scholarly journals Perfil bacteriano das superfícies e equipamentos da Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Universitário

2021 ◽  
Vol 10 (9) ◽  
pp. e47510918342
Author(s):  
Marisa Catarina Mesquita Espíndola ◽  
Cleusa Wanderley de Queiroz Andrade ◽  
Katia Suely Batista Silva ◽  
Mirthes Maria Rodrigues Santana ◽  
Rafael Medeiros Gomes ◽  
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Existem evidências que superfícies e objetos agem como reservatórios, facilitando, assim, infecções cruzadas. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o perfil bacteriano em superfícies e equipamentos da UTI de um Hospital Universitário no sertão do Vale do São Francisco. Trata-se de um estudo transversal e descritivo. O trabalho foi realizado na UTI, onde foram amostrados as seguintes superfícies e equipamentos: ventilador mecânico; botões de comando do monitor cardíaco; diafragma do estetoscópio; mesa de cabeceira; dispensador de soro/alimento; cortinas ao redor do leito; parede ao redor do leito e bomba de infusão contínua. As amostras foram coletadas, utilizando-se swabs embebidos em solução salina. Após a passagem, eles foram armazenados em tubo e transportados para o Laboratório onde foram realizadas as análises microbiológicas. O total de bactérias encontradas, independente dos leitos, equipamentos e superfícies amostradas foi de 134, destas, 20 (15%) são consideradas possíveis bactérias causadoras de infecções hospitalares. No que se refere ao perfil de resistência das bactérias aos principais antibióticos, os Staphylococcus aureus, foram 100% resistentes à oxacilina e os isolados de Enterococcus sp. apresentaram 20% de resistência intermediária à vancomicina e 20% de resistência à ampicilina. Foi observado que todos os isolados de Klebsiella pneumoniae foram resistentes à ampicilina + sulbactam e 100% sensíveis ao restante dos antibióticos testados. Para Acinetobacter baumannii foi observado 43% de resistência intermediária à ceftriaxona e 57% de resistência ao meropenem. O presente estudo mostra que nas superfícies e equipamentos da UTI estão presentes bactérias multirresistentes que podem causar infecções hospitalares.

2017 ◽  
Vol 16 (2) ◽  
pp. 167
Author(s):  
Cristiane Coimbra De Paula ◽  
Lisiane Vieira Paludetti ◽  
Walkiria Shimoya-Bittencourt

<p><strong>Introdução</strong>: as unidades de terapia intensiva frequentemente utilizam dispositivos invasivos, como os cateteres, os quais podem desencadear complicações como infecção e outros efeitos colaterais que são de grande importância na terapia clínica. Além disso, os cateteres venosos utilizados principalmente em unidades de terapia intensiva contribuem para disseminação de infecção hospitalar. <strong>Objetivo</strong>: avaliar os microrganismos causadores de infecções em ponta de cateter venoso usado nos pacientes hospitalizados na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá-MT. <strong>Metodologia</strong>: foi realizado um estudo transversal de natureza clínica, incluindo pacientes que tinham cateter venoso e excluídos os pacientes com sonda vesical. Foi utilizada a Técnica Semi quantitativa de Maki para cultivo e após o período de incubação, as placas com crescimento igual ou superior a 15 UFC, foram submetidas à identificação dos microrganismos através de provas bioquímicas. <strong>Resultados</strong>: foram analisadas 1.577 pontas de cateteres no ano de 2008, destas, 297 (18,8%) estavam infectadas, cujos microrganismos de maior prevalência foram em 46 (15,5%) pontas a presença de Escherichia coli, 59 (19,9%) da Pseudomonas aeruginosa, 43(14,5%) da Klebsiella pneumoniae, 42 (14,1%) de Staphylococcus sp coagulase negativa e 20 (6,7%) amostras apresentavam Staphylococcus aureus, dentre outros. Das 177 amostras de ponta de cateter analisadas em 2015, 45 (25,4%) estavam infectadas. Foram encontrados em 13 pontas (28,9%) a presença da bactéria Staphylococcus sp coagulase negativa e 8 (17,8%) da Pseudomonas aeruginosa, 5 (11,1%) da Klebsiella pneumoniae, 5 (11,1%) de Stenotrophomonas maltophilia, 4 (8,9%) de Acinetobacter baumannii <strong>Conclusão</strong>: pacientes internados podem ser expostos a cateteres venosos com significativo grau de contaminação microbiana</p>


2021 ◽  
Vol 42 (1) ◽  
pp. 15
Author(s):  
Carine Rosa Naue ◽  
Maria Ianne Moreira Leite ◽  
Andréa Colombo ◽  
Carine Freitas Silva

O objetivo desse trabalho foi determinar a prevalência e o perfil de sensibilidade das espécies bacterianas isoladas de pacientes internados na UTI de um Hospital Universitário do Sertão de Pernambuco. Foi realizado um estudo retrospectivo através da análise descritiva dos resultados do diagnóstico microbiológico laboratorial do próprio serviço, provenientes de hemoculturas, uroculturas e aspirados traqueais dos pacientes internados na UTI, durante o período de janeiro a junho de 2019. Um total de 394 amostras clínicas foram obtidas, divididas entre hemoculturas; uroculturas e aspirados traqueais, sendo que destas 144 foram positivas para espécies bacterianas. O aspirado traqueal foi o material clínico com maior percentual de culturas positivas (67,4%). A bactéria mais prevalente isolada dos indivíduos na UTI foi Acinetobacter baumannii (22,9%), seguida de Pseudomonas aeruginosa (19,2%), Staphylococcus aureus (16,7%), Klebsiella pneumoniae (15,2%) e Staphylococcus coagulase-negativa (SCN- 8,3%). A maioria das espécies isoladas apresentaram um perfil de sensibilidade reduzido aos fármacos ?-lactâmicos, especialmente ampicilina, penicilina e carbapênemicos, independente da amostra clínica. Os bacilos gram-negativos apresentaram elevada sensibilidade a colistina. As informações deste estudo permitem reconhecer a frequência das espécies bactérias mais isoladas envolvidas em IRAS na UTI e poderão nortear o tratamento das infecções e diminuir a pressão seletiva de bactérias multirresistentes, servindo como modelo assistencial na vigilância bem como no controle das IRAS.


2021 ◽  
Vol 10 (9) ◽  
pp. e5510917688
Author(s):  
Marisa Catarina Mesquita Espíndola ◽  
Cleusa Wanderley de Queiroz Andrade ◽  
Maria Luciana Brasil de Lima Souza ◽  
Renata de Carvalho Gomes Prates ◽  
Mirthes Maria Rodrigues Santana ◽  
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As Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde são multifatoriais e ocorrem devido a fatores que poderiam ser evitados como, a lavagem inadequada das mãos e o manuseio de materiais. O objetivo deste trabalho foi conhecer o perfil bacteriológico das mãos e telefones celulares da equipe multiprofissional e dos profissionais que frequentam a Unidade de Terapia Intensiva do HU-UNIVASF. Foram analisadas as mãos e aparelhos celulares da equipe multidisciplinar da UTI. A pesquisa foi separada em 3 grupos: grupo 1: mão dominante e/ou aparelho celular de profissionais que compõem a equipe multiprofissional que chegam ao setor para o plantão; grupo 2: mão dominante e/ou aparelho celular de profissionais que compõem a equipe multiprofissional que deixam o setor ao final do plantão e o grupo 3: mão dominante e/ou aparelho celular de profissionais que entram na UTI para realizar alguma atividade. Após a passagem do swab, nas mãos e nos aparelhos celulares, as amostras foram transportadas para o Laboratório onde foi realizada a análise microbiológica. Pode-se observar, nas mãos e nos aparelhos celulares, a incidência das principais bactérias causadoras de infecções hospitalares, são elas: Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Enterococcus spp. e Staphylococcus aureus. Em relação ao perfil bacteriológico, observa-se que as bactérias isoladas apresentam diferentes perfis de resistência, entre eles, a presença de bactérias multirresistentes. Os profissionais que atuam na UTI do HU-UNIVASF e aqueles que entram para realizar atividades possuem em suas mãos e aparelhos celulares bactérias multirresistentes causadoras de infecções hospitalares que poderão causar infecções cruzadas.


2021 ◽  
Vol 10 (14) ◽  
pp. e23101421550
Author(s):  
Gabriela Ramos Gonçalves ◽  
Ricardo Santana de Lima ◽  
Kátia Suely Batista Silva ◽  
Katia Regina de Oliveira ◽  
Marcos Duarte Guimarães ◽  
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As infecções hospitalares são um desafio para a saúde pública, pois impactam no prognóstico do paciente e nos custos hospitalares. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência e o perfil bacteriano de aspirados traqueais de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e documental, tendo como fonte as planilhas disponibilizadas pelo laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário. Dos 307 laudos analisados em 2017, 142 estavam positivos, e em 2018 dentre os 319, 213 foram positivos. O micro-organismo de maior ocorrência nos dois anos foi Acinetobacter baumannii, seguido de Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Klebsiella pneumoniae. Acinetobacter baumannii apresentou resistência à diversos betalactâmicos, dentre eles o meropenem e o imipenem, e para a ampicilina + sulbactam; sendo sensível a colistina e a tigeciclina. Os isolados de P. aeruginosa de 2017 e 2018 foram resistentes a: meropenem, imipenem, ceftazidima, cefepima, ciprofloxacino e levofloxacino; no entanto, para a piperacilina + tazobactam observou-se resistência nas amostras obtidas em 2018. S. aureus foi resistente a clindamicina, ao sulfametoxazol + trimetoprima e a oxacilina; apresentou sensibilidade a linezolida, tigecliclina e vancomicina. Os isolados de K. pneumoniae demonstraram resistência, dentre outras drogas, ao imipenem, meropenem, piperacilina + tazobactam; por outro lado, foram sensíveis a amicacina e a colistina. As resistências observadas denotam a importância do uso racional dos antimicrobianos e fornecem dados para a criação de protocolos de antibioticoterapia empírica para o tratamento dos pacientes internados na Instituição.


2021 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. e6295
Author(s):  
Haluysio Silva Netto ◽  
Anderson da Silva Santos ◽  
Letícia Moreira De Souza

Objetivo: Investigar as bactérias presentes nos aparelhos dos profissionais de saúde que atuam em quatro áreas distintas do hospital: Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Centro Cirúrgico, Emergência e recintos estritamente administrativos, este último constitui o grupo de controle. Métodos: Foi realizado um estudo transversal aplicado em um hospital a partir de 120 amostras coletadas dos telefones celulares de profissionais que atuam em setores de especialidades distintas. Para isso, seus swabs foram cultivados em meio Ágar em placas de cultura e suas leituras realizadas em 24 e 48h, os resultados então foram diferenciados em conformidade com as especialidades. Resultados: Do total de aparelhos (120) avaliados, 92,5% (111) estavam colonizados por um ou mais tipos de bactérias. O tipo de bactéria mais frequente foi o Staphylococcus coagulase-negativa (51%), seguido do Staphylococcus aureus MRSA (6%), Acinetobacter baumannii (3,3%) e Klebsiella pneumoniae (1,6%). Conclusão: Como identificado em outros estudos que confirmaram a contaminação de aparelhos celulares de profissionais no ambiente hospitalar, estes dispositivos podem servir como agentes carreadores de bactérias potencialmente patogênicas. Isto posto, medidas para regulamentar seu uso e a necessidade de revisão dos protocolos de higiene fazem-se indispensáveis.  


HU Revista ◽  
2019 ◽  
Vol 45 (2) ◽  
pp. 122-133
Author(s):  
Carine Rosa Naue ◽  
Tércio Ribeiro ◽  
Rafaella Ribeiro ◽  
Katia Batista ◽  
Samuel Aquino

Introdução: O ambiente da UTI é considerado o foco das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Isso deve-se a particularidades desse ambiente como a utilização de dispositivos invasivos, uso de imunossupressores, período de internação prolongado, colonização por micro-organismos resistentes, prescrição de antimicrobianos e a própria característica do ambiente da UTI, além da condição clínica do paciente. O conhecimento do perfil bacteriano de cada cultura norteia a equipe médica no tratamento inicial das infecções. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi verificar a ocorrência e o perfil bacteriano presente em pacientes internados na UTI de um hospital universitário. Material e métodos: O estudo foi realizado através da análise de exames de secreções traqueais, hemoculturas e uroculturas de pacientes internados no período de janeiro a junho de 2018. Os dados foram coletados por meio de impressos laboratoriais do próprio serviço e tabulados na planilha do Excel®, sendo divididos em amostras positivas e negativas, e realizada análise descritiva com valores absolutos e percentuais. Resultados: Em geral, as bactérias de maior ocorrência foram Acinetobacter baumannii (20,3%), Pseudomonas aeruginosa (19,7%), Klebsiella pneumoniae (15,1%), Staphylococcus aureus (11,9%), Staphylococcus coagulase negativa (7,2%) e Escherichia coli (5,7%). As espécies bacterianas com maior resistência foram Acinetobacter baumanni, Klebisiella pneumoniae, aPseudomonas aeruginosa, Eschericia coli, Serratia marcencens e Enterobacter cloacae. Conclusão: Os dados deste trabalho permitem o conhecimento do perfil bacteriano encontrado nos pacientes internados, o que poderá nortear o tratamento das infecções e consequentemente diminuir a seleção de bactérias multirresistentes, auxiliando na prevenção e no controle das infecções hospitalares.


2020 ◽  
Vol 2 ◽  
Author(s):  
Karla Karoline Bacellar ◽  
Rejane Kiyomi Furuya ◽  
Jucinay Phaedra Silva Sanches ◽  
Gilselena Kerbauy ◽  
Renata Aparecida Belei ◽  
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Objetivo: verificar a associação de características sociodemográficas e clínicas com Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica e Pneumonia Hospitalar Adquirida. Método: estudo transversal com dados secundários, obtidos das fichas de notificação das infecções relacionadas à assistência à saúde ocorridas entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018 cujas variáveis foram analisadas por estatística descritiva e inferencial Resultados: a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica foi mais frequente em indivíduos entre 18 e 59 anos e a Pneumonia Hospitalar Adquirida em indivíduos com 60 anos ou mais (0,003) Quanto à unidade onde a pneumonia foi diagnosticada, houve maior frequência de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica em Unidade de Terapia Intensiva, Centro de Tratamento de Queimados e Unidade de Terapia Intensiva de Queimados (0,001). As frequências de óbito foram 48 9 nos casos com Pneumonia Hospitalar Adquirida e 69 2 nos casos de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (0,001 Houve associação significante entre cultura bacteriana e o tipo de pneumonia, sendo que, no grupo Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica 76 0 dos pacientes tiverem cultura positiva, comparado a 56 3 no grupo Pneumonia Hospitalar Adquirida (0,001). Os microrganismos mais frequentes foram Acinetobacter baumannii Klebsiella pneumoniae Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Conclusão: houve associação estatisticamente significante entre o tipo de pneumonia e idade, sendo a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica mais frequente em jovens, e a Pneumonia Hospitalar Adquirida em idosos Também houve associação significante entre o tipo de pneumonia e a unidade, sendo mais frequente a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica nas Unidades de Terapia Intensiva e Queimados O óbito foi mais frequente nos casos de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica com associação significante.


Author(s):  
Karoline Cândido Francisco Teixeira ◽  
Luana Moretti dos Santos ◽  
Fabiano Goulart Azambuja

Introdução: As infecções orais, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), deveriam ser preocupações constantes dos profissionais da área da Saúde ali inseridos, devido às consequências que podem causar na saúde geral dos pacientes debilitados sistemicamente. A criação de um protocolo padrão de higiene oral é de suma importância para impedir ou tratar tais infecções, o que possibilita ao paciente conforto e qualidade de vida, devendo ser realizada por profissionais qualificados. Métodos: Foi realizado um estudo transversal e descritivo, cuja análise foi descritiva e se desenvolveu na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de alta complexidade no Sul do Brasil, no período de fevereiro de 2016 a fevereiro de 2017. A amostra total foi composta por 35 pacientes, com idade mínima de 18 anos, que estavam internados na UTI do referido hospital, portadores de prontuários e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Dentre os microrganismos achados nos exames laboratoriais dos pacientes, apresentaram-se em maior quantidade Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus coagulase negativo e Escherichia coli. Apenas dois pacientes adquiriram o Acinetobacter baumannii. A maioria dos pacientes obtiveram bactérias gram-negativas presentes em sua microbiota oral. Conclusões: As bactérias patogênicas presentes no meio oral devem ser tratadas e erradicadas. Isso pode ser alcançado por meio de um protocolo padrão de higiene oral. A participação da Odontologia na equipe multidisciplinar no ambiente hospitalar é de fundamental importância para a indicação da terapêutica adequada.


Author(s):  
Amanda K. Lyons ◽  
Laura J. Rose ◽  
Judith Noble-Wang

Abstract Two methods to sample pathogens from gloved hands were compared: direct imprint onto agar and a sponge-wipe method. The sponge method was significantly better at recovering Clostridiodes difficile spores, and no difference was observed between the methods at 101 inoculum for carbapenemase-producing KPC+ Klebsiella pneumoniae, methicillin-resistant Staphylococcus aureus, and Acinetobacter baumannii.


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