<p>Em 1961, o pensador francês Roland Barthes (1915-1980) publicou o texto “Le sport et les hommes”, a partir de uma encomenda do canadense Hubert Aquin, que realizava um documentário com o mesmo título. O artigo oferece uma análise semiológica sobre a tourada na Espanha (a qual o próprio Barthes não sabe se a inclui na categoria de esporte), o automobilismo nos Estados Unidos, o ciclismo na França, o hóquei no gelo no Canadá e o futebol na Inglaterra. Longe dos termos técnicos das ciências do esporte e do linguajar acadêmico canônico, Barthes procura analisar os significados e a importância que o esporte assumiu na sociedade de massas do século XX, buscando interpretações e correlações entre a prática esportiva e as necessidades vitais do homem na contemporaneidade. Nossas reflexões procuram contrapor a contribuição barthesiana às obras seminais de dois outros autores europeus que, anos antes, propuseram uma leitura original sobre o esporte: são os casos de Johan Huizinga e o livro <em>Homo Ludens</em> (1938), e de Roger Caillois e <em>Os Jogos e os Homens</em> (1957).</p>
Introduction: Hubert Aquin et les médias