Revista Ágora Filosófica
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Published By Universidade Catolica De Pernambuco

1982-999x, 1679-5385

2021 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 05-27
Author(s):  
Marcos Roberto Nunes Costa ◽  
Rafael Ferreira Costa

Não obstante já encontrarmos algumas mulheres que se destacaram como escritoras na Idade Média, algumas delas, inclusive, que trataram de temas relacionados a questão de gênero, como é o caso, por exemplo, de Hidelgard de Bingen (1098-1165), sendo por isso apontadas por alguns comentadores como precursoras do “feminismo”, mas é Cristina de Pisano (1365-143?), provavelmente, a primeira escritora “feminista” no sentido moderno da palavra. Participou ativamente do famoso movimento crítico-literário no medievo que ficou conhecido pelo nome de Querelle des Femmes, em reação a literatura misógina da época, que teve como estupim o famoso poema Roman de la Rose, escrito por Jean de Meung, em 1280. Eis, portanto, o objetivodeste artigo: apresentar Cristina de Pisano como uma fecunda precursora do movimento feministas moderno, destacando-se, inclusive, em comparação com outras importantes pensadores de seu tempo, por ter feito da arte de escrever uma profissão, e de a colocar a serviço da “causa feminina”.


2021 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 137-149
Author(s):  
Alberto Simonetti

The article aims to clarify the philosophical path around the theme of trust; the relevance of this philosophical category is linked to both the epistemological and ethical dimensions. The problem of the risk of trust is the ethical philosophy of our time, above all because of the phenomenon of migration, the recent pandemic, the economic and political question. Returning to the work of David Hume we try to explain the empirical analysis of this theme in a perspective of a new era of trust. The epistemological foundation of trust clarifies the relationship with justice and pluralism, a source of positive resources but also of important problems.


2021 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 115-136
Author(s):  
Dalmo Cavalcante De Moura
Keyword(s):  

A Reificação começa a ser problematizada na Teoria Crítica na década de 1930. Na atualidade Axel Honneth vem problematizando-a através da Teoria do Reconhecimento. Assim, a relação agora passa a ser pelos critérios da possibilidade de promover os direitos dos vários grupos sociais e sua formação identitária. Por outro lado, Paulo Freire também trata da         Reificação,         enquanto impossibilidade do oprimido de pronunciar o mundo. Portanto, nosso texto está delimitado por uma pesquisa bibliográfica e procura buscar as semelhanças entre os autores, o que sugere o potencial de diálogo entre Honneth e Freire acerca da Reificação. o artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica a partir do desenvolvimento do doutorado. Nessa discussão, podemos afirmar que a Reificação em Honneth e Freire tem uma relação aproximada e que é preciso um aprofundamento da temática em discussão.


2021 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 28-67
Author(s):  
Myrvia Ferreira de Vasconcelos ◽  
Rodrigo Silva Rosal de Araújo

O presente trabalho consiste numa adaptação do relatório final da pesquisa realizada através do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) no período de 2019 a 2020, nas ambiências do Departamento de Fundamentação da Educação da Universidade Federal da Paraíba. O plano de trabalho da pesquisa tem por objeto a concepção de integralidade na obra do professor Ferdinand Röhr (2013). O objetivo geral do plano é compreender como a integralidade se coloca enquanto condição prévia para utilizar a espiritualidade como categoria de análise da educação. E os objetivos específicos são: a) analisar a noção de integralidade na obra do professor Ferdinand Röhr; b) demonstrar como tal noção associa educação e espiritualidade; c) perceber em que medida contribui para utilizar a espiritualidade enquanto categoria de análise da educação. Utilizamos a hermenêutica filosófica como método apropriado de investigação e interpretação da temática sob análise (GADAMER, 2015), especialmente das obras do professor Ferdinand Röhr: “Diálogos em educação e espiritualidade (2010)” e “Educação e espiritualidade: contribuiçõespara uma compreensão multidimensional da realidade, do homem e da educação (2013)”. A associação da tarefa educacional com a espiritualidade parte do pressuposto de que a educação pode ser um caminho que conduz os sujeitos envolvidos na direção da formação humana integral. A espiritualidade como categoria de análise da educação se realiza através do princípio de confiança entre educador e educando.


2021 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 88-114
Author(s):  
Tiago Penna

Ao admitirmos que aquilo a que cunhamos racionalidade se identifica com os gêneros de discursividade (lógos), tal racionalidade pode ser re-conhecida através de análise formal dos elementos constitutivos próprios a cada esfera de racionalidade discursiva (lógos). No caso da arte retórica (rethorikê), a matéria do discurso, isto é, as palavras (lógoi), são ordenadas em vista da produção (poiésis) de um “efeito” (érgon), que se identifica com a persuasão (peithós), estritamente ligada a contextos particulares ou casos concretos. Neste sentido, é crucial a compreensão e a prática das “provas” (písteis), de acordo com uma forma (êidos) adequada, que consistirá no (i) raciocínio (lógos) inerente ao discurso; bem como deverá exprimir o (ii) “caráter” (éthos) ou “boa reputação” do orador – considerado como causa motora (ou eficiente) do discurso retórico; e (3) o páthos, isto é, as paixões ou emoções suscitadas através do discurso. Assim, as “provas de persuasão” (písteis) podem ser classificadas como provas lógicas, éticas ou emocionais (patéticas). Aristóteles distingue entre provas artísticas, isto é, intrínsecas (ou técnicas), e as não-artísticas, extrínsecas (ou não-técnicas), isto é, obtidas de modo alheio à arte retórica (rethorikê); enquanto as provas “artísticas” ou técnicas dizem respeito àquelas provas obtidas por meio das regras ou “caminhos” (méthodoi) próprios da retórica (rethorikê), compreendida como arte (techné) de produção (poiésis) de discursos (lógoi) que visam à persuasão (peithós). Portanto, a retórica (rethorikê) aponta para um gênero específico de arte, que – por sua vez – incide em um gênero específico de racionalidade discursiva (lógos), de modo que a mesma se apresenta como espécie de “saber” (epistême). Assim, resta-nos analisar se tal racionalidade inerente a esta espécie de discursividade (lógos) se assemelha com o método (méthodos) próprio da retórica, re-conhecida como espécie de conhecimento (epistême).


2021 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 68-87
Author(s):  
Luis Henrique Zago ◽  
Allan Alberto Ferreira ◽  
Neiva Solange da Silva ◽  
Rodrigo Lima Nunes

O presente trabalho aborda o método materialista histórico dialético, que é base para o desenvolvimento da teoria histórico-cultural. O objetivo é refletir sobre o método para ter clareza dos caminhos que percorreremos ao pesquisar. Para tanto, realizamos uma revisão de literatura para construir os entrelaçamentos necessários quanto a compreensão deste método. Conside-ramos que mesmo que não seja determinante, o método influenciará nas escolhas dos procedimentos de pesquisa. O elemento constituinte por excelência é a história, entendida não como simples sucessão de fatos em uma relação de causa e efeito, mas como a própria vida em movimento. Assim, postulamos que as pessoas não possuem história, elas são a própria história vivida em relação com os outros. O texto apresenta o materialismo histórico dialético como caminho para se alcançar conhecimentos que estejam para além do aparente.


2021 ◽  
Vol 21 (2) ◽  
pp. 150-186
Author(s):  
Gerson Francisco Arruda Júnior ◽  
Marcone Felipe Bezerra de Lima

O conceito de livre-arbítrio e liberdade a partir de Agostinho tornou-se imo desde a Antiguidade Tardia e o Período Medieval, tornando-se um alvitre na contemporaneidade. A estrutura lógico-argumentativa do pensamento agostiniano acerca do arbitrium fundamenta-se na ontologia do homem, especificamente na sua constituinte metafísica – a alma (animus).  Em sua argumentação, o Hiponense considera a liberdade humana como elemento vinculado à razão, o que diferencia o homem dos demais seres, para os animais, anima e para aquele, animus. Portanto, considerando esse conceito ontológico, foram analisados os dois estados metafísicos do homem e assim seus dois mundos. Dessa forma, Agostinho conceitua o livre-arbítrio como elemento necessário que direciona a vontade para os bens superiores (eternos) ou para os inferiores (temporais), o que permite classificar os dois mundos e seus respectivos cidadãos.


2021 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 42
Author(s):  
Anderson Luis da Paixão Café
Keyword(s):  

Compreender a forma pela qual Jean Paul Sartre articulou seus principais conceitos teóricos para construir a narrativa do seu A Náusea, que marcou as suas primeiras posições frente ao existencialismo francês, levando-o, inclusive, ao panteão dos grandes escritores franceses. Para isso, adotou-se uma pesquisa qualitativa, aplicada, explora-tória e descritiva, na qual se construiu pontes de saberes entre a Filosofia e a Lite-ratura. Os resultados da pesquisa mostra-ram alguns recortes textuais extraídos do romance em questão, na qual se evidenciou a forma pela qual o pensador francês articulou os conceitos de contingência, responsabilidade, desamparo, angústia e má-fé para construir a narrativa literária que mar-cou o encontro dramático de Antoine Roquentin com a liberdade. A pesquisa concluiu que A Náusea pode ser entendida como uma espécie de espelho que permite aos leitores perceberem-se enquanto indivíduos cada vez menos determinados pelas circuns-tâncias históricas, econômicas, sociais, políticas e/ou culturais e cada vez mais livres para construírem as suas vidas com a maior autenticidade possível.


2021 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 198
Author(s):  
Marcelo Da Costa Maciel
Keyword(s):  

Este ensaio reflete sobre as atuais condições de produção e difusão do conhecimento na área das Humanidades, explorando também as perspectivas que se abrem para o futuro. Tomando como ponto de partida O Futuro de uma Ilusão, avalia-se, à luz da contemporaneidade, o diagnóstico feito por Freud acerca da era moderna e do lugar nela desempenhado pela religião e pela ciência. Em seguida, discute-se o conceito de “pós-verdade” como uma chave-interpretativa para a compreensão da época atual, ressaltando-se suas implicações sobre o campo das Humanidades. Nesse ponto, são abordados temas tais como a crise da razão, o declínio das Humanidades e o império das tecnologias. Por fim, o artigo pretende apontar algumas possibilidades abertas para o ensino e a pesquisa nas Humanidades. Seguindo a reflexão feita por Max Weber em A Ciência como Vocação (1917), ressalta-se a necessidade da dedicação obstinada e da entrega apaixonada, sem otimismo exagerado, mas também sem resignação ou renúncia. Como conclusão, o artigo apresenta o ofício de professor e pesquisador das Humanidades como o ofício de um guardador e transmissor de um patrimônio extremamente valioso no presente e que poderá, mesmo, ser indispensável no futuro.


2021 ◽  
Vol 21 (1) ◽  
pp. 145
Author(s):  
Victor Hugo De Oliveira Marques ◽  
Julielton De Melo Targino

A linguagem e a hermenêutica são duas grandes áreas da Filosofia e estão presentes na discussão filosófica de Agostinho. Esta pesquisa buscou apontar as relações destas temáticas no pensamento do autor com base em algumas obras primordiais para atingir este objetivo. Sendo assim, foram identificados os conceitos bases que constituem a linguagem (sinais, significado, palavra) e a hermenêutica (sinais figurados, sentido literal, obscuridades) em seus apontamentos. A primeira, é uma estrutura que possibilita a comunicação, por meio da convenção de vocábulos fazendo acontecer a mediação entre o pensamento e a palavra, seja ela falada ou escrita. A segunda, por sua vez, ao reconhecer que o problema das obscuridades é de natureza linguística, faz com que se interprete corretamente os textos sagrados. A linguagem é como que pré-formada na razão; e a teoria da interpretação de Agostinho se constrói através da linguagem. Assim, ambas, constituem uma via objetiva que faz a mediação para acessar a verdade (Deus).


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