Acta Urológica Portuguesa
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Published By Associacao Portuguesa De Urologia

2387-0419, 2341-4022

2019 ◽  
Vol 36 (1-2) ◽  
pp. 17-22
Author(s):  
Joao Pimentel Torres ◽  
Vítor Fernandes ◽  
Nuno Morais ◽  
Sara Anacleto ◽  
Paulo Mota ◽  
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Introduction: Although the risk of urethral trauma while treating bladder stones is worrisome, evidence about the best treatment approach is scarce. The aim of this study is to compare the safety and efficacy of transurethral cystolithotomy and percutaneous suprapubic cystolithotomy in adults´ bladder lithiasis treatment. Methods: We retrospectively evaluated 120 patients (January 2012 to December 2017) who were surgically treated for bladder lithiasis with percutaneous suprapubic cystolithotomy (n= 20) and transurethral cystolithotomy (n= 100). Age, gender, calculi size, surgery duration, hospital stay, post-operative infections, haematuria, pain and urethral strictures were evaluated. Previous diagnosis of benign prostate hyperplasia and urethral strictures were also considered. Results: Both groups were homogeneous according to the pre-operative variables evaluated, including calculi dimensions and simultaneous diagnosis. Median surgery time in percutaneous suprapubic cystolithotomy and transurethral cystolithotomy were 65 and 58 minutes, respectively (p= 0.043). Pain and haematuria were similar in both groups. Median hospital stay was 2.0 days in both groups. Median follow-up time was 13 months. In the transurethral cystolithotomy, three patients (3%) developed urethral stricture while none of the patients treated with PSC developed urethral strictures during the follow-up (p= 0.435). Discussion: Percutaneous suprapubic cystolithotomy theoretically offers an advantage over transurethral cystolithotomy in terms of urethral trauma, although we did not observe a significant difference. However, it deserves to be considered, especially in patients with known urethral strictures that may hinder transurethral access. Further prospective studies with more patients may however confirm these theoretical advantages.


2019 ◽  
Vol 36 (1-2) ◽  
pp. 6-10
Author(s):  
Sónia Almeida ◽  
Mafalda Cascais ◽  
Carolina Cordinha ◽  
Carmen Do Carmo ◽  
Clara Gomes ◽  
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Introdução: As válvulas da uretra posterior (VUP) são uma causa importante de obstrução congénita do trato urinário no sexo masculino, com repercussão na função vesical e renal. Neste estudo pretendeu-se caracterizar a clínica, tratamento, evolução e identificação de possíveis fatores de risco para doença renal crónica (DRC) de um grupo de crianças com VUP. Métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos de crianças seguidas na Consulta de Nefrologia num hospital nível III entre janeiro 1999 e janeiro 2017. Variáveis analisadas: diagnóstico pré-natal, apresentação clínica, avaliação analítica e imagiológica, tratamento e evolução. Para análise estatística utilizou-se: Excel 2016® e Epi Info 7®, considerando-se significativo p < 0,05. Resultados: Dos 23 casos de VUP incluídos no estudo, o diagnóstico foi sugerido por ecografia pré-natal em 16 e confirmado após nascimento, quatro tiveram diagnóstico no primeiro ano de vida e três depois dessa idade. As manifestações clínicas iniciais foram: lesão renal aguda (LRA) (n= 11), pielonefrite aguda (PNA) (n= 4) e alterações do jato urinário (n= 3). A mediana da creatinina (Cr) inicial foi 151 μmol/L. Todos apresentavam hidronefrose na ecografia pós-natal (bilateral em 22) 21 tinham alterações do parênquima renal e 19 espessamento parietal vesical. O diagnóstico foi realizado por cistografia radiológica, que também mostrou refluxo vesico-uretral (RVU) em 15 casos, bilateral em 10. Todas as crianças foram submetidas a fulguração, uma com vesicostomia prévia. O tempo médio de seguimento foi 7,5 anos, durante o qual 14 mantiveram PNA de repetição, sete RVU e 11 cursaram com disfunção vesical. Alguns casos necessitaram de outras intervenções cirúrgicas, que incluíram correção de RVU (n= 3) e nefrectomia unilateral (n= 2). Cinco (21,7%) evoluíram para DRC estadio ≥ 3, dos quais quatro iniciaram diálise com idade média de 9,3 anos. As PNA de repetição e o RVU bilateral associaram-se a evolução para o referido estadio (p 0,03 e p 0,049 respetivamente). Conclusão: As VUP continuam a ser uma etiologia frequente da DRC na criança, apesar do diagnóstico e tratamento cada vez mais precoces.


2019 ◽  
Vol 36 (1-2) ◽  
pp. 30-32
Author(s):  
Alexandre Augusto Monteiro Sato ◽  
Leda A. Daud Lotaif ◽  
Mario Henrique Elias de Mattos ◽  
Antonio Corrêa Lopes Neto

Introduction: Renal calculi is a prevalent disease and has some causes described. The drug calculi origin are rare, accounting for around 1% to 2% of cases. The crystals of sulfadiazine are formed in 20% to 45% of cases, but between 0.4% and 4.5% are associated with renal failure. We present a case report and a review of the literature on diagnosis and treatment of this entity, given its rarity and specificity. Case Report: A 48-year-old male, diabetic, during treatment for acute toxoplasmosis with sulfadiazine initiated renal colic associated with renal failure. The hypothesis of drug calculation was considered, because during the diagnostic investigation of toxoplasmosis, imaging studies were performed and presented without renal calculi. Initially he was treated conservatively with hyperhydration and alpha-blocker, but since he did not present improvement in the exams, he underwent ureterolithotripsy and double j stent. Conclusion: We present a report of urinary lithiasis of pharmacological origin associated with renal insufficiency and a review of the literature.


2019 ◽  
Vol 36 (1-2) ◽  
pp. 23-29
Author(s):  
Ana Rita Correia ◽  
Margarida Manso ◽  
Roberto Roncon-Albuquerque Jr. ◽  
Gerardo Oliveira ◽  
Carlos Silva ◽  
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Introdução: A doença renal crónica é uma patologia prevalente, sendo significativo o número de doentes em estádio terminal cujas alternativas se resumem à terapêutica de substituição da função renal e ao transplante, sendo o último associado a maior qualidade de vida e a menor mortalidade. A procura crescente de rins para transplante tem aumentado o desfasamento relativamente aos rins disponíveis. Esse desfasamento impulsionou a pesquisa e desenvolvimento de alternativas aos dadores cadáver em morte cerebral, sendo os dadores após paragem cardiocirculatória uma alternativa viável. Estes obrigam a técnicas de preservação de órgão distintas, de forma a poder oferecer resultados funcionais sobreponíveis. O objetivo deste artigo foi rever a evidência recente sobre o papel da utilização da oxigenação por membrana extracorporal como técnica de preservação, na colheita de rins de dadores após paragem cardiocirculatória. Material e Métodos: Foi efectuada uma pesquisa na base PubMed/MEDLINE, utilizando as expressões: “kidney transplantation”; “non-heart-beating donor”; “donation after cardiac death”; “extracorporeal membrane oxygenation”; “abdominal normothermic perfusion”. Com os artigos selecionados, realizou- se uma revisão não sistemática, sumarizando a evidência recente sobre a utilização da oxigenação por membrana extracorporal na colheita de rins de dadores após paragem cardiocirculatória. Resultados: Verificou-se que os estudos sugerem com unanimidade que a oxigenação por membrana extracorporal é superior às outras técnicas de preservação utilizadas em dadores após paragem cardiocirculatória, uma vez que está associada a melhores resultados a curto prazo do aloenxerto renal. Relativamente aos dadores convencionais, em morte cerebral, a técnica permite resultado semelhantes, quando comparada com os dadores de morte cerebral de critérios expandidos. Discussão: A preservação de órgãos através da oxigenação por membrana extracorporal nos dadores após paragem cardiocirculatória permite resultados funcionais favoráveis e, por esse motivo, poderá contribuir para o aumento do pool de dadores. As dificuldades logísticas associadas à implementação da técnica restringem a sua utilização. Conclusão: A longo prazo, deverão ser criadas condições para a implementação em mais centros da oxigenação por membrana extracorporal nos dadores após paragem cardiocirculatória, aumentando o pool de rins disponíveis para transplante.


2019 ◽  
Vol 36 (1-2) ◽  
pp. 11-16
Author(s):  
Vanessa Andrade ◽  
Mariana Medeiros ◽  
Tiago Guimarães ◽  
Rui Bernardino ◽  
Gil Falcão ◽  
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Keyword(s):  

Introdução: Os tumores não músculo invasivos da bexiga devem ser estratificados em grupos de risco de forma a adequar o tratamento após cirurgia a cada doente. Nos tumores de alto risco deve ser realizada terapêutica adjuvante com bacilo de Calmette-Guérin (BCG) intravesical durante 1 a 3 anos. Têm sido reportadas roturas de stock de BCG intravesical, tendo sido o Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) afectado nos anos 2014 e 2015, o que obrigou a uma reformulação no tratamento dos doentes que tinham indicação para realização desta terapêutica. A gencitabina poderá ser uma alternativa válida, dado que alguns estudos mostram que poderá ter um papel nos doentes de risco intermédio, como alternativa à mitomicina C, e nos de alto risco, refractários à BCG, com um perfil de toxicidade mais favorável. Material e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo que incluiu doentes com tumores da bexiga não musculo-invasivos de alto risco, com início da doença em 2013/2014, afectados pelo período de escassez de BCG no Centro Hospitalar. Resultados: No CHLC, 11 doentes com tumores de alto risco foram submetidos a terapêutica com gencitabina, apenas dois exclusivamente, os restantes sequencialmente com BCG. Apenas dois doentes, tratados com BCG e gencitabina, apresentaram recidiva tumoral. No entanto, um número significativo (6 em 11) sofreram efeitos adversos, dois dos quais que levaram à interrupção da terapêutica. Conclusão: Aparentemente, a gencitabina foi uma boa alternativa de terapêutica adjuvante na ausência do tratamento gold standard (BCG), dada a existência de baixo número de recidivais tumorais, apesar do elevado número de efeitos adversos reportados.


2019 ◽  
Vol 36 (1-2) ◽  
pp. 33-38
Author(s):  
Mário Pereira-Lourenço ◽  
Duarte Vieira-Brito ◽  
Ricardo Godinho ◽  
Pedro Peralta ◽  
Paulo Conceição ◽  
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A linfadenectomia inguinal modificada permite um estadiamento correto na maioria dos casos de carcinoma do pénis sem gânglios inguinais palpáveis. Atualmente, é possível reproduzir a técnica cirúrgica clássica por via vídeo-assistida, com resultados oncológicos semelhantes e menor taxa de complicações. O artigo reporta um caso de tumor do pénis, sujeito a penectomia total (pT3NxMx), sem gânglios inguinais palpáveis, onde se realizou uma linfadenectomia inguinal modificada vídeo-assistida (LIMVA) bilateral, sendo descrita a técnica cirúrgica da LIMVA direita. Neste artigo são descritos todos os passos da técnica cirúrgica (posicionamento do doente, disseção romba profundamente à faixa de Scarpa, identificação dos limites anatómicos da disseção, identificação dos vasos femorais, identificação da veia safena até a fossa ovalis, excisão dos gânglios e encerramento). A grande vantagem da LIMVA é a diminuição de complicações pós-operatórias, nomeadamente a baixa taxa de deiscência da ferida operatória e de edema dos membros inferiores.


2018 ◽  
Vol 35 (1-2) ◽  
pp. 46-51 ◽  
Author(s):  
Hugo Antunes ◽  
Edgar Tavares-da-SIlva ◽  
Inês Marques ◽  
João Carvalho ◽  
Ana Margarida Abrantes ◽  
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Introduction: Bladder cancer is the ninth common tumor worldwide and the most common malignant carcinoma of urinary system with an increasing incidence. Despite the high frequency and mortality associated with this carcinoma, little has evolved recently regarding the diagnosis and management of this type of tumor. In fact, cystoscopy and cytology are still standards for bladder cancer detection. The development of less invasive and more reliable diagnostic techniques of bladder cancer than cystoscopy and cytology is critical. In this sense, metabolomics has recently emerged as a promising technique for the diagnosis and orientation of oncological diseases. Evidence Acquisition: We searched PubMed, Medline and Web of Science for studies about metabolomics and bladder cancer published before October 2017. We performed a review of the literature, trying to clarify what is already known about the application of metabolomics in bladder cancer and what are the future prospects. Evidence Synthesis: The spectral acquisition is made using predominantly two analytic platforms: nuclear magnetic resonance and mass spectrometry. Regarding to bladder cancer, several metabolites were associated with the presence of bladder cancer, leading to the creation of a metabolomic profile capable of distinguishing between bladder cancer patients and control. Besides the diagnosis, the metabolomic has also been studied to stratify bladder cancer according to its aggressiveness. In this sense there are studies that used metabolomic analysis to distinguish between low-grade and high-grade bladder cancer. One investigation showed that the levels of carnitine were higher in muscle-invasive bladder cancer than in nonmuscle-invasive bladder cancer, which suggests that they may be correlated with bladder cancer aggressiveness. Conclusion: Biomarkers detected by metabolomics give an insight into cancer biology and tapped properly this can lead to new strategies for bladder cancer diagnosis and new drugs discovery.


2018 ◽  
Vol 35 (1-2) ◽  
pp. 39-45
Author(s):  
Joao Carvalho ◽  
Pedro Nunes ◽  
Belmiro Parada ◽  
Edgar Tavares-da-Silva ◽  
Hugo Antunes ◽  
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Introduction: Shortage of high quality donors led to an increasing need of compatible organs: grafts with multiple renal arteries (MRA) are one of the solutions, although being a potential risk factor that can impair outcomes. The aim of this study is to provide a view of our experience with multiple renal arteries grafts in renal transplantation and compare the outcome between multiple renal arteries and single renal artery (SRA) groups. Material and Methods: A retrospective study of 2989 kidney transplants was performed in our department between January 1980 and February 2017: demographic characteristics and outcomes were compared between recipients of grafts with multiple renal arteries (648; 21.7%) and single renal artery (2341; 78.3%). Statistical analysis was done using IBM SPSS Statistics 22: chi-square, independent sample t-test and Kaplan Meier tests were used with a p value of 0.05. Results: Grafts from cadaveric donors occurred in 95.8% of the single renal artery group and 97.4% of multiple renal arteries group. The recipients of multiple renal arteries group had a previous higher time on dialysis (50.3 ± 43.1 vs 46.30 ± 37.5 months, p:0.04), a longer operative time (2.43 ± 0.57 vs 2.28 ± 0.49 hours, p<0.001), a higher cold ischemia time (19h08 ± 6h05 vs 18h34 ± 6h17 hours, p:0.04) and more red blood cell transfusions (1.8 ± 0.8 vs 1.7 ± 0.8 packs, p:0.01) than the recipients of single renal artery kidney recipients. In the multiple renal arteries group, ex-vivo bench surgery techniques, in vivo sequential anastomosis and mixed techniques were used. The different options did not affect the outcomes. The rate of delayed graft function, surgical complications, length of hospital stay, acute and chronic rejections, graft loss, death were not statistically different. The follow-up was not statistically different: multiple renal arteries (8 ± 7.3 years) versus single renal artery (7.7 ± 6.6 years) group (p:0.1). The current state of the patient was not dependent on the number of arteries used. Conclusion: Multiple renal arteries grafts were not a problem in our unit: despite of having a longer operative time, higher cold ischemia time and higher blood transfusions rate, short and long-term outcomes were comparable between groups. At this level, literature results are not consensual: prospective studies are necessary.


2018 ◽  
Vol 35 (1-2) ◽  
pp. 58-60
Author(s):  
Bruno Graça ◽  
Rui Formoso ◽  
Miguel Lourenço ◽  
Kris Maes

A cirurgia robótica permite a realização de cirurgia renal complexa, nomeadamente oncológica, com segurança e resultados no mínimo equivalentes às actuais vias disponíveis. Descreve-se a realização de uma nefrectomia parcial robótica de um tumor endofítico com apoio ecográfico intra-operatório e resultado ao 10º mês de seguimento.


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