Revista de Morfologia Urbana
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Published By Revista De Morfologia Urbana

2182-7214

2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
Author(s):  
Gislaine Elizete Beloto ◽  
Karin Schwabe Meneguetti ◽  
Renato Leão Rego ◽  
Mayara Henriques Coimbra
Keyword(s):  

Este artigo examina como evoluíram no Brasil as regiões urbanas criadas a partir de uma estrutura hierárquica com cidade principal e cidades subordinadas. Três casos planejados a partir da ideia britânica de cidades satélites na segunda metade do século XX foram considerados: o norte do Paraná, o Distrito Federal e o norte de Mato Grosso. Ao constatar a transformação física no conceito original aplicado, foram estudadas as implicações das atuais manchas urbanas e do seu contexto regional. Para tanto foram ponderados o modo de crescimento e as conexões entre as formas urbanas, bem como sua relação com o contexto natural. Como resultado, percebeu-se que as cidades se espraiaram, suas manchas urbanas se associaram e circundaram cursos d’água e reservas florestais. Portanto, visando uma interação cidade-natureza adequada e sustentável, a visão ecológica deve estar contemplada no planejamento futuro destas regiões.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. e00204
Author(s):  
Yasmin De Freitas Vieira Couto ◽  
Lucas Figueiredo de Medeiros

O fenômeno da verticalização em cidades brasileiras tem se intensificado nas últimas décadas, refletindo forças de mercado e expectativas sobre o morar que se manifestam através da crescente construção e oferta de novos edifícios e apartamentos; ou na adaptação dos existentes. Este artigo investiga o fenômeno da verticalização no bairro de Manaíra, João Pessoa, Paraíba, Brasil, utilizando técnicas de mineração e visualização de dados para classificar ofertas de apartamentos à venda utilizando o método de agrupamento K-means. A pesquisa procurou investigar, num primeiro momento, em que grau a oferta de apartamentos reflete as características particulares da verticalização em Manaíra, fortemente condicionada pela legislação e pela localização relativa dos edifícios dentro do bairro. Depois, procurou entender algumas características dos edifícios no bairro e a presença de estratégias de 'fortificação', i.e. muros, equipamentos de segurança, etc. Os resultados contribuem para demonstrar o potencial da mineração de dados em pesquisas na arquitetura e urbanismo, produzindo visualizações que lançam luz sobre o fenômeno da verticalização em Manaíra a partir de um conjunto limitado de dados, explicando a influência de condicionantes locais e, em paralelo, a adoção de estratégias de 'fortificação' de maneira generalizada.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. e00203
Author(s):  
Cauana Schumann ◽  
Rodrigo de Castilhos da Silva ◽  
Lívia Teresinha Salomão Piccinini ◽  
Matheus Gentelini Namiuchi

O governo brasileiro iniciou em 2009 um programa habitacional, o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), visando promover o acesso à moradia para a população de baixa renda e classe média baixa no país. O presente artigo avaliou as localizações das moradias do PMCMV, no município de Porto Alegre/RS, na relação com áreas identificadas como de risco e de preservação permanente. A metodologia do estudo está baseada em uma análise documental dos registros junto a órgãos públicos, a partir dos quais foram identificadas e mapeadas as áreas de influência dos empreendimentos que possuem convergência com as áreas de risco e de preservação permanente, sob dois aspectos, constando: (1) apenas dados municipais mapeados; e (2) associando dados municipais e federais. Os resultados apontam que, para a primeira análise 23,43% das áreas dos empreendimentos do PMCMV encontram-se em áreas de importância ambiental e/ou de risco da cidade, enquanto na segunda análise, esses valores passam para 56,51% da área total destes empreendimentos. As conclusões chamam atenção para os impactos destas localizações para a cidade como um todo, quando a administração pública perde a oportunidade de, através da política pública, promover condições mais seguras e sustentáveis para a cidade.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. e00214
Author(s):  
Karin Schwabe Meneguetti

O ano de 2021 está sendo particularmente difícil para todos nós, soma-se às incertezas da pandemia e à mudança dos hábitos de vida a perda de pessoas preciosas. Em nosso mundo acadêmico, perdemos Silvio Macedo no início do ano e agora Jeremy Whitehand. Junto-me ao coro dos novos órfãos da morfologia urbana inglesa, pesarosos pela falta de nosso maior expoente, mas gratos pelas lições que sua presença entre nós deixou.


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. e00212
Author(s):  
Vitor Oliveira

Quais as probabilidades de encontrar um génio que seja, em simultâneo, uma pessoa gentil e generosa? Jeremy W. R. Whitehand era um desses homens. Jeremy nasceu em Reading em 1938, e desenvolveu o seu doutoramento nesta cidade do sul de Inglaterra. Em 1963 começou a dar aulas em Newcastle upon Tyne, onde conheceu M. R. G. Conzen (que viria a influenciar todo o seu trabalho em morfologia urbana), Michael P. Conzen (que se tornaria um dos seus amigos mais próximos) e Susan Frederick (que viria a ser a sua companheira para toda a vida). Em meados dos anos 60, Jeremy muda-se para Glasgow, e no início dos anos 70, para Birmingham, onde viria a lecionar até 2005, continuando após essa data a orientação de alunos de doutoramento e pós-doutoramento. Jeremy teve um papel central na criação do Urban Morphology Research Group (University of Birmingham) em meados dos anos 70, do International Seminar on Urban Form (ISUF) em meados dos anos 90, e ainda da revista Urban Morphology em 1997. Ao longo das últimas décadas, Jeremy deu um contributo fundamental para a definição da morfologia urbana como campo de conhecimento abrangente e inclusivo, para o estabelecimento da abordagem histórico-geográfica, para o desenvolvimento de dois conceitos fundamentais – região morfológica e cintura periférica (fringe belt), e para o debate de temas chave como os agentes de transformação urbana, a relação entre investigação científica e prática profissional, e os estudos comparativos (Whitehand, 1981; 1992a, 2009).


2021 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. e00186
Author(s):  
Caroline Alves da Silveira ◽  
Marceli Adriane Schvartz ◽  
Letícia Oestreich ◽  
Carmen Brum Rosa ◽  
Bárbara Giaccom ◽  
...  
Keyword(s):  

Para promover a caminhada nas cidades é necessário prover condições adequadas de infraestrutura relacionadas às calçadas. No entanto, são inú-meras as variáveis que podem interferir na percepção da qualidade das cal-çadas por parte dos usuários dessas vias. Dessa forma, esse estudo se pro-põe a apresentar um método de avaliação da qualidade das calçadas utili-zando um índice ponderado com base em análises geoespaciais e na percep-ção dos usuários. As análises quantitativas realizadas envolvem a aplicação da lógica fuzzy, e as técnicas Delphi e Schulze. O método foi aplicado na área central de uma cidade brasileira de pequeno porte localizada no esta-do do Rio Grande do Sul. Os resultados do estudo são discutidos com base na seleção dos atributos importantes para a caminhada e ponderação e per-cepção desses atributos. De uma maneira geral, a análise de sensibilidade mostra que o método é adequado e que, portanto, consegue transmitir dire-tamente as experiências vivenciadas no ambiente urbano. Assim, este estudo contribui com a proposição de um método que pode ser utilizado por plane-jadores urbanos para tomar decisões relacionadas a políticas públicas vol-tadas a mobilidade de pedestres.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. e00181
Author(s):  
Valentina de Farias Betemps Silva ◽  
Aline Montagna da Silveira ◽  
Franciele Fraga Pereira

A chegada do século XX trouxe significativos avanços de infraestrutura urbana, que repercutiram nas maneiras de habitar a cidade e consequentemente as residências. As exigências salutares do novo século impulsionaram a conformação de uma nova tipologia arquitetônica, as villas e casas de catálogo. Essas residências, caracterizadas pela sua premente ventilação e iluminação naturais buscam, por sua natureza, a característica de grandes lotes para suas implantações. Este artigo analisa como esse novo tipo edilício se implantou na região mais antiga da cidade de Pelotas-RS, o sítio do Primeiro Loteamento, que possui a característica de lotes estreitos e compridos. A investigação proposta pretende compreender como essa arquitetura se inseriu na malha urbana mais antiga da cidade, estabelecendo relações entre a tipologia arquitetônica e a morfologia urbana. A análise dos resultados foi realizada a partir dos dados coletados através de um inventário de varredura, que permitiu entender as principais características do sítio e das edificações estudadas.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
pp. e00155
Author(s):  
Catarina de Almeida Pinheiro
Keyword(s):  
Big Data ◽  

A parca existência de dados espaciotemporais contínuos desde sempre impôs consideráveis restrições a abordagens transversais e diacrónicas do fenómeno urbano. Todavia, avanços tecnológicos, mais ou menos recentes, que diariamente incrementam colossais bases de dados com informação geográfica explícita (e.g., satélites, redes sociais, dados oficiais), vieram possibilitar a desmultiplicação dos estudos de caso. Com efeito, a lógica dedutiva, hegemónica até então, é substituída pela indutiva – que desenvolvida no sentido bottom-up veio colocar em evidência particularismos locais. Nascida ainda antes do apogeu dos ‘Big Data’, a observação sinótica e repetitiva da Terra facultada pela Deteção Remota assume uma importância fulcral no (re)interesse e na renovação metodológica e concetual dos Estudos Urbanos verificada no advento do novo milénio – mormente o enfoque cronogeográfico que é dado aos estudos de morfologia urbana. A par disto, importa notar que a visão multiespectral dos satélites fornece variegada informação (e.g., humidade do solo, temperatura de superfície, poluentes), que se estende muito para além da mera extração do tecido urbano. Face ao exposto, procura-se colocar em evidência as mutações que a Deteção Remota – alicerçada nos Sistemas de Informação Geográfica – desencadeou nos Estudos Urbanos, dando-se particular enfoque ao domínio da Geografia, visto aí a abordagem integrada do ecossistema urbano se encontrar maximizada.


2021 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Marlos Hardt ◽  
Fabio Duarte de Araujo Silva

Genericamente interpretados como corredores com edifícios alinhados em ambos os lados de determinada via, os cânions urbanos constituem uma das principais características morfológicas de cidades contemporâneas com eixos de adensamento atrelados ao sistema de mobilidade urbana, acarretando, muitas vezes, relevantes implicações ambientais adversas ao meio urbanizado. Entendendo o envelopamento vegetal como o revestimento de edificações com superfícies vegetadas, a hipótese da pequisa é de que essa estratégia constitui uma medida viável para políticas públicas voltadas à mitigação desses efeitos. Objetiva-se então analisar o potencial dessa solução para aquela configuração morfológica urbana, apoiando-se no estudo de caso dos setores estruturais de Curitiba, Paraná. A partir da interpretação da estrutura espacial interna de cada trecho e da análise integrada do conjunto, a avaliação do potencial de envelopamento dos edifícios do espaço específico de estudo permite a proposição de Fator de Envelopamento Vegetal (FEV) mínimo de 0,2 para o revestimento edilício e de 0,3 para a obtenção de incentivos indiretos.


2020 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. e00229
Author(s):  
Renato Tibiriçá de Saboya ◽  
Vinicius de Moraes Netto ◽  
Fernanda Careta Ventorim

No início de 2020, a edição 8.1 da Revista de Morfologia Urbana reuniu artigos científicos e leituras de especialistas que exploram a chamada "nova ciência da cidade" (NCC) e da revolução dos dados digitais, em trabalhos empíricos e discussões críticas de excelente repercussão. A presente edição 8.2 traz o segundo conjunto de artigos vinculados a essa chamada temática. Esses trabalhos selecionados confirmam a forte presença dos novos recursos de dados e ferramentas metodológicas no estudo da forma urbana e na disciplina do urbanismo no contexto lusófono.


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