De islas y buen gobierno. Nuevos espejos clásicos y bizantinos en la Ínsula Barataria

RESUMEN: Este artículo ofrece una nueva aproximación a los capítulos relacionados con la Ínsula Barataria del Quijote a partir de la relación tradicional entre el tema de las islas y los tratados de buen gobierno. Cervantes tuvo acceso a los espejos de príncipes clásicos y bizantinos a través de las traducciones de Diego Gracián y sobre todo del Comentario en breve de su amigo Cristóbal Mosquera de Figueroa. Pero además conoció de primera mano el uso legal ordinario de los consejos de Agapeto y de las leyes del emperador Justiniano, que él adaptó more novelístico al gobierno de Sancho Panza con agudeza de ingenio. ABSTRACT: This article offers a new approach to the Ínsula Barataria´s episode in Don Quixote, by stablishing the traditional relationship between the island´s theme ant the treaties of good government. Cervantes had access to the classics and bizantines specula principum through the translations of Diego Gracián and, above all, the Comentario en breve of his friend Cristóbal Mosquera de Figueroa. But he new also the ordinary legal use of Agapeto´s advices and the emperor Justiniano´s laws in his time, which he adapted, in a novelistic way and with sharp wit, to the Sancho Panza´s government.

Da arte de fazer-se virtuosa: regimentos de princesas (Castela, século XV)

Comumente escritos para prescrever aos príncipes como estes deveriam se conduzir e em quais exemplos deveriam se mirar, os specula principum concederam um papel relativamente secundário às mulheres. Ainda que os espelhos tenham prescrito, a partir das indicações apresentadas aos príncipes, a conduta das infantas e consortes, nenhum deles parece ter indicado diretamente as mulheres como público-alvo de seus ensinamentos, nem mesmo contemplado a relação entre mulher, coroa e poder. No entanto, na segunda metade do século XV, frente a possibilidade que se apresentou no reino castelhano de que a coroa fosse herdada e regida por uma mulher, bem como o imperativo de que a ordem e a boa condução do reino não fossem mais colocadas em risco pelos erros e vícios cometidos pelas rainhas, despertou o interesse e a urgência de que também elas fossem instruídas sobre como deveriam se conduzir. Nesse sentido, nosso fito neste artigo será analisar e cotejar alguns roteiros de governo preparados especialmente pelos clérigos Martín de Córdoba, Íñigo de Mendoza e Hernando de Talavera, que foram endereçados à rainha Isabel (1451-1504).

Ekklesiologie der sanften Macht. Der 1. Timotheusbrief und die antike Fürstenspiegel-Literatur

Did early Christian church leaders and political rulers share common characteristics? By reading the First Epistle to Timothy through the lens of Greek and Roman “mirrors for princes” (specula principum) written in the first and early second centuries AD, this article intends to make a new contribution to this issue. The study’s interpretative focus lies on the idealized depiction of Timothy as a role model for early Christian officeholders as well as on the qualifications for bishops and deacons (1 Tim 3:1–13). The comparison of the features of the ideal ruler with those of ideal church leaders shows that central elements of the ecclesiology of First Timothy tap into the Greco-Roman discourse concerning ideal rulership. Yet not only that, it also helps to understand that the power that is undeniably attributed to officeholders is ultimately meant to be a soft power that serves the cause of “preservation” and “salvation” (σωτηρία).

Apontamentos à fortuna crítica de Il Principe, de Machiavelli: de Gentillet a Gramsci e a recepção brasileira

O ensaio roteiriza e analisa a fortuna crítica de Il Principe (1513), de Machiavelli, inscrito sob a tradição humanística do gênero specula principum, - fortuna, antecipadamente, circunscrita por quinze livros do gênero, escritos entre 1402 e 1505, em Itália -. Na sequência, agencia apontamentos acerca da fortuna crítica do livrinho maquiaveliano de Gentillet até Gramsci, com destaque para a sua presença em França, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Itália. Ao final, o ensaio analisa a recepção brasileira a Machiavelli.

¿Príncipes o tiranos? La 'Ciropedia' de Jenofonte, la monarquía aqueménida y los 'specula principum' de la modernidad (siglo XVI)

La Ciropedia de Jenofonte ofreció a los humanistas un modelo de soberano ideal que reinaba por deber y con el apoyo de la aristocracia, pero cuya labor era entendida como un servicio fundado también en la legalidad. El speculum principis de Jenofonte estuvo motivado por la búsqueda de un líder ideal, una necesidad sentida como imperativa en la modernidad del siglo XVI, también frente a la amenaza turca, desde Italia o España hasta los Países Bajos, la Gran Bretaña o Francia. Su Ciro marcó el camino a seguir a los defensores del absolutismo monárquico en su apelación a la razón de estado y, en especial, en la disputa contra los populares modelos republicanos de inspiración platónica o aristotélica. Jenofonte y su Ciropedia satisfacían además dos de las grandes pasiones del humanismo, la política y la educación.