scholarly journals Métodos de quebra de dormência em sementes de Umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.) (Anacardiaceae) para a produção de mudas

2021 ◽  
Vol 10 (9) ◽  
pp. e13910917958
Author(s):  
Rafael de Almeida Leite ◽  
João Pedro Ferreira Barbosa ◽  
Daniel de Souza Santos ◽  
Rubens Pessoa de Barros ◽  
Alverlan da Silva Araújo ◽  
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Keyword(s):  

O umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.) (Anacardiaceae) é uma espécie exclusivamente brasileira e endêmica do Bioma Caatinga, sendo considerada uma planta de grande importância socioeconômica para a população local. Essa planta vem sofrendo muita influência do homem pelo extrativismo, fazendo com que haja um desgaste de sua população. O estudo teve como objetivo testar métodos utilizados na quebra de dormência de sementes como alternativa na superação da dormência da semente do umbu. Para a execução do trabalho as sementes foram coletadas após os frutos caírem da planta e secarem, foi separado a popa da fruta e feito a seleção das sementes. As sementes foram levadas ao Polo Tecnológico Agroalimentar de Arapiraca e foram submetidas aos tratamentos de quebra de dormência (Escarificação mecânica, Escarificação Química e Embebição). Após os tratamentos as sementes foram colocadas para germinar em câmara de germinação (BOD) sobre papel germitest umedecido com 2,5 vezes o seu peso seco, foram acompanhadas durante um período de 60 dias. Os dados coletados, foram submetidos a análises estatísticas a fim de obter informações a eficiência dos métodos no que se refere as variáveis sobre germinação.  Foi constatado que os métodos de quebra de dormência da semente do umbu são eficazes e que a escarificação mecânica se mostrou mais eficiente comparado aos demais métodos de quebra de dormência.

2016 ◽  
Vol 77 (3) ◽  
pp. 542-552 ◽  
Author(s):  
J. Mertens ◽  
J. Germer ◽  
J. A. Siqueira Filho ◽  
J. Sauerborn

Abstract Spondias tuberosa Arr., a fructiferous tree endemic to the northeast Brazilian tropical dry forest called Caatinga, accounts for numerous benefits for its ecosystem as well as for the dwellers of the Caatinga. The tree serves as feed for pollinators and dispersers as well as fodder for domestic ruminants, and is a source of additional income for local smallholders and their families. Despite its vantages, it is facing several man-made and natural threats, and it is suspected that S. tuberosa could become extinct. Literature review suggests that S. tuberosa suffers a reduced regeneration leading to population decrease. At this juncture S. tuberosa cannot be considered threatened according to the International Union for Conservation of Nature Red List Categories and Criteria, as it has not yet been assessed and hampered generative regeneration is not considered in the IUCN assessment. The combination of threats, however, may have already caused an extinction debt for S. tuberosa. Due to the observed decline in tree density, a thorough assessment of the S. tuberosa population is recommended, as well as a threat assessment throughout the entire Caatinga.


2004 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
pp. 53-56 ◽  
Author(s):  
Visêldo Ribeiro de Oliveira ◽  
Marcos Deon Vilela de Resende ◽  
Clóvis Eduardo de Souza Nascimento ◽  
Marcos Antônio Drumond ◽  
Carlos Antônio Fernandes Santos
Keyword(s):  

O umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda), espécie nativa do semi-árido brasileiro, é um dos recursos genéticos mais importantes para a produção de frutos destinados ao consumo in natura e à industrialização. No melhoramento de espécies perenes, o uso de técnicas de avaliação genética com base em modelos mistos do tipo REML/BLUP (máxima verossimilhança restrita /melhor predição linear não viciada) é fundamental para a predição de valores genéticos aditivos e genotípicos de indivíduos com potencial para seleção, tanto em nível intrapopulacional como interpopulacional. Este procedimento vem sendo aplicado com sucesso no Brasil, no melhoramento de várias espécies frutíferas e florestais. O presente trabalho teve como objetivos estudar a variabilidade genética, estimar parâmetros genéticos e realizar a predição de valores genéticos dos indivíduos, utilizando a metodologia REML/BLUP a partir da avaliação de procedências e progênies de umbuzeiro. O ensaio foi instalado em delineamento de blocos ao acaso, com arranjo hierárquico desbalanceado, constituído de três procedências e 42 progênies. Foram avaliados os caracteres altura de plantas (ALP), maior diâmetro de copa (MAC), menor diâmetro de copa (MEC), diâmetro do colo (DIC) e número de ramos primários (NRP), os quais são correlacionados à produção de frutos. Os resultados obtidos permitem afirmar que, no umbuzeiro, aos nove anos de idade, a maior parte da variabilidade genética encontrada concentra-se dentro de populações. Os caracteres MEC e MAC apresentaram, respectivamente, valores de herdabilidade individual no sentido restrito de 0,08 e 0,14 e ganhos de 6% e 9%, respectivamente, com a seleção dos dez melhores genitores.


2001 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 518-521 ◽  
Author(s):  
JOSÉ MOACIR PINHEIRO LIMA FILHO
Keyword(s):  

Realizou-se um estudo na Embrapa-Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido (CPATSA), Petrolina-PE, objetivando identificar os mecanismos, através dos quais o umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.) mantém o balanço hídrico interno durante as estações de seca e chuvosa. Os resultados obtidos basearam-se em observações do potencial hídrico e de seus componentes, utilizando-se da câmara de pressão e câmaras higrométricas / microvoltímetro. Sob condições de seca, os valores mais baixos de potencial hídrico e potencial osmótico foram observados em torno das 8 h, atingindo, respectivamente --0,97 MPa e --1,17 MPa, resultando em uma pressão de turgor de 0,2 MPa. A pressão mais baixa ocorreu às 16 h, atingindo 0,16 MPa. Entretanto, a recuperação hídrica não foi observada, até o final dia. Durante a estação chuvosa, os valores de mais baixos de potencial hídrico foram obtidos às 14 h , quando foram detectados, respectivamente --1,55 MPa. Neste momento, o potencial osmótico atingiu --1,57 MPa , culminando com uma pressão de turgor de 0,02 MPa. Entretanto, até o final do dia, a condição hídrica da planta foi similar à observada no início do dia. Estes resultados sugerem que o umbuzeiro apresenta duas estratégias para manter, durante o dia, um balanço hídrico interno favorável, dentro das condições ambientais estudadas. Sob condições de sequeiro, o balanço seria mantido através da utilização da água armazenada nas túberas e uma baixa transpiração. Durante a estação das chuvas, o balanço hídrico pode ter sido mediado por um ajuste osmótico, a julgar pelas variações observadas à tarde entre níveis de potencial hídrico e potencial osmótico.


Bragantia ◽  
2008 ◽  
Vol 67 (2) ◽  
pp. 401-411 ◽  
Author(s):  
Ricardo Falcão de Sá ◽  
Maria Aparecida Castellani ◽  
Antonio Souza do Nascimento ◽  
Maria Heloisa da Silva Teixeira Brandão ◽  
Aline Novais da Silva ◽  
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As moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) são os principais entraves às exportações de manga nos pólos de fruticultura da Região Sudoeste da Bahia. O presente trabalho teve como objetivo estudar índices de infestação e a diversidade de moscas-das-frutas no pólo de fruticultura de Anagé, BA, visando obter subsídios para o manejo integrado dessas pragas na mangueira, na região. Os estudos foram realizados em 2004 e 2005, nos municípios de Anagé, Belo Campo e Caraíbas, BA, procedendo-se à coleta de frutos de 21 espécies vegetais, nativas e exóticas, e identificação das espécies de moscas associadas. Estimaram-se os índices de infestação em pupários/kg de fruto e pupários/fruto. Os maiores índices de infestação, em pupários/kg de fruto, ocorreram em serigüela (Spondias purpurea L.) com 61,3, juá (Ziziphus joazeiro L.), 38,3 e umbu (Spondias tuberosa L.), 33,1, considerados hospedeiros primários de Anastrepha fraterculus (Wiedemann) e A. obliqua (Macquart). As maiores infestações em pupários/fruto ocorreram em serigüela (0,9); umbu (0,7) e cajarana (Spondias sp.) (0,2). Com base no monitoramento larval, registra-se, para as condições do pólo de fruticultura de Anagé, a ocorrência das espécies Anastrepha fraterculus, A. obliqua, A. dissimilis, A. amita, A. distincta, A. sororcula, A. zenildae e Ceratitis capitata. Registram-se, pela primeira vez, as seguintes associações bitróficas: juá com A. fraterculus, A. obliqua, A. dissimilis e A. distincta; e umbu com A. amita e A. sororcula.


Author(s):  
Rogério Paodjuenas ◽  
Gabriela Maciel Costa ◽  
Ernane Nogueira Nunes ◽  
Flávia Oliveira Paulino ◽  
Reinaldo Farias Paiva Lucena
Keyword(s):  

O umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda), pertencente à família Anacardiaceae, é uma das espécies nativas de maior importância para o semiárido brasileiro. O presente estudo registrou o conhecimento tradicional desta espécie por moradores de cinco comunidades rurais da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram estudadas as comunidades de São Francisco (Cabaceiras), Coelho (Remígio), Várzea Alegre (São Mamede), Capivara (Solânea) e Santa Rita (Congo), utilizando questionário semiestruturado. Foram entrevistados todos os chefes de família de todas as residências. Na comunidade São Francisco foram registradas 255 citações de uso, em Coelho 64 citações, em Várzea Alegre 68 citações, em Santa Rita 208 citações e em Capivara 339 citações, totalizando 934 citações. As categorias mais relevantes em todas as comunidades foram a alimentícia (146 citações em São Francisco, 38  em Coelho, 52 em Várzea Alegre, 154 em Capivara e 136 em Santa Rita) e forragem (65 citações em São Francisco, 13 em Coelho, 12 em Várzea Alegre, 91 em Capivara e 40 em Santa Rita). Em Várzea Alegre e Santa Rita a utilização do fruto in natura esteve presente em 59,62% e 38,97% das citações, respectivamente. Para a categoria forragem, registraram-se os usos das folhas e frutos, representando nas comunidades de Capivara (26,84%), São Francisco (25,49%) e Coelho (20,31%). Nas comunidades São Francisco, Capivara e Santa Rita as mulheres conhecem mais sobre os usos da espécie do que os homens, sendo, respectivamente, 60,00%, 53,40% e 51,54%. Já nas comunidades de Várzea e Coelho, os homens mostraram ter um conhecimento maior que as mulheres, sendo 51,47% e 51,56% respectivamente. As populações das comunidades demonstraram que S. tuberosa é de extrema importância para o seu dia-a-dia devido aos variados usos e categorias atribuídas à espécie.


2009 ◽  
Vol 76 (2) ◽  
pp. 195-204
Author(s):  
C.D. Alvarenga ◽  
C.A.R. Matrangolo ◽  
G.N. Lopes ◽  
M.A. Silva ◽  
E.N. Lopes ◽  
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RESUMO O levantamento das moscas-das-frutas foi por meio de coleta de frutos em áreas rurais e urbanas de Jaíba, Janaúba e Nova Porteirinha, durante 50 meses (maio/1999 a abril/2001 e junho/2002 a julho/2004). Foram amostradas 32 espécies de frutos em 17 famílias, porém foram obtidas moscasdas-frutas em apenas 18 hospedeiros. Foram coletados exemplares de Ceratitis capitata (Wied.) e de oito espécies de Anastrepha: A. fraterculus (Wied.), A. obliqua (Macquart), A. sororcula Zucchi, A. turpiniae Stone, A. zenildae Zucchi, A. pickeli Lima, A. montei Lima e Anastrepha n.sp.3. C. capitata ocorreu principalmente em hospedeiros introduzidos e foi predominante em áreas urbanas. As espécies de Anastrepha predominaram em áreas rurais. Umbu (Spondias tuberosa Arr. Câm.) e goiaba (Psidium guajava L.) foram os hospedeiros mais infestados pelos tefritídeos. Sete espécies de parasitóides foram coletadas: Doryctobracon areolatus (Szépligeti)(mais numeroso), D. fluminensis (Lima), D. brasiliensis (Szépligeti), Opius bellus Gahan., Utetes anastrephae (Viereck), Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) e Aganaspis pelleranoi (Brèthes).


2013 ◽  
Vol 39 (2) ◽  
pp. 81-88 ◽  
Author(s):  
Joilson Silva Lima ◽  
Renato Cesar Moreira ◽  
José Emilson Cardoso ◽  
Marlon Vagner Valentim Martins ◽  
Francisco Marto Pinto Viana

Lasiodiplodia theobromae é um fungo cosmopolita, polífago e oportunista, com reduzida especialização patogênica, capaz de infectar espécies de plantas em regiões tropicais e temperadas, causando os mais variados sintomas. Este estudo teve como objetivo caracterizar isolados de L. theobromae associados a frutíferas tropicais na região nordeste, considerando os aspectos cultural, morfológico e patogênico. Foram avaliados o crescimento micelial, coloração da colônia, dimensões dos conídios e patogenicidade dos isolados em mudas de cajazeira (Spondia mombin L.), cajueiro (Anacardium occidentale L.), gravioleira (Annona muricata L.) e umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda). Os dados de caracterização morfológica e cultural revelaram diversidade na população do patógeno. Alta variabilidade patogênica foi também detectada, embora não tenha sido possível observar especificidade patogênica em cajueiro. O umbuzeiro apresentou maior resistência relativa ao fungo. Os dados demonstraram também uma interação entre as características morfo-culturais e a patogenicidade dos isolados de L. theobromae.


Author(s):  
Francisco Garcia Romeiro Barbosa de Oliveira ◽  
Patrícia Anjos Bittencourt Barreto-Garcia ◽  
Rafael Nogueira Scoriza ◽  
Diacuí Benazir Soares de Sá Santos ◽  
Nelson Fonseca ◽  
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2019 ◽  
Vol 45 (1) ◽  
pp. 142
Author(s):  
DANÚBIA LINS GOMES ◽  
ANA PAULA LOPES DA SILVA ◽  
KALLIANNA DANTAS ARAUJO ◽  
ELBA DOS SANTOS LIRA ◽  
ÉLIDA MONIQUE DA COSTA SANTOS ◽  
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RESUMO: A Caatinga apresenta uma ampla diversidade de espécies com potencial frutífero, medicinal, aromático, melífero, forrageiro, ornamental podendo ser consideradas como uma alternativa sustentável para a região Semiárida. Objetivou-se avaliar as formas de exploração dos recursos naturais da Caatinga, bem como as práticas de manejo empregados pelos produtores rurais dos Assentamentos Nova Esperança I, II e III (Olho D’Água do Casado) e Maria Bonita (Delmiro Gouveia), Alagoas. Foram aplicados 140 questionários junto aos proprietários rurais dos Assentamentos Nova Esperança I, II e III, em Olho D’Água do Casado, Alagoas e Assentamento Maria Bonita, em Delmiro Gouveia, Alagoas, visando conhecer a forma de exploração dos recursos naturais advindos da Caatinga. O uso principal das espécies da caatinga pelos Produtores rurais é a retirada de madeira para lenha (uso doméstico) e fabricação de cercas; Muitas espécies da Caatinga produzem frutos comestíveis, dentre os quais destaca-se Spondias tuberosa (Umbu) como o mais apreciado pelos produtores rurais dos locais estudados; As espécies da Caatinga são notoriamente utilizadas como medicamentosas de uso popular, destacando-se Myracrodruon urundeuva (Aroeira) e Ximenia americana (Ameixa) como as mais citadas pelos produtores rurais; Os produtores rurais fazem uso frequente da Caatinga, sendo o plantio de palma a técnica de manejo mais utilizada.


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