scholarly journals Atrasado para a revolução ou como sobreviver ao processo contrarrevolucionário: a experiência de exílio de Augusto Boal em Portugal

2021 ◽  
Vol 2 (6) ◽  
pp. e21073
Author(s):  
Natália Batista
Keyword(s):  
Augusto Boal

Este artigo pretende investigar o primeiro ano do exílio do teatrólogo brasileiro Augusto Boal em Portugal, que viveu no país entre os anos de 1976 e 1978. Diante de uma vasta produção sobre o deslocamento de intelectuais e artistas brasileiros para o país, o interesse será mapear alguns aspectos da trajetória do diretor teatral no país lusitano. Serão analisados dois elementos específicos: as motivações para o seu deslocamento e a sua chegada da cidade de Lisboa. Em um primeiro momento, interessa compreender como a Revolução dos Cravos modificou o contexto português e fomentou em Boal o desejo de participação em um processo revolucionário que colocou fim na ditadura do regime salazarista. Em um segundo momento busca-se analisar as redes de sociabilidade que permitiram o deslocamento de Boal para Lisboa, assim como a análise das dificuldades encontradas no momento inicial de sua chegada em sua relação com a Secretaria de Estado da Cultura portuguesa. Devido a problemas com a burocracia brasileira para a renovação de seu passaporte, Boal chegou no país dois anos após a data inicial da revolução. Diante das incertezas do processo pós-revolucionário, a presença de Boal se tornou um objeto de disputa dentro do governo. As promessas de trabalho feitas pelo Estado português se concretizaram parcialmente e foram cercadas de percalços. Busca-se analisar as categorias de engajamento e exílio para descortinar possibilidades interpretativas e sugerir novos olhares sobre a experiência inicial de Boal durante o seu exílio em Lisboa.

scholarly journals O Teatro do Oprimido: dimensões políticas e pedagógicas em perspectiva freiriana

2020 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 01-10
Author(s):  
Francenilza Viana de Souza Silva ◽  
Selda Vale da Costa
Keyword(s):  
Paulo Freire ◽  
Augusto Boal ◽  
De Se

O artigo objetiva articular a arte teatral às críticas do contexto social, a partir das concepções teóricas e metodológicas do Teatro do Oprimido, de Augusto Boal. Portanto, trata-se de um estudo teórico que analisa o método teatral que está inserido na proposta do teatro político desse autor, estruturado a partir de seis técnicas que objetivam aproximar o teatro das grandes massas. A prática do Teatro do Oprimido amplia horizontes, exercita a prática do diálogo com diferentes campos do saber. Daí a importância de se conhecerem as conexões existentes entre os fundamentos que embasam esta teoria teatral e a teoria de Paulo Freire. Conclui-se que o Teatro do Oprimido, articulado às perspectivas freiriana, é uma alternativa para que os atores sociais reflitam sobre as formas de opressões presentes na sociedade, para romper com as relações verticalizadas, autoritárias e centralizadoras, uma vez que estabelece uma relação horizontal entre elas, contribuindo para que questionem e discutam suas práticas de cidadãos. Palavras-Chave: Teatro do Oprimido. Augusto Boal. Educação. Paulo Freire.

scholarly journals REFLEXÕES SOBRE O CARÁTER FORMADOR E POLÍTICO DA ARTE NA SOCIEDADE CAPITALISTA

2018 ◽  
Vol 14 (1) ◽  
pp. 01
Author(s):  
Karine Assis Oliveira Soares ◽  
Tiago Gomes Alves
Keyword(s):  
Herbert Marcuse ◽  
Augusto Boal

Vivenciamos nos dias atuais uma realidade marcada pela fluidez das relações e, sobretudo, uma modificação da própria condição humana que nos tornou meramente consumidores. Inevitavelmente, a arte e a educação também se modificaram adquirindo um caráter técnico e mecanicista. Segundo a visão aristotélica, assim como a arte, a educação deve visar a emancipação humana, cabendo aos educadores, e também aos artistas, preparar o sujeito para o enfrentamento do mundo real, panorama que acabou sendo perdido com o desenvolvimento do capitalismo. Partiremos dos pressupostos, levantados a partir de nossas vivências no exercício docente e artístico, de que a arte e a educação se tornaram meramente produtos a serem vendidos, alimentando um desejo imediato de consumo e de lucro. Como é possível conferir um novo sentido à arte na vigência do capitalismo? Como resgatar seu caráter emancipador e político? Para responder a essas e outras questões, utilizaremos como aporte teórico os filósofos Aristóteles e Herbert Marcuse e o teatrólogo Augusto Boal

scholarly journals Incorporating theatre techniques in the language classroom

2015 ◽  
Vol IX (2) ◽  
pp. 115-124
Author(s):  
Abigail Paul
Keyword(s):  
Foreign Language ◽  
Language Learning ◽  
Native English Speakers ◽  
Language Learner ◽  
Augusto Boal ◽  
Second Language Learner ◽  
Improvisational Theatre ◽  
Language Classroom ◽  
Communicative Approach ◽  
The University

The following workshop was presented at a Foreign Language and Drama Conference at the University of Reutlingen on July 10, 2015. It outlines the use of improvisational theatre techniques in the foreign language classroom by making parallels between the communicative approach to language learning and improvisational theatre techniques learned in various books read and seminars attended by the author throughout the years in numerous cities, but predominantly with Second City Chicago1, iO Chicago2, Keith Johnstone, and Comedy Sportz3. As Friederike Klippel states, “activities are invented, but we rarely know who invented them. Like games or folk songs they are handed on from teacher to teacher” (Klippel 1985: 1). Similarly improvisational activities morph over time, with each teacher adding his or her own personal flair. The seminar is built predominantly on the games and philosophies as outlined by theatre practitioners Augusto Boal, Viola Spolin and Keith Johnstone, but from the viewpoint of the author. While these activities can be used for a variety of purposes with native and non-native English speakers in a number of areas, the focus in the following is on the second language learner. The generally-accepted understanding of a communicative approach to language learning is that it focuses ...

A cultura do teatro de Augusto Boal

2012 ◽  
Author(s):  
Antonio Luís de Quadros Altieri
Keyword(s):  
Augusto Boal

Democratic Representation and Legislative Theatre

Theoria ◽  
2020 ◽  
Vol 67 (164) ◽  
pp. 26-47
Author(s):  
Gustavo H. Dalaqua
Keyword(s):  
Public Sphere ◽  
Political Representation ◽  
Augusto Boal ◽  
Democratic Representation ◽  
The Public ◽  
General Terms ◽  
The Public Sphere ◽  
Opening Up

This article seeks to contribute to the debate on how political representation can promote democracy by analysing the Chamber in the Square, which is a component of legislative theatre. A set of techniques devised to democratise representative governments, legislative theatre was created by Augusto Boal when he was elected a political representative in 1993. After briefly reviewing Nadia Urbinati’s understanding of democratic representation as a diarchy of will and judgement, I partially endorse Hélène Landemore’s criticism and contend that if representation is to be democratic, citizens’ exchange of opinions in the public sphere should be invested with the power not only to judge but also to decide political affairs. By opening up a space where the represented can judge, decide, and contest the general terms of the bills representatives present in the assembly, the Chamber in the Square harnesses political representation to democracy.

scholarly journals Feeling real and rehearsal for reality: psychosocial aspects of ‘forum theatre’ in care settings and prisons

2019 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 23-39
Author(s):  
Lynn Froggett ◽  
Laura Kelly-Corless ◽  
Julian Manley
Keyword(s):  
Third Space ◽  
Psychosocial Aspects ◽  
Observational Research ◽  
Self Awareness ◽  
Transitional Space ◽  
Augusto Boal ◽  
True Self ◽  
Forum Theatre ◽  
Theatre Company ◽  
Reflective Capacity

This article discusses psychosocial aspects of a short drama module, drawing on observational research into the adaptation of ‘forum theatre’ by Odd Arts theatre company for people in educational, care and custodial settings. The course facilitated the enactment of life experiences and choices, enhancing self-awareness and reflective capacity. The drama space is considered as ‘third space’, and a transitional space, where participants play with creative illusion in what Augusto Boal called a ‘rehearsal for reality’. We argue that the use of third-space and third-position thinking is key to understanding forum theatre as a restorative practice both through rehearsal and in ‘playing for real’ before an audience ‐ a symbolic community that offers the opportunity for recognition. Problems attendant on the performance of ‘false self’ arise where there is collusive avoidance of difficult issues because the value of forum theatre lies in the achievement of authorship and authenticity ‐ or ‘true self’ ‐ publicly performed and owned. It is this that allows individuals to imagine the possibility of creative living in the future.

[Letter from Augusto Boal]

1986 ◽  
Vol 30 (3) ◽  
pp. 9 ◽  
Author(s):  
Augusto Boal
Keyword(s):  
Augusto Boal

Up Front: AUGUSTO BOAL (1931 - 2009)

Theater ◽  
2010 ◽  
Vol 40 (1) ◽  
pp. 5-9
Author(s):  
J. Pottlitzer
Keyword(s):  
Augusto Boal
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