scholarly journals Prefácio

2021 ◽  
pp. 10-12
Author(s):  
Júlia Lúcia de Oliveira Albano da Silva
Keyword(s):  

Era da saturação, da hipertrofia do olhar, da interface da tela, da visualidade. Decorrente de um processo civilizatório que elegeu a visão como o sentido mais adequado e confiável para o conhecimento, para a sociabilidade e, portanto, para as trocas comunicativas, debruçar-se sobre a materialidade de um meio essencialmente sonoro como o rádio, pode ser reconhecido como um desafio. Na década de 1990, quando iniciei minha pesquisa de mestrado sobre a estética radiofônica, o levantamento bibliográfico sobre o meio resultava principalmente em obras que abordavam o aspecto histórico, a importância social do primeiro meio de comunicação eletrônico de massa em um país de dimensões e desigualdades sociais continentais e os usos políticomercadológico. Havia também os conhecidos manuais que apresentavam orientações e ‘dicas’ de como apurar e produzir notícias, realizar coberturas para um veículo que se destacava pela agilidade, credibilidade, abrangência social e versatilidade de consumo, afinal com o ‘radinho’ de pilha era possível acompanhar a programação em qualquer espaço da casa, da rua, do trabalho e até nos estádios de futebol, como imortalizado pelo “Zé do Rádio’, Ivanildo Firmino dos Santos, torcedor do Sport Recife, famoso por carregar junto ao ouvido um radinho durante as partidas do time do coração, realizadas na Ilha do Retiro, o Estádio Adelmar da Costa Carvalho. A necessidade e intenção de identificar, compreender e analisar o potencial da linguagem essencialmente sonora da radiofonia brasileira para construir sentido, relatar fatos e narrativas sem desprezar os elementos descritivos e expressivos dos acontecimentos e seus personagens – especialistas, anônimos -, me conduziram a um diálogo com diversas áreas do conhecimento e suas subáreas tais como a antropologia, etologia, a biologia, história, comunicação, psicologia e artes. O contato com a perspectiva do medievalista Paul Zumthor e da pesquisadora Jerusa Pires Ferreira me ajudaram a compreender como a permanência da oralidade na miscigenada cultura brasileira contribuíam para a configuração de um jeito único, singular e brasileiro de fazer rádio. A inventividade de John Cage e a pesquisa de Rudolf Arnheim publicada em Estética Radiófonica, aliadas à compreensão de como nosso corpo é afetado e percebe os estímulos sonoros me cedeu régua e compasso (como diz o poeta) para escutar a potencialidade da sintaxe da estética sonora e, portanto, da radiofonia brasileira. A cada transformação do meio rádio e das plataformas digitais de áudio, motivada pela incorporação de novas tecnologias, essa escuta ressoa e me coloca em sintonia com a importância e pertinência de se aprofundar sobre a potencialidade de construir sentido e vínculos por meio de conteúdos sonoros. Uma jornada que encontra parceria com diversos pesquisadores brasileiros, sobretudo, os integrantes do Grupo de Pesquisa Rádio e Mídia Sonora da Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação e mais recentemente, Guilherme Udo. O livro Expressividade da Linguagem Radiofônica e Sonora: Reflexões para um Uso Criativo de Guilherme Udo traz uma relevante contribuição para pesquisadores e comunicadores que apostam no potencial expressivo da linguagem radiofônica para a produção de conteúdo, sobretudo os informativos, com potencial de acionamento da imaginação do ouvinteinternauta entendido como coautor. No contexto de múltiplas ressignificações dos processos comunicativos mediados por dispositivos móveis com conexão extensiva, o texto do Prof. Ms Guilherme William Udo Santos acrescenta ao universo de pesquisas e reflexões sobre a midiamorfose da radiofonia um enfoque a partir da dramaturgia, área de interesse e pesquisa do autor alimentada desde a graduação. Expandindo do dispositivo eletrônico-rádio para toda e qualquer plataforma digital de distribuição de conteúdo sonoros, como os agregadores de podcast e streaming, a retomada da discussão sobre os elementos constituintes da linguagem sonora é uma oportunidade de trazer à tona questões como a tridimensionalidade do corpo subtraída pelos processos de abstração inerentes às trocas comunicativas mediadas por aparelhos tecnológicos eletrônicos e digitais. É Villem Flusser no livro Elogio da superficialidade: o universo das imagens técnicas, que nos chama a atenção para o processo de abstração no qual o homem, de sua dimensão tridimensional, ou seja, de corpo que ocupa um espaço concreto, segue rumo à nulodimensionalidade ocupando um espaço virtual, um corpo convertido em dígitos. Ao pensar sobre a palavra vocalizada, música, trilha, o efeito sonoro, silêncio e o ruído Udo coloca em pauta a importância do corpo no processo de comunicação. Pois ao abordar a presença do som nos processos comunicativos contemporâneos marcados pela interface da tela, abre espaço para uma escuta ativa sobre o espaço que conteúdos sonoros têm reconquistado no cotidiano do internauta-ouvinte pautado pela instantaneidade e profusão infinita de informações. A eleição do radioteatro brasileiro e a hörspiel alemã como fios condutores da obra, encontra ressonância com a prática que nos constitui enquanto seres que aprenderam que narrar uma história embala outras histórias. É possível deduzir que por meio da discussão sobre as estruturas da narrativa na radiofonia, o autor estabeleça um diálogo com o cenário contemporâneo marcado pelo aumento do consumo de conteúdos sonoros digitais mapeado por institutos de pesquisa de mídia e empresas de plataformas de streaming, assim como pelo surgimento e pela adesão de usuários ao Clubhouse, uma rede social digital exclusivamente sonora. O livro Expressividade da Linguagem Radiofônica e Sonora: Reflexões para um Uso Criativo resultado da pesquisa de mestrado de Guilherme Udo traz para o primeiro plano o questionamento enfrentado por pesquisadores e produtores brasileiros, sobre como qualificar os conteúdos compartilhados na rede por emissoras de rádio, empresas de comunicação de diversos setores como audiovisual, mídias impressas e pelo ouvinte prosumer, àquele que produz e distribui conteúdo? Udo aposta no caminho que inclui a reflexão e discussão sobre a ontogênese da audição, a potencialidade expressiva de cada elemento sonoro da estética radiofônica, a complexidade da experiência individual de ouvir rádio e os recursos de técnicas dramáticas. Uma trajetória que acrescenta recursos para potencializar a criação e compartilhamento de conteúdos inventivos e provocantes, inclusive os voltados para a informação.

2005 ◽  
Vol 46 (112) ◽  
pp. 429-441 ◽  
Author(s):  
Fábio Akcelrud Durão
Keyword(s):  

Após tecer rápidas considerações sobre arte e nada, o presente texto reinterpreta o 4'33'', de John Cage, no atual contexto de superprodução semiótica. Salienta-se que, ao invés de ser uma abertura para a vida, a peça depende tanto de uma justificativa teórica, quanto de uma disposição formal. Vem desta uma dupla possibilidade, pois o silêncio de 4'33'' pode ser tanto concebido como o objetivo (impossível) a ser alcançado, quanto um meio para se interromper o falatório das coisas. Correspondendo a estas duas possibilidades estão diferentes estruturas de dissociação de meios e fins: a busca concentrada e uma passividade agressiva. Estas duas posturas são relacionadas no texto ao estado atual do capitalismo, caracterizado por uma superprodução mercantil de signos.


2020 ◽  
pp. 30-33
Author(s):  
Keyword(s):  

Depuis le début de la crise sanitaire, la filière nucléaire ainsi que les autorités de contrôle ont modifié leur façon de travailler et d’inspecter, car il n’est pas toujours possible aux inspecteurs de se rendre sur les sites nucléaires ou dans les usines. La mise en oeuvre de nouvelles solutions d’inspections à distance s’inscrira probablement parmi les pratiques usuelles post-épidémie, pour une part des contrôles, l’inspection physique demeurant de toute façon incontournable pour un certain nombre d’opérations.


1972 ◽  
Vol 27 (03) ◽  
pp. 559-572 ◽  
Author(s):  
L Pouit ◽  
G Marcille ◽  
M Suscillon ◽  
D Hollard

RésuméNous avons étudié en microscopie électronique par la technique de coloration négative : la molécule de fibrinogène, les étapes intermédiaires de la fibrinoformation et la fibre de fibrine. Nous avons constaté que la molécule de fibrinogène se présentait sous forme d’éléments globulaires, à pH 8,3 et pour une force ionique de 0,2, le diamètre moyen mesure 240 Â. L’observation des molécules de taille variable (entre 180 Å et 420 Å) et de filaments très minces nous a conduit à émettre l’hypothèse d’une molécule capable de se dérouler sous certaines conditions physiques. L’ensemble des clichés observés suggère qu’au cours de l’organisation périodique de la fibre, le matériel protéique change de structure. Ce phénomène se manifeste par une diminution des éléments globulaires qui constituent les bandes transversales (de 280 Å à 30 Å) et le développement à partir de ces éléments d’un réseau de filaments longitudinaux, très denses, porteurs de fins granules dont l’alignement forment des sous striations transversales. Il se produit aussi une diminution de la période qui passe de 300 Å à 230 Å.


2019 ◽  
pp. 110-112
Author(s):  
Aron José Pazin de Andrade

Foi com grande satisfação que aceitei escrever este editorial para a revista científica “The Academic Society Journal”, um novo e importante meio de divulgação dos trabalhos científicos sul-americanos e até mesmo de outros países, uma vez que é possível a publicações em português, espanhol e inglês. Esta revista é também um meio importante para a divulgação dos trabalhos apresentados nos Congressos de Engenharia e Ciências Aplicadas nas Três Fronteiras (MEC3F), evento anual que acontece na cidade de Foz de Iguaçu, Paraná, Brasil, com apoio do Parque Tecnológico Itaipu, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Este editorial tem a função de informar os leitores desta revista que o MEC3F conta desde já com o apoio da Sociedade Latino Americana de Biomateriais, Órgãos Artificiais e Engenharia de Tecidos a SLABO, tornando-se um evento satélite da SLABO. Este apoio se dará através da divulgação dos eventos entre os sócios da SLABO, participação dos pesquisadores em palestras ou aulas nas áreas científicas específicas da SLABO, envio de trabalhos científicos de seus membros ao MEC3F além de receber trabalhos científicos dos leitores desta revista para serem apresentados nos congressos organizados pela SLABO. Informações sobre atuação da SLABO podem ser encontradas no site: www.slabo.org.br. O que é a SLABO: Ela é uma sociedade civil sem fins lucrativos que reúne profissionais ligados à pesquisa, ao desenvolvimento, teste e utilização de biomateriais e órgãos artificiais em diferentes aplicações clínicas, incluindo aqueles que utilizam engenharia de tecidos para sua construção. Na sua relação de membros constam os nomes dos principais pesquisadores e profissionais das áreas biológicas e tecnológicas, atuantes no campo da Engenharia, Medicina, Odontologia, Farmácia, Biologia, Veterinária e de Química ligados à área de biomateriais e órgãos artificiais, dos países latino americanos, dos Estados Unidos, Canadá e até países europeus. Contando um pouco da história da SLABO: A necessidade de profissionais que atuavam em Biomateriais e Órgãos Artificiais em se organizarem de modo a propiciar melhores oportunidades de contato, de discussões técnicas, de troca de idéias e de opiniões culminou na organização de alguns eventos científicos no Brasil. Esses encontros revelaram a necessidade de se congregar toda essa massa crítica em uma Sociedade, que intermediasse de forma sistemática e em ambiente favorável essas interações. Nesse contexto, como oportunidade para a concretização desse objetivo, foi sugerida a realização em Belo Horizonte, do I Congresso Latino Americano de Órgãos Artificiais e Biomateriais (1º COLAOB), entre os dias 10 e 13 de dezembro de 1998, ocasião em que foi realizada uma assembleia geral de fundação da SLABO e o presidente do 1º Colaob se tornou o presidente da SLABO. Os congressos foram acontecendo e, em suas assembleias gerais, novas diretorias da SLABO foram empossadas. Veja uma relação desses eventos e os novos presidentes da SLABO: 1º COLAOB, 1998, Belo Horizonte, MG – Presidente: Leonardo Lanna Wykrota; 2º COLAOB, 2001, Belo Horizonte, MG – Presidente: Aron José Pazin de Andrade; 3º COLAOB, 2004, Campinas, SP – Presidente: Cecília Amélia de Carvalho Zavaglia; 4º COLAOB, 2006, Caxambú, MG – Presidente: Glória Dulce de Almeida Soares; 5º COLAOB, 2008, Ouro Preto, MG – Presidente: Marivalda de Magalhães Pereira; 6º COLAOB, 20010, Gramado, RS – Presidente: Luís Alberto Loureiro dos Santos; 7º COLAOB, 2012, Natal, RN– Presidente: Clodomiro Alves Júnior; 8º COLAOB, 2014, Rosário, Argentina – Presidente: Marcos Pinotti Barbosa; Em 2015, devido ao falecimento do Prof. Marcus Pinotti, seu Vice-presidente se tornou Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook 9º COLAOB, 2016, Foz do Iguaçu, PR – Presidente: Carlos Roberto Grandini; 10º COLAOB, 2018, João Pessoa, PB – Presidente: Marcus Vinicius Lia Fook; Alguns dos trabalhos apresentados nestes congressos foram selecionados e seus autores foram convidados a enviarem uma versão completa de seus trabalhos para serem revisados e publicados em números especiais da revista Artificial Organs, vejam os editoriais escritos nestas revistas em referências 1, 2, 3 e 4. Como a SLABO está comemorando este ano seus vinte anos de sua fundação, ela ganha um presente, está podendo participar dessa importante iniciativa de grupos de grande relevância para a pesquisa e ensino da América dos Sul, o evento Mec3F e a revista “The Academic Society Journal”. O que nos faz ficar muito agradecidos. Obrigado em nome da SLABO.


2019 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 1
Author(s):  
Antonio Marcos Andrade

Em 2005, o grego John Loannidis, professor da Universidade de Stanford, publicou um artigo na PLOS Medicine intitulado “Why most published research findings are false” [1]. Ele que é dos pioneiros da chamada “meta-ciência”, disciplina que analisa o trabalho de outros cientistas, avaliou se estão respeitando as regras fundamentais que definem a boa ciência. Esse trabalho foi visto com muito espanto e indignação por parte dos pesquisadores na época, pois colocava em xeque a credibilidade da ciência.Para muitos cientistas, isso acontece porque a forma de se produzir conhecimento ficou diferente, ao ponto que seria quase irreconhecível para os grandes gênios dos séculos passados. Antigamente, se analisavam os dados em estado bruto, os autores iam às academias reproduzir suas experiências diante de todos, mas agora isso se perdeu porque os estudos são baseados em seis milhões de folhas de dados. Outra questão importante que garantia a confiabilidade dos achados era que os cientistas, independentemente de suas titulações e da relevância de suas descobertas anteriores, tinham que demonstrar seus novos achados diante de seus pares que, por sua vez, as replicavam em seus laboratórios antes de dar credibilidade à nova descoberta. Contudo, na atualidade, essas garantias veem sendo esquecidas e com isso colocando em xeque a validade de muitos estudos na área de saúde.Preocupados com a baixa qualidade dos trabalhos atuais, um grupo de pesquisadores se reuniram em 2017 e construíram um documento manifesto que acabou de ser publicado no British Medical Journal “Evidence Based Medicine Manifesto for Better Health Care” [2]. O Documento é uma iniciativa para a melhoria da qualidade das evidências em saúde. Nele se discute as possíveis causas da pouca confiabilidade científica e são apresentadas algumas alternativas para a correção do atual cenário. Segundo seus autores, os problemas estão presentes nas diferentes fases da pesquisa:Fases da elaboração dos objetivos - Objetivos inúteis. Muito do que é produzido não tem impacto científico nem clínico. Isso porque os pesquisadores estão mais interessados em produzir um número grande de artigos do que gerar conhecimento. Quase 85% dos trabalhos não geram nenhum benefício direto a humanidade.Fase do delineamento do estudo - Estudos com amostras subdimensionados, que não previnem erros aleatórios. Métodos que não previnem erros sistemáticos (viés na escolha das amostras, falta de randomização correta, viés de confusão, desfechos muito abertos). Em torno de 35% dos pesquisadores assumem terem construídos seus métodos de maneira enviesada.Fase de análise dos dados - Trinta e cinco por cento dos pesquisadores assumem práticas inadequadas no momento de análise dos dados. Muitos assumem que durante esse processo realizam várias análises simultaneamente, e as que apresentam significância estatística são transformadas em objetivos no trabalho. As revistas também têm sua parcela de culpa nesse processo já que os trabalhos com resultados positivos são mais aceitos (2x mais) que trabalhos com resultados negativos.Fase de revisão do trabalho - Muitos revisores de saúde não foram treinados para reconhecer potenciais erros sistemáticos e aleatórios nos trabalhos.Em suma é necessário que pesquisadores e revistas científicas pensem nisso. Só assim, teremos evidências de maior qualidade, estimativas estatísticas adequadas, pensamento crítico e analítico desenvolvido e prevenção dos mais comuns vieses cognitivos do pensamento.


2020 ◽  
Vol 9 (7) ◽  
pp. e319974060
Author(s):  
Geraldo Rocha Dantas Neto ◽  
Francisco das Chagas Bezerra Neto ◽  
Clarice Ribeiro Alves Caiana ◽  
Patrício Borges Maracajá ◽  
Jardel de Freitas Soares ◽  
...  
Keyword(s):  

O presente estudo versa sobre o direito ao esquecimento e sua incidência na ressocialização de psicopatas. Os estudos sucederam-se ao longo do tempo com a necessidade de caracterizar e conhecer, primeiramente, a psicopatia, e encontrar soluções para os problemas, mas toda evolução sobre o tema serviu para um mosaico multidisciplinar e um estudo mais consistente em nossa atualidade. A ressocialização dos criminosos psicopatas revela-se como uma aparente utopia e, o necessário tratamento psicológico dos acometidos por tais distúrbios está longe de se verificar na práxis. Nessa perspectiva, este artigo, por meio da pesquisa exploratória, de natureza qualitativa, método dedutivo, coleta de dados bibliográfico-documental, procedeu-se de modo a realizar uma análise acerca das alternativas de ressocialização dos criminosos psicopatas como um direito subjetivo individual e coletivo em prol de uma segurança jurídica, sendo o direito ao esquecimento uma solução viável e necessária para efetivar esse direito fundamental. Por fim, diante da problemática exposta, buscou-se, embasado nos princípios constitucionais, elucidar a necessidade do Estado, pautado na defesa da dignidade humana e no respeito ao bem-estar social, buscar a aplicação do direito ao esquecimento como meio de ressocialização de criminosos psicopatas no atual sistema penitenciário brasileiro.


2018 ◽  
Vol 1 (2) ◽  
pp. 160-167
Author(s):  
Sílvio Luiz de Paula ◽  
Mariana Cavalcanti Falcão de Albuquerque ◽  
Brunna Carvalho Almeida Granja ◽  
Claudinete de Fátima Silva Oliveira Santos
Keyword(s):  

Este trabalho tem como objetivo descrever uma ação que, ao considerar os princípios das metodologias ativas, foi planejada para a formação de multiplicadores a partir do desenvolvimento de ações colaborativas entre estudantes e professores de diferentes cursos de graduação da Universidade Federal de Pernambuco, campus Recife - PE. Como referencial teórico dissertou sobre as metodologias ativas e a sala de aula invertida, considerada pelos autores como um dos métodos que mais se aproximou da experiência. Por metodologias ativas compreendem-se as estratégias que levam em conta a realidade concreta e a necessidade de se trabalhar, além das questões técnicas, as emoções e as relações interpessoais (FERNANDES et al. 2005). Na metodologia, realizou-se observação da prática. Os resultados demostraram que ao longo de sete meses foi possível desenvolver um processo educativo transformador por meio da empatia, da colaboração e da experimentação.


2017 ◽  
Vol 56 (3) ◽  
pp. 261-271
Author(s):  
Jean Céard
Keyword(s):  

Les merveilles de la nature sont, pour la littérature de la Renaissance, une source inépuisable d'inspiration. Parmi elles, les plantes n'ont pas la dernière place. Les éditeurs le savent, qui mettent sur le marché nombre d'abrégés de savants ouvrages de botanique où l'étrange, l'insolite, le prodigieux profitent des exigences de l'inventaire des richesses du monde ou des nécessités de la pharmacopée. À travers trois plantes, la mandragore, la racine de Baara et le ginseng, cette étude montre comment l'héritage antique, notamment biblique, s'enrichit des apports des missionnaires et, plus généralement, des voyageurs, le légendaire s'amplifiant au lieu de se purifier. Assurément, on feint de mettre en doute la vérité de ces nouvelles informations, mais on ne se retient pas de les reprendre et de les colporter. Par là ce merveilleux ouvre la voie au fantastique: il n'est pas étonnant que la fantasy se soit approprié une partie de ce légendaire.


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