scholarly journals Poder, conflitos e as transformações na academia: uma análise do campo de pós-gradução em administração no estado do Rio de Janeiro a partir da abordagem de Pierre Bourdieu

2020 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
Author(s):  
Ana Paula Medeiros Bauer ◽  
Leonardo Vasconcelos Cavalier Darbilly
2017 ◽  
Vol 22 (64) ◽  
pp. 199-210 ◽  
Author(s):  
Liziene de Souza Arruda ◽  
Carlos Otávio Fiúza Moreira

O artigo analisa os sentidos da ‘colaboração interprofissional’ a partir da percepção dos profissionais de saúde do Núcleo de Atenção ao Idoso da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (NAI/UERJ). Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa de caráter descritivo-analítico. Na pesquisa que deu origem ao artigo, foi realizada revisão documental sobre o conceito de ‘colaboração interprofissional’, além de 13 entrevistas semiestruturadas com profissionais de diferentes áreas do NAI-UERJ, no período de março a junho de 2015. A perspectiva praxiológica de Pierre Bourdieu, sua sociologia da prática, com destaque para as noções de habitus e campo, auxiliaram na análise e interpretação, sendo crucial para a compreensão das relações entre práticas e formação profissional dos agentes. Como parte dos resultados da pesquisa, apresentam-se, aqui, discussões sobre distintas dimensões da colaboração interprofissional, no âmbito de suas interações na produção do cuidado.


GEOgraphia ◽  
2009 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
pp. 76
Author(s):  
Jailson De Souza e Silva

Resumo O tratamento concedido à temática central do presente texto é fruto dos estudos que desenvolvemos em nossa tese de doutorado. A pesquisa objetivou identificar, mapear e analisar as estratégias escolares, na acepção de Pierre Bourdieu, produzidas por uma parcela dos moradores da Maré . espaço que reúne 16 favelas na cidade do Rio de Janeiro. Uma visão monolítica das classes populares era, portanto, antagônica com o projeto de pesquisa desenvolvido. O texto apresenta, assim, a defesa de uma análise pluridimensional da identidade social dos setores populares e uma classificação superficial dos moradores, a partir de algumas disposições. Ele tem como referências teóricas principais formulações conceituais afirmadas por Néstor Canclini e Pierre Bourdieu. Palavras-chave: classes populares; favela; identidade social.Abstract The treatment given to the central theme of the present text stems from studies developed in our dissertation. The research aimed at identifying. mapping, and analyzing the school strategies, according to view of Pierre Bourdieu, produced through part of the population of Maré, a district that includes 16 slums in Rio de Janeiro city. A monolithic view of the popular classes was, thus, antagonistic to the project developed. The text presents the defense of a multidimensional analysis of the social identity of the popular scctors and a superficial classification of the inhabitants, through a few dispositions. The main theoretical framework are conceptual formulations made by Néstor Canclini and Pierre Bourdieu. Keywords: popular classes, slums, social identity


2018 ◽  
Vol 38 (38) ◽  
pp. 191
Author(s):  
Alisson Eugenio

A partir do final do XVIII, no Ocidente, o hábito de consumir bebidas alcoólicas em excessivo e regularmente começou a ser visto por uma parte das elites intelectuais, principalmente a identificada dos ideais da Ilustração, como um problema social. A partir daí, aos poucos, diversos setores da sociedade que foram influenciados pelo pensamento ilustrado, em particular os da área médica, começaram a combater tal hábito produzindo textos mostrando os males do alcoolismo para o indivíduo e sociedade. Neste artigo será analisado como esse combate foi iniciado no Brasil do século XIX, com o objetivo de conhecer as motivações dos que o levaram a cabo e como estes fundamentaram intelectualmente o seu empenho. Para isso, serão utilizadas as teses médicas defendidas na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro à luz da bibliografia especializada no assunto, as quais serão interpretadas com base no conceito de cultura formulado por Peter Burke e no conceito de campo formulado por Pierre Bourdieu, para mostrar que neste país membros da sua elite médica também se engajaram naquele combate e, com isso, acabaram contribuindo para começar a colocar o enfrentamento ao vício do consumo de bebidas alcoólicas na agenda pública nacional.


2019 ◽  
Vol 1 (2) ◽  
pp. 189
Author(s):  
Patrícia Maria da Silva Merlo

A chegada da Corte lusa ao Rio de Janeiro, em 1808, reforçou a importância da alimentação como critério de diferenciação social. Saber comportar-se em público, sobretudo à mesa, era essencial para os membros da elite local por expressar sua conformidade cultural e social com os pares portugueses. Aliás, tal forma de comportamento, replicada dos modelos de comportamento das cortes europeias, converteu-se em um dos meios que as elites açucareira e cafeicultora encontraram para sustentar sua distinção social, nos termos de Pierre Bourdieu. No decurso do século XIX, o Rio de Janeiro, capital do país, corte da monarquia e maior porto comercial, converteu-se no modelo de comportamento que deveria moldar o novo país. Contudo, mesmo após a independência, a elite local continuou a se europeizar, assinalando mais profundamente a distinção entre os vários grupos que compunham a sociedade brasileira. O primeiro receituário nacional nasceu nesse cenário, Cozinheiro Imperial, publicado em 1840. Sua principal base foram os livros portugueses Arte de Cozinha, de autoria de Domingos Rodrigues, publicado em 1680, e Cozinheiro Moderno, de Lucas Rigaud, datado de 1780. Soma-se a isso a influência francesa, em menor medida. Todavia, diferentemente de Portugal, no Brasil ainda se estava vivenciando a fixação de um discurso sobre a alimentação, tanto nas relações com a prática culinária, quanto com seu aspecto discursivo. Por isso, muitas novidades ligadas à emergência da gastronomia enquanto campo autônomo aparecem de maneira pálida em Cozinheiro Imperial. De fato, o primeiro livro de cozinha brasileiro não atesta uma “culinária brasileira”, mas suas reedições parecem apontar que a ampliação do público leitor implicou na reinterpretação e inclusão de ingredientes e modos de preparo mais ao gosto local. Acreditamos que o uso crescente de ingredientes locais e de receitas à brasileira pode ser interpretado como indício do lento delineamento da cozinha nacional, que caracterizou a emergência das cozinhas regionais no final do século XIX. Como apontado por Carlos Dória, o Cozinheiro Imperial representou o esforço inicial de nacionalização do saber culinário e, por essa razão, foi um marco na formação do pensamento brasileiro sobre o comer entre a elite agrária e os setores urbanos do país. No entanto, esse esforço esteve associado ao que a elite quis comer como construção de nacionalidade, preservando-se, pari passu, fiel ao modo de vida europeizado. Não obstante, Cozinheiro Imperial, apesar de reunir receitas aos moldes internacionais, já integrava na sua apresentação o apelo para que o livro fosse abrasileirado. Assim como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro começava a escrever uma história do Brasil, o receituário colaborou para o fortalecimento dessa identidade nacional em construção.


Author(s):  
Maria do Rosário A. Pereira ◽  
Samara Mirian Coutinho

Resumo Este artigo propõe-se a apresentar algumas considerações sobre duas editoras brasileiras pertencentes ao chamado mercado independente: Padê Editorial, fundada em 2015, e Nega Lilu, em 2013. Primeiramente, destacam-se alguns conceitos importantes para se pensar a cena independente, tais como o de “campo editorial”, de Pierre Bourdieu, e a própria noção de “independência”, ligada à busca por práticas editoriais que priorizam a bibliodiversidade, na busca por alternativas mercadológicas que não coloquem o lucro como principal finalidade. O escopo teórico do artigo está ancorado em John Thompson (2013), Gilles Colleu (2007) e José Muniz Jr. (2016). A seguir, é realizado o estudo de caso das editoras aqui elencadas, ao conferirem visibilidade às mulheres, às mulheres negras e às lésbicas, principalmente, além de estarem situadas fora do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, dando visibilidade, ainda, aos autores da região Centro-Oeste, onde estão localizadas. Assim, tais práticas editoriais, que objetivam, inclusive, um apelo estético significativo, acabam por adquirir uma significação política, tornando-se capitais simbólicos primordiais para se pensar (e repensar) o cenário contemporâneo da edição no Brasil.


2005 ◽  
Vol 39 (1) ◽  
pp. 62-67 ◽  
Author(s):  
Margarida Maria Rocha Bernardes ◽  
Gertrudes Teixeira Lopes ◽  
Tânia Cristina Franco Santos

Estudo histórico-sociológico com o objetivo de analisar e descrever a visibilidade da atuação de uma enfermeira do Exército inserida na Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a 2º Guerra Mundial. Fonte primária: uma fotografia da época, articulada aos depoimentos orais de dezenove agentes. Essa modalidade de obtenção de dados possibilitou criar um método de pesquisa que denominamos Analítico Fotográfico Oral. Escolhemos a foto no acervo iconográfico do Exército localizado no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro. Fontes secundárias: acervo literário sobre o contexto histórico social da época. Utilizamos os conceitos de habitus, poder e capital cultural de Pierre Bourdieu. Os resultados evidenciaram que para enfrentar o desafio, as voluntárias precisaram adquirir novos habitus mediante treinamento obrigatório, orientado pelos militares para cuidar dos feridos de guerra.


2009 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 688-696 ◽  
Author(s):  
Alexandre Barbosa de Oliveira ◽  
Tânia Cristina Franco Santos ◽  
Ieda de Alencar Barreira ◽  
Gertrudes Teixeira Lopes ◽  
Antônio José de Almeida Filho ◽  
...  

Estudo histórico-social, cujos objetivos foram descrever as circunstâncias da mobilização e da desmobilização das enfermeiras brasileiras que atuaram na Segunda Guerra Mundial, e discutir a eficácia simbólica da participação dessas enfermeiras no campo militar. Utilizou-se como fontes de dados os documentos escritos coletados em arquivos históricos civis e militares do Rio de Janeiro; entrevista realizada com uma enfermeira que atuou na Força Expedicionária Brasileira; além de uma fotografia pertencente ao Acervo da Força Expedicionária Brasileira. Os achados, classificados, contextualizados e analisados à luz da Teoria do Mundo Social de Pierre Bourdieu, evidenciaram que a participação de mulheres na guerra, na condição de enfermeiras militares, ao tempo em que representou a ocupação de um espaço homologado por mandatários do poder, também contribuiu para consagrar a inserção de mulheres em espaços públicos consagrados aos homens, ainda que na retaguarda.


GEOgraphia ◽  
2009 ◽  
Vol 3 (5) ◽  
pp. 76
Author(s):  
Jailson De Souza e Silva

Resumo O tratamento concedido à temática central do presente texto é fruto dos estudos que desenvolvemos em nossa tese de doutorado. A pesquisa objetivou identificar, mapear e analisar as estratégias escolares, na acepção de Pierre Bourdieu, produzidas por uma parcela dos moradores da Maré . espaço que reúne 16 favelas na cidade do Rio de Janeiro. Uma visão monolítica das classes populares era, portanto, antagônica com o projeto de pesquisa desenvolvido. O texto apresenta, assim, a defesa de uma análise pluridimensional da identidade social dos setores populares e uma classificação superficial dos moradores, a partir de algumas disposições. Ele tem como referências teóricas principais formulações conceituais afirmadas por Néstor Canclini e Pierre Bourdieu. Palavras-chave: classes populares; favela; identidade social.Abstract The treatment given to the central theme of the present text stems from studies developed in our dissertation. The research aimed at identifying. mapping, and analyzing the school strategies, according to view of Pierre Bourdieu, produced through part of the population of Maré, a district that includes 16 slums in Rio de Janeiro city. A monolithic view of the popular classes was, thus, antagonistic to the project developed. The text presents the defense of a multidimensional analysis of the social identity of the popular scctors and a superficial classification of the inhabitants, through a few dispositions. The main theoretical framework are conceptual formulations made by Néstor Canclini and Pierre Bourdieu. Keywords: popular classes, slums, social identity


Trama ◽  
2019 ◽  
Vol 15 (36) ◽  
Author(s):  
Heloísa Stefany Neves QUEIROZ ◽  
Dayane Joyce Lino da SILVA ◽  
Terezinha Taborda MOREIRA

Este artigo, a partir da leitura dos romances A Confissão da Leoa e Mulheres de Cinzas, de Mia Couto, busca discutir a condição das mulheres na sociedade moçambicana, refletindo acerca das situações de inferiorização e violência de gênero a que são submetidas. A Confissão da Leoa e Mulheres de Cinzas colocam essa temática em evidência ao encenar as histórias de mulheres subalternizadas e emudecidas tanto no ambiente doméstico quanto no meio social.REFERÊNCIAS:BORDIEU, Pierre. A dominação masculina. Pierre Bourdieu; tradução Maria Helena Kühner. 11a edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.CANDIDO, Antonio. O direito à Literatura. In: Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995.SANTOS, Luís Alberto Brandão; OLIVEIRA, Silvana Pessôa. Sujeito, tempo e espaço ficcionais: Introdução à Teoria Literária. São Paulo: Martins Fontes, 2001.COUTO, Mia. A confissão da Leoa. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.COUTO, Mia. Mulheres de Cinzas. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.LINS, Ronaldo Lima. Violência e Literatura. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.LINS, Ronaldo Lima. O Conceito de Morte na Era da Atrocidade. In: ______. A violência na literatura. São Paulo: Tempo Brasileiro, 1980. p. 7-18.ODÁLIA, Nilo. O que é violência. 2a ed. São Paulo. Brasiliense. 1983.SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.ENVIADO EM 10-05-19 | ACEITO EM 21-06-19


Author(s):  
Alda Azevedo Ferreira ◽  
Fernando Pedro Carvalho Ono ◽  
Claudia Carvalho Leme Nóbrega

O ensino de arquitetura paisagística foi instituído pela primeira vez no Rio de Janeiro na década de 1930. Iniciado na Escola Nacional de Belas Artes a partir de reforma promovida por Lucio Costa entre os anos 1930 e 1931 a disciplina foi introduzida junto com a de urbanismo, originando a cátedra ‘Urbanismo e Arquitetura Paisagística’. Este artigo objetivou entender esse processo a partir de informações colhidas em fontes primárias, fundamentado pelos conceitos de campo e habitus, de Pierre Bourdieu. Descobriu-se que o arquiteto e urbanista Attílio Corrêa Lima foi o primeiro professor da disciplina e que o ato da inclusão disciplinar estava inserido na construção de um campo paisagístico na cidade do Rio de Janeiro naquele momento, propagado não só no campo da arquitetura, como articulado às esferas política, econômica, e social.


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