scholarly journals Significações de viver com depressão na velhice

2021 ◽  
Vol 39 (104) ◽  
pp. 246
Author(s):  
Katia Carreira Pfutzenreuter ◽  
Itala Villaça Duarte ◽  
Regina Celia Celebrone

Este artigo objetiva analisar os sentidos atribuídos à vivência da depressão por idosos. Trata-se de uma pesquisa de campo, exploratória, descritiva, do tipo transversal e de abordagem qualitativa. Para a caracterização dos participantes foi utilizado um questionário sociodemográfico e para a coleta de dados foi utilizada a Entrevista Narrativa de Doença - McGill Illness Narrative Interview (MINI), entrevista semiestruturada, traduzida, adaptada e validada para o Brasil. Foram analisadas 8 narrativas segundo a metodologia Análise de Conteúdo (Bardin, 2011), e foram sistematizadas as seguintes categorias: (I) A depressão atrelada aos sentidos sociais, agrupando as narrativas que apontam o estigma deste adoecimento psíquico, sendo principalmente relacionando com a loucura; (II) Sentimentos vinculados a depressão e suas repercussões nos laços sociais, incluindo falas sobre a irritabilidade, desânimo e inibição, e necessidade do reconhecimento do outro em relação ao seu sofrimento; e (III) Depressão  associada às perdas e lutos de uma vida, havendo associação entre a depressão na velhice como um acúmulo sucessivas perdas familiares. Considera-se que o sujeito idoso acometido pela depressão necessita ser escutado, considerando as possibilidades de ressignificar lutos e histórias de vida, para tanto a importância de um amparo subjetivo e social.

2006 ◽  
Author(s):  
Danielle Groleau ◽  
Allan Young ◽  
Laurence J. Kirmayer

2014 ◽  
pp. 75-80 ◽  
Author(s):  
João Arriscado Nunes ◽  
Rita Serra ◽  
Carlos Barradas ◽  
Filipa Queirós

O presente artigo vem dar conta do processo conducente à adopção de uma estratégia metodológica que privilegia a narrativa pessoal sobre a doença no âmbito de um projecto de investigação em curso. Para o âmbito deste projecto, que se centra em três doenças (cancro, doenças respiratórias e obesidade infantil), as metodologias qualitativas foram consideradas as mais adequadas, quer pela riqueza de informação que incorporam, quer pela adequabilidade no que respeita aos objectivos e às hipóteses de trabalho delineadas. Privilegiou-se assim a utilização do MINI (McGill Illness Narrative Interview) (Groleau et al., 2006), uma ferramenta cuja utilização é apropriada ao campo que pretendemos estudar. Pretende-se portanto apresentar uma primeira abordagem às escolhas metodológicas e conceptuais tointerdisciplinamadas, bem como dar conta da importância das narrativas pessoais nos objectivos a que o projecto se propõe dar resposta.


2011 ◽  
Author(s):  
Philip Dickinson ◽  
Karl J. Looper ◽  
Danielle Groleau

2016 ◽  
Vol 21 (8) ◽  
pp. 2393-2402 ◽  
Author(s):  
Erotildes Maria Leal ◽  
Alicia Navarro de Souza ◽  
Octavio Domont de Serpa Júnior ◽  
Iraneide Castro de Oliveira ◽  
Catarina Magalhães Dahl ◽  
...  

Resumo Este artigo apresenta o processo de tradução e adaptação cultural para o português da McGill Illness Narrative Interview – MINI, um modelo de entrevista para a pesquisa dos sentidos e dos modos de narrar a experiência do adoecimento, testada, no contexto brasileiro, para os problemas psiquiátricos e os relacionados ao câncer. Foram realizadas duas traduções e respectivas retraduções, avaliada a equivalência semântica, elaboradas versões síntese e final e dois pré-testes nas populações-alvo (pessoas com alucinações auditivas verbais ou câncer de mama). Foi observado um grau elevado de equivalência semântica entre o instrumento original e os pares de tradução-retradução e da perspectiva dos significados referencial e geral. A equivalência semântica e operacional das modificações propostas foram confirmadas nos pré-testes. Disponibilizou-se para o contexto brasileiro a primeira adaptação de um modelo de entrevista que possibilita a produção de narrativas sobre a experiência de adoecimento.


2017 ◽  
Author(s):  
Ademola Adeponle ◽  
Danielle Groleau ◽  
Lola Kola ◽  
Laurence J. Kirmayer ◽  
Oye Gureje

2018 ◽  
Vol 42 (3) ◽  
pp. 178-188
Author(s):  
Daniela Freitas Bastos ◽  
Antônio Jose Ledo Alves da Cunha ◽  
Alicia Navarro de Souza

ABSTRACT Despite several governmental policies with the purpose of changing medical training in Brazil, it is still predominantly hospital-centered, and the learning process is focused on diseases. We conducted a study in a traditional medical school, in which the students carried out an interview focused on the illness experience assessing chronic patients with compliance difficulties in the treatment of hypertension and/or diabetes in primary care. Fourteen medical students during the Family Medicine Internship at the Federal University of Rio de Janeiro were trained to carry out the McGill Illness Narrative Interview (MINI) and identify the modes of understanding and attribution of meaning to the illness and treatment experience. Before and after the completion of the set of 35 interviews, the students were listened to individually regarding their understanding of the compliance phenomenon and the experience with the MINI. The 35 interviews conducted by the students were analyzed with respect to the objectives of each section, in addition to interviewer’s general objective of offering a position of expertise to the patient in their report of the case. We sought to investigate the consistency of the student’s experience with this script to obtain the narrative of illness using conceptual topics – prototypes and explanatory models – and the emerging topics identified according to the technique described by Bardin for content analysis. In the analysis of the interviews conducted by the researcher with the interns at the beginning and the end of their internship, the content analysis consisted of two main themes: clinical understanding and experience with the non-compliance phenomenon, and the appreciation of performing the MINI in the context of medical training. The students considered the MINI a useful tool for understanding and exploring the individuals’ illness and their treatment experiences in their socioeconomic and cultural context. By recognizing the importance of the MINI, the interns usually reported few learning opportunities while providing care for patients. Although the students had previously recognized the importance of listening and the development of bonds, they did not know how these issues could be built, and the experience increased their confidence in the healthcare provided to patients in their medical daily life. The students noticed that non-compliance involved multiple factors, which did not usually emerge during regular medical appointments. In fact, there was more understanding about the compliance phenomenon.


2014 ◽  
Vol 3 (4) ◽  
pp. 442-456
Author(s):  
Kristin M. Langellier

In the context of global performativity, the refugee story is a command performance to bureaucrats that travels across boundaries to other cultural events, including participatory research. The embodied dynamics of co-constituting performance trouble the narrative interview as a site of storytelling. I examine three moments in which the phrase “if you ask” marks the politics of inviting and empathizing with personal narrative.


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