The Experimental Gothic

This essay proposes that the crucial movements of the historical avant-garde looked to the first wave of Gothic literature (1760s–1820s) in developing their respective variants of experimental prose. To date, the linguistic and textual characteristics (non-mimesis, ineffability) of the literary mode here called Experimental Gothic have not been comprehensively investigated, neither in Avant-Garde nor Gothic Studies. The proposed poetics of the Experimental Gothic indicates that the early avant-gardes did not straightforwardly recycle Gothic material but rather wove the praxis of contemporary theories of representation into their prosaic exploits, which were immersed in the imaginary, supernatural and irrational. The linguistic features of recognised works of avant-garde prose by luminaries such as Carl Einstein, Hugo Ball and Julien Gracq reveal the Experimental Gothic to be a language project spawned from anarchist backgrounds, which leads readers to reject their naïve belief in conventional representation in order to gain a renewed sense of reality.

Suite Française. Georges Didi-Huberman, uma experiência na História da Arte

Os livros de Georges Didi-Huberman articulam um denso saber para produzir o que ele propôs chamar de “antropologia do visual”. É uma posição de caráter neo-warburguiano, embora, no início de sua trajetória, Didi-Huberman não se apoiasse em Aby Warburg, que ele ainda não tinha integrado ao seu panthéeon. Antropologia que não representa mais um risco, mas uma chance para a História da arte. As imagens artísticas, observadas e analisadas com grande atenção crítica, revelam processos que seu conhecimento aprofundado da filosofia o legitimam a qualificar como “dialéticos”. Suas primeiras ideias e argumentações, disseminadas em vários livros que se sucederam em um ritmo anual, encontraram em Aby Warburg, por volta do ano 2000, um modelo de confirmação e consolidação. A historiografia e a filosofia da arte de Didi-Huberman foram construídas por meio de livros que privilegiam artistas, pensadores, críticos (Fra Angelico, Giorgio Vasari, Sigmund Freud, Erwin Panofsky, Georges Bataille, Carl Einstein, Aby Warburg, Alberto Giacometti, Marcel Duchamp, Walter Benjamin, Bertold Brecht, os minimalistas, Pier-Paolo Pasolini, Giorgio Agamben), que instigam uma História da arte que é uma filosofia prática da imagem e do tempo.

A sobrevivência da estátua

No poema de Manuel Bandeira o cacto é uma estátua. Essa estátua tomba e interrompe a vida na cidade. Na morte o cacto se historiciza e, nesse sentido, ganha vida. A montagem das imagens no poema e sua leitura vertical, livre, nos apontam para outras imagens como as da escultura negra de Carl Einstein e sua leitura por Chris Marker e Alain Resnais em As estátuas também morrem, ou imagens como as poses dos nativos em ¡Que viva México! de Eisenstein. A morte revolucionária e a intratabilidade fazem do cacto uma estátua sobrevivente.

A la dérive

The notion of the formless found a lasting definition in Documents, the dissident Surrealist magazine led by Georges Bataille, Carl Einstein and Michel Leiris from 1929 to 1931. In an unassuming short entry for its ‘Dictionnaire’, Bataille presents the informe emphatically not as a system or a structure, but as ‘un terme servant à déclasser’; yet neither the disruptive impulse of the 'Dictionnaire', nor the more recent exhibitions it has generated, can avoid a measure of taxonomic organisation (L'Informe: mode d'emploi, 1996; Undercover Surrealism, 2006). In the realm of poetry, free verse has eroded the boundaries of the poetic, but its freedom from formal constraints is limited too; as Jay Parini (2008) contends, ‘formless poetry does not really exist, as poets inevitably create patterns in language that replicate forms of experience.’ Through a small number of case studies, this chapter will consider the legacy of Bataille’s definition while assessing the ongoing tension between form and its undoing in textual and visual art of the twenty-first century.