Esboços histórias em contextos globais
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Published By Universidade Federal De Santa Catarina

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2021 ◽  
Vol 28 (49) ◽  
pp. 882-889
Author(s):  
Jó Klanovicz

Resenha de: MCCOOK, Stuart. Coffee is Not Forever: A Global History of Coffee Leaf Rust. Athens: Ohio University Press, 2019. 306 p.


2021 ◽  
Vol 28 (49) ◽  
pp. 640-697
Author(s):  
Leonardo Marques

O presente artigo explora alguns dos problemas impostos pelo colapso ambiental contemporâneo à escrita da história e sugere, na esteira de outros pesquisadores, que um dos principais desafios atuais é combinar uma história global do capital com o tempo da natureza. Para tanto, abordagens que tomaram a história de mercadorias específicas como estratégia de análise são retomadas e avaliadas à luz de debates historiográficos contemporâneos. Na última parte do texto, dois exemplos concretos - as histórias do ouro do Brasil e dos navios norte-americanos - são explorados para ilustrar como o método permite caminhar na direção de uma história ambiental global das Américas coloniais em perspectiva crítica, ou seja, uma história do capital que transcenda o nacionalismo metodológico ainda vigente na historiografia e consiga incorporar o tempo da natureza em um movimento unificado de análise.


2021 ◽  
Vol 28 (49) ◽  
pp. 834-853
Author(s):  
Michele Aparecida Siqueira Dias ◽  
Paula de Castro Broda

Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo dos Estados Unidos criou o Office of the Coordinatior of Inter-Americans Affairs (OCIAA), órgão direcionado para trabalhar nas estratégias de aproximação e consolidação das relações entre o país e a América Latina. Para tanto, a direção do escritório ficou a cargo de Nelson Rockefeller, empresário ligado à Fundação Rockefeller, que já atuava na região. Debates deste período apontavam que o problema de saúde e falta de sanitarismo era crônico nos locais que apresentavam maiores índices de analfabetismo. Para resolver esse entrave, Rockefeller convidou Walt Disney para produzir curtas-metragens educativos sobre tais questões e, desta forma, criar um mecanismo que auxiliasse na instrução e letramento da população. Esse artigo tem por objetivo explorar as formas como essas constatações e preocupações aparecem no curta Environmental Sanitation (1945), parte da série Health for the Americas (1944-1945). O desenho, que tem como personagem principal uma cidade, parte deste ponto de vista particular para contar sobre sua transição de vila simples e sem recursos em um espaço moderno e urbanizado. Verificaremos, assim, por meio de uma análise de alguns aspectos do curta, de que maneira a animação sintetiza as várias problemáticas ressaltadas em relatórios realizados tanto pelo Estúdio Walt Disney, quanto pelo OCIAA, e que também foram amplamente discutidas por governos e intelectuais da época, principalmente em reuniões que discutiam tais questões sobre a urbanização das cidades.


2021 ◽  
Vol 28 (49) ◽  
pp. 813-833
Author(s):  
Albrecht Classen

We certainly live in a world today determined by globalism, however we might want to define it. But it would be erroneous to assume that earlier centuries, and not even pre-modernity, were entirely ignorant about foreign worlds and did not have any interest in reaching out to, or in approaching foreign countries, peoples, and cultures either peacefully or militarily. The first part of this paper examines some of the misconceptions and then outlines many features that justify us in using the term ‘globalism’ already at that early stage, maybe free of much of the modern baggage brought upon by the colonialist attitude pursued by early modern Europeans. To illustrate the claim more specifically, this then leads over to a detailed examination of one of the many versions of the Alexander narratives in the Middle Ages, specifically of Priest Lambrecht’s Middle High German Alexanderlied. Although Alexander is presented as a conqueror of the Persian empire and the Indian kingdom, apart from many other countries, there is still a strong narrative strategy to open the perspective toward the East and to make it to an integrative part of the global worldview of the western European audiences. This and many other Alexander versions contribute in their own intriguing way to the process of “worldmaking,” as Nelson Goodman (1978) had called it. Although historic-fictional in his approach, Lambrecht facilitated in a path-breaking way, drawing on many classical sources, of course, the establishment of a global vision, at least in the mind of his medieval audiences.


2021 ◽  
Vol 28 (49) ◽  
pp. 764-771
Author(s):  
Waldomiro Lourenço da Silva Junior

Este artigo consiste em um diálogo com o historiador Leonardo Marques, com base no artigo de sua autoria Cadeias mercantis e a história ambiental global das Américas coloniais, publicado na seção debate da revista Esboços. Tendo em vista discutir o lugar da interdisciplinaridade no estudo da história do capitalismo, destaco basicamente três aspectos: a forma como o autor explora a metodologia delineada por Hopkins e Wallerstein em torno da noção de cadeia da mercadoria; o problema em torno da incorporação da perspectiva do sistema-mundo e das contribuições próprias da ciência da história para uma história ambiental global; o diálogo necessário com a geociências para a fundamentação da abordagem.


2021 ◽  
Vol 28 (49) ◽  
pp. 854-875
Author(s):  
Pedro Giovannetti Moura

O presente artigo tem por objetivo colocar em debate possíveis paradigmas que joguem luz ao processo de internacionalização da Construtora Norberto Odebrecht (CNO). Argumentamos que o modelo, hoje, mais difundido pelos grandes meios de comunicação é ancorado no conceito de Capitalismo de laços, sintetizados em obra de Sérgio Lazzarini. Buscamos nos distanciar dessa chave analítica e propor uma outra que, com base em uma compreensão global da história e na primazia de condicionantes locais, situa a atuação internacional da construtora em dois momentos chave. Em um primeiro, nos anos 1980 e 1990, entendemos que a empreiteira opta pela região latino-americana devido a uma somatória de fatores como: (a) o aproveitamento dos gargalos de infraestrutura da região latino-americana — condicionados aqui pelo próprio modelo de desenvolvimento periférico da região; (b) os benefícios de atuar sobre uma região que é órbita de influência geopolítica brasileira; e (c) sua proximidade geográfica. Já a partir dos anos 2000, defendemos que essa prática de internacionalização passa por uma mudança. Consolidada enquanto empresa transnacional, a CNO passa a se valer da estratégia do governo brasileiro de conformação de grupos ‘campeãs nacionais’ como forma de ampliar sua inserção no mercado internacional. Para embasar essa linha argumentativa, nos valemos da combinação entre obras que tratam do desenvolvimento periférico junto à análise de fontes públicas e internas — como a Revista Odebrecht Informa —, disponibilizadas pela empresa. Dessa forma, pretendemos historicizar a internacionalização da empreiteira, construindo, para tanto, paradigmas interpretativos de análise desse processo que coloquem em relevo a relação entre condicionantes do subdesenvolvimento e a internacionalização de empresas.


2021 ◽  
Vol 28 (49) ◽  
pp. 876-881
Author(s):  
Peter M. Beattie

Review of: ANDERSON, Clare (ed.). A Global History of Convicts and Penal Colonies. London: Bloomsbury Academic, 2020. 408 p.


2021 ◽  
Vol 28 (49) ◽  
pp. 772-812
Author(s):  
Leonardo Marques

Esta réplica explora algumas das principais questões levantadas pelos comentários de Crislayne Alfagali, Jack Bouchard, Mary Draper, Waldomiro Lourenço Jr. e Jason Moore a respeito de meu primeiro artigo, “Cadeias mercantis e a história ambiental global das Américas coloniais”. O texto segue uma divisão tripartite semelhante ao primeiro. Inicialmente, discuto algumas questões relacionadas à disciplina e aproveito para expandir aspectos que ficaram subdesenvolvidos em minha intervenção inicial, como a discussão sobre nacionalismo metodológico. Em um segundo momento, discuto especificamente as potencialidades e limites da história das mercadorias para se pensar a história do capitalismo. Na terceira e última seção, tomo como fio condutor a discussão sobre conhecimentos de indígenas e africanos na construção do mundo Atlântico para tentar amarrar as inúmeras questões levantadas ao longo do texto.


2021 ◽  
Vol 28 (49) ◽  
pp. 698-715
Author(s):  
Jack Bouchard

This article is a brief response to Leonardo Marques’ essay “Commodity Chains and the Global Environmental History of the Colonial Americas.” It focuses on the practical and theoretical limitations of commodity-chain histories as away to address our political and environmental moment. It argues that commodity-chain histories must overcome the complexity of their subjects, and leap the theoretical gap between local and global scales without losing sight of nature. To do so, the article advocates for more work by environmental historians, and a focus on transformation rather than commodity flows.


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