor: O Princípio esperança (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. Neste livro encontramos, com efeito, a tentativa de pensar a atualidade do marxismo para o contexto do século XX, a era das catástrofes, conforme definição do historiador Eric Hobsbawm. Palavras-chave: Marxismo. Utopia. Dialética. Crítica social. Cultura.  Abstract: This paper presents an approach within the thinking of Ernst Bloch (1885/1977) about the relation between Marxism and Utopia: an unusual link within Marxism, commonly held in an irreconcilable opposition. Hence the appropriation of the term "heretical" in reference to the German author's Marxism: the expression is used not in a pejorative sense, but only to situate its distancing from vulgar Marxism, as well as its intention of a radical critique of this tradition. Here we understand that it is particularly through the relationship between Marxism and Utopia that Ernst Bloch's thought appears as an ineluctably political project with a view to a philosophy of concrete praxis in the principal work of the author: The Principle Hope (Das Prinzip Hoffnung) [1954/1959]. In this book we find, in effect, the attempt to think the actuality of Marxism in the context of the age of catastrophe - as defined by Eric Hobsbawm - that is, the long twentieth century that experienced the extreme barbarism of the concentration camp, of which the thinker in question, Jewish and Communist, managed to escape.  Keywords: Marxism. Utopia. Dialectics. Social criticismo. Culture. REFERÊNCIAS   ALBORNOZ, Suzana. O enigma da Esperança: Ernst Bloch e as margens da história do espírito. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.   ALBORNOZ, Suzana. Ética e utopia: ensaio sobre Ernst Bloch. 2ª edição. Porto Alegre: Movimento; Santa Cruz do Sul: EdUSC, 2006.  BICCA, Luiz. Marxismo e liberdade. São Paulo: Loyola, 1987.  BLOCH, Ernst. Filosofia del Rinascimento. Trad. it. de Gabriella Bonacchi e Katia Tannenbaum. Bologna: il Mulino, 1981.     BLOCH, Ernst. Héritage de ce temps. Trad. Jean Lacoste. Paris: Payot, 1978.  BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. I.  Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2005.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. II. Trad. br. Werner Fuchs. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.   BLOCH, Ernst. O Princípio Esperança [1954-1959]. Vol. III. Trad. br. Nélio Schneider. Rio de Janeiro: EdUERJ; Contraponto, 2006.  BLOCH, Ernst. Du rêve à l’utopie: Entretiens philosophiques. Textos escolhidos e prefaciados por Arno Münster. Paris: Hermann, 2016.  BLOCH, Ernst. Thomas Münzer, Teólogo da Revolução [1963]. Trad. br. Vamireh Chacon e Celeste Aída Galeão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1973.  BLOCH, Ernst. L’esprit de l’utopie, [1918-1023]. Trad. fr. de Anne Marie Lang e Catherine Tiron-Audard. Paris: Gallimard, 1977.  BLOCH, Ernst. El pensamiento de Hegel. Trad. esp. de Wenceslao Roces. Mexico; Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica, 1963.   BOURETZ, Pierre. Testemunhas do futuro: filosofia e messianismo. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2011, p. 690.  FREUD, Sigmund. Los sueños [1900-1901]. Trad. Luis Lopez-Ballesteros et al., Madrid: Biblioteca Nueva, 1981.  FREUD, Sigmund. A Interpretação dos sonhos. Vol. I. Trad. Jayme Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 2006.  HORKHEIMER, Max. Filosofia e teoria crítica. In: Textos escolhidos. Trad. de José Lino Grünnewald. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 155 (Coleção Os Pensadores.). MÜNSTER, Arno. Ernst Bloch: filosofia da práxis e utopia concreta. São Paulo: UNESP, 1993.     MÜNSTER, Arno. Utopia, Messianismo e Apocalipse nas primeiras de Ernst Bloch. Trad. br. de Flávio Beno Siebeneichler. São Paulo: UNESP, 1997.  PIRON-AUDARD, Catherine. Anthropologie marxiste et psychanalyse selon Ernst Bloch. In: RAULET, Gérard (org.). Utopie-marxisme selon Ernst Bloch: un système de l'inconstructible. Payot: Paris, 1976. VIEIRA, Antonio Rufino. Princípio esperança e a “herança intacta do marxismo” em Ernst Bloch. In: Anais do 5° Coloquio Internacional Marx-Engels. Campinas: CEMARX/Unicamp. Disponível em: <www.unicamp.br / cemarx_v_coloquio_arquivos_arquivos /comunicacoes/gt1/sessao6/Antonio_Rufi no.pdf>.  VIEIRA, Antonio Rufino. Marxismo e libertação: estudos sobre Ernst Bloch e Enrique Dussel. São Leopoldo: Nova Harmonia, 2010.  RAULET, Gérard (Organizador). Utopie - marxisme selon Ernst Bloch: un sistème de l’inconstructible. Paris: Payot, 1976.  ZECCHI, Stefano. Ernest Bloch: Utopia y Esperanza en el Comunismo [1974]. Trad. esp. de Enric Pérez Nadal, Barcellona: Península, 1978.  


Theoria ◽  
2020 ◽  
Vol 67 (162) ◽  
pp. 117-126
Author(s):  
David James ◽  
Bahareh Ebne Alian ◽  
Jean Terrier

The Actual and the Rational: Hegel and Objective Spirit, by Jean-François Kervégan. Translated by Daniela Ginsburg and Martin Shuster. Chicago: University of Chicago Press, 2018. xxiii + 384 pp.Avicenna and the Aristotelian Left, by Ernst Bloch. Translated by Loren Goldman and Peter Thompson. New York: Columbia University Press, 2019. xxvi +109 pp.Critique of Forms of Life, by Rahel Jaeggi. Translated by Ciaran Cronin. Cambridge, MA: Belknap Press of Harvard University Press, 2018. xx + 395 pp.


2017 ◽  
Vol 3 (1) ◽  
pp. 29-44
Author(s):  
Norval Baitello ◽  
Keyword(s):  

1966 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 3-21 ◽  
Author(s):  
Pierre Furter
Keyword(s):  

XVII-XVIII ◽  
2004 ◽  
Vol 58 (1) ◽  
pp. 43-55
Author(s):  
Christine Sukic
Keyword(s):  

Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document