scholarly journals En défense de l’expérience historique

2010 ◽  
Vol 65 (3) ◽  
pp. 463-477
Author(s):  
László Tengelyi

Tout en appréciant le « structuralisme dynamique » de Hayden White, Paul Ricœur s’engage dans un débat avec la démarche « métahistorique ». C’est la constitution du champ historique qui est l’objet principal de la controverse. Pour White, c’est le discours sur l’histoire qui constitue ce champ ; la tâche métahistorique consiste, donc, dans une analyse de la structure tropologique et des modes explicatifs de ce discours. Ricœur considère, au contraire, la vie dans l’histoire comme la véritable base de toute constitution du champ historique ; c’est pourquoi il cherche à substituer une phénoménologie herméneutique de l’expérience historique au structuralisme dynamique de White. Pourtant, grâce au caractère dynamique du structuralisme whitien, même la démarche métahistorique laisse entrevoir au moins des traces de l’expérience historique. En effet, des traces de cette espèce peuvent être découvertes dans les études consacrées par White aux grands historiens et philosophes de l’histoire du xixe siècle. Mais ce fait ne supprime pas la différence fondamentale entre les deux penseurs. C’est seulement Ricœur qui assigne à l’expérience historique un rôle fondamental dans la constitution du champ historique. Pourtant, quant à la description précise de ce rôle, il y a aussi une certaine différence entre Temps et récit, d’une part, et La mémoire, l’histoire, l’oubli, de l’autre. Dans le premier ouvrage, Ricœur met l’accent sur la redescription ou refiguration de la réalité par le récit. C’est seulement dans le dernier ouvrage qu’il parvient à mettre en évidence que la question d’une reconstruction vraie du passé ne relève pas seulement d’une approche purement épistémologique de l’histoire, mais qu’elle rend nécessaire également une analyse ontologique de la condition historique. C’est dans cette analyse ontologique que la mémoire et l’oubli trouvent leur lieu, qui est, par ailleurs, central.

Author(s):  
James McNaughton

The Unnamable confronts inherited narrative and linguistic forms with the incommensurability of recent genocide. Initially, the book performs this inadequacy by confronting novel tropes with distorted images cribbed from memoirs of Mauthausen concentration camp. Then it updates surrealist treatments of Parisian abattoirs, asking whether industrialized slaughter is also the sign and fulfillment of modern genocide. The Unnamable also confuses literary production and the biopolitical aspirations of authoritarian politics: Beckett’s narrator writes from a conviction that language can become wholly performative and has the capacity to incarnate and to kill. The narrator attempts to deconstruct language, but doing so ironically transcends literary and philosophical problems to reveal historiographical problems as well, the missing voices of those killed without trace. The chapter ends with a theoretical coda that productively contextualizes Beckett’s strategy with historiographical debate about narrative and genocide by Paul Ricoeur, Giorgio Agamben, Hayden White, and others.


Poligramas ◽  
2021 ◽  
pp. 199-212
Author(s):  
Diana Erika Cruz Jiménez

Actualmente, el análisis de la recepción de obras literarias desde el enfoque interdisciplinar permite observar otras formas de hacer historia, exponiéndola a través de narrativas que ostentan la verdad oculta y profunda del autor, de un pueblo o región; discursos basados en  hechos históricos, narrados por testimonios que recurrían a la memoria y a la interpretación de sus vivencias para representarlos y otorgar otras perspectivas de análisis en las que se propone no solo galardonar a estas obras como piezas clave de la literatura, sino tomarlas en cuenta como referentes historiográficos. Para el análisis y las consideraciones que se presentan en este artículo, se retoman las ideas de Alfonso Reyes, Paul Ricoeur, Hayden White, Octavio Paz, David Mariezkurrena Iturmendi, entre otros autores que teóricamente han buscado hacer visible la intrínseca articulación entre historia y literatura de algunas narrativas, así como la apuesta interdisciplinar desde la que se deben estudiar algunas narrativas.


Diacrítica ◽  
2019 ◽  
Vol 33 (1) ◽  
pp. 179-198
Author(s):  
Maria Alice Ribeiro Gabriel

No século XX, pesquisas nos campos da neurociência cognitiva, dos estudos culturais, da história e literatura expandiram o conceito de memória.  Os trabalhos de Eric Kandel, Elie Wiesel, Elizabeth Loftus, Jan Assman, Hayden White, Michael Roth, Paul Ricoeur, Richard Kearney e Saul Friedländer contribuíram para enriquecer o diálogo sobre as éticas e políticas do tema da memória na sociedade. Um dos aspectos proeminentes envolvendo as Memórias de Pedro Nava nos domínios da arte e da literatura é a recriação do projeto mnemônico de Marcel Proust. Este ensaio pretende abordar o uso das artes por Nava ao compor perfis biográficos, imagens e cenas do passado, a fim de discutir como tais referências constituiriam um memorial estético em Baú de ossos (1972).


Author(s):  
Aureni Moraes Ribeiro ◽  
Elton Da Silva Chaves

O artigo apresenta as principais contribuições do historiador Hayden White e do filósofo e pensador Paul Ricoeur sobre forma de conceber e realizar o conhecimento histórico. Os mesmos são considerados os principais responsáveis pela retomada dos debates e críticas epistemológicas sobre a historiografia no século XX. Desta forma se faz uma breve revisão bibliográfica sobre o tema em questão.


Anos 90 ◽  
2011 ◽  
Vol 17 (32) ◽  
pp. 185-218
Author(s):  
Julio Bentivoglio

Este texto analisa o problema da narrativa para a História tal como aparece na historiografia prussiana do século XIX, tomando como objeto de discussão algumas proposições de Humboldt, Gervinus, Ranke e Droysen a respeito. Estes autores conferiram papel decisivo à elaboração das narrativas com os resultados do trabalho da pesquisa histórica, destacando esta dimensão muitas vezes negligenciada pelos historiadores de seu tempo. Depois de Chladenius, mas muito antes de Hayden White, Paul Ricoeur ou Lawrence Stone colocava-se a questão da urdidura do enredo, da referência ao real e da possibilidade de tropologias de representação do passado como fundamentos da escrita da História. 


2008 ◽  
Vol 9 ◽  
pp. 3305
Author(s):  
Guillermina Walas

La conexión entre memoria, historia e imaginación es innegable en el discursohistoriográfico de Occidente como por ejemplo lo estudió Paul Ricoeur, entre otros, ydicha disciplina va reconociendo desde los ‘80s el cruce con lo literario (desde los escritosde Hayden White principalmente).2 Sin embargo, en los intentos de diálogo, restauración,conciliación de las partes socio-políticas involucradas frente a crímenes de lesa humanidadcomo los cometidos en países como Guatemala durante casi cuarenta años (o en el Cono Sur,en El Salvador o en Sudáfrica, para mencionar algunos casos) se pretende que la memoriade quienes padecieron hechos por demás traumáticos se desligue de toda subjetividad y porende, de las imágenes personales que parten del proceso memorialista. Así, géneros como eltestimonio, por su contrato de verdad y su asociación con el discurso legal son susceptibles alas críticas de quienes todavía buscan que disciplinas como la historia o la antropología seanuna ciencia exacta y la memoria una cámara objetiva.


2013 ◽  
Vol 6 (13) ◽  
pp. 14-23
Author(s):  
François Hartog

O objetivo deste artigo é o de analisar algumas questões e desdobramentos para a escrita da história provenientes da chamada virada liguística na história. Mais do que reconstituir os percursos que caracterizam essa virada, ou delimitar seus contornos, nos propomos a observar o ponto de oscilação ou o contra-ataque brusco marcados pela publicação, em 1992, do livro Probing the Limits of Representation, editado por Saul Friedländer, colocando em paralelo os estudos mais recentes de Paul Ricoeur e Carlo Ginzburg e destacando suas respectivas leituras das obras clássicas de Aristóteles, a Poética e a Retórica, mediadas pela leitura de Hayden White.


2020 ◽  
Vol 8 (15) ◽  
pp. 95-114
Author(s):  
Michelle Márcia Cobra Torre

O artigo se propõe a discutir as relações entre História e Literatura, confrontando posições teóricas e refletindo sobre os seus pontos de contato e de afastamento. A discussão envolve textos dos teóricos da Literatura e de historiadores. Parte-se das relações entre o real e o fictício, na perspectiva de Wolfgang Iser e, em seguida, são enfocados os debates das décadas de 1960 e 1970, quando os historiadores passam a questionar sobre as relações entre a escrita da História e a Literatura. Nesse contexto, destacam-se os estudos de Paul Veyne, Lawrence Stone, Paul Ricoeur e Hayden White. Contrapondo-se aos historiadores, que salientam o caráter literário da História, destaca-se o historiador Carlo Ginzburg, para o qual a História é construída a partir dos rastros do passado, numa integração entre realidades e possibilidades. Para pensar as relações entre a Literatura e a História, o artigo também se vale das considerações de Luiz Costa Lima.


Author(s):  
Nazaré Torrão

Durante muito tempo considerou-se que o principal objetivo da história seria reconstruir o passado sem os efeitos de distorção do presente. O presente da escrita, contudo, acaba por influenciar de alguma forma o modo como se olha para os acontecimentos, para os intervenientes que se valorizam, de quem são as histórias narradas e de quem as que são deixadas na sombra. Para a reconstrução de determinado evento do passado é necessário ordenar os factos, encontrar os motivos por trás da ação e discernir os objetivos. Isso liga a ação ao contexto, aos acontecimentos anteriores e aos que daí resultarão. É preciso pois construir uma narrativa coerente. Hayden White (2010), entre outros estudiosos, como por exemplo Paul Ricoeur (1983-1985), insiste no caráter narrativo da história. Mas isso torna a história dependente, tal como outras narrativas, do narrador, do ponto de vista, do momento em que é narrada e do período de tempo escolhido. Ou seja, o presente da escrita influi na perspetiva que se adota e permite muitas vezes uma releitura crítica não só dos factos passados, como também do modo como nos foram narrados.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document