scholarly journals Reportagem e reconhecimento: a alteridade como projeto

2021 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 9-21
Author(s):  
Reges Schwaab

O presente texto debate a reportagem jornalística e sua construção narrativa como devedora do gesto de reconhecimento, mantendo em permanente evidência o Outro como dimensão primeira da comunicação. O Outro como questão é um convite ao fim da distância, mesmo que seja também um limite à aproximação. Para Paul Ricoeur, a reciprocidade do reconhecimento é a exigência ética mais profunda. Em Emmanuel Lévinas, o princípio ético absoluto é o cuidado com o outro, uma responsabilidade incondicional e infinita como estrutura fundamental da subjetividade. Em uma articulação entre os estudos da reportagem e a filosofia, propôs-se tomar a reportagem, em sua qualidade de metodologia do jornalismo, fundamentada por um encontro que é ruptura do mesmo em direção ao Outro e cuja escrita pode tensionar a representação que apaga o clamor do Rosto, potência para pensar o jornalismo diante da vida precária e da exclusão. 

2019 ◽  
Vol 19 (3) ◽  
pp. 90
Author(s):  
Elvis De Oliveira Mendes

É possível um retorno filosófico à religião?  A fim de tentar refletir acerca dessa difícil questão, o presente estudo pretende focar-se no confronto com os desafios do fenômeno religioso que se configura na contemporaneidade, tomando como ponto de referência o encontro entre as contribuições do pensamento filosófico de Paul Ricoeur – que recupera a textualidade da expe-riência religiosa e a fecundi-dade do pensamento ético-filosófico de Emmanuel Lévinas que, por sua vez, propõe o retorno à ética encontrada na tradição talmúdica, a fim de repensar o fenômeno religioso na atualidade.


2005 ◽  
Vol 62 (2) ◽  
pp. 193-209 ◽  
Author(s):  
Thomas E. Reynolds

Reflecting on the author's experience of parenting a son with disabilities and bringing this experience into conversation with authors such as Jean Vanier, Paul Ricoeur, and Emmanuel Levinas, this article suggests that “letting go” and becoming open to another in love is an experience of redemption that marks a conversion of self, one that transgresses boundaries and empowers the deepest kind of mutual belonging imaginable. Moreover, this conversion to another ultimately transforms us in the direction of a conversion to the divine itself, cultivating dispositions of gratitude and hope, for God is the relational power of the whole of reality, that which makes love imaginable, indeed possible.


2019 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 125-139
Author(s):  
Sophie Galabru

In Time and narrative then in Oneself as another Paul Ricœur proposes a philosophy of personal and collective identity, through research on time and narrative. According to these books, emplotment would synthesize and reconcile the temporal discordance, experienced by the selfhood. The subject’s fragmentation by the otherness of time could then define vulnerability. Our aim is to question this triad time-vulnerability-narrative thanks to the opposite positions of Emmanuel Levinas. Unlike Ricœur, Levinas severely criticizes the idea of memory and narrative in order to respect the vulnerability of the other. Yet, the Ricœurian analysis of the responsibility affirms the need for a capable and not dispossessed Self. From this point of view, Ricœur helps us to question the limits set by Levinas to narrative and leads us to wonder if the ethical plot for the vulnerability of others does not need memory and narrative.


2013 ◽  
Vol 4 (1) ◽  
pp. 92-112 ◽  
Author(s):  
Damien Tissot

In this paper, I read Paul Ricoeur in dialogue with Judith Butler, Emmanuel Levinas and Annie Léchenet. I suggest that Ricoeur’s philosophy provides interesting tools to articulate two simultaneous feminist claims, that is, a claim for recognition and a claim of justice. This article particularly highlights how the Ricoeurian hermeneutics of the subject, which puts self-esteem at the centre of the good life with and for others within just institutions, can provide an interesting frame for feminist research. Through my reading of Ricoeur, by linking more precisely the notions of promise and self-esteem, I argue that Ricoeur’s philosophy allows us to develop a theory of faithfulness to oneself, which, I suggest, is an implicit claim of feminist discourse.


Franciscanum ◽  
2013 ◽  
Vol 55 (159) ◽  
pp. 105
Author(s):  
Pedro Enrique García Ruiz

A través de la noción de identidad narrativa Paul Ricoeur busca mostrar que una dialéctica entre lo propio y lo ajeno se encuentra presente en toda comprensión. Emmanuel Levinas rechaza esta concepción de la alteridad pues considera que el otro no es reducible a una relación que esté mediada por la reflexión. Considera al otro como un límite de la identidad, no su condición de posibilidad. De esta manera, se analiza la respuesta que ofrece Ricoeur en Sí mismo como otro respecto al estatuto de la alteridad del otro y su relación con la constitución de la identidad del yo.


Franciscanum ◽  
2013 ◽  
Vol 55 (160) ◽  
pp. 111
Author(s):  
Francisco Xavier Sánchez Hernández

El texto analiza el breve diálogo epistolar que tuvieron Emmanuel Levinas y Paul Ricoeur poco tiempo después de la publicación de la obra de Ricoeur, Sí mismo como otro, en la cual Ricoeur criticaba a Levinas la «falta de estima de sí» en la constitución del sujeto que responde al otro. A lo cual Levinas se defiende haciendo referencia a la categoría de «elección». El hecho de haber sido elegido por el otro para responderle suscita en mí, sin haberlo previsto, una especie de estima de mí mismo, que me permite descubrirme «otro» de quien yo creía ser al principio. Breve diálogo epistolar entre los dos amigos que nos permite entrar en el centro de sus reflexiones sobre la alteridad.


1970 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 175-190
Author(s):  
Marek Drwięga

This paper deals with the problem of what otherness consists in, and what its foundation is, within the I–Other relation. In this way, the study also explores the limits of ethics and of a quasi-religious attitude, in order to establish what is required to shape interpersonal relations in a non-violent way, when faced with the radical otherness of another human being. Such an investigation also intersects with a broader ethical discussion that aims to take account of glorious or heroic acts, focused on the issue of supererogation. The aim of the present study is to demonstrate the degree to which a neglect of reciprocity and justice in the context of such philosophical research constitutes a risky step. To this end, the main aspects of the debate between Emmanuel Levinas and Paul Ricœur are introduced. After examining the position of Levinas, and how Ricœur interprets the I–Other relation in Levinas, an attempt is made to assess whether the latter’s line of criticism is pertinent and helpful for attempts to arrive at the core of the disagreement between the two thinkers.


Dialogue ◽  
1999 ◽  
Vol 38 (3) ◽  
pp. 547-560 ◽  
Author(s):  
Jean Grondin

La phénoménologie a connu trop peu de sommets créateurs depuis Husserl et Heidegger pour qu'il soit possible d'ignorer le dernier ouvrage de Jean-Luc Marion, aussi superbement écrit qu'il est ambitieux. Certes, de très exhaustives encyclopédies conçues par nos collègues américains, pour lesquels le terme de phénoménologie sert un peu d'équivalent à celui de philosophie continentale (c'est-à-dire «non analytique»!), recenseront des légions de phénoménologues depuis Husserl et Heidegger, mais aucun n'aura eu d'impact vraimentdéterminantsur la conception même de la discipline. Ces listes comprendront de redoutables penseurs comme Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Emmanuel Levinas et Paul Ricœur, où l'on reconnaîtra les plus illustres représentants de la tradition de la phénoménologie française (les autres traditions dites phénoménologiques étant beaucoup moins riches).


2021 ◽  
Vol 30 (4) ◽  
pp. 1-14
Author(s):  
Lidia Eugenia Cavalcante

Discute a mediação da leitura na perspectiva da educação literária a partir da compreensão do conceito de alteridade. Tomacomo referência conceitual os estudos filosóficos de Emmanuel Lévinas e Paul Ricoeur acerca da alteridade. Apresenta comoquestão de pesquisa: qual o lugar da alteridade na mediação da leitura na educação literária contemporânea, nesses temposdifíceis de individualismo, isolamento, silenciamento e de subtração de direitos? Discute as implicações da mediação daleitura levando-se em consideração as subjetividades do leitor em relação ao texto e às linguagens. Busca compreendercomo a ação pedagógica na educação literária pode contribuir no que concerne à dialogicidade das experiências de cadaser humano. Conclui que o ato de ler pode contribuir para o desenvolvimento de saberes reflexivos e críticos que alicerçama construção do conhecimento, gerando modos de resistência às visões totalitárias, centralizadoras e assimétricas queteimam em reduzir os direitos humanos e a autonomia dos sujeitos. A leitura, portanto, pode propor outro caminho pormeio da linguagem e da cultura, não subordinada às formas de dominação. Palavras-chave: Educação literária. Mediação de leitura. Alteridade.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document