scholarly journals Podem ações morais serem belas? Sobre a possibilidade de uma estética moral a partir de David Hume

2021 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
Author(s):  
Daniel de Vasconcelos  Costa
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O presente artigo tem como objetivo defender a possibilidade da existência da beleza moral a partir da teoria moral e estética de David Hume. A relação entre a estética e a moralidade será analisada, na primeira parte. A hipótese da beleza moral será colocada como uma destas possíveis relações. Dentro das possibilidades de se fundamentar a beleza moral, será argumentado que a melhor seria através da compreensão humeana da estética e da moralidade. A segunda parte do artigo analisa o conceito de experiência estética e a sua importância para a fundamentação humeana da beleza moral. Por fim, a teoria moral e estética proposta por Hume será desenvolvida a fins de demonstrar como a sua teoria moral e estética possuem uma relação intrínseca que possibilitaria a confirmação da hipótese da beleza moral.

2011 ◽  
Vol 52 (3-4) ◽  
pp. 671-686
Author(s):  
Bjarne Melkevik
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L’auteur expose dans son article quatre thèses concernant l’épistémologie juridique pour expliquer et critiquer les dérives idéologiques les plus flagrantes dans la théorie contemporaine du droit. La première thèse rappelle que le « droit » n’est pas de l’ordre d’un existant, que le « droit » n’existe pas sur l’ordre de l’être et de l’avoir, et que tout discours sur le « droit » n’engendre pas son existence dans le monde réel. La deuxième thèse précise que les éléments factuels ne permettent pas de tirer de conclusions sur le niveau de droit, et que les juristes contemporains ont intérêt à méditer de nouveau ce qu’enseignait David Hume de même que l’interdiction rationnelle de croire qu’un raisonnement peut passer du fait au « droit ». La troisième thèse, quant à elle, se penche sur le phénomène idéologique qui consiste à raisonner à partir d’un « déjà-droit », ou encore d’opérationnaliser ou de se référer à un quelconque « déjà-droit », thèse que l’auteur critique comme étant idéologique et irrationnelle. Pour ce qui est de la quatrième thèse, l’auteur s’en prend aux semeurs de concepts, eux qui remplacent toute réflexion sur la possibilité du droit pour foncer tête baissée dans la contemplation des concepts, anciens ou nouveaux, en présupposant que tout cela n’est rien d’autre que du « droit » ; en confondant ainsi allégrement le fait de semer des concepts et un travail sérieux sur une question de droit. À travers l’étude de ces quatre assertions, d’ailleurs interreliées, l’auteur interpelle les chercheurs en droit pour qu’ils prennent au sérieux les exigences de l’épistémologie juridique. Il exhorte les juristes à s’intéresser à notre modernité juridique de même qu’aux hommes et aux femmes qui ont fait le pari d’un droit à leur mesure.


2016 ◽  
Vol 28 (44) ◽  
pp. 391
Author(s):  
Andrea Faggion
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Immanuel Kant e Adam Smith foram dois filósofos historicamente próximos, afinal, foram dois pensadores modernos de reconhecida importância. Além da proximidade temporal, Adam Smith foi amigo pessoal e interlocutor daquele que foi o filósofo que, possivelmente, mais impressionava Kant, a saber, David Hume. Não é então de se estranhar que existam pontos de contato entre as obras de Kant e Smith, a menos que nos esqueçamos que, além de ser um pioneiro da ciência econômica, Smith foi também um importante filósofo moral. Essa mera possibilidade de uma relação é reforçada por registros da admiração de Kant por Smith em escritos não publicados do primeiro. Dado o apreço de Kant pela investigação de Smith sobre o conhecimento moral do homem, este trabalho explora um paralelo entre o modo como Smith compara a virtude da justiça à virtude da beneficência na obra A Teoria dos Sentimentos Morais e o modo como Kant distingue os deveres jurídicos dos deveres éticos ou de virtude em sua Metafísica dos Costumes. A hipótese que temos em vista é que Smith poderia ter apresentado a Kant o conhecimento moral comum que haveria de ser formulado em princípios metafísicos por Kant. Na verdade, mais do que sabermos se foi de Smith que Kant retirou distinções e análises conceituais tão caras a sua própria filosofia moral, importa exatamente notar como o pensamento dos dois filósofos poderia bem guardar a referida relação um para o outro, de tal forma que um possa ser usado para iluminar o outro.


2012 ◽  
Vol 1 (1) ◽  
pp. 49-67
Author(s):  
Marcos Cesar Seneda
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Este texto compara duas possibilidades epistêmicas de se construir conhecimento a partir da experiência registrada pelos sentidos: a defendida  por Tomás de Aquino e a proposta por David Hume. O objetivo do texto é mostrar em que se separam autores assumidos como tão distanciados um do outro, mas que principiam aparentemente de uma noção cognoscitiva que parte da apreensão dos sentidos. O texto defende, por um lado, que os pressupostos ontológicos de Tomás de Aquino geram um modelo em que a forma migra da matéria para o intelecto. Portanto, em relação ao conhecimento empírico, não há forma no intelecto que não tenha sido retirada da matéria já informada. Por outro lado, o projeto anti-metafísico de David Hume retira de todos os dados coletados pelos sentidos toda e qualquer informação que seja prévia, exigindo, assim, um uso da linguagem em que memória e imaginação se defrontem com dados que não estavam previamente ordenados. O debate ontológico, portanto, é examinado a partir de uma investigação semântica, em que se avalia o uso dos termos linguísticos em vista dos pressupostos epistemológicos de cada sistema filosófico.


2020 ◽  
Vol 2 (22) ◽  
pp. 94-114
Author(s):  
Carlos Campelo da Silva
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Este trabalho tem como objetivo analisar a apropriação que Hamann e Kierkegaard fazem de alguns aspectos do ceticismo desenvolvido por Hume. Em 1744, David Hume (1711-1776), até então, autor do Tratado da Natureza Humana (1739) e dos Ensaios Morais e Políticos (1741) é rejeitado para o cargo de professor da cadeira de Ética da Universidade de Edimburgo, sob a alegação de que ele era um “notório infiel”. Desse modo, parece estranho pensar que Hamann que tão energicamente combateu a ilustração, sendo um defensor implacável de um cristianismo baseado somente na fé, tenha algo a ver com o ceticismo de Hume. Do mesmo modo, que não parece crível pensar que o autor de Escola do Cristianismo (1850), Obras do Amor (1847) e Discursos edificantes possa de alguma forma estar relacionado com este “notório infiel”. Entretanto, as afirmações de Hume de que: “[...] a religião cristã não só foi inicialmente acompanhada de milagres, como até hoje não é possível que uma pessoa razoável lhe dê crédito sem milagre [...]”, bem como a afirmativa de Hume, segundo a qual ser um cético filosófico é o primeiro e mais importante passo no sentido de se tornar um cristão verdadeiro, parecem ter provido as armas que Kierkegaard e Hamann tanto necessitavam para combater o racionalismo filosófico e teológico que se imiscuíam na religião e minavam a fé. Desse modo, essa comunicação pretende apontar as consequências do pensamento humeano para a concepção de um cristianismo cético desenvolvido por Hamann e Kierkegaard.   Palavras-chave: Hume. Ceticismo. Hamann. Kierkegaard. Cristianismo.


2010 ◽  
Vol 35 (3) ◽  
Author(s):  
Sheila C. Dow

A fi losofi a e a economia de David Hume são fundamentais para qualquerconsideração do Iluminismo Escocês. Está atualmente bem estabelecido que esseiluminismo se caracterizou por uma abordagem epistemológica particular que odistingue de outros, especialmente de iluminismos racionalistas. Enquanto muitasexplicações têm sido oferecidas para essa abordagem distinta, pouca atenção tem sidodada para a presença na Escócia de duas culturas completamente distintas: Highland(especialmente a Gaélica) e Lowland. A maioria dos membros do Iluminismo pertencia,assim como Hume, à Lowland (a principal exceção foi Ferguson). No entanto,parece implausível que a proximidade a uma cultura tão diferente não tenha tidonenhum impacto no pensamento iluminista. O próprio Hume se referiu a questõesda cultura Gaélica em termos dos controversos poemas Ossiânicos, por exemplo, ea questões de desenvolvimento econômico das Highlands. A proposta deste artigoé conduzir uma exploração inicial a respeito de se é possível identifi car quaisquerinfl uências Gaélicas sobre Hume em particular e sobre o pensamento IluministaEscocês em geral. Isto, por sua vez, requer uma caracterização da epistemologiaGaélica, para o que nós recorreremos à estruturação do pensamento de acordo comepistemes tal como desenvolvida por Foucault. Se nós podemos entender o pensamentoda Highland e da Lowland em termos de epistemes, então alguma refl exãoposterior é requerida sobre a estrutura Foucauldiana de epistemes seqüenciais.


2016 ◽  
Vol 25 (1) ◽  
pp. 1-23
Author(s):  
Rogério Arthmar
Keyword(s):  
De Se ◽  

Resumo O artigo trata das concepções de David Hume e de Adam Smith sobre o ressurgimento da sociedade comercial na Europa após o feudalismo. Parte-se de breve exposição dos princípios filosóficos de Hume a fim de se apresentar suas teses referentes ao assunto na obra History of England. Mostra-se como ele associa o movimento parlamentar pela liberdade na Inglaterra com o progresso do comércio ocasionado pelo consumo de luxo da nobreza. Posteriormente, revisa-se a posição de Smith sobre os obstáculos à riqueza, bem como sua explicação para a decadência das civilizações grega e romana. Evidencia-se ainda como a interpretação smithiana do advento da sociedade comercial moderna apoia-se na versão antecipada por Hume. Por fim, destacam-se as implicações do conflito central entre predação e produção presente nas teorias do desenvolvimento de longo prazo da humanidade elaboradas por ambos os autores.


1998 ◽  
pp. 19-19
Author(s):  
Christian Michel
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2020 ◽  
pp. 30-33
Author(s):  
Keyword(s):  

Depuis le début de la crise sanitaire, la filière nucléaire ainsi que les autorités de contrôle ont modifié leur façon de travailler et d’inspecter, car il n’est pas toujours possible aux inspecteurs de se rendre sur les sites nucléaires ou dans les usines. La mise en oeuvre de nouvelles solutions d’inspections à distance s’inscrira probablement parmi les pratiques usuelles post-épidémie, pour une part des contrôles, l’inspection physique demeurant de toute façon incontournable pour un certain nombre d’opérations.


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