scholarly journals A igualdade na aula de Matemática da Educação Infantil: por que devemos ficar atentos ao usar esse sinal?

Author(s):  
Ana Virginia De Almeida Luna ◽  
Vera Lucia Merlini ◽  
Ângela Ateone Batista do Carmo Ferreira

O presente artigo tem por objetivo analisar os textos do discurso instrucional de igualdade que foram operados por uma professora no processo de recontextualização do curso de formação continuada em Early Algebra na sua sala de aula da educação infantil. E, desse modo, possibilitar que outros profissionais da Educação Infantil tenham acesso a esse estudo, a fim de que possam dialogar, levar para suas salas de aula e socializar experiências, assim como estabelecer uma interlocução com outros pares e pesquisadores. A pesquisa foi desenvolvida por meio de uma abordagem qualitativa, com a utilização do modelo de investigação da Linguagem de Descrição, desenvolvido pelo sociólogo Basil Bernstein, com o qual discutimos como foi realizado o deslocamento do texto do discurso de igualdade de uma Formação sobre Early Algebra em sala de aula. Para isso foram observadas duas propostas de atividades da Professora Juliana. Os resultados deste estudo evidenciam que é possível trabalhar com noções de equivalência desde a educação infantil, pois a professora realizou atividades de cunho algébrico, com os seus estudantes, favorecendo que eles estabelecessem relação com o conceito de equivalência por meio das interações nas brincadeiras e nas demais atividades propostas. Nesses contextos as crianças se aproximaram dos textos do discurso da igualdade.

Author(s):  
Alex Almeida de Souza ◽  
Iane De Jesus Carneiro

Este artigo tem como objetivo analisar os textos do discurso algébrico, voltados para o pensamento funcional, que foram recontextualizados e ditos pelos sujeitos (professora-estudante) da prática pedagógica, em uma turma de 3° ano do Ensino Fundamental. Tal artigo é fruto de uma pesquisa de mestrado realizada com um grupo de professoras dos Anos Iniciais. No entanto, o escopo deste estudo abarca apenas os dados coletados na sala de aula de uma dessas professoras. Sendo assim, a presente investigação insere-se em uma abordagem qualitativa, na perspectiva de um estudo de caso, tendo como fundamentação teórica a Teoria dos Códigos de Basil Bernstein, além da revisão de literatura no âmbito da Early Algebra. A análise dos dados revela que ao operacionalizar o processo de recontextualização pedagógica, a professora cursista mostrou domínio das regras de reconhecimento e de realização, sabendo mover os textos produzidos na formação para a sua prática pedagógica. Além disso, verificou-se que, ao serem movidos do espaço de formação para o espaço da sala de aula, os textos recontextualizados apresentavam similaridades e diferenças em relação aos textos produzidos durante a formação, pois, ao serem deslocados, tais textos foram regulados pelos princípios específicos daquela nova prática pedagógica.


Author(s):  
Córa Hisae Hagino

O tema deste artigo é o ensino jurídico na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, o que engloba o direito, a educação e a prática pedagógica. Na primeira parte do artigo, utilizo como referencial teórico os trabalhos de Pierre Bourdieu e Basil Bernstein. Apresento, ainda, alguns resultados preliminares oriundos da análise curricular e da observação participante. O objetivo central é realizar uma análise do ensino na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, com ênfase nos currículos e práticas pedagógicas, a fim de compreender a lógica de reprodução dos discursos jurídico e pedagógicos da Escola de Direito de Coimbra.


2020 ◽  
Vol 25 (3) ◽  
pp. 537
Author(s):  
Ademir De Jesus Silva Júnior ◽  
Bruno Ferreira Dos Santos
Keyword(s):  

Este artigo apresenta um modelo de análise multidisciplinar para investigar as interações discursivas em aulas de Química. Utilizamos a teoria sociolinguística de Basil Bernstein, cujos conceitos permitem relacionar os microcontextos das interações em sala de aula com o contexto social mais amplo; os tipos de iniciação propostos por Hugh Mehan a partir da etnografia interacional; e a noção de abordagem comunicativa de Mortimer e Scott, que propicia caracterizar os gêneros do discurso de sala de aula. A união dessas diferentes perspectivas teóricas constitui o nosso modelo multidisciplinar, no qual relacionamos a análise dos graus de enquadramento e de classificação com os tipos de iniciação e de abordagem comunicativa, para explorar a interseção entre as dimensões interacional e epistêmica do discurso. Empregamos o modelo no estudo exploratório de práticas pedagógicas de quatro professores de Química, que ensinam em diferentes escolas. Por meio dessa análise e de seus resultados, pudemos caracterizar as relações existentes entre as distintas dimensões do discurso pedagógico do conhecimento químico, que sugerem que tanto a abordagem comunicativa quanto os tipos de iniciação são orientados pelo grau de classificação apresentado entre os diferentes tipos de conhecimento.


2021 ◽  
pp. 147490412110119
Author(s):  
Stephen Heimans ◽  
Parlo Singh ◽  
Henry Kwok

In this paper, the argument that we make is that public education emerges from when democracy is put into practice in education. For the purposes of this paper we use pedagogic rights as proposed by Basil Bernstein as a way to frame and support this ‘putting into practice’. Democracy, we argue, has to be practiced in two senses: 1) it does not ‘exist’ but has to be continually renewed and brought to life between people, as such it is precarious and fleeting; 2) one might become better at democracy by trying to ‘do it’ more often and that education is where this ‘trying’ might occur. We draw on Rancière’s work on democracy that focusses on democratic acts or moments; on the ‘fracturing’ of sense (what is sayable, seeable, thinkable) – when people whose only part (including in education) is none, take one. A process of ‘becoming public’, we suggest, is instituted in these events. To this end, our proposal for public education is adversarial to contemporary formations of education. Conceptualising public education in this way shows that it is rare, and becoming rarer.


2006 ◽  
pp. 13-39 ◽  
Author(s):  
Elsie Rockwell

En este artículo abordo una disyuntiva conceptual en la explicación de la resistencia estudiantil en clase. Resumo algunas de las posturas clásicas acerca de la resistencia (WILLIS, GIROUX), retomando la distinción entre fenómenos que contribuyen al fracaso escolar de los estudiantes, y aquellos que muestran indignación. Discuto resultados de estudios que intentan explicar los momentos de discontinuidad en el flujo de la interacción en el aula como evidencia de resistencia de parte de los alumnos. Luego examino las implicaciones de las teorías de Basil Bernstein y de Jürgen Habermas para explicar estos procesos. Sugiero que no toda expresión de resistencia en el aula debe ser vista como señal de incompetencia, diferencia cultural o respuesta autocondenadora. Con base en la teoría de comunicación de Habermas, es posible comprender muchas respuestas de los estudiantes como legítima (si bien indirecta) invocación de las pretensiones de verdad, adecuación y veracidad.


2012 ◽  
Vol 18 (2) ◽  
pp. 419-433 ◽  
Author(s):  
Cláudia Valentina Assumpção Galian
Keyword(s):  

Este artigo tem como objetivo identificar, com base em registros de observações de aulas de ciências no Ensino Fundamental II, em uma escola da rede pública estadual do município de Valinhos, SP, se a prática pedagógica pode criar condições que potencializem ou limitem a exigência conceitual no tratamento do conhecimento. As análises foram feitas por meio da comparação com outros estudos sobre práticas favoráveis à aproximação ao conhecimento científico, desenvolvidos sob a mesma perspectiva teórica a teoria de Basil Bernstein, e, nesse sentido, ficou evidente o quanto a prática pedagógica analisada se distancia do que vem sendo apontado como uma configuração mais adequada, especialmente por não permitir a intervenção dos alunos na determinação dos tempos envolvidos na aprendizagem, e por preservar rigidamente as fronteiras entre os conteúdos científicos, o que acaba criando condições favoráveis à redução do nível de exigência conceitual nas aulas.


Author(s):  
Joan Moss ◽  
Ruth Beatty

Three classrooms of Grade 4 students from different schools and diverse backgrounds collaborated in early algebra research to solve a series of linear and quadratic generalizing problems. Results revealed that high- and low-achieving students were able to solve problems of recognized difficulty. We discuss Knowledge Building principles and practices that fostered deep understanding and broad participation. Students used the online Knowledge Building environment Knowledge Forum® to conduct their work and we illustrate how Knowledge Forum supported a Knowledge Building culture for mathematical learning and problem solving. Analyses of participation patterns and note content revealed practices consistent with Knowledge Building principles, specifically democratization of knowledge, with students at all achievement levels participating, and epistemic agency, with students providing evidence and justification for conjectures and generating multiple solutions to challenging problems.


2020 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 6-21
Author(s):  
Thais Philipsen Grutzmann
Keyword(s):  

A proposta deste artigo é apresentar uma relação entre a teoria do sociólogo Basil Bernstein e a percepção dos tutores virtuais de um curso de licenciatura em matemática, na modalidade à distância. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica sobre a teoria bernsteniana e os documentos oficiais do curso escolhido. Com os 50 tutores, os dados foram coletados por questionário online e entrevista. Os resultados são um amadurecimento acadêmico referente à teoria, de forma a aproximá-la da estrutura do curso pesquisado, bem como perceber a relação que os tutores a distância fizeram entre teoria e suas atividades pedagógicas de atendimento aos alunos, a partir de diferentes conceitos bernstenianos.


Author(s):  
Joana Cabral ◽  
Hélia Oliveira ◽  
Fátima Mendes
Keyword(s):  

Este artigo propõe-se caracterizar o pensamento funcional de futuras educadoras e professoras (FEPs) e a sua capacidade de perceber (noticing) o pensamento funcional de alunos dos anos iniciais, no âmbito da resolução de tarefas sobre sequências pictóricas crescentes. Pretende-se, também, refletir sobre a relevância de uma intervenção centrada na Early Algebra na formação de FEPs. A metodologia adotada é qualitativa, sendo os dados recolhidos por meio da observação participante e da recolha documental. Os resultados evidenciam que a experiência contribuiu para o aprofundamento do pensamento funcional das FEPs e que, no que se refere à capacidade de perceber o pensamento algébrico dos alunos, as FEPs atendem a diversos aspetos chave que permitem caracterizar o seu pensamento funcional.


Author(s):  
Rivaldo Lopes Da Silva ◽  
Geovânia dos Santos Moreira Souza ◽  
Bruno Ferreira dos Santos
Keyword(s):  

Este trabalho apresenta e discute os resultados de uma pesquisa sobre o discurso em salas de aula de Química e que teve como objeto os questionamentos do professor e dos estudantes. Baseada no conceito de enquadramento oriundo da teoria sobre o discurso pedagógico de Basil Bernstein e nos tipos de iniciação de Hugh Mehan, a pesquisa teve como objetivo estudar a influência dos contextos sociais sobre a prática pedagógica de professores de Química e sua manifestação sobre seus questionamentos em sala de aula. Por meio da análise, comparamos o posicionamento do professor durante os episódios de questionamento e os tipos de iniciação apresentados nas perguntas do docente e de seus estudantes. A metodologia da pesquisa foi baseada em um estudo de caso, e os dados foram coletados em duas escolas urbanas de Ensino Médio situadas em diferentes contextos socioeconômicos. Os resultados mostraram diferenças no posicionamento do professor tanto em relação às respostas dos alunos quanto em relação às suas perguntas em ambas as escolas e também diferenças no posicionamento do professor em relação às perguntas dos alunos entre as escolas. Também com base nos resultados de nossa análise, identificamos uma relação entre o tipo de iniciação e os graus de enquadramento da prática pedagógica. Atribuímos estes resultados à diferença no ritmo das práticas pedagógicas entre as escolas e ao modo de controle do professor frente aos alunos das duas escolas. Tais diferenças geraram diferentes cadeias de interação e perguntas com níveis conceituais distintos.


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