scholarly journals INDIVÍDUO E SOCIEDADE: relações de continuidades e descontinuidades da antropologia filosófica nas ciências sociais

2020 ◽  
Vol 1 (24) ◽  
pp. 205-226
Author(s):  
Marco Vinicius de Castro

Este artigo tem como objetivo fazer um ensaio analítico das noções de indivíduo e sociedade da sociologia clássica, enfatizando Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, e refletir como tais noções podem ter sido construídas em relações de continuidades e descontinuidades com a antropologia filosófica nas ciências sociais, principalmente de Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau. Para isso, foi feita uma revisão bibliográfica não com o intuito de comparar, mas de aproximar e distanciar tais autores por meio do apontamento genérico de suas principais ideias e reflexões. Ao final dessa breve discussão bibliográfica, espera-se que seja possível identificar as continuidades e descontinuidades nos pensamentos expostos desses autores, assim como mostrar que as noções de indivíduo e sociedade da sociologia clássica podem ter sido influenciadas pelas continuidades e descontinuidades inerentes ao debate da antropologia filosófica nas ciências sociais.

2015 ◽  
Author(s):  
Wolfgang Schluchter
Keyword(s):  

Die Alternativen soziologischen Denkens Wolfgang Schluchter betrachtet zunächst drei konkurrierende Forschungsprogramme, die er als soziologischen Hegelianismus (Karl Marx), soziologischen Kantianismus (Émile Durkheim) und kantianisierende Soziologie (Max Weber) bezeichnet. In seiner Theoriegeschichte in systematischer Absicht geht er dann sowohl der systemtheoretischen Wende als auch der sprachtheoretischen Wende nach. Erstmals sind beide Teile dieses Grundlagenwerks in einem Band erhältlich.


2021 ◽  
pp. e021015
Author(s):  
Renato Cancian
Keyword(s):  

Nas ciências sociais uma obra clássica é uma referência para as gerações futuras de especialistas que usufruem de suas contribuições teóricas, conceituais, analíticas e metodológicas no desenvolvimento de novas pesquisas e permanente aperfeiçoamento do conhecimento. Entre os clássicos da sociologia, em particular os teóricos da fase de surgimento desta ciência social, o pensamento sociológico de Augusto Comte é considerado de menor relevância comparado a Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber. Todavia, ao analisar a trajetória intelectual de Augusto Comte este artigo sustenta que suas teorias e análises foram fundamentais para a constituição e o desenvolvimento ulterior da sociologia.  


2019 ◽  
Vol 19 (1) ◽  
pp. 249
Author(s):  
Ricardo Ramos Shiota
Keyword(s):  

Os clássicos da sociologia variam conforme cada país, eles são os autores que gozam de status superior, artífices de práticas exemplares de pesquisa, que levantaram problemas e propuseram soluções teóricas que ainda elucidam aspectos das sociedades contemporâneas. Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber se tornaram clássicos no Brasil, entre outras coisas, devido ao esforço de Florestan Fernandes na década de 1950, quando sistematizou a contribuição de cada um desses autores para uma teoria da investigação sociológica. A recepção desses clássicos no país não perdeu de vista os problemas da sociedade brasileira, que tradicionalmente esteve voltada para explicar o país. Por isso, determinadas leituras foram rotinizadas, criando versões próprias desses autores clássicos. Dessa perspectiva, esse texto faz uma reflexão sobre três livros paradidáticos da coleção “pontos de referência” da Editora Vozes, escritos por especialistas franceses: A sociologia de Marx, de Jean-Pierre Durand; A sociologia de Durkheim, de Philippe Steiner; e A sociologia de Weber, de Catherine Colliot- Thélène.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. e56110112201
Author(s):  
Isis Kelma Figueiredo de Araújo ◽  
Fernando Alberto Souza Lima ◽  
Jorge Luiz Aragão Silva ◽  
Ricardo André Biloia da Silva ◽  
Andrea Bittencourt Pires Chaves ◽  
...  

Este artigo tem como objetivo verificar, dentre as correntes teóricas da sociologia que contribuem à compreensão do fenômeno da violência, qual a mais expressiva a partir da percepção dos agentes de segurança pública responsáveis pelo atendimento de ocorrências de casos de violência no Bairro do Benguí, no município de Belém, estado do Pará, Brasil. Trata-se de estudo quantitativo com questionários estruturados, aplicados a policiais militares e bombeiros militares, que atuavam no referido bairro, para caracterizar e compreender o fenômeno da violência. Foram utilizadas nas alternativas princípios de correntes de pensamento sociológico da Teoria Política (Nicolau Maquiavel), do Contratualismo (Thomas Hobbes), do Liberalismo (Adam Smith), do Funcionalismo (Émile Durkheim) e da Sociologia Compreensiva (Max Weber). Como resultado, verificou-se a prevalência de ideias liberalistas, com 42% geral das respostas. Foi constatado também que a corrente de Adam Smith foi a mais expressiva nos níveis fundamental e médio de escolaridade. A prevalência liberal foi comum entre policiais e bombeiros, exceto quanto à principal causa da violência, em que a maioria dos bombeiros se alinhou à Teoria Política, de Nicolau Maquiavel. Os resultados mostraram correspondência ao pensamento criminológico crítico, sobre a compreensão seletiva das agências de segurança pública quanto à violência e de falha nos mecanismos de controle social no bairro. Concluiu-se com a prevalência do pensamento liberal nas quatro percepções investigadas: principais causas da violência no bairro (35%); melhores soluções ao fenômeno (47%); maiores dificuldades para alcançar soluções à violência (42%) e; razões para o fortalecimento do tráfico de drogas no bairro (45%).


2012 ◽  
Vol 2 (1) ◽  
pp. 108
Author(s):  
Léo Peixoto Rodrigues

A partir de um breve relato sobre as abordagens teóricas clássicas, tais como as de Émile Durkheim: positivista-funcionalista; de Max Weber: interpretativista; de Karl Marx: o materialismo histórico dialético; além da proposta estruturalista francesa, o presente artigo tem por objetivo pontuar, de modo mais ou menos comparativo, a proposta teórico-epistemológica de Niklas Luhmann, considerando categorias conceituais como: sujeito/objeto, ciência/ ideologia, normatividade, ontologia, teleologia. Nesse sentido, busca-se destacar aspectos da proposta teórico-epistemológica Luhman- niana e algumas das suas implicações com relação às abordagens te- óricas que fazem parte da tradição do conhecimento sociológico. http://dx.doi.org/10.5902/6386


Veras ◽  
2014 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
pp. 25
Author(s):  
Fernanda Quatorze Voltas Saul
Keyword(s):  

Ao lado de Max Weber e Émile Durkheim, Karl Marx é considerado um dos pensadores que mais influenciaram os teóricos sociais da modernidade no ocidente. Embora Marx não tenha tido a intenção de sistematizar uma teoria sobre a educação, algumas elaborações sobre o tema podem ser encontradas ao longo de sua obra. Dessa forma, o presente trabalho tem a intenção de refletir acerca da visão de Marx sobre a educação e as suas possíveis interpretações a partir de duas correntes marxistas distintas: as teorias da reprodução e da resistência. Dentre as possíveis interpretações sobre o pensamento educacional de Marx, o texto defende aquela que reconhece que a Escola não é apenas um espaço de reprodução ideológica na sociedade capitalista, mas é também, por contradição, um espaço de luta e resistência ao pensamento hegemônico dominante.


Author(s):  
Brunah Schall
Keyword(s):  

O pensamento evolutivo é de grande importância na Biologia e na Sociologia, pois em ambas as disciplinas háuma tentativa de compreender as mudanças que ocorrem ao longo do tempo, na natureza e na sociedade. Com foconesse tipo de pensamento, é possível delinear interseções entre a teoria da evolução por seleção natural de Darwin e asideias de Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, comparando os tipos de perspectivas históricas desenvolvidas por cadaum. A discussão dessas interseções pode contribuir para uma melhor compreensão e ensino das disciplinas, fomentandovisões transdisciplinares e críticas que as enriquecem, advertindo também para possíveis interpretações ideológicas quetêm impacto sobre a realidade.


2021 ◽  
Vol 23 (3) ◽  
pp. 684-705 ◽  
Author(s):  
Emerson Allevato Furtado ◽  
Izabella de Aquino Leandro ◽  
Marcelo Cardoso da Costa

A leitura da chamada sociologia clássica (Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx) pode ser reveladora da função do ensino na sociedade capitalista, em especial em termos das reflexões teóricas e práticas sobre a relação educação e trabalho. Este trabalho faz um convite à releitura desses teóricos, principalmente a da corrente de pensamento weberiana: visão educacional de Max Weber e Karl Mannheim. O objetivo é o debate e a pesquisa sobre a educação e trabalho e a possibilidade de mobilidade social de classes sociais periféricas e a construção de sua identidade profissional. Essas reflexões foram o ponto de partida para a elaboração de um projeto de pesquisa no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ – Campus Duque de Caxias), que originou um trabalho de campo com os alunos de química do curso médio técnico profissionalizante. Os dados obtidos, através da aplicação de questionário, lançam luz sobre a percepção do corpo discente em relação à identidade profissional e sua mobilidade social dentro da estrutura do trabalho na sociedade capitalista de classe.


2022 ◽  
pp. 000312242110657
Author(s):  
Aldon Morris

This article derives from my 2021 ASA presidential address. I examine how sociologists including Karl Marx, Emile Durkheim, Max Weber, and white American sociologists have omitted key determinants of modernity in their accounts of this pivotal development in world history. Those determinants are white supremacy, western empires, racial hierarchies, colonization, slavery, Jim Crow, patriarchy, and resistance movements. This article demonstrates that any accounts omitting these determinants will only produce an anemic and misleading analysis of modernity. The central argument maintains that the sociologist W. E. B. Du Bois developed a superior analysis of modernity by analytically centering these determinants. I conclude by making a case for the development of an emancipatory sociology in the tradition of Du Boisian critical sociological thought.


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