scholarly journals Durabilidade natural de cinco espécies madeireiras da Caatinga em ensaio de deterioração em campo aberto e natural

2021 ◽  
Vol 8 (3) ◽  
pp. 1527-1534
Author(s):  
Líllia Kaliany Campos Carlos ◽  
Marco Antonio Diodato ◽  
Vinicius Gomes Castro

Uma forma de viabilizar o investimento em planos de manejo florestal e reduzir a devastação da Caatinga é a comercialização de produtos madeireiros de maior valor agregado por comunidade rurais locais. Para que isso torna-se uma realidade é necessário investigar e caracterizar as diversas espécies madeireiras nativas para que as de maior potencial sejam sugeridas. Desta forma, este trabalho teve como objetivo determinar a durabilidade natural de cinco espécies da Caatinga de densidade de moderadamente alta a alta. Foram instalados dois campos de apodrecimento: aberto, sem vegetação ao redor, e natural, em área de fragmento de Caatinga. Em cada campo foram colocadas estacas de 2x2x30cm, enterradas 15cm, das espécies Angico (Anadenanthera colubrina (Vell) Brenan)), Aroeira (Myracrodruon urundeuva (Allemao)), Jurema Preta (Mimosa tenuiflora (Mart) Benth)), Pau Branco (Auxemma oncocalyx (Allemao) Taub.)) e Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart). Os campos foram instalados entre fevereiro e março de 2019 e as estacas tiveram a perda de massa e o índice de deterioração determinados após 90, 200 e 270 dias. Todas as espécies obtiveram perda de massa abaixo de 10% após o fim do período do experimento, o que as classificou como altamente resistente. A maior parte da deterioração ocorreu nos primeiro 90 dias, que coincidiu com o período chuvoso da região. As espécies Anadenanthera colubrina e Myracrodruon urundeuva, além do ataque por fungos, também foram deterioradas por cupins do gênero Heterotermes e por coleópteras.

2013 ◽  
Vol 37 (6) ◽  
pp. 1153-1163 ◽  
Author(s):  
Angélica de Cássia Oliveira Carneiro ◽  
Rosimeire Cavalcante dos Santos ◽  
Renato Vinícius Oliveira Castro ◽  
Ana Flávia Neves Mendes Castro ◽  
Alexandre Santos Pimenta ◽  
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Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil de decomposição térmica da madeira de oito espécies utilizando as técnicas de termogravimetria (TGA) e calorimetria diferencial exploratória (DSC), bem como a consistência desses métodos para decidir quais espécies devem ser indicadas para produção de energia e carvão vegetal, comparando-os com os rendimentos gravimétricos da carbonização obtidos a partir de carbonizações em mufla de laboratório. Para as análises por TGA e DSC, amostras de serragem foram aquecidas à taxa de 10 °C min-1, sob atmosfera de nitrogênio, em vazão de 50 ml min-1 até a temperatura final de 600 °C. Foram determinados os valores de densidade básica e poder calorífico superior da madeira. As carbonizações foram realizadas em mufla de laboratório à taxa de 50 °C h-1 até a temperatura máxima de 450 °C, obtendo-se os rendimentos em carvão vegetal. Também foram determinados os valores de densidade aparente do carvão das oito espécies após a carbonização. Os resultados das análises térmicas indicaram perfis de decomposição pirolítica das madeiras e evidenciaram aquelas mais estáveis à ação térmica. O comportamento da estabilidade térmica das madeiras das oito espécies foi confirmado pela análise dos rendimentos da carbonização em mufla, em comparação com a análise por TGA e DSC. As madeiras de Aspidosperma pyrifolium e Mimosa tenuiflora apresentaram maior estabilidade térmica e, portanto, maiores rendimentos em carvão vegetal, bem como maiores densidades aparentes. As técnicas de termogravimetria e calorimetria diferencial exploratória são satisfatórias para avaliação da decomposição térmica das madeiras e garantem consistência na escolha de madeiras que resultam em maior rendimento e maior qualidade do carvão vegetal.


Revista CERES ◽  
2018 ◽  
Vol 65 (1) ◽  
pp. 74-84 ◽  
Author(s):  
Anacláudia Alves Primo ◽  
Maria Diana Melo ◽  
Graziella de Andrade Carvalho Pereira ◽  
Ludmyla Araújo Silva ◽  
Francisco Éden Paiva Fernandes ◽  
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RESUMO O uso da serapilheira de espécies da Caatinga, na recuperação de solos degradados, é uma alternativa interessante, por contribuir para o retorno de nutrientes para o solo e favorecer a ciclagem de elementos e a melhoria da fertilidade. Objetivou-se, com este trabalho, mensurar os efeitos da aplicação de doses da fração folhas, da serapilheira de oito espécies da Caatinga, sobre a fertilidade de um solo degradado e a produção de sorgo. Adotou-se delineamento em blocos casualizados, com cinco tratamentos e cinco repetições, com doses de serapilheira, equivalentes a 0, 15, 30, 60 e 120 kg ha-1 de N, por espécie. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se um Planossolo Nátrico Órtico coletado em área degradada do município de Irauçuba, CE. Coletaram-se folhas, sem sinal de decomposição, de Combretum leprosum Mart., Mimosa caesalpiniifolia Benth., Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir., Libidibia ferrea (Mart. ExTul.) L.P. Queiroz, Poncianella piramydalis (Tul.) L.P. Queiroz, Aspidosperma pyrifolium Mart, Cordia oncocalyx Allemão e Croton sonderianus Muell. Arg. Aos 75 dias após a germinação, realizou-se o corte das plantas, sua secagem e a quantificação da matéria seca e a análise de N-total e do acúmulo de N. A amostragem do solo foi feita após o corte do sorgo. O incremento das doses dos resíduos de mofumbo, jucá, catingueira, pereiro e pau-branco elevou as concentrações de P, K, Ca e Mg, o resíduo de marmeleiro acidificou o solo. Jurema e pau-branco elevaram a produção de biomassa do sorgo e o acúmulo de N.


2010 ◽  
Vol 30 (1) ◽  
pp. 13-20 ◽  
Author(s):  
Tales S. Assis ◽  
Rosane M.T. Medeiros ◽  
Franklin Riet-Correa ◽  
Glauco J.N. Galiza ◽  
Antônio F.M. Dantas ◽  
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Foi realizado um levantamento dos surtos de intoxicações por plantas em ruminantes e equinos diagnosticados no Laboratório de Patologia Veterinária (LPV), do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, Paraíba, no período de 2000-2007. Em bovinos 7,4% dos diagnósticos realizados pelo LPV foram intoxicações por plantas. Foram diagnosticadas intoxicações por Centhraterum brachylepis (um surto), Brachiaria spp. (um surto), Crotalaria retusa (dois surtos), Ipomoea batatas (um surto), Marsdenia sp. (um surto), gramíneas contendo nitratos e nitritos (um surto por Echinochloa polystachya e dois surtos por Pennisetum purpureum), Palicourea aeneofusca (um surto), Prosopis juliflora (três surtos), Nerium oleander (um surto) e Mimosa tenuiflora (sete surtos). Na espécie ovina 13% dos diagnósticos foram intoxicações por plantas. Os surtos foram causados por Ipomoea asarifolia (quatro surtos), Brachiaria spp. (três surtos), Crotalaria retusa (dois surtos), Tephrosia cinerea (dois surtos), Panicum dichotomiflorum (um surto), Mascagnia rigida (um surto) e malformações associadas à ingestão de Mimosa tenuiflora (20 surtos). Nos caprinos, 6,4% dos diagnósticos corresponderam à intoxicação por plantas. Sete surtos foram causados por Mimosa tenuiflora, um por Ipomoea asarifolia, um por Ipomoea carnea, um por Ipomoea riedelli, três por Prosopis juliflora, um por Arrabidaea corallina, dois por Aspidosperma pyrifolium, dois por Turbina cordata e um por Opuntia ficus-indica. Na espécie equina 14% das doenças diagnosticadas foram devidas a intoxicações por plantas, sendo 12 surtos por Crotalaria retusa e um por Turbina cordata. As perdas na Paraíba por plantas tóxicas são estimadas em 3.895 bovinos, 8.374 ovinos, 6.390 caprinos e 366 equinos, que representam uma perda econômica anual, por morte de animais, de R$ 2.733.097,00. São relatados alguns aspectos epidemiológicos, sinais clínicos e patologia de surtos de intoxicação por Crotalaria retusa em bovinos, Brachiaria spp. em ovinos, Prosopis juliflora em bovinos e caprinos, Nerium oleander em bovinos, Opuntia ficus-indica em caprinos e Turbina cordata em equinos e caprinos.


2021 ◽  
Author(s):  
Maria Jose de Queiroz ◽  
Jefferson Santos Silva ◽  
Valécia Costa De Medeiros ◽  
Vanessa Ferreira Oliveira ◽  
Karkon Oliveira Santos

Introdução: A vegetação da Caatinga é constituída especialmente de espécies lenhosas de pequeno porte, herbáceas, cactáceas e bromeliáceas. Algumas são dotadas de espinhos, sendo geralmente caducifólias. Objetivo: Com o objetivo de identificar as espécies predominantes do bioma Caatinga, na Reserva Olho D’água das Onças. Material e Métodos: expedição in loco, a qual teve como área escolhida para este levantamento o percurso das trilhas já existentes, onde possível observar um quantitativo expressivo de variedades da vegetação. Resultados: As espécies lenhosas como o marmeleiro do mato (Crotonsonderianus) e a jurema preta (Mimosa tenuiflora), foram avistadas em todo percurso, desde o início da trilha até o seu final. Porém outras espécies não menos importantes como as cactáceas e bromeliáceas, também são frequentes, onde podemos destacar: o xique-xique (Pilocereus gounellei), o mandacaru (Cereus jamacaru), o facheiro (Pilosocereus pachycladus), a coroa-de-frade (Melocactus zehntneri) e a macambira (Bromelia laciniosa), vegetação rasteira que cobre o chão da caatinga. As espécies de maior predominância na área de aluvião, foram identificadas como arbustiva/arbórea, entre as quais estão: a Baraúna (Schinopsis brasiliensis Engl.), ameaçada de extinção e de grande importância ecológica, o Juazeiro (Ziziphus joazeiro) resistente a grandes períodos de estiagem devido ao seu profundo sistema radicular, capaz de captar água no subsolo, permanecendo verde durante todo o ano, a catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.) e o pereiro (Aspidosperma pyrifolium), rebrotam com intensidade quando cortada, o que nem sempre acontece com outras espécies da caatinga. Conclusão: Após esse levantamento ficou constatado a importância de conservar as espécies existentes na Reserva, como também recuperar áreas degradadas por ações antrópicas. O que sugere novas expedições para caracterização dessa Unidade de Conservação.


Revista CERES ◽  
2013 ◽  
Vol 60 (3) ◽  
pp. 388-396 ◽  
Author(s):  
Francisco Vanies da Silva Sá ◽  
Josinaldo Lopes Araujo ◽  
Maurício Cavalcante de Novaes ◽  
Alexandre Paiva da Silva ◽  
Francisco Hevilásio Freire Pereira ◽  
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O excesso de sais e de sódio no solo é um dos fatores que mais contribuem para a degradação química dos solos de perímetros irrigados, em regiões áridas e semiáridas. Por essa razão, objetivou-se, com este trabalho, avaliar o efeito de corretivos, na recuperação de um solo degradado por excesso de sais e sódio, e o crescimento inicial de cinco arbóreas nativas do bioma Caatinga, em solo salino-sódico. Dois experimentos foram conduzidos, em casa de vegetação, no CCTA/UFCG, utilizando-se amostras de um solo salino-sódico. O primeiro experimento constou de cinco tratamentos de correção do solo: sem corretivo, gesso agrícola na dose de 100% da necessidade de gesso (NG), gesso agrícola na dose de 50% NG mais matéria orgânica (MO), enxofre elementar (S) na dose de 100% NG e S na dose de 50% NG + MO, com 15 repetições. No segundo experimento, os tratamentos foram constituídos por um esquema fatorial 5 x 5, sendo cinco espécies arbóreas: tamboril (Enterolobium contortisiliquum), sabiá (Mimosa caelsalpiniifolia), jurema-preta (Mimosa tenuiflora), craibeira (Tabebuia aurea) e pereiro (Aspidosperma pyrifolium) e cinco tratamentos referentes à correção do solo do primeiro experimento, com três repetições. A aplicação de gesso agrícola ou S com ou sem MO melhorou quimicamente o solo salino-sódico estudado, especialmente diminuindo a PST. Estes tratamentos proporcionaram incrementos no crescimento e acúmulo de massa de matéria seca das espécies arbóreas, principalmente jurema-preta, sabiá e tamboril, e diminuíram o estresse provocado pelo solo salino-sódico sobre as plantas, aumentando a taxa fotossintética.


Nativa ◽  
2018 ◽  
Vol 6 (5) ◽  
pp. 517
Author(s):  
Mayara Dalla Lana ◽  
Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira ◽  
José Antônio Aleixo da Silva ◽  
Gustavo Pereira Duda ◽  
Carlos Frederico Lins e Silva Brandão ◽  
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EQUAÇÕES DE BIOMASSA PARA ESPÉCIES DA CAATINGA O objetivo deste trabalho foi determinar as proporções de fuste, galhos e folhas em relação a biomassa total seca acima do solo e ajustar modelos estatísticos para estimativa da biomassa das principais espécies arbustivo-arbóreas em uma área de Caatinga. O número de indivíduos abatidos e com a biomassa aérea total determinada foi de 15 para Anadenanthera colubrina, Aspidosperma pyrifolium, Cnidoscolus quercifolius, Mimosa ophthalmocentra, Mimosa tenuiflora, Poincianella bracteosa e, de 30 para Bauhinia cheilantha e Croton heliotropiifolius. Para ajuste dos modelos foram utilizados os dados de biomassa total seca acima do solo coletados como variável dependente e as variáveis independentes foram o diâmetro à altura do peito e a altura total dos indivíduos por espécie. Foram testados oito modelos para cada uma das espécies e para todas as espécies agrupadas. Para a seleção da melhor equação utilizou-se os tradicionais critérios estatísticos. As proporções de biomassa das espécies foram quantificadas, tanto para os seus compartimentos, quanto para o total e apresentaram uma grande variação entre espécies e indivíduos da mesma espécie. Equações de biomassa aérea seca foram ajustadas com boas estatísticas de precisão, podendo ser utilizadas para a sua estimativa de biomassa de maneira confiável em regiões de Caatinga.Palavras-chave: Análise de regressão, diâmetro à altura do peito, altura total. ABSTRACT:The objective of this work was to determine the proportions of stem, branches and leaves in relation to total dry aboveground biomass and adjust statistical models to estimate the biomass of the main species in an area of Caatinga. The number of trees cut and with the determined total aboveground biomass was 15 for Anadenanthera colubrina, Aspidosperma pyrifolium, Cnidoscolus quercifolius, Mimosa ophthalmocentra, Mimosa tenuiflora, and Poincianella bracteosa, and 30 for Bauhinia cheilantha and Croton heliotropiifolius. The data of total dry aboveground biomass were used as dependent variables and the diameter at breast height and total height of individuals per species were used as the independent variables for adjusting the models. Eight models were tested for each species and for all grouped species. Traditional statistical criteria was used for selecting the best equation. The proportions of the species were quantified for both their biomass compartments and for the total biomass, showing great variation between species and individuals of the same species. Dry aboveground biomass equations were developed with good precision statistics and can therefore be used for estimating biomass in Caatinga regions.Keywords: Regression analysis, diameter at breast height, total height.


2020 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. e48911578
Author(s):  
Pamela Rayssa Diogenes Fernandes ◽  
Ayla Márcia Cordeiro Bizerra

No Brasil o conhecimento popular acerca das plantas com ações medicinais é motivo para diversas investigações envolvendo variadas espécies vegetais. Dentre os estudos realizados com extratos de plantas, há um interesse especial na atividade antioxidante, que atua inibindo e/ou diminuindo os efeitos desencadeados pelos radicais livres e compostos oxidantes. Diante dessa perspectiva, o presente trabalho avaliou a ação antioxidante de extratos etanólicos das espécies: Pereiro (Aspidosperma pyrifolium Mart), Juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart), Catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tui), Jurema Preta (Mimosa tenuiflora Willd) e Ameixa Selvagem (Ximenia americana L.) nativas da região do Alto Oeste Potiguar, no Rio Grande do Norte. A coleta das folhas e caules foi realizada no sítio Barro Vermelho, município de São Francisco do Oeste (RN), para obtenção dos extratos. Em seguida, eles foram submetidos a testes de atividade antioxidante utilizando o radical livre DPPH. Todas as amostras analisadas demonstraram uma boa porcentagem de atividade antioxidante em suas diferentes concentrações, destacando-se o EEFA, que teve o maior percentual de atividade antioxidante na menor concentração. Assim, sugere-se que a partir desses dados, essas espécies podem apresentar finalidade medicinal conforme conhecimento popular.


2019 ◽  
Vol 14 (2) ◽  
pp. 85 ◽  
Author(s):  
Felipe Silva Medeiros ◽  
Mailson Pereira De Souza ◽  
Clebson Lima Cerqueira ◽  
Allyson Rocha Alves ◽  
Marina Dos Santos Souza ◽  
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O objetivo do trabalho foi realizar um estudo florístico e fitossociológico, ajustar e selecionar funções de densidade probabilidade para expressar a distribuição diamétrica do componente florestal lenhoso em um fragmento de Caatinga localizada na Fazenda Massapê, município de São Mamede-PB. Foi realizado inventário de todos os indivíduos arbustivos arbóreos vivos com CAP ≥ 6 cm. As variáveis registradas foram: CAP, altura total e nome popular de todos os indivíduos mensuráveis nas unidades amostrais. No levantamento realizado no fragmento de Caatinga foram amostrados 304 indivíduos vivos, pertencentes a 9 famílias, 14 espécies e 14 gêneros. Os valores encontrados para Densidade Total e Área Basal foram, respectivamente, 950 ind.ha-1 e 6,33 m2 ha-1. As famílias mais ricas em número de espécies e indivíduos foram a Fabaceae e Heuphorbiaceae. As espécies que assumem maior importância na área de estudo sob os aspectos fitossociológicos foram Pocianella pyramidalis, Aspidosperma pyrifolium, Mimosa tenuiflora, Combretum leprosum, Jatropha molissima, Ximenia intermedia. A função Weibull com três parâmetros apresentou aderência para todas as espécies estudadas e para as de maior (VI) gerando estimativas consistentes e pode ser indicada para descrever a distribuição diamétrica e auxiliar na tomada de decisões sobre o manejo e conservação das espécies.


2018 ◽  
Vol 1 (2) ◽  
pp. 18
Author(s):  
Larissa Raquel Carvalho Carolino ◽  
Amélia Lizziane Leite Duarte

Uma planta é considerada tóxica quando é capaz de causar uma determinada doença no animal ou até mesmo sua morte quando consumida em condições naturais, ocasionando prejuízos aos produtores de forma direta e indireta. As intoxicações por plantas em ruminantes e equinos representam grande perda econômica anual por morte de animais, o que justifica um maior investimento na divulgação de medidas preventivas, além da realização de pesquisas para melhor conhecimento das intoxicações. No semiárido Paraibano, há presença de espécies conhecidas pela sua toxicidade, entretanto na microrregião de Sousa- PB não há relatos sobre as principais espécies que podem acometer os animais de produção. Foram realizadas visitas em doze propriedades de criação de ruminantes e equinos na região semiárida Paraibana, Municípios de Marizópolis, Nazarezinho, Sousa e São João do Rio do Peixe, seguido da aplicação de questionário junto aos proprietários e obtenção de informações sobre o conhecimento e reconhecimento de plantas tóxicas, casos e/ou surtos de intoxicações. As plantas tóxicas relatadas e identificadas com mais frequência entre os produtores/criadores foram: Tinguí (<em>Amorimia septentrionalis</em>) 92%, Pereiro (<em>Aspidosperma pyrifolium</em>) 83%, Jurema preta (<em>Mimosa tenuiflora</em>) 92%, Algaroba (<em>Prosopis juliflora</em>) 90%, Maniçoba (<em>Manihot glaziovii</em>) 90%, Salsa brava (<em>Ipomoea asarifolia</em>) 100% e Sorgo (<em>Sorghum </em>spp) 60%. Em uma das fazendas, ocorreu morte de doze ovinos, sendo os jovens mais afetados, o proprietário relatou que os animais aparentemente saudáveis amanheciam mortos (morte súbita), e que totalizavam um a dois animais mortos por dia, ocorrendo em dias alternados. Quase sempre a causa da morte era associada, pelo produtor, à picada de cobra. Foram recomendadas práticas de prevenção para evitar maiores prejuízos econômicos decorrentes destas intoxicações, como impedir o acesso dos animais às plantas, cercar a área com os animais ou com as plantas ou eliminar as plantas tóxicas da área de pastejo dos animais.


2020 ◽  
Vol 30 (3) ◽  
pp. 613-619
Author(s):  
Clécio Maynard Batista da Fonseca ◽  
Elisabeth Oliveira ◽  
Leandro Calegari ◽  
Alexandre Santos Pimenta ◽  
Pierre Farias de Souza ◽  
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Visando determinar o potencial energético do carvão da Prosopis juliflora (Sw.) DC. e do Ziziphus joazeiro (Martius), o presente trabalho vem incrementar as informações sobre as espécies de ocorrência no semiárido brasileiro. Foram avaliados os parâmetros dendrométricos, tais como: altura total e comercial da árvore, diâmetro à altura do peito (DAP), o volume com casca e sem casca. Após as carbonizações da madeira, foram determinadas as características energéticas do carvão oriundo das espécies estudadas, tais como: poder calorífico superior, rendimento gravimétrico, densidade verdadeira e aparente, porosidade, rendimento em produto condensado, análise de química imediata (teor de materiais voláteis, cinzas e carbono fixo) e umidade, dos quais a Prosopis juliflora possui maiores valores, superando os do Ziziphus joazeiro e os das demais espécies arbóreas correlacionadas, tais como: Mimosa tenuiflora, Aspidosperma pyrifolium, Croton sonderianus, Piptadenia stipulacea, Amburana cearensis, Cemostigma bracteosum e Handroanthus impetiginosus. Ambas possuem um grande potencial para a produção de carvão vegetal, considerando os seus excelentes níveis de rendimento gravimétrico, carbono fixo e do poder calorífico.


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