scholarly journals Mobilité des féminins dans quelques récits dystopiques franco-québécois et anglo-canadiens: indice d’agentivité ?

Author(s):  
Nicole Côté

Je comparerai ici les espaces tels qu’ils sont représentés dans divers récits dystopiques (ou comportant des noyaux dystopiques) franco-québécois et  anglo-canadiens en me concentrant sur la mobilité des personnages féminins comme indice d’agentivité. Dans le corpus comparatif que j’étudie se dessinent certaines tendances : réticents à imaginer un avenir même immédiat, divers personnages féminins recourent le plus souvent aux déplacements dans l’espace pour ouvrir l’horizon du présent (Tarmac (Nicolas Dickner), Les larmes de Saint Laurent (Dominique Fortier), Il pleuvait des oiseaux (Jocelyne Saucier), Le sablier des solitudes (Jean-Simon Desrochers). Le parcours remarquable de l’espace  par des personnages féminins, que l’auteur du récit soit masculin ou féminin, semble représenter un changement récent de paradigme. Mais peut-on pour autant dire de ces parcours qu’ils permettent une certaine agentivité? Les œuvres anglo-canadiennes étudiées (Oryx and Crake, Year of the Flood (Margaret Atwood), Brown Girl in the Ring (Nalo Hopkinson), Ossuaries (Dionne Brand) présentent des parcours féminins très contrastés dans chacun des cas : le passage de la quasi-immobilité à la mobilité est forcé par un événement perturbateur. Souvent, ce sont de petites collectivités mixtes, représentant les plus grandes, qui sont mises en scène. On peut penser qu’en raison des diverses crises que traverse l’extrême contemporain, de nouveaux paradigmes émergent, dont celui d’un parcours effréné de l’espace du côté féminin afin d’esquisser des repères qu’un avenir bloqué empêche de se créer du côté de la temporalité. Néanmoins, on peut conclure qu’il s’agit pour ces deux littératures d’une tentative de cartographier ces temps troubles afin d’offrir des repères à la collectivité. Cependant cette cartographie est particulièrement genrée ou sexuée, car si les personnages de femmes ont acquis une grande mobilité dans l’espace, la garantie de leur agentivité dans cet espace semble résider dans un dévouement auprès de collectivités, qui restreint leur liberté individuelle.

Gragoatá ◽  
2013 ◽  
Vol 18 (35) ◽  
Author(s):  
Eduardo Marks de Marques

O presente trabalho almeja problematizar o recente ressurgimento de narrativas literárias distópicas nas literaturas de língua inglesa, sugerindo que as mesmas devam ser lidas a partir de uma perspectiva que considere a centralidade do corpo distópico, corpo este que deve ser entendido como uma entidade transumana. A partir das discussões de transumanismo e pós-humanismo, do impacto do desenvolvimento científico na construção do desejo e do papel do pensamento teológico na pós-modernidade, almeja-se discutir as formas como tais ideias aparecem e são apresentadas na obra Oryx and Crake, da escritora canadense Margaret Atwood.---Artigo em inglês


2011 ◽  
Vol 6 (1) ◽  
pp. 105
Author(s):  
Aline de Mello Sanfelici

Este trabalho discute escritos poéticos de Margaret Atwood e de Dionne Brand em relação aos escritos teóricos das mesmas autoras, alinhados com outras referências teóricas pertinentes, com o propósito de demonstrar como Atwood e Brand produzem trabalhos politicamente engajados. O argumento central é que as autoras em questão denunciam formas de violência e marginalização de sujeitos em processos de colonização e imigração, assim desenvolvendo escritos que, ao invés de silenciarem, dão voz a problemas contemporâneos.


2021 ◽  
pp. 096394702110592
Author(s):  
Irene O’Leary

Interaction between text and reader is a prominent concern in stylistics. This paper focusses on interactions among stylistic processes and subconscious microcognitive processes that generate changes to narrative and interpretation during reading. Drawing on process philosophy and recent neuroscientific research, I articulate this dynamism through analysis of a brief narrative moment from each of The.PowerBook by Jeanette Winterson and Oryx and Crake by Margaret Atwood. I argue that high densities of stylistic and microcognitive perturbations lead to frequent narrative and interpretive changes in the two moments. The analyses reinforce portrayals of reading as intensely complex, dynamic and changeable. Complexity, dynamism and mutability also characterise the stylistic changes in the two narrative moments. This paper advocates greater attention to the role of volatile stylistic and cognitive microdynamics in shaping the reading of prose fiction.


Author(s):  
Izabel Brandão ◽  
Ildney Cavalcanti

Este trabalho analisa o primeiro romance da trilogia distópica MaddAddam (MaddAddão), composta por Oryx and Crake (2003, Oryx e Crake, 2004), The Year of the Flood (2009, O ano do dilúvio, 2018) e MaddAddam (2013, MaddAddão, 2019), da autora canadense Margaret Atwood, tendo por base justaposições de questões éticas, de gênero e ecológicas. Nosso olhar recai sobre a figuração de personagens femininas centrais, especialmente Oryx, observando as formas como a sf de Atwood pode alinhar-se às teorias contemporâneas acerca do corpo das mulheres; do poder (Foucault, 1994) e da mascarada (Russo, 1986; Grosz, 1990; Butler, 1990). Ao examinar o funcionamento do princípio distópico da redução do mundo (Jameson, 2005) na narrativa em tela, enfatizamos a política de gênero subjacente à representação das personagens femininas, ao tempo em que lidamos com as seguintes questões: como compreender a problematização da autora acerca das trajetórias das mulheres no contexto da ideologia patriarcal como ainda presente no futuro apresentado no romance? Até que ponto os corpos das mulheres reencenam uma identificação potencial com o opressor? Quais as metáforas literárias em jogo na construção das interações dentro do universo humano e mais-quehumano (Alaimo, 2010)? Considerando os tropos de gênero e ecológicos, quão ético é o mundo criado por Atwood? Visto como sf, no sentido de que combina fato científico, ficção científica, fabulação especulativa, e feminismo especulativo (Haraway, 2016), a obra da autora canadense elabora reflexões provocadoras acerca do futuro da humanidade (?). PALAVRAS-CHAVE: SF de mulheres. Ética. Gênero. Margaret Atwood. Ecocrítica Feminista.


Twejer ◽  
2021 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
pp. 1209-1254
Author(s):  
Moreen Gorgees Seudin ◽  
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Saman Abdulqadir Hussein Dizayi ◽  

This paper tackles patriarchy and phallocentrism's concepts by shedding light on women, culture, and nature. Margaret Atwood's novels Oryx and Crake and The Year of the Flood are examined in terms of the concepts mentioned above. Atwood's novels and literary works can be examined in light of the concepts of patriarchy and phallocentrism based on environmental ethics. Through the study of these two novels, this paper attempts to elicit the signs regarding the cultural-ecological discourses and women's conditions as they are trapped in a male-centered society. Besides, it stresses nature's conditions whereby natural objects are undermined and are in the same miserable conditions as women. Then, applying these two concepts in the novels, Oryx and Crake and The Year of the Flood are thoroughly explored along with the male/female and culture/nature dualisms question. Keywords: Ecofeminism, Margaret Atwood, Patriarchy, Phallocentrism


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